quinta-feira, 19 de maio de 2011

CICLO DE PALESTRAS GRATUITAS NO SENAC



http://www.sp.senac.br/jsp/default.jsp?tab=00002&newsID=a18616.htm&subTab=00000&uf=&local=&testeira=453&l=&template=&unit

VIVA A MATA NO PARQUE IBIRAPUERA



Fonte:http://pensareco.blogspot.com/2011/05/viva-mata-2011-nesse-fds.html
Autoria:  Érica Sena



Confira a Programação do Viva a Mata 2011!

Palco do caminhão
Sexta-feira
11h – Roda de conversa: A Mata Atlântica é aqui
12h – Papo de almoço: alimentação saudável
13h – CineMata: “A carne é fraca”
14h – Roda de conversa: A Mata Atlântica nas escolas
15h30 – Demonstração: Compostagem urbana
17h – Bate-papo Planeta Eldorado



Sábado

9h – Avistar: observação de aves no Parque
10h – Debate: A Mata Atlântica menos conhecida
11h – Roda de Conversa: Surf, sustentabilidade e gestão costeira
12h30 – TEDxMataAtlântica – transmissão online
15h30 – Teatro: Pinóquio em uma aventura ecológica
17h – Bate-papo Planeta Eldorado

Domingo

10h às 12h – Mobilização
10h às 12h – Jogos
12h às 13h30 – Papo de almoço: vegetarianismo
13h30 às 15h – Oficina: Consumo Crítico Sustentável
15h – Teatro: Água – Cia Bicicletas Voadoras
17h – Bate-papo Planeta Eldorado
18h – Orquestra de Sucata

Auditório




Sexta-feira


9h – Painel de abertura: 25 anos de olho na Mata Atlântica
10h30 – Painel: Mosaicos de conservação
12h – Painel: Incentivos econômicos para quem protege a natureza
13h – Painel: Pacto pela Restauração da Mata Atlântica
14h – Palestra: Estudos e Pesquisas nos esforços de restauração
15h – Palestra: Comércio ilegal de animais silvestres
16h30 – Painel: Turismo comunitário na Mata Atlântica



Sábado

9h – Debate: O Código Florestal e a vida nas cidades
10h30 – Debate: Planos Municipais de Mata Atlântica
12h – Debate: Acessibilidade em áreas verdes
13h30 – Debate: O que vem com os portos na Mata Atlântica?
15h – Debate: Quem está invadindo a sua praia?
16h30 – Roda de conversa: Mobilização – espaço de articulação e cidadania



Domingo

9h – Debate: Tragédias naturais e Mata Atlântica
10h às 12h – Mobilização
12h – Debate: Saúde e Meio Ambiente
13h30 – Debate: Gestão da água na legislação ambiental
15h – Palestra: Emissões de CO2, como medir e compensar


FEIRA DE TROCAS SOLIDÁRIAS DO CENTRO DE SÃO PAULO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL X FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

Homem é autuado por retirar madeira de área verde em Manaus

Fonte: http://www.d24am.com/amazonia/meio-ambiente/homem-e-autuado-por-retirar-madeira-de-area-verde-em-manaus/24087

Genival Costa da Silva, de 32 anos, é catador de ferro velho e afirma que retirou a madeira para usar como pau de escora, na construção de uma casa.
[ i ] Genival Costa da Silva disse aos agentes que não sabia que era proibida a extração. Foto: Divulgação Genival Costa da Silva disse aos agentes que não sabia que era proibida a extração.

Manaus - Um homem foi autuado na tarde desta quarta feira,18, por agentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), transportando 80 troncos de árvores retiradas ilegalmente de uma área verde localizada no Ramal da Conceição, após a Ponte da Bolívia, na zona norte de Manaus.
Genival Costa da Silva, de 32 anos, é catador de ferro velho e afirma que retirou a madeira para usar como pau de escora, na construção de uma casa. Ele disse aos agentes que não sabia que era proibida a extração e que outras pessoas também costumavam retirar madeira da área.
Os agentes chegaram até Genival após denúncias feitas por moradores e o autuaram em flagrante, transportando a carga em um caminhão. A guarda municipal também foi acionada. O infrator foi autuado em 80 UFMs, o equivalente a R$ 5323,20, além da apreensão da carga.
Segundo o gerente de segurança comunitária da Guarda Municipal, Ten. Ribeiro, o órgão deve intensificar a fiscalização no local. “Como a área é cheia de ramais, facilita a prática criminosa. Então nós estaremos realizando rondas constantes e contamos com a denúncia dos moradores, que sempre colaboram com o nosso trabalho”, afirmou.
Para denunciar crimes ambientais, a Linha Verde da SEMMAS é o 08000 92 2000.

