domingo, 27 de março de 2011

Arquiteto Bjarke Ingels vem ao Brasil para palestra gratuita sobre "Sustentabilidade Hedonista", em São Paulo na FAAP

25/Março/2011

Arquiteto Bjarke Ingels vem ao Brasil para palestras sobre sustentabilidade


Palestra "Sustentabilidade Hedonista" será apresentada em São Paulo e no Rio de Janeiro




Autoria: Mauricio Lima






VM Houses, projeto de Bjarke Ingels

O arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels, diretor do escritório BIG, virá ao Brasil no mês de abril para duas palestras. A primeira será realizada na cidade de São Paulo, no prédio da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), no dia 1º de abril. Já a segunda será realizada na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), três dias depois.



O tema das palestras será "Sustentabilidade Hedonista". Durante os eventos, o palestrante falará sobre suas experiências e projetos e sobre como cidades e prédios sustentáveis podem melhorar a qualidade de vida.



Ingels estudou arquitetura na Royal Academy de Copenhague, sua cidade natal, e também na Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona, graduando-se em 1998. Trabalhou com Rem Koolhaas até 2001 quando, de volta à Dinamarca, fundou o estúdio Plot - com o qual recebeu o Leão de Ouro na Bienal de Arquitetura de Veneza (2004) pelo projeto de uma sala de música na Noruega. O BIG, seu atual escritório, foi fundado em 2006. Além disso, o arquiteto foi premiado com o European Prize for Architecture, em outubro do ano passado.



Para se inscrever na palestra em São Paulo, os interessados deverão acessar o site da FAAP e realizar a inscrição gratuitamente. Já a palestra na PUC-Rio será aberta a todos. As duas palestras contarão com tradução simultânea.





Economize energia com a ajuda de um fantasma

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O interruptor chamado “Tio Light System” criado pelo designer Tim Holley muda de cor para você saber quanto tempo a lâmpada está acesa.

Todo mundo pode esquecer de apagar a luz, mas as crianças são campeãs nisso. Por isso o fantasminha quer ajudar a educar os esquecidos e ainda enfeitar a casa.



O interruptor vai de verde, quando a lâmpada foi acesa, para amarelo e por último o vermelho para alertar que já faz tempo que deveriam ter desligado a luz. Só espero que essas luzes coloridas sejam LEDs de baixíssimo consumo pra fazer mais sentido.



Relatório Estádios Solares Opção Sustentável para a Copa