segunda-feira, 27 de junho de 2011

Gastos com iluminação pública e semáforos constitui 60% da energia consumida nas cidades


Gastos com iluminação pública e semáforos constitui 60% da energia consumida nas cidades


















18/08/2010 21:04
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Os desperdícios de gastos, com iluminação pública e semáforos, podem ser reduzidos com novas tecnologias. Já em ambientes internos, a utilização da luz natural substitui o consumo desnecessário.

Aluguel automático de bicicletas está prestes a virar realidade em SP

Várias cidades europeias têm um sistema de empréstimo automático de bicicletas. Funciona assim: a estação de aluguel da bike tem uma máquina, onde você paga pelo empréstimo, e uma barra, onde ficam presas as bicicletas. Elas são liberadas pela máquina mediante pagamento – não tem ninguém mediando o empréstimo, tudo é automático. Existem várias estações como essa pela cidade: você anda com a bicicleta e depois pode devolvê-la em outro posto.

Nós adoramos o sistema de Barcelona, por exemplo. E São Paulo está prestes a ganhar um sistema assim, graças a dois alunos da Universidade de São Paulo.

Felipe Ventura, do Gizmodo, conversou com Mauricio Villar, que, junto a Maurício Matsumoto, teve a ideia que levou ao PedalUSP. Eles são formados em engenharia mecatrônica pela USP e fizeram intercâmbio na França. Os amigos moraram em cidades que ofereciam o sistema de empréstimo automático de bicicletas, e resolveram fazer seu trabalho de conclusão de curso na área, bolando um sistema que funcionasse no Brasil. E graças ao Propesc, programa que busca, na própria USP, projetos e ideias na área de sustentabilidade, o TCC começou a virar realidade.

O projeto demonstrou em agosto seus primeiros protótipos na Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo – e, de acordo com o Mauricio, teve receptividade acima do esperado. Veja um dos protótipos abaixo:






O sistema deve ser instalado na USP a partir de janeiro de 2011, ainda em caráter experimental. Serão apenas duas estações com quatro bicicletas, número que deve crescer para dez estações e cem bicicletas com a expansão do projeto, sem data definida.

Mauricio conta que, como a ideia é que a bike seja usada para trajetos curtos – da aula para o almoço, por exemplo – o empréstimo será gratuito mas limitado a 20 minutos. Se o usuário não a devolver nesse período, ficará um ou mais dias sem poder pegar bicicletas emprestadas. Só haverá multa em dinheiro (de R$300) se a bicicleta não for devolvida em 24 horas. Mas, diz Mauricio, estes critérios podem mudar à medida que o projeto é implementado.
Para evitar que bicicletas sejam furtadas, elas contam com chip identificador (não é GPS!), que mostra quem está com a bicicleta ou em qual estação ela se encontra. As bikes serão diferentes das comerciais, para não retirarem peças dela (como o banco). E deu-se atenção especial à trava eletromecânica da bike, que a prende na estação. As estações de empréstimo também têm câmeras de segurança e estão localizadas em locais estratégicos: tanto de fácil acesso para os usuários, como próximos a guaritas da universidade.

Inicialmente, segundo Villar, o sistema será exclusivo para alunos, funcionários e docentes da USP. Além disso, as bicicletas só poderão ser usadas dentro do campus – novamente, a ideia é usá-las para trajetos curtos. Com mais recursos, o sistema poderá ser expandido, aberto para quem não é ligado à USP, e inclusive ser integrado à estação de trem próxima à universidade. Para implementar e expandir o PedalUSP, que tem custo estimado de R$500 mil, os coordenadores do projeto buscam parceiros e patrocinadores. Mauricio conta que já estão em conversas com a iniciativa privada, e a própria USP pode financiar parte do projeto.
Já existem iniciativas semelhantes a esta em outras cidades, como Rio de Janeiro, Blumenau e João Pessoa. Então esperamos que o PedalUSP seja ampliado e inspire iniciativas semelhantes em São Paulo. [Pedalusp/Release via GizmodoImagens: Divulgação]





GPS pode facilitar o trabalho do homem do campo

GPS pode facilitar o trabalho do homem do campo





"Jetpack" é propulsionado por água


Homem usa ‘mochila turbinada’ para voar nos Estados Unidos




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O homem sempre sonhou em voar como os pássaros. Esse desejo foi o combustível para a invenção, entre outras, do avião, do helicóptero, da asa-delta e, mais recentemente, do jetpack. E foi com essa mochila turbinada que o americano Dave Tuxbury alçouvoo na cidade de Key West, na Florida, Estados Unidos.
O jetpack é propulsionado por água. O equipamento possui uma mangueira acoplada que transporta a água para cima. O piloto controla a pressão com que o líquido é expulso e, desta forma, mede a altura do voo.