O CAFÉ E A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL AGRÍCOLA

O CAFÉ E A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL AGRÍCOLA

O agronegócio é a principal alavanca do desenvolvimento da economia brasileira. Pode também contribuir com a preservaçãoa ambiental.


Caso as cidades forem destruídas e os campos forem conservados, as cidades ressurgirão, mas se queimarem os campos e conservarem as cidades, estas não sobreviverão.
Benjamin Franklin


A água é um recurso natural essencial à vida. O corpo humano detém em seu organismo a mesma proporção existente no planeta azul: cerca de 78 %. Diversos estudos apontam que a falta de água doce e limpa será o grande problema do século XIX. Apesar de ser um recurso renovável, do total de águas terrestres somente 3% é água doce, percentual que permanece constante ao longo do tempo, enquanto a população humana cresce exponencialmente. O maior problema que envolve a água é na verdade o acesso ao produto e não ainda sua falta, já que do total de água doce, 97 % estão nas geleiras e somente os restantes 3 % estão espalhados de forma disformes por rios, lagos , nascentes e lençóis.

A partir de 1860 iniciou-se o ciclo do café brasileiro. Muitos italianos deixaram seu país devido à guerra e vieram ao Brasil desbravar pedaços de terra, constituindo colônias, especialmente no interior paulista. Períodos de crises e euforia se sucederam ao longo da história da cultura cafeeira. Mas a crise dos últimos anos teve forte impacto negativo na vida econômica e social da imensa maioria dos produtores e trabalhadores, contribuindo para a degradação ambiental e a baixa qualidade do produto.
Várias iniciativas voltadas à implementação e viabilização da cafeicultura sustentável surgem após 2002, com atuação prioritária na redução dos custos do sistema de produção, na agregação de valor por meio de melhoria da qualidade do produto, e na gestão da comercialização e dos benefícios ambientais e sociais. Após anos de desenvolvimento, a agricultura cafeeira chega ao novo século com pujança econômica e avanços tecnológicos e científicos incontestáveis.
A agricultura é o setor que utiliza o maior volume de gastos com água retirada da natureza, em seu processo produtivo: estonteantes 69 %, ante 21 % da indústria. É uma atividade que está intrinsecamente relacionada com o meio ambiente, com incidências negativas e positivas. Como impactos negativos destacam-se: erosão física, química e biológica dos solos; perda da capacidade de retenção de água no solo; contaminação de solos, águas, ar e alimentos; produção de resíduos; consumo de água para a irrigação, com sistemas geralmente muito ineficientes; alterações de ecossistemas que afetam a flora e fauna locais.
A lavoura cafeeira também utiliza água em abundância no processamento do café por via úmida. Segundo estudos da Universidade Federal de Lavras (MG), para cada litro de fruto processado consome-se de 3 a 5 litros de água limpa na lavagem e separação dos frutos. Além de consumir muita água, o processamento do café por via úmida cria outro problema ambiental: a água residuária é altamente poluente, porque acumula matéria orgânica e nutrientes como nitrogênio, potássio e fósforo. O conceito de boas práticas agrícolas prega que se aplique o vasto conhecimento disponível no uso sustentável dos recursos naturais básicos para a produção agrícola, com foco na viabilidade econômica e social e na geração de produtos saudáveis e isentos de contaminação.
O lançamento dos efluentes da água utilizada no processamento do café por via úmida em corpos hídricos, sem tratamento adequado, é proibido pela legislação brasileira. Devem sofrer processo de limpeza para retornar limpos à natureza.
O ser humano inventivo e criativo já tem solução para minimizar o impacto do uso excessivo de água, por meio de uma técnica de manejo desenvolvida por pesquisadores da Embrapa que permite diminuir em muito o consumo de água limpa nesse processo. Trata-se de um sistema pesquisado já faz cinco anos, que baseia-se em caixas d'água, peneiras e tubos de PVC, que permite o reúso da água empregada na unidade de processamento por três vezes e não apenas uma, como ocorre atualmente.
O funcionamento é relativamente simples, custa de R$ 8 a R$ 20 mil e proporciona economia de 50 % a 75 % no consumo de água. Como a maioria das unidades pertence a pequenos e médios produtores, esse custo torna-se acessível e permite retorno em curto prazo. A implantação do sistema de reúso de águas tem outras vantagens. Após seu uso por três ciclos de lavagem, a água residuária pode ser utilizada na irrigação dos cafezais. O produto final é rico em nutrientes e, portanto, podem retornar à lavoura via fertiirrigação, proporcionando economia em adubação química.
O agronegócio é e será o grande responsável pela segurança alimentar mundial. 


