quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Para que servem os planos de manejo?


Litoral de São Paulo receberá plano de manejo

Governo do Estado vai investir R$ 2,2 milhões na iniciativa, parte de projeto de recuperação da Serra do Mar

13 de fevereiro de 2013 | 2h 02

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,litoral-de-sao-paulo-recebera-plano-de-manejo--,996353,0.htm

Felipe Frazão - O Estado de S.Paulo
O governo do Estado de São Paulo vai gastar pelo menos R$ 2,2 milhões na elaboração de planos de manejo para as três Áreas de Proteção Ambiental (APAs) marinhas paulistas: litoral norte, centro e sul. A iniciativa faz parte do Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar e Sistema de Mosaicos da Mata Atlântica e tem financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Parque Estadual da Ilha Anchieta terá estudo para desenvolvimento sustentável - Filipe Araújo/AE
Filipe Araújo/AE
Parque Estadual da Ilha Anchieta terá estudo para desenvolvimento sustentável
Os planos de manejo serão feitos por um consórcio formado pelas consultorias Idom Internacional e Geotec Ambiental. Os documentos terão por base dados científicos e estudos sobre as APAs, que abrangem toda a extensão costeira do litoral do Estado de São Paulo.
Os planos vão estabelecer as características físicas, biológicas e socioeconômicas das APAs marinhas, dar diretrizes para o zoneamento ambiental, sugerir programas de gestão e definir as restrições de uso das APAs.
O processo de elaboração deverá ter espaços de participação popular. "Nossa prioridade foi fortalecer o processo participativo", disse a coordenadora da UEP/Meio Ambiente da Fundação Florestal, Marilda Borba Giampietro. "É uma experiência inédita no Estado com vistas à sustentabilidade do ambiente marinho-costeiro."
A Fundação Florestal convocará para as audiências as comunidades tradicionais, universidades e empresas instaladas na costa, representantes da Marinha, ambientalistas e pescadores. "O mais importante é ser um plano que possa ser executado. Quanto mais participativo melhor, para que quando o governo quiser implantar o plano não sofra resistência porque as pessoas não foram ouvidas no processo", diz Márcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica.
Temas comuns devem ser debatidos, como as fontes de poluição, áreas para mergulho e pesca amadora, tamanho máximo para as redes de pesca, regiões para embarcações turísticas, avaliação do impacto das plataformas de petróleo e as épocas de migração e ciclo de vida de peixes.
Custos. O consórcio Idom/Geotec foi homologado dia 15 de janeiro como vencedor da licitação realizada pela Fundação Florestal. Seis empresas participaram da seleção. O órgão aguarda a formalização legal do consórcio e a autorização do BID para concluir a licitação. Na mesma data, veio a público o aumento no valor do serviço. À época da apresentação das propostas, o Idom/Geotec fez proposta de R$ 1.543.500 - sem impostos, como o BID tem recomendado. Mas na homologação no Diário Oficial do Estado, o valor subiu para R$2.224.724,94 - 44% a mais.
Segundo a Fundação Florestal, "a razão da diferença foi o acréscimo de impostos". "Tal procedimento do BID visa a igualdade de condições na disputa licitatória para a contratação de serviços de consultoria", disse Marilda Giampietro.
A fundação selecionou o Idom/Geotec com base na qualidade da proposta técnica e nos custos, uma das formas de contratação de consultores aceitas pelo BID. A nota recebida foi 78,38 pontos. O Instituto Ekos, preterido na seleção, recebeu 71,09.
Prazo. Em outubro, a criação das três APAs marinhas completará cinco anos, data limite para que os planos de manejo sejam criados, segundo a legislação federal do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). O contrato, no entanto, tem previsão de durar 17 meses, com apresentação dos planos revisados e publicados somente nos dois últimos meses.
Para Ana Moeri, o prazo "é curto", mas já vem sendo exigido pela Fundação Florestal. Durante a licitação, representantes das empresas haviam dito que o número de oficinais e reuniões era "incompatível com o tempo previsto". A Fundação Florestal disse que isso poderia ser revisto. 

