Manutenção preventiva: benefícios e valor agregado a longo prazo
Culturalmente, o termo manutenção é utilizado no Brasil para diversas atividades
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Por Hamilton Quirino , www.administradores.com.br
A manutenção de equipamentos é uma realidade constante nas empresas de hoje, seja qual for o core business da companhia. Na acirrada concorrência que se configura com o reaquecimento da economia, poucas ou nenhuma empresa pode se dar ao luxo de ter a operação paralisada, em função de um equipamento quebrado. Atendendo a esse objetivo, a manutenção preventiva se torna a melhor opção entre as existentes no mercado.
Culturalmente, o termo manutenção é utilizado no Brasil para diversas atividades. Em linhas gerais, muitas vezes, é confundido com o termo "reforma". Por exemplo, realizar a pintura de um prédio, uma ação rotineira, é uma atividade que pode ser definida como reforma ou manutenção.
A manutenção é dividida em dois grandes blocos, bem conhecidos e definidos: a preventiva e a corretiva. Enquanto a primeira é planejada e tem por objetivo evitar o dano e minimizar as chances de ele acontecer, a segunda corrige o problema já estabelecido. Um terceiro tipo de manutenção que conquistou espaço no mercado nos últimos anos é a chamada manutenção preditiva. Conceitualmente, ela antecede a preventiva e é realizada a partir de testes não destrutivos, realizados antes de qualquer falha ou problema. Ela monitora alguns equipamentos vitais ao negócio do cliente, com a função de indicar possíveis "alertas de crise", dando à preventiva um mapa de onde trabalhar com maior eficiência e antecedência.
A manutenção preventiva subdivide-se em dois tipos, que podem ser determinados pela natureza do negócio. A preventiva sistemática utiliza o tempo como referência, ou seja, as ações são realizadas a cada determinado período de tempo (uma vez ao mês, uma vez por semana, ou a determinada quantidade de horas de funcionamento de um equipamento, por exemplo). O segundo tipo, a preventiva condicional, está relacionada ao estado do bem, sendo acionada quando a eficiência do equipamento deixa de responder em níveis normais.
O fato é que, seja qual for o negócio da empresa, a manutenção preventiva precisa ser considerada, pela melhor relação custo-benefício que apresenta e, principalmente, por garantir que a operação e funcionamentos não sejam interrompidos.
Embora em primeiro momento possa parecer mais cara que a corretiva, a manutenção preventiva mostra-se mais compensadora no médio e longo prazo. Trata-se de uma alternativa para diminuir a quantidade de equipamentos que precisam ser substituídos, aumentar a vida longa desses equipamentos, reduzir os custos de correções emergenciais e garantir o pleno funcionamento das instalações, sem perdas em função de desligamentos.
Alguns especialistas prevêem a divisão entre 70% de custos e tempo de manutenção em preventiva e 30% em corretiva, mas a tendência é que a importância da preventiva aumente. As estatísticas comprovam que empresas que investem em manutenção preventiva têm resultados financeiros melhores em tempo de disponibilidade, maior tempo médio entre falhas, e, consequentemente, maior produtividade.
A valorização do patrimônio é outra vantagem, uma vez que, com melhores cuidados e com vida útil maior, os ativos da empresa ganham mais valor. Também, à medida que a manutenção preventiva se torna constante, a corretiva diminui gradativamente. quanto maior o investimento em preventiva, no longo prazo, maior a disponibilidade do bem, que pode ser utilizado com a maior capacidade possível. Ao longo do tempo, o equipamento bem mantido também perde pouco em níveis de performance, com a possibilidade de continuar a ser utilizado, como alternativa a um equipamento principal, ou ser deixado como back up, para situações emergenciais.
Outra grande vantagem da manutenção preventiva é a previsibilidade orçamentária. Os valores de contrato variam em função do escopo previsto: inclusão ou não de peças, visitas programadas ou não, exigências das SLA's (Service Level Agreeements ou Indicadores de Qualidade). Geralmente, podem ficar na faixa de 1% a 3% do custo total do equipamento, mas aspectos como a geografia da empresa, o tipo de negócio, a natureza das instalações, as formas de utilização etc, impactarão no valor do serviço.
No viés da sustentabilidade, a manutenção preventiva ganha adeptos em função da menor emissão de gases poluentes, já que os equipamentos funcionam em excelente estado, sem falhas ou desvios e também por uma melhor eficiência energética.
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