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Embrapa Café participa da Agrobrasília 2011

  
Qua, 18 de Maio de 2011 10:57

fonte: http://www.sapc.embrapa.br/index.php/principal/embrapa-cafe-participa-da-agrobrasilia-2011

A Embrapa Café participar da Agrobrasília 2011, evento que apresenta as inovações tecnológicas utilizadas nas lavouras do cerrado brasileiro e abre oportunidades de negócios na área. A unidade apresenta a tecnologia “Sistema para Limpeza de Águas Residuárias – SLAR”, desenvolvida pelo pesquisador da Embrapa Café, Sammy Fernandes Soares, com recursos do Consórcio Pesquisa Café, cujo Programa de Pesquisa em Café é coordenado pela Embrapa Café.

A inovação consiste em um sistema de limpeza das águas residuárias resultantes do processamento, por via úmida, de frutos do cafeeiro. A água proveniente do processamento contém resíduos sólidos e alta carga orgânica com potencial de poluir o meio ambiente. O sistema remove esses resíduos da água e permite que ela seja reutilizada em novo processamento de frutos ou direcionada à fertirrigação da cultura. Além disso, os resíduos sólidos retirados podem ser empregados na produção de adubos orgânicos.
O benefício direto da tecnologia para o produtor é a redução dos gastos com água na pós-colheita, que pode chegar a uma economia de 90% do consumo. A inovação também promove a preservação ambiental, dando um destino ambientalmente correto para as águas carregadas de resíduos orgânicos. Com baixo custo de instalação e manutenção, o SLAR pode ser utilizado por produtores de pequeno, médio e grande porte.
O pesquisador da Embrapa Café, Anísio José Diniz, apresentará a tecnologia para um público esperado de 50 mil visitantes na quarta edição da Agrobrasília. Diniz ressalta que “oportunidades de divulgação como essa são importantes para a transferência da tecnologia que beneficiará a cafeicultura do cerrado”. O pesquisador destaca ainda que o caráter inovador das tecnologias é fundamental para a consolidação de sua adoção pelos produtores.
Quem for à Agrobrasília 2011 poderá conhecer melhor esta inovação tecnológica visitando o espaço da Embrapa na feira, localizado no estande do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e aprender sobre o funcionamento do SLAR e sua aplicação no cerrado.


Área de Comunicação & Negócios da Embrapa Café
Texto: Cristiane Vasconcelos (MTb 1639/CE)
Fone: (61) 3448-4566
Serviço de Atendimento ao Cidadão: http://sac.sapc.embrapa.br






http://www.sapc.embrapa.br/index.php/em-destaque/uso-de-boas-praticas-agricolas




Discussão sobre pecuária sustentável deve ter embasamento científico

Discussão sobre pecuária sustentável deve ter embasamento científico, diz CNA


18 de maio de 2011 - 15:17h

Fonte: http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=43305

Autor: CNA



O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, defendeu, nesta terça-feira (17-5), à noite, que as discussões sobre a sustentabilidade na pecuária, que conciliem produção e preservação ambiental, sejam feitas sempre com embasamento técnico-científico. “Esta é uma das premissas da CNA. Aceitamos discutir qualquer assunto, mas sempre com base na ciência e para isso temos buscado parcerias com diversas entidades de pesquisa”, enfatizou. Nogueira participou da abertura da Primeira Reunião Global sobre Pecuária Sustentável, que acontece até a próxima sexta-feira (20/5), na sede da CNA, em Brasília. O evento é promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e Banco Mundial, com o objetivo de discutir uma agenda sustentável para a pecuária.