30% das empresas não têm ações de sustentabilidade

30% das empresas não têm ações de sustentabilidade

27 de junho de 2011 | 0h 00


autoria: Andrea Vialli - O Estado de S.Paulo


Mais de 30% das empresas globais ainda precisam implementar planos de sustentabilidade, aponta pesquisa da área de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade da consultoria KPMG. Segundo o estudo, faltam estratégias de crescimento para projetos nessa área. O levantamento foi realizado com 378 executivos dos EUA, Canadá, e das regiões Ásia Pacífico, Europa, Oriente Médio, África e América Latina.
Segundo a pesquisa, 60% das companhias pesquisadas afirmaram ter uma estratégia em funcionamento para sustentabilidade corporativa, porcentual ligeiramente acima do que os 50% apresentados em um estudo semelhante realizado em 2008.
Já entre as empresas que não dispõem de uma estratégia, mais de 70% esperam ter uma dentro do prazo de um a cinco anos, e 25% indicaram não ter um prazo específico para tal. Mesmo assim, quase 50% dos executivos acreditam que a implementação de programas de sustentabilidade irá contribuir de forma significativa para a empresa, seja pela redução de custos ou pela maior rentabilidade.
"A maioria das empresas entende o que elas têm de fazer em relação à sustentabilidade, mas precisam de ajuda na construção de sistemas de informação para estabelecer o quanto eficazes elas são na redução da emissão de carbono", diz Eduardo Cipullo, sócio responsável pela área de sustentabilidade da KPMG no Brasil. 


O que acontece se a água radioativa transbordar?

Tepco planeja reativar sistema para descontaminar água de Fukushima

Objetivo é reduzir temperatura dos reatores danificados até 2012 para reutilização da água

27 de junho de 2011 | 1h 42


Efe
TÓQUIO - A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, planeja colocar em andamento nesta segunda-feira, 27, um sistema crucial para descontaminar as mais de 110 mil toneladas de água radioativa que se acumulam na central, após vários atrasos causados por problemas técnicos.
Era para o sistema ter sido ativado há dez dias, mas um problema com um dos dispositivos responsáveis por absorver substâncias radioativas obrigou a paralisá-lo apenas cinco horas após entrar em funcionamento.
No entanto, a Tepco disse ter solucionado esse problema graças a uma mudança no material absorvente, por isso espera que ainda nesta segunda a água possa começar a ser tratada corretamente, informou a emissora de televisão pública japonesa NHK.
Nas provas prévias ao início do processo, o sistema, que conta com tecnologia da empresa francesa Areva e da americana Kurion, conseguiu descontaminar cerca de 600 toneladas de água, que serão utilizadas nesta mesma segunda-feira para esfriar os reatores.
O dispositivo, segundo a Tepco, conseguiu diminuir em 100 mil vezes o nível de césio-134 e césio-137, atingindo assim a meta de reduzir a contaminação para o nível de 100 becquerels por centímetro cúbico.
Um funcionamento estável deste dispositivo significaria um grande passo no plano da Tepco de reduzir a temperatura dos reatores danificados até janeiro de 2012, pois o sistema em funcionamento permitiria à empresa reutilizar a água que inunda a usina para resfriá-los, sem a necessidade de se injetar novo líquido.
A água altamente contaminada que se acumula em Fukushima é um dos grandes problemas enfrentados pelos técnicos da central, que trabalham dia e noite para tentar controlar a temperatura das unidades danificadas pelo terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março passado.
O volume de água cresce diariamente por causa das contínuas injeções nos reatores, necessárias para tentar controlar a temperatura e conter as emissões de radioatividade. Teme-se que as chuvas de verão (local) agravem a situação.



