domingo, 28 de outubro de 2012

O que é pré-sal?


http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/fontes-de-energia/petroleo/presal/



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Maioria dos paulistanos tem animal de estimação


07/10/2012 - 03h00

Maioria dos paulistanos tem animal de estimação


ALESSANDRO FIOCCO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando o assunto é animal de estimação, a zona leste conquista a "liderança", revela o levantamento do Datafolha.









Na região, 58% dos entrevistados dizem ter algum "pet" em casa. Em 2008, esse número era de 56%.
Na sequência, vem a região norte, com 57% (mesmo índice de 2008). Logo depois a oeste, com 54% (ante 49%), e a sul, 53% (contra 54%).
Distanciado das demais regiões, o centro aparece com 42%. Na pesquisa anterior do Datafolha, há quatro anos, eram 36% dos entrevistados.
De acordo com a pesquisa, 55% dos moradores da cidade de São Paulo têm animais.
O cão ainda domina e é o "queridinho" dos paulistanos, com 41% (mesmo percentual de 2008). Já o gato apresentou uma pequena variação. Subiu 3%, foi de 12% para 15%, na comparação entre as duas pesquisas.
Aves e peixes mostraram o mesmo índice de há quatro anos: 9% e 3%, nesta ordem.
Moradora da Vila Ema, distrito de São Lucas (zona leste), a comerciante Rita de Cássia Magalhães, 46, tem em casa três cachorros, uma gata e três passarinhos. Destes, cinco foram adotados nos últimos três anos.
No comércio da família, uma serralheria que fica do outro lado da rua, mais dois cachorros. "Não consigo viver sem meus bichos por perto", diz ela.
A última que ganhou moradia foi Julie, uma cadela cega, resgatada há poucos meses na rodovia Raposo Tavares.
O distrito de Rita apresenta um dos maiores índices de "pets" na cidade: no São Lucas, 64% dos entrevistados têm animal de estimação.
Apesar disso, o "distrito campeão" não fica na zona leste da cidade.
É Marsilac, na zona sul, onde 77% dos entrevistados dizem ter bichos de estimação. Por outro lado, a Sé, na região central, é onde há menos animais, com 27%.

Quão rara é a Terra?


21/10/2012 - 05h01

Quão rara é a Terra?



Autoria: Marcelo Gleiser é professor de física e astronomia do Dartmouth College, em Hanover (EUA). É vencedor de dois prêmios Jabuti e autor, mais recentemente, de "Criação Imperfeita". Escreve aos domingos na versão impressa de "Ciência"

Agora que temos a certeza de que existe um número enorme de planetas com características físicas semelhantes às da Terra, vale perguntar se eles têm, de fato, a chance de abrigar formas de vida e, se tiverem, que vida seria essa.
Antes, alguns números importantes. Os melhores dados com relação à existência de outros planetas vêm do satélite da NASA Kepler, que anda buscando planetas como a Terra mapeando 100 mil estrelas na nossa região cósmica.
Pelo desenho da missão, a identificação dos planetas usa um efeito chamado de trânsito: quando um planeta passa em frente à sua estrela (por exemplo, Vênus passando em frente ao Sol) o brilho da estrela é ligeiramente diminuído.
Marcando o tempo que demora para o planeta passar em frente à estrela, a diminuição do brilho e, se possível, o período da órbita (quando o planeta retorna ao seu ponto inicial), é possível determinar o tamanho e massa do planeta.
Com isso, a missão estima que cerca de 5,4% de planetas na nossa galáxia têm massa semelhante à da Terra e, possivelmente, estão na zona habitável, o que significa que a temperatura na sua superfície permite a existência de água líquida (se houver água lá).
Como sabemos que o número de estrelas na nossa galáxia é em torno de 200 bilhões, a estimativa da missão Kepler implica que devem existir em torno de 10 bilhões de planetas com dimensões semelhantes às da Terra.
Nada mal, se supusermos que basta isso para que exista vida. Porém, a situação é bem mais complexa e depende das propriedades da vida e, em particular, da história geológica do planeta.
Aqui na Terra, a vida surgiu 3,5 bilhões de anos atrás. Porém, durante aproximadamente 3 bilhões de anos, a vida aqui era constituída essencialmente de seres unicelulares, pouco sofisticados. Digamos, um planeta de amebas.
Apenas quando a atmosfera da Terra foi "oxigenada", e isso devido à "descoberta" da fotossíntese por essas bactérias (cianobactérias, na verdade), é que seres multicelulares surgiram.
Essa mudança também gerou algo de muito importante: quando o oxigênio atmosférico sofreu a ação da radiação solar é que se formou a camada de ozônio que acaba por proteger a superfície do planeta. Sem essa proteção, a vida complexa na superfície seria inviável.
Fora isso, a Terra tem uma lua pesada, o que estabiliza o seu eixo de rotação: a Terra é como um pião que está por cair, rodopiando em torno de si mesma numa inclinação de 23,5 graus.
Esta inclinação é a responsável pelas estações do ano e por manter o clima da Terra relativamente agradável. Sem nossa Lua, o eixo de rotação teria um movimento caótico e a temperatura variaria de forma aleatória.
Juntemos a isso o campo magnético terrestre, que nos protege também da radiação solar e de outras formas de radiação letal que vêm do espaço, e o movimento das placas tectônicas, que funciona como um termostato terrestre e regula a circulação de gás carbônico na atmosfera, e vemos que são muitas as propriedades que fazem o nosso planeta especial.
Portanto, mesmo que existam outras "Terras" pela galáxia, defendo ainda a raridade do nosso planeta e da vida complexa que nele existe.