Nogueira destacou que o produtor rural tem feito sua parte para contribuir com a mitigação dos impactos das mudanças climáticas na atividade. Segundo ele, isso foi feito a partir da adoção de boas práticas na pecuária por meio de ações como a integração lavoura-pecuária-floresta, o manejo de pastagens, recuperação de pastagens degradadas, além do uso de tecnologias que gerem aumento de produtividade sem ampliar áreas para pastagens, proporcionando maior eficiência na produção. “Muitos trabalhos científicos comprovam que a pecuária tem causado menos impacto ambiental do que os ambientalistas afirmam”, ressaltou. “O lado ambiental é uma das nossas preocupações, diante do fantástico desenvolvimento do setor produtivo nos últimos anos. Mas estamos aptos a essas exigências, com o uso de novas tecnologias, que vão agregar valor e gerar mais renda para o pecuarista para que nossa posição seja respeitada lá fora”, afirmou.

Para o diretor de Produção e Saúde Animal da FAO, Samuel Jutzi, a pecuária deve se basear em três pilares. Além da sustentabilidade, devem ser levados em conta o desenvolvimento econômico e a saúde pública. Com o aumento do consumo de carne no mundo, reflexo da melhoria de renda da população, principalmente da parcela mais pobre, o setor produtivo deve estar preparado para garantir segurança alimentar. “O amplo crescimento da pecuária requer mais investimentos em pesquisas e outras ações que devem ser acompanhadas de perto”, destacou. Já o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Erick Chandoha, que representou o ministro Wagner Rossi, destacou o aumento de 151% da produtividade da pecuária em 40 anos, e uma economia de área de mais de 70 milhões de hectares, se for levado em conta que a quantidade de animais por hectare, no mesmo período, passou de menos de 0,5 cabeça/hectare para 1,2 cabeça/hectare.

Também participaram da solenidade de abertura da reunião a diretora do Ministério de Assuntos Econômicos, Inovação e Agricultura da Holanda, Alida Oppers, o diretor executivo de Transferência de Tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Waldyr Stumpf, o representante do Banco Mundial, Jimmy Smith, e o representante da FAO no Brasil, Hélder Mutéia.

Aumento da população e melhoria de renda exigirão maior demanda por alimentos

Duas palestras antecederam a abertura do evento na CNA. A primeira exposição foi feita pelo chefe da Análise do Setor Pecuário e Ramificação Política da FAO, Henning Steinfield. Segundo ele, até 2050, a população mundial deve chegar a 9,3 bilhões de habitantes. Este crescimento virá acompanhado de maior ascensão social e econômica, o que ampliará a demanda por alimentos em 70%, principalmente por proteína animal. Um dos desafios para responder a esta demanda, acrescentou Steinfield, é aumentar a eficiência tecnológica na produção para evitar impactos ambientais. “Serão necessários incentivos para o sucesso ambiental e para novas práticas pelo produtor”, afirmou.

O outro palestrante foi o economista Mauro Lopes, do Centro de Economia Agrícola da Fundação Getúlio Vargas (CEA/FGV), que destacou a expansão do setor agropecuário de 3,5% ao ano na última década, devido ao aumento de competitividade. Dados apresentados por ele na exposição apontam também um aumento de 116% na renda da população brasileira desde o início do Plano Real, com destaque para a classe C, representada por 96 milhões de pessoas e que hoje detém 46% do poder de compra dos brasileiros. “Esta parcela da população está comprando cada vez mais carne e exige cada vez mais um produto de maior qualidade”, disse o economista. Desta forma, ressaltou, a pesquisa será fundamental para que a pecuária assegure a qualidade que tanto o mercado interno quanto os países compradores dos produtores brasileiros de origem animal passarão a querer nos próximos anos. “A bola agora está no campo da ciência”, concluiu. 