Celular e células

O que o celular faz a suas células


autoria: Por Carla Peralva
▪▪▪ Níveis de radiação estão dentro dos parâmetros, mas eles podem estar errados

“Cinco bilhões de celulares no mundo é a maior experiência biológica já feita na humanidade”, diz o professor Leif Salford, presidente do departamento de neurocirurgia da Universidade de Lund, na Suécia. Como muitos outros cientistas, ele estuda há décadas os efeitos da radiação eletromagnética no corpo humano e se preocupa com o fato de o mundo usar cada vez mais tecnologias baseadas em ondas eletromagnéticas – rádio,TV, celulares, Wi-Fi – sem saber que efeitos elas podem ter na saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 31 de maio, deu um alerta: pode causar câncer. O anúncio da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, na sigla em inglês), braço da entidade, classificou a radiação emitida pela antena do telefone celular como “possivelmente cancerígena para humanos”, o mesmo grupo de perigo em que gases emitidos por automóveis, chumbo e clorofórmio estão incluídos.
O estudo que motivou o anúncio relaciona o uso do celular ao aumento de tumores malignos e benignos no cérebro. Segundo a pesquisa, quem usou o aparelho por 30 minutos por dia durante 10 anos, apresentou 40% mais chances de desenvolver gliomas, tumor encefálico maligno e muito perigoso. Mas a divulgação já veio com uma ressalva: os resultados não são definitivos. Ainda não há nenhum caso de câncer comprovadamente causado por celular e faltam estudos epidemiológicos para comprovar a ligação da doença com o uso do aparelho.
Para Adilza Condessa Dode, doutora em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais, a classificação “possivelmente cancerígena” já basta para a adoção do chamado Princípio da Precaução, que diz que, se ainda não há certeza sobre danos que uma tecnologia causa à saúde, é melhor adotar medidas restritivas do que esperar até que aconteça o pior.
Em sua tese de doutorado, defendida no ano passado, Adilza relacionou as mortes por câncer acontecidas em Belo Horizonte entre 1996 e 2006 com a proximidade da residência dos doentes a antenas de telefonia móvel: 93% dos casos das mortes ocorreram a até 500 metros de alguma antena. Foram analisados só casos de câncer que a literatura médica já sabe estarem relacionados à ação do campo elétrico gerado pela radiação, como de mama, pele, próstata, pulmão e fígado.
Com sua pesquisa, Adilza alerta que o problema da radiação do celular na verdade são dois: a alta radiação emitida quando o aparelho é usado para fazer ligações e o longo tempo de exposição a campos eletromagnéticos mais fracos criados pelo sistema de antenas de celulares, radares, rádios e TVs. Para a engenheira, a poluição eletromagnética é o maior problema ambiental do século 21, principalmente porque ainda não se tem certeza dos efeitos que ela pode causar.
No Brasil, quem determina e fiscaliza os níveis de exposição a campos eletromagnéticos é a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ela define tanto a radiação máxima que um celular pode emitir quanto o valor máximo de campo eletromagnético que um conjunto de antenas pode gerar em área habitada.
Os valores adotados pela Anatel, em regulação de 2002, são os mesmos definidos pela Comissão Internacional de Proteção Contra Radiações Não Ionizantes (Icnirp) e ainda indicados pela OMS. Segundo Agostinho Linhares de Souza, gerente especialista em regulação da Agência, todos os pontos de medição do país estão com os níveis de campo elétrico abaixo dos recomendados pela legislação – dificilmente as medições atingem um sétimo do máximo permitido, 28 volts por metro, em locais onde a população está exposta a combinadas frequências.
A questão levantada pela OMS é se esses padrões são de fato seguros. E quanto tempo levará para revê-los antes que saúde pública seja afetada. Países como Suíça, Itália, Rússia e China já adotam parâmetros mais restritivos tanto para a emissão de radiação por aparelhos como celulares e roteadores, como para antenas de telefonia e radiodifusão. A cidade de Porto Alegre, por decreto municipal, também optou pela cautela e adotou padrões 100 vezes mais baixos que os recomendados pela lei federal.
Segundo Leeann Brown, porta-voz do Environmental Working Group, associação de pesquisadores sem fins lucrativos, a classe científica ainda não consegue determinar quais os padrões seguros de exposição a radiação, mas já é possível afirmar que os parâmetros atuais são altos demais e precisam ser revistos com urgência. Leeann acredita que apenas uma mobilização da população pode acelerar a mudança da legislação em cada país, já que as empresas de telecomunicações já sabem dos perigos, mas evitam falar sobre isso para não assustar os consumidores.
E o que acontece se os padrões forem mudados e as empresas forem obrigadas a diminuir a potência do sistema de telefonia? Em Paris e em Porto Alegre, cidades com legislações mais restritivas, os serviços mantiveram o padrão de qualidade. Agostinho Souza também acredita que quase nenhum impacto seria sentido pelos consumidores, pois os níveis de campo elétrico hoje vistos nos Brasil estão tão abaixo do limite que não seria problema se adequar a uma nova legislação.
PEGADINHA

