sexta-feira, 31 de maio de 2013

3 mil cidades jogam lixo em lugar errado e sem punição?

3 mil cidades jogam lixo em lugar errado

28 de maio de 2013 | 2h 01


Giovana Girardi - O Estado de S.Paulo
Faltando pouco mais de um ano para o fim do prazo dado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos para o fim dos lixões no Brasil, 3 mil cidades (54% do total), incluindo as capitais Belém e Brasília, ainda enviam resíduos para destinos inadequados. São quase 24 milhões de toneladas despejadas em condições impróprias por ano, o equivalente a 168 estádios do Maracanã lotados de lixo.
Os dados são do ano passado e fazem parte do Panorama dos Resíduos Sólidos produzido anualmente pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais (Abrelpe).
A 10.ª edição do relatório, que será divulgada hoje, mostra que o cenário apresentou alguma melhora ao longo da década, mas muito lentamente, o que indica que vai ser impossível cumprir a legislação na data prevista. Em agosto de 2014, municípios em condições irregulares podem ser enquadrados na Lei de Crimes Ambientais.
Em 2003, primeiro ano do levantamento, do total de resíduos coletados no País, 59,51% iam para lixões ou aterros sem tratamento de chorume e controle de gases e apenas 40,49% seguiam para aterros sanitários. Em 2012, a proporção se inverteu: 58% tiveram destino adequado e 42%, inadequado.
O problema é que o quadro tem se mantido constante desde 2011. "Pela proximidade do prazo estabelecido pela lei (em 2010), esperávamos ver um avanço, mas a situação se estagnou. Por outro lado, há uma tendência de aumento, ano a ano, do volume de resíduos produzidos pelos brasileiros", afirma Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe.
Geração de resíduos. A produção per capita subiu de 381,6 kg por ano em 2011 para 383 kg por ano no ano passado. Ao longo dos dez anos de levantamento, a geração de resíduos do País cresceu 21%. "Não por coincidência, o PIB per capita também variou 20,8% nesse período. Enquanto a população só cresceu 9,65%. Mais riqueza traz mais consumo de embalagem e também mais desperdício de alimento."
Como vem ocorrendo nos últimos anos, o Estado de São Paulo liderou a geração de resíduos. No ano passado, cada habitante produziu 1,393 kg/dia, contra 1,228 kg/dia no País. 

"O consumidor se conscientizou de que animal silvestre não é pet"

26/05/2013 - 02h30

Lojas famosas de animais exóticos fecham as portas em SP

DE SÃO PAULO

http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2013/05/1283540-lojas-famosas-de-animais-exoticos-fecham-as-portas-em-sp.shtml

Duas lojas famosas por venderem animais exóticos encerraram as atividades recentemente: a Au Pet Store, nos Jardins, e a Amazon Zoo, no Itaim Bibi. Procuradas, não comentaram os motivos.
Apesar de a fiscalização desse comércio ser, desde 2008, atribuição dos governos estaduais (e não mais do Ibama), empresários do setor reclamam do órgão federal.
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"O Ibama sempre criou dificuldades e formas de coerção para desmotivar o comerciante", diz Pierre Alonso, vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores e Comerciantes de Animais Silvestres e Exóticos.
Ibama nem Secretaria do Meio Ambiente responderam à acusação, mas a pasta estadual afirmou que a lei para criação e venda de espécies silvestres (nativas da fauna brasileira) não mudou na transferência.
O Ibama, porém, nunca cumpriu uma resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) de 2007 que o obriga a fazer uma lista com as espécies permitidas para venda. Desde então, nenhuma nova licença para criadores foi expedida.
"Não temos uma lei que nos dê segurança para trabalhar", diz Marcelo Ricardo da Silva, dono do Galpão do Animal, que quase não vende mais répteis devido a escassez de fornecedores. Além disso, desde 2007, jiboia, jabuti e iguana não podem ser vendidos no Estado.
Wilson Grassi, diretor da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais, atribui o fim das lojas a uma mudança comportamental. "O consumidor se conscientizou de que animal silvestre não é pet."