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PLANOS DE MANEJO


O manejo e gestão adequados de uma Unidade de Conservação devem estar embasados não só no conhecimento dos elementos que conformam o espaço em questão, mas também numa interpretação da interação destes elementos.
Para tanto, é essencial conhecer os ecossistemas, os processos naturais e as interferências antrópicas positivas ou negativas que os influenciam ou os definem, considerando os usos que o homem faz do território, analisando os aspectos pretéritos e os impactos atuais ou futuros de forma a elaborar meios para conciliar o uso dos espaços com os objetivos de criação da Unidade de Conservação.
Desta forma, o manejo de uma Unidade de Conservação implica em elaborar e compreender o conjunto de ações necessárias para a gestão e uso sustentável dos recursos naturais em qualquer atividade no interior e em áreas do entorno dela de modo a conciliar, de maneira adequada e em espaços apropriados, os diferentes tipos de usos com a conservação da biodiversidade.
Lei Nº 9.985/2000 que estabelece o Sistema Nacional de Unidades de Conservação define o Plano de Manejo como um documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos de gerais de uma Unidade de Conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais.
Todas as unidades de conservação devem dispor de um Plano de Manejo, que deve abranger a área da Unidade de Conservação, sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração à vida econômica social das comunidades vizinhas (Art. 27, §1º).
O Plano de Manejo visa levar a Unidade de Conservação a cumprir com os objetivos estabelecidos na sua criação; definir objetivos específicos de manejo, orientando a gestão da Unidade de Conservação; promover o manejo da Unidade de Conservação, orientado pelo conhecimento disponível e/ou gerado.
Ele estabelece a diferenciação e intensidade de uso mediante zoneamento, visando a proteção de seus recursos naturais e culturais; destaca a representatividade da Unidade de Conservação no SNUC frente aos atributos de valorização dos seus recursos como: biomas, convenções e certificações internacionais; estabelece normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da Unidade de Conservação, zona de amortecimento e dos corredores ecológicos; reconhece a valorização e o respeito à diversidade socioambiental e cultural das populações tradicionais e seus sistemas de organização e de representação social.
A elaboração de Planos de Manejo, não se resume apenas à produção do documento técnico. O processo de planejamento e o produto Plano de Manejo são ferramentas fundamentais, reconhecidas internacionalmente para a gestão da Unidade de Conservação.
O processo de elaboração de Planos de Manejo é um ciclo contínuo de consulta e tomada de decisão com base no entendimento das questões ambientais, socioeconômicas, históricas e culturais que caracterizam uma Unidade de Conservação e a região onde esta se insere.
O Plano de Manejo é elaborado sob um enfoque multidisciplinar, com características particulares diante de cada objeto específico de estudo. Ele deve refletir um processo lógico de diagnóstico e planejamento. Ao longo do processo devem ser analisadas informações de diferentes naturezas, tais como dados bióticos e abióticos, socioeconômicos, históricos e culturais de interesse sobre a Unidade de Conservação e como estes se relacionam.
A interpretação do diagnóstico se relacionará com a definição de objetivos específicos de manejo, definições de zonas para as diferentes modalidades de usos, normas gerais e programas de manejo. Nesse contexto o Instituto dispõe de uma coordenação responsável pelo processo de elaboração, revisão e monitoramento de Planos de Manejo, cuja equipe vem trabalhando ativamente na organização e reestruturação do processo de planejamento.
Cabe aos técnicos o papel de supervisionar e orientar as equipes de planejamento das Unidades de Conservação, além de, muitas das vezes, coordenar ativamente todo o processo de planejamento. 