Por muito tempo, vídeos de uma galera fazendo pipoca com seus celulares bombaram na internet. Todo mundo queria aprender a radiação da antena do celular para estourar uns grãos de milho. Mas isso é fisicamente impossível. Em um micro-ondas, as ondas agitam as moléculas de água até a pressão dentro do milho ser tanta que ele explode. Se celular fizesse isso, a água de nossas células ia ferver e os nossos dedos iam estourar. O método, portanto, não passa de um truque de edição. Para ver o vídeo, procure por “Pop corn cell phones” no YouTube.

Cigarro aumenta risco de morte por câncer de próstata


Cigarro aumenta risco de morte por câncer de próstata


22/06/2011 - 16h05


DA FRANCE PRESSE



Os fumantes com diagnóstico de câncer de próstata correm mais risco de desenvolver tumores agressivos e maior probabilidade de morrer da doença do que os não fumantes, destacaram cientistas americanos na terça-feira (21).
Os homens que fumavam na época do diagnóstico demonstraram ter 61% mais chances de morrer por causa do câncer de próstata e 61% mais chances de o câncer voltar em comparação com os que nunca fumaram, afirmaram cientistas da Faculdade de Saúde Pública da Universidade da Califórnia, em San Francisco.
No entanto, ex-fumantes que abandonaram o hábito há 10 anos ou mais, antes do diagnóstico de câncer de próstata, demonstraram ter um risco de recorrência e de morte similar aos dos homens que nunca fumaram, destacou o estudo divulgado no "Journal of the American Medical Association".
"Estes dados são estimulantes porque há poucos caminhos conhecidos para que um homem reduza o risco de morrer de câncer de próstata", assegurou um dos autores do estudo, Edward Giovannucci, professor de nutrição e epidemiologia de Harvard.
"Para os fumantes, deixar [o hábito] pode reduzir o risco de morrer de câncer de próstata. É outra razão para não fumar", acrescentou.
A pesquisa examinou 5.366 homens diagnosticados com câncer de próstata entre 1986 e 2006. Durante este período, registrou 1.630 mortes, 524 (32%) devido ao câncer de próstata e 416 (26%) de doença cardíaca.

Curso Gratuito da FGV. Sustentabilidade, um valor para a nova geração: orientações para o professor do ensino fundamental

Sustentabilidade, um valor para a nova geração: 

orientações para o professor do ensino fundamental



O Curso Sustentabilidade, um valor para a nova geração: orientações para o professor de ensino fundamental é uma ferramenta de reflexão acerca da Sustentabilidade que serve de apoio a professores do Ensino Fundamental. O Walmart demonstra sua preocupação com o planeta e seus viventes disponibilizando uma série de meios multiplicadores que colaboram na expansão de ideias e hábitos que garantam uma vida mais sustentável, como este curso gratuito elaborado em parceria com o FGV Online.

Objetivo

Analisar o papel do professor na sustentabilidade e propor ideias, análises, vídeos e uma série de outros materiais que o ajudarão a levar uma nova prática de vida aos seus alunos em sala de aula e fora dela também.



Uma vez que as iniciativas do OCWC, tipicamente, não proporcionam titulação, crédito, certificação ou acesso a instrutores, os materiais estão disponíveis, gratuitamente, sob a forma de licenças livres para uso e adaptação por educadores e alunos ao redor do mundo.

O cadastro abaixo é necessário somente para os alunos que desejarem receber uma declaração ao término desse curso. Neste caso, ao finalizar o curso, você poderá realizar um teste, constituído de 10 questões objetivas, e, obtendo nota mínima 7.0, você poderá imprimir a declaração.
Essa declaração, impressa em língua portuguesa, é emitida pela Fundação Getulio Vargas.