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Embrapa inicia pesquisa em rede para conhecer impactos da pecuária no efeito estufa


Fonte: http://www.cppse.embrapa.br/embrapa-inicia-pesquisa-em-rede-para-conhecer-impactos-da-pecu%C3%A1ria-no-efeito-estufa

A Embrapa está iniciando uma pesquisa em rede –denominada Pecus– para conhecer os impactos da pecuária sobre o efeito estufa nos diferentes biomas brasileiros. O aumento das emissões de gases de efeito estufa, os chamados GEEs, na atmosfera é apontado como uma das principais causas das mudanças climáticas e do aquecimento global. No ano passado, em Copenhage, o Brasil firmou compromisso internacional de reduzir esses gases emitidos pela agropecuária até o ano 2020.
 
A pesquisa é extremamente relevante para o país, considerando que o agronegócio nacional responde por 25,4% do PIB brasileiro e somente a pecuária equivale a 7,5% do PIB, de acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) de 2008.
A produção pecuária brasileira, além de atender ao mercado interno, contribui para a estabilização econômica e social do país. O Brasil se consolidou nas últimas décadas como o detentor do maior rebanho comercial do mundo e se destaca no cenário mundial com as exportações de carne. A Embrapa está investindo cerca de R$ 6 milhões nesta pesquisa, mas há previsão de mais captações externas.
 
“A partir da adoção de sistemas integrados e melhores técnicas de manejo, é possível reduzir a emissão desses gases”, explica Patrícia Perondi Anchão Oliveira, líder do projeto. Para que essas técnicas façam parte das políticas governamentais voltadas ao setor, é preciso determinar o nível das emissões dos sistemas tradicionais e o potencial de mitigação (redução de emissões e remoção de GEE da atmosfera) dos sistemas bem manejados, em âmbito nacional.
A Rede Pecus está estudando a dinâmica desses gases em sistemas de produção, em busca de uma pecuária sustentável, pautada pelos aspectos econômico, social e ambiental.
A rede é composta por várias unidades da Embrapa, universidades e outras instituições de pesquisa nacionais e internacionais, com apoio de agências de fomento à pesquisa e da iniciativa privada. A liderança do projeto está sob a responsabilidade da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Os projetos de pesquisa da Rede Pecus avaliam o balanço entre as emissões de GEE e os sumidouros (“sequestro”) de carbono dos vários sistemas de produção da pecuária, inseridos nos principais biomas brasileiros.
Segundo Patrícia, os resultados do projeto devem atender à demanda atual de várias redes de pesquisa e dos Inventários de Emissão e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa em diversas escalas de abordagem. Os principais resultados esperados pela rede de pesquisa são estimar a contribuição dos diferentes sistemas de produção brasileiros na dinâmica dos GEE e indicar sistemas de produção mais competitivos e sustentáveis.

 
Ana Maio
Jornalista - Mtb 21.928 

Que haja luz

Que haja luz

19/05/2011


Pesquisadores brasileiros descobrem um dos “interruptores” que pode fazer com que algumas enzimas de interesse biomédico e biotecnológico se tornem luminescentes (reprodução)

