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sábado, 6 de agosto de 2016
Sustentabilidade não pode prescindir dos valores humanos
Sustentabilidade não pode prescindir dos valores humanos
Com informações da Universidade de Lancaster - 08/04/2016
SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Sustentabilidade não pode prescindir dos valores humanos. 08/04/2016. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sustentabilidade-valores-humanos. Capturado em 06/08/2016.
"Para mim, tudo se resume a criar um mundo mais justo," diz a professora Christina Hicks. [Imagem: Nick Graham]
Sustentabilidade humana
De inundações e quebras de safra à qualidade do ar e à poluição da água, os governos de todo o mundo estão enfrentando o desafio de construir um futuro sustentável para as pessoas e para a natureza.
Contudo, os esforços globais para proteger o planeta irão falhar se não levarmos em conta conceitos como igualdade e bem-estar.
O alerta está em um estudo realizado por uma equipe multidisciplinar e multi-institucional, liderada por Christina Hicks, da Universidade Lancaster, no Reino Unido, e publicado pela revista Science.
"Nossa busca para alcançar um ambiente saudável e sustentável depende profundamente de compreendermos como o bem-estar humano está ligado ao meio ambiente e é impactado pela forma como o administramos," explica o professor Phil Levin, da NOAA dos EUA (National Oceanic and Atmospheric Administration).
Conceitos sociais essenciais
O principal argumento da equipe é que, se quisermos fazer mudanças justas e duradouras para o meio ambiente, precisamos nos engajar de forma concreta, com a ciência sim, mas também com conceitos sociais essenciais.
Os autores identificam sete conceitos sociais-chave, que são muitas vezes marginalizados nos esforços para atingir as metas de sustentabilidade:
- Bem-estar
- Cultura
- Valores
- Desigualdade
- Justiça
- Poder
- Um sentido de autodeterminação
Eles sugerem que, embora estes conceitos sejam mais difíceis de quantificar do que o PIB ou as emissões de carbono, eles podem ser medidos e métodos já estão sendo desenvolvidos por pesquisadores e formuladores de políticas para quantificar alguns deles, incluindo o bem-estar, a autodeterminação, os valores e a desigualdade.
Proteção ambiental compatível com o ser humano
Sem essa perspectiva do social, corremos o risco de ir por uma estrada que protege o planeta, mas é incompatível com o bem-estar humano.
"O bem-estar humano é dependente de ecossistemas saudáveis, mas a busca do bem-estar no curto prazo pode afetar negativamente os mesmos ecossistemas.
"Para mim, tudo se resume a criar um mundo mais justo - nós podemos agir para proteger o nosso ambiente, mas, por vezes, essas ações podem aumentar a desigualdade, e então a abordagem não vai ser sustentável a longo prazo.
"Por exemplo, criamos parques marinhos e parques terrestres para proteger a natureza e a biodiversidade e com toda a razão. Mas, ao fazer isso, frequentemente temos tirado os meios de subsistência das pessoas, retirando as pessoas de sua própria terra. As pessoas têm sofrido. Uma sustentabilidade duradoura dependerá de soluções legítimas e justas," defende a professora Christina Hicks.
Cientistas sociais
Como meio de ação, o artigo destaca a importância de incorporar cientistas sociais para que eles trabalhem ao lado dos cientistas ambientais e dos decisores políticos.
"A ciência social é fundamental para decifrar como as pessoas interagem com seu ambiente, mas muitas vezes as complexidades dessa relação e as linguagens nas quais ela é expressa podem se tornar uma barreira à forma como ela é usada por outras ciências e pela política," ressaltou Sarah Coulthard, coautora do estudo.
Bibliografia:
Engage key social concepts for sustainability
Christina C. Hicks, Arielle Levine, Arun Agrawal, Xavier Basurto, Sara J. Breslow, Courtney Carothers, Susan Charnley, Sarah Coulthard, Nives Dolsak, Jamie Donatuto, Carlos Garcia-Quijano, Michael B. Mascia, Karma Norman, Melissa R. Poe, Terre Satterfield, Kevin St. Martin, Phillip S. Levin
Science
Vol.: 352, Issue 6281, pp. 38-40
DOI: 10.1126/science.aad4977
Engage key social concepts for sustainability
Christina C. Hicks, Arielle Levine, Arun Agrawal, Xavier Basurto, Sara J. Breslow, Courtney Carothers, Susan Charnley, Sarah Coulthard, Nives Dolsak, Jamie Donatuto, Carlos Garcia-Quijano, Michael B. Mascia, Karma Norman, Melissa R. Poe, Terre Satterfield, Kevin St. Martin, Phillip S. Levin
Science
Vol.: 352, Issue 6281, pp. 38-40
DOI: 10.1126/science.aad4977
Enterro ecológico: cremação e enterro ficam ambientalmente corretos
Enterro ecológico: cremação e enterro ficam ambientalmente corretos
Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/07/2010
SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Enterro ecológico: cremação e enterro ficam ambientalmente corretos. 02/07/2010. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=enterro-ecologico. Capturado em 06/08/2016.
SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Enterro ecológico: cremação e enterro ficam ambientalmente corretos. 02/07/2010. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=enterro-ecologico. Capturado em 06/08/2016.
Eternamente verdeNULL pessoas que se preocupam com o meio ambiente durante a vida brevemente poderão continuar sendo "verdes" também depois da morte.[Imagem: ExplicitImplicity/Wikimedia]
Eternamente verde
Engenheiros europeus desenvolveram dois métodos inusitados de eliminação do corpo: o primeiro é um método de cremação de baixa temperatura, e o segundo é um método mais ecológico do que o tradicional enterro, transformando rapidamente o corpo em uma espécie de adubo.As pessoas que se preocupam com o meio ambiente durante a vida brevemente poderão continuar sendo "verdes" também depois da morte.
As duas técnicas foram publicadas nesta semana na revista daAmerican Chemical Society, dos Estados Unidos.
Preocupações fúnebres
A editora da revista, Sarah Everts, comenta o artigo, afirmando que as pessoas ambientalmente conscientes têm várias preocupações sobre a cremação e as práticas do enterro.
A alta temperatura da cremação queima muito combustível e emite dióxido de carbono na atmosfera, o principal gás de efeito estufa. A cremação também libera no ar o mercúrio das obturações dentárias do finado.
Outros, prossegue Everts, temem que o formaldeído e outras substâncias tóxicas que as funerárias usam para preparar os corpos para o enterro possam "acabar contaminando o ambiente ao redor dos cemitérios" (sic).
Cremação de baixa temperatura
As novas técnicas já estão sendo lançadas empresarialmente na Europa e nos Estados Unidos.
A cremação de baixa temperatura substitui a queima do combustível e o calor por uma substância alcalina altamente corrosiva, que literalmente dilui o corpo.
Como a temperatura utilizada neste novo processo é 80 por cento menor do que a temperatura da cremação padrão, o processo usa menos energia e produz menos emissões de dióxido de carbono.
Compostagem póstuma
O outro método, que substitui o enterro tradicional, faz uma espécie de compostagem do cadáver. O processo começa com o congelamento do corpo em nitrogênio líquido, quebrando-o em pedaços menores.
A seguir, os restos são secos por um processo chamado liofilização, por meio do qual a água congelada sublima-se, passando diretamente da fase sólida para gasosa.
Finalmente, o que sobrou é colocado dentro de um caixão biodegradável para o enterro, e o ambientalista liofilizado pode descansar duplamente em paz - consigo e com o meio ambiente.
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