Cursos de Sustentabilidade


No Walmart Brasil, acreditamos que, para o mundo de hoje ser possível amanhã, os padrões de consumo, produção e uso de recursos naturais devem mudar. Essa crença, potencializada pela cultura da empresa, impulsionou nossa decisão de contribuir com esse processo de mudança. Compreendemos também o potencial do segmento varejista e, consequentemente, nosso próprio potencial para engajar e mobilizar pessoas, e acelerar as transformações.
Sendo assim, nossa estratégia de sustentabilidade não se limita a melhorar nossas próprias operações e reduzir os impactos diretos. Queremos também construir parcerias que nos possibilitem ampliar os resultados e torná-los mais duradouros.
Atuando em diversos países no segmento de supermercados, temos contato direto com mais de 200 milhões de clientes por semana, possuindo uma rede de fornecedores que alcança 100 mil empresas. Ao escolherem, conscientemente, o que e como consomem, as pessoas estimulam melhores práticas em toda a cadeia de valor e se tornam o principal agente de mudança.
O trabalho conjunto é primordial para construir um futuro mais justo e sustentável. Nós, do Walmart Brasil, queremos participar como agentes dessa construção.



Inscreva-se:

http://www5.fgv.br/fgvonline/CursosGratuitosWalmart.aspx?id_curso=OCWVALEAD_00_01/2011_1

Carros do futuro...sustentáveis


Tecnologias das pistas de Le Mans chegam às ruas


27/06/2011 - 07h26


Autoria: FERNANDO VELEIKA DE BARROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Que tal rodar 4.845 quilômetros com seu carro em um único dia? Foi essa a distância que percorreu o Audi R18, vencedor da última edição das 24 Horas de Le Mans.
É como ir de Manaus (AM) a Porto Alegre (RS) a proibitivos 220 km/h, parando apenas para reabastecer. Para tanto, é preciso muita tecnologia -que depois estará presente nos carros "normais".
Alain Jocard/France Presse
O alemão Mike Rockenfeller em seu Audi R8, nas 24 horas de Le Mans
Mike Rockenfeller em Audi R8, nas 24 horas de Le Mans
"Corridas de longa duração são um laboratório único para bolar novas soluções", afirma o engenheiro Wolfgang Ullrich, que há oito anos comanda a equipe de competição da Audi.
Um exemplo das inovações que migraram das pistas para as ruas é o sistema de dupla embreagem, já presente em modelos mais luxuosos ou esportivos. Na corrida, ajuda a ganhar tempo nas trocas de marchas. Nas ruas, traz mais conforto e melhor aproveitamento da potência.
Novas ideias também estão surgindo debaixo do capô. O motor do R18 2011 é um poderoso V6 turbodiesel, 25% mais leve do que o do antecessor (também vitorioso em Le Mans), igualmente potente e muito resistente.
O objetivo: reduzir o consumo e, consequentemente, perder menos tempo com reabastecimentos.
Bom para o ambiente: se o gasto de combustível diminui, as emissões seguem o mesmo caminho.

MAIS ECONOMIA

A aposta para a próxima década é o desenvolvimento de protótipos ainda mais econômicos e potentes. Para cumprir esse objetivo, a tecnologia híbrida percorre o caminho inverso e migra para as competições.
"Pode-se reduzir de 10% a 15% do consumo com modelos híbridos que rodem com diesel, baterias recarregáveis e sistemas de recuperação de energia", comenta Ullrich.
Ao investir alto no desenvolvimento de alternativas para as pistas, os fabricantes já pensam em seus futuros veículos de passeio.
"Hoje, há cerca de 500 profissionais trabalhando no desenvolvimento dos carros de corrida híbridos, rápidos e econômicos. Podemos dizer que a novidade logo vai equipar nossos modelos de série", diz o engenheiro Michael Dick, diretor do departamento técnico da Audi.
Até os faróis do R18 apontam para o futuro. Com o uso de LEDs, iluminam mais e consomem menos energia do que lâmpadas de gerações anteriores. Perto deles, até o xenônio envelheceu.

SEGURANÇA

A tecnologia aplicada nas células de sobrevivência dos bólidos de Le Mans poderá chegar às próximas gerações de carros esportivos. Posteriormente, equiparão veículos convencionais.
Basta ver o acidente do escocês Allan McNish logo na primeira hora da prova em Le Mans para entender a importância da proteção de cabine. O carro se chocou violentamente contra o muro do circuito; ficou aos pedaços. Apesar da gravidade da colisão, o piloto saiu andando.
"Acidentes como esse são analisados à exaustão e servem para deixar os automóveis menos vulneráveis", menciona Martin Muhlmeier, chefe de tecnologia da Audi.
Após essa análise, vêm as melhorias nos projetos. Depois, equipes de engenharia estudam como aplicar as novas soluções de segurança nos carros que estarão nas garagens de todo o planeta. Quanto mais veloz for o desenvolvimento, melhor.