Achasan Mountain Ecological Park in South Korea

Achasan Mountain Ecological Park (아차산생태공원)   

http://english.visitkorea.or.kr/enu/SI/SI_EN_3_1_1_1.jsp?cid=1747653#
Achasan Mountain Eco...
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Address
60, Gwangjang-ro 1da-gil, Gwangjin-gu, Seoul
서울특별시 광진구 광장로1다길 60 (광장동)
Type
Ecological Tourist Sites
Inquiries
• 1330 Travel Hotline: +82-2-1330
(Korean, English, Japanese, Chinese)
• For more info: +82-2-450-1192
+82-2-450-1655, 1395
(Korean)
Homepage
www.gwangjin.go.kr/achasan 
(Korean)
Introduction
Achasan Mountain Ecological Park was established under the Seoul Metropolitan Government's Five Year Plan for Urban Green Expansion. Through various events and activities, the park provides opportunities to experience and learn about nature and its ecology. Major facilities include Eco Park, Rendezvous Square, Red Clay Road, Barefoot Path, Pine Forest, Mineral Spring, Eco Trail and Pergola.
Telephone
+82-2-450-1192
Closed
Achasan Mountain Ecological Park: Open all year round)
Achasan Ecological Park Management Office: Closed on Mondays and holidays
Hiking Course
▲ Course1 (Duration: 1hr, 30min): Achasan Ecological Park → Pine Tree Forest → Achasanseong Fortress → Nakta Gogae Pass → Chinsu Valley → Achasan Management Office → Meeting place

▲ Course 2 (Duration: 2 hours): Meeting place → Nakta Gogae Pass → Goguryeojeong → Haemaji Square → Summit → Daeseongam Hermitage → Nakta Gogae Pass → Chinsu Valley → Meeting place

▲ Course 3 (Duration: 2hrs, 30min): Meeting place → Achasan Management Office → Chinsu Valley → Goguryeojeong → Summit → Yongmasan Mt. → Ppeongtwigigol Valley

▲ Course 4 (Duration: 2hrs, 30min): Meeting place → Pine Tree Forest → Nakta Gogae Pass → Goguryeojeong → Daeseongam Hermitage → Summit → Ancient Fortress Site No. 4 → Gingorang
Activity Information
Eco-Experience Programs
Reservations (Required)
Age Limit for Activities
No age limit
Maximum Occupancy
500 people
Parking Facilities
Available (Inquiries: +82-2-450-7726)
Admission Fees
Free
Available Facilities
Ecological Park (Botanic Garden, Butterfly Garden, Wetland), Meeting Plaza, red clay road, pine forest, mineral water spring, Ecological Park Management Office, reference room, pagoda, etc.
Restrooms
Available
Facilities for the Handicapped
Restrooms
Parking Fees
300 won for the first 10 minutes.
Directions
Achasan Station (Seoul Subway Line 5), Exit 2.
Follow Jayang-ro 50-gil (자양로50길) to Dongui Elementary School (동의초등학교).
Go 300m forward to arrive at Achasan Mountain Ecological Park.
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ECOTURISMO


ECOTURISMO



APRESENTAÇÃO

A Secretaria do Meio Ambiente, em conjunto com a Fundação Florestal desenvolve ações para consolidar o ecoturismo e o turismo sustentável, como estratégias de conservação e preservação da natureza e de contribuição para o desenvolvimento socioeconômico regional.
Suas estratégias compreendem:
  1. Estruturar e fortalecer a gestão pública para o ecoturismo nas Unidades de Conservação do Sistema Estadual de Florestas – SIEFLOR;
  2. Consolidar a vocação do turismo sustentável na área de influência das UCs; e
  3. Uniformizar e fortalecer a cadeia de serviços ecoturísticos nas UCs e sua área de influência.
Essas ações são executadas pelo Núcleo de Novos Negócios e Parcerias para a Sustentabilidade com o objetivo de consolidar o programa de uso público nas Unidades de Conservação administradas pela Fundação Florestal.
Para tanto, utiliza como ferramentas:
1. Projeto de Ecoturismo na Mata Atlântica:
Por meio de um contrato de empréstimo firmado com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) a SMA está investindo US$ 15 milhões em seis parques estaduais na região da Mata Atlântica: Carlos Botelho, Intervales, PETAR, Caverna do Diabo, Ilha do Cardoso e Ilhabela.