Fonte: http://agencia.fapesp.br/13901

autoria: Por Elton Alisson


Agência FAPESP – Os pesquisadores do grupo de Bioluminescência e Biofotônica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus de Sorocaba, deram um importante passo para, em um futuro próximo, possibilitar que algumas enzimas de interesse biomédico, biotecnológico e ambiental emitam luz.
A propriedade é importante para estudar doenças como o câncer ou infecções bacterianas, por exemplo. Os cientistas descobriram um dos principais “disjuntores” presentes na “caixa de força” de enzimas com baixa capacidade de luminescência da mesma classe das luciferases – responsáveis pela emissão de luz fria e visível em vagalumes –, que pode ser modificado para aumentar a intensidade de sua luz.
A descoberta do estudo, resultado de projeto de pesquisa apoiado pela FAPESP por meio de um Auxílio à Pesquisa – Regular, será publicada no fim deste mês na revista Photochemical and Photobiological Sciences.
Em 2009, o mesmo grupo clonou e isolou da larva de um inseto não luminescente (besouro) uma enzima da mesma família das luciferases (a AMP-CoA-ligases), fracamente luminescente e conhecida como protoluciferase, para estudar como as luciferases de vagalumes desenvolveram durante a evolução a capacidade de catalisar a reação de oxidação da luciferina – o composto responsável pela bioluminescência de insetos – e produzir intensa luz visível.
Nos últimos anos, ao comparar as sequências de aminoácidos da protoluciferase com a luciferase, os pesquisadore da UFSCar começaram a identificar partes da estrutura delas que poderiam estar envolvidas com a determinação da atividade de produzir luz.
Por meio de técnicas de engenharia genética, a estudante de doutorado Rogilene Prado e o pesquisador Vadim Viviani, coordenador do projeto, realizaram mutações de aminoácidos da protoluciferase. Agora, o grupo identificou que a mutação de um desses aminoácidos aumenta bastante a atividade luminescente da enzima, tornando-a muito semelhante à de uma luciferase.
“É como se a enzima protoluciferase fosse um circuito eletrônico, que tem uma bateria, representada pelo oxigênio, e uma lâmpada, que é a luciferina. Descobrimos agora um dos principais interruptores presentes na estrutura delas, que é responsável por ligar a bateria à lâmpada. Ou seja, fazer com que a reação da luciferina e do oxigênio ocorra, acendendo a luz”, disse Viviani à Agência FAPESP.
Segundo ele, a descoberta abre a possibilidade de tornar outras enzimas da família AMP-CoA-ligases de interesse biomédico, biotecnológico e ambiental que não produzem luz em luminescentes.
Presente em todos os organismos, incluindo bactérias e o homem, as AMP-CoA-ligases desempenham as mais variadas funções metabólicas, como a biossíntese de pigmentos (em plantas), metabolismo de lipídeos, síntese de antibióticos e eliminação de substâncias tóxicas e compostos químicos estranhos a um organismo ou sistema biológico (xenobióticos).
Em comum, a primeira reação que elas catalisam é a ativação de ácidos orgânicos, como os aminoácidos, ácidos graxos e a própria luciferina do vagalume, que é oxidada pelas luciferases, produzindo luz. Em função disso, os pesquisadores pretendem utilizá-las como indicadores de determinados ácidos orgânicos de interesse biomédico, como os ácidos tóxicos, e biotecnológicos.
“A capacidade de servir como um indicador para selecionar determinados ácidos orgânicos de interesse farmacêutico e biotecnológico talvez represente o maior potencial de aplicações dessas enzimas”, disse Viviani.
Evolução em laboratório
Segundo o coordenador do projeto, algumas poucas luciferases de vagalumes norte-americanos, europeus e japoneses são utilizadas como reagentes analíticos. São usadas para detectar o estado metabólico de uma amostra biológica e biomarcadores de expressão gênica, ou para marcar células de câncer em estudos biofotônicos, por exemplo.
Por meio das pesquisas com o protótipo da enzima luciferase que clonaram e aumentaram a luminescência, os pesquisadores brasileiros pretendem criar por engenharia genética uma nova enzima luciferase que tenha a propriedade de emitir luz comparável às luciferases empregadas atualmente no mercado.
“Com as condições ideais de evolução, essa protoluciferase poderá se transformar em uma luciferase. Estamos simulando a evolução dela em laboratório”, disse Vanini.
O grupo de pesquisa da UFSCar é um dos únicos dedicados ao estudo de enzimas luciferases no Brasil. No Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) há um outro grupo, coordenado pelo professor Cassius Stevani, com o qual eles colaboram, que estuda fungos luminescentes.
Já no mundo, os grupos de pesquisa na área estão estabelecidos nos Estados Unidos, Europa e Japão – esse último colabora com os pesquisadores brasileiros. E, segundo Viviani, nenhum deles ainda conseguiu clonar uma enzima protoluminescente com a capacidade de emitir luz semelhante à do grupo brasileiro.

O resumo do estudo Structural evolution of luciferase activity in Zophobas mealworm AMP/CoA-ligase (protoluciferase) through site-directed mutagenesis of the luciferin binding site”, de autoria do professor Vivini e de outros pesquisadores, pode ser lido em pubs.rsc.org/en/Content/ArticleLanding/2011/PP/c0pp00392a