Estudo culpa aquecimento por megaextinção há 250 milhões de anos


19/10/2012 - 09h41

Estudo culpa aquecimento por megaextinção há 250 milhões de anos

RAFAEL GARCIA
EM WASHINGTON

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1171736-estudo-culpa-aquecimento-por-megaextincao-ha-250-milhoes-de-anos.shtml


Um surto de efeito estufa há 250 milhões de anos foi uma das principais causas do evento de extinção de espécies mais catastrófico da história do planeta, sugere um novo estudo.
Analisando o peso atômico do oxigênio contido em fósseis da época, cientistas calcularam que a temperatura média anual de águas equatoriais chegou a um pico de 40°C, tornando a vida impraticável na maior parte das áreas tropicais.
O trabalho, publicado na edição desta semana da revista "Science", oferece pela primeira vez evidências de que o calor contribuiu diretamente para extinção, e não era apenas um coadjuvante de outros fatores, como a falta de oxigênio na água ou a deterioração da camada de ozônio.
Dmitry Bogdanov/Creative Commons
Concepção artística de listrossauro, um dos poucos animais sobreviventes da Grande Extinção
Concepção artística de listrossauro, um dos poucos animais sobreviventes da Grande Extinção

Todos esses problemas geológicos que criaram dificuldades para seres vivos na época estão ligados a um período extremamente intenso de atividade vulcânica na Sibéria. Numa escala de um a dez anos, a poeira de vulcões faz a terra resfriar. Mas, no longo prazo, o gás carbônico emitido via erupções faz o planeta se aquecer.
É o que foi verificado na transição do período Permiano para o Triássico, estudado pelos pesquisadores, quando o planeta perdeu 96% das espécies marinhas e 70% dos vertebrados terrestres.
Segundo os cientistas, o problema do efeito estufa acentuado não apenas esteve envolvido na extinção desenfreada como também atrasou a recuperação da biodiversidade e o repovoamento dos trópicos.
"Quando se olha para a extinção em si, ela está ligada a atividades vulcânicas. Mas, depois do início da extinção, o aquecimento começou a dominar a tendência", disse àFolha Paul Wignall, da Universidade de Leeds (Reino Unido), um dos autores do trabalho. "O problema que aconteceu depois é que o planeta perdeu uma das maneiras que possuia para tirar o gás carbônico da atmosfera: as plantas."
Não há medidas diretas sobre áreas terrestres, mas os cientistas estimam que o pico de temperatura pode ter chegado a 60°C em algumas regiões. O estudo estima que, de 252 milhões a 247 milhões de anos antes do presente, não havia praticamente nenhum vertebrado terrestre vivendo numa faixa de latitude que vai do Uruguai aos Estados Unidos.
Os animais que sobreviveram, por sua vez, encolheram de tamanho para se adaptar a temperaturas mais altas. Segundo o pesquisador, todas essas são coisas que devem ocorrer com o aquecimento global atual, em grau menor.
"Estamos mostrando o quanto um aquecimento global pode ser ruim", afirma Wignall. "Não acho que veremos algo nesse nível em nosso futuro próximo; certamente não nos próximos cem anos."
Segundo o cientista, as temperaturas do fim do Permiano subiram até os níveis registrados em algumas poucas centenas de milhares de anos, o que é bastante rápido em termos geológicos. "Hoje, porém, o que vemos acontecer é equivalente a uma subida de temperatura instantânea", diz.