O Projeto contribuirá para estruturar e promover serviços e atividades de lazer para visitação nos parques, apoiar a consolidação da cadeia produtiva do turismo no entorno dos parques e fortalecer a gestão pública para o ecoturismo nas UCs.
Acesse:  http://www.ambiente.sp.gov.br/ecoturismonamataatlantica/

2. Programa Trilhas de São Paulo:

Visa a uniformização e o fortalecimento da cadeia de produtos e serviços ecoturísticos nas UCs e nas regiões onde se inserem, interligando também os diversos ecossistemas do Estado de São Paulo, por meio de trilhas, identificadas pela marca Trilhas de São Paulo. Foram elencadas 40 trilhas em 19 UCs, totalizando mais de 220 km, distribuídas por todo o Estado de São Paulo.

No 2º semestre de 2009, foi criado o passaporte para os roteiros de mergulho das Unidades de Conservação Marinhas e Insulares de São Paulo, como forma de expandir o Programa Trilhas de São Paulo. Esse novo passaporte apresenta 8 roteiros de mergulho em 3 Unidades de Conservação Marinhas e 2 Unidades de Conservação Insulares.
3. Marcos regulatórios
A partir da publicação da Resolução SMA 59/08, que regulamenta os procedimentos administrativos de gestão e fiscalização do uso público nas Unidades de Conservação do SIEFLOR, a Fundação Florestal está em processo de elaboração de portarias que tratam da regulamentação dos seguintes temas: Plano Emergencial de Uso Público; Política Tarifária; Monitoria Ambiental; Voluntariado; Operacionalização de Rafting; Escalada no PE Jaraguá; entre outras.

4. Parcerias
No último ano foram assinados três Termos de Cooperação relacionados ao ecoturismo com os seguintes órgãos: Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo, com o objetivo de conjugar esforços entre as Secretarias para implantação do Projeto Estratégico de Ecoturismo; ABETA (Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), visando o reconhecimento de normas técnicas da ABNT e a elaboração de projeto piloto de uso público para as Unidades de Conservação estaduais; e Instituto Ilhabela Sustentável – IIS, com o objetivo de planejar e implantar a Trilha da Cachoeira do Gato no Parque Estadual de Ilhabela. Outras parcerias devem ser assinadas ainda este ano como, por exemplo, com a WWF, objetivando o monitoramento dos impactos advindos do uso público nos parques.

5. Identidade visual
A FF está trabalhando a criação de uma marca única para todo o SIEFLOR, trata-se de uma ação pioneira no Estado, resultado de um plano de marketing e operacionalizado por meio de uma agência de publicidade.

6. Manuais operacionais
O primeiro manual operacional elaborado pela SMA é o “Manual de Construção e Manutenção de Trilhas”. Trata-se de um documento traduzido e adaptado do “Trail Construction and Maintenance Notebook” realizado pelo Forest Service e o Departament of Agriculture dos Estados Unidos. A Secretaria irá editar outros manuais, tratando diversos temas ligados ao uso público, como, por exemplo: Manual para elaboração do Plano de Monitoramento e Gestão dos Impactos da Visitação entre outros.

7. Infra-estrutura
Por meio da parceria com o BID, a SMA realiza investimentos em novas trilhas e atrativos, estudos de ordenamento de uso público, centros de visitantes, exposições temáticas, estruturação de restaurantes, lanchonetes e meios de hospedagem, bem como estruturação de Estradas-Parque – executado em conjunto com a Secretaria de Estado dos Transportes, em atendimento ao Decreto Estadual 53.146/2008, que define os parâmetros para a implantação, gestão e operação de estradas no interior de Unidades de Conservação – e, operacionalização de um plano Estratégico de Concessões destes serviços nas Ucs.

8. Programa de capacitação
No âmbito do Projeto de Ecoturismo na Mata Atlântica, estão previstas capacitações para diversos públicos, incluindo as comunidades locais e o empresariado da área de entorno dos parques, o poder público municipal, os gestores dos parques e demais funcionários da SMA envolvidos com a gestão do uso público. Além disso, o Termo de Cooperação com a ABETA, prevê a disseminação das normas técnicas de turismo de aventura, elaboradas pela ABNT, entre os gestores e funcionários das UCs estaduais.

9. Ecoturismo no Projeto Município Verde Azul

As ações de ecoturismo e uso público, em áreas naturais, executadas pelos municípios, serão pontuadas no âmbito deste projeto ambiental estratégico. Trata-se de uma oportunidade grande de trabalhar novas parcerias com municípios, ampliando assim a participação e desenvolvimento regional nas atividades de ecoturismo e educação ambiental.

Construtoras investem em mapeamento sonoro para garantir desempenho acústico das construções

14/Fevereiro/2013

Construtoras investem em mapeamento sonoro para garantir desempenho acústico das construções



http://www.piniweb.com.br/construcao/tecnologia-materiais/construtoras-investem-em-mapeamento-sonoro-para-garantir-desempenho-acustico-das-277815-1.asp

Cartografia e simulações de computador apoiam as decisões de projetos em grandes centros urbanos, com elevados níveis de ruídos. Entenda como é o processo




Karina Dacol, da revista Téchne



Divulgação: Giner
Softwares simulam o impacto das diversas fontes de ruído no novo empreendimento e dão subsídios para construtoras tomares decisões de projeto que garantam o isolamento acústico do empreendimento

A expansão dos grandes centros urbanos brasileiros tem sido acompanhada do adensamento populacional e do crescimento do fluxo de veículos. O resultado é o aumento dos ruídos gerados em ruas e avenidas, que começam a chamar a atenção das construtoras, preocupadas com o atendimento das exigências de conforto acústico da Norma de Desempenho para edifícios habitacionais (NBR 15.575).
Para isso, elas contratam empresas especializadas para fazer o mapeamento sonoro do entorno dos terrenos onde vão construir seus novos empreendimentos. A ideia é levantar dados e realizar simulações que apoiem o desenvolvimento dos projetos e a especificação de soluções, materiais e sistemas construtivos com melhor desempenho acústico.
O mapa acústico é uma ferramenta fundamental para estudo, diagnóstico e gestão do ambiente sonoro. O resultado é um conjunto de pontos que apresenta a disposição dos diferentes níveis sonoros em uma determinada área geográfica.

O mapeamento sonoro pode ser realizado em diferentes escalas: pode-se mapear desde pequenos quarteirões até cidades inteiras. Na escala das cidades, ainda não há no Brasil mapeamento executado de maneira sistemática. Os mapeamentos localizados, executados para uma implantação específica, já são bem difundidos no meio técnico. "Esses mapas são os normalmente utilizados para projeto acústico e certificação de edifícios", afirma o arquiteto Marcos Holtz.


Com a divisão da cidade em zonas, nas quais existem limites máximos de ruído permitidos durante o dia e a noite, as construtoras utilizam a cartografia sonora de uma determinada região de interesse para tomar decisões de projeto que garantam o desempenho acústico da edificação.
O físico e pesquisador Marcelo Aquilino explica que, para elaborar o mapeamento sonoro, os profissionais devem ter conhecimento na área de acústica, podendo ser físicos, engenheiros, tecnólogos ou técnicos. "Outras ferramentas importantes para o mapeamento sonoro são os softwares de simulação, que permitem estimar o ruído em uma determinada área onde existam fontes sonoras conhecidas", acrescenta.
Devido à complexidade dos cenários acústicos urbanos, os estudos precisam considerar a participação de várias fontes sonoras e a necessidade de se avaliar inúmeros pontos. Dessa forma, os modelos computacionais se mostram imprescindíveis, uma vez que possibilitam a realização de cálculos, análises e relatórios rápidos e com precisão.
As normas e legislações existentes para a avaliação e regulamentação do cenário da poluição sonora especificam parâmetros a serem medidos e indicam como os equipamentos de medição devem ser configurados e como os fatores envolvidos devem ser manipulados. Os níveis sonoros considerados aceitáveis para ambientes externos são determinados pela NBR 10.151, revisada no fim de 2012. No âmbito das edificações, a NBR 15.575 estipula valores de isolação sonora para garantir o nível de desempenho acústico do edifício. Uma vez mapeado o local onde o edifício será implantado, os projetistas terão subsídios para projetar adequadamente os ambientes, orientando o melhor posicionamento das aberturas e a escolha de materiais que proporcionem isolação acústica adequada.
Confira a reportagem completa na edição 191 da revista Téchne, a partir de 20 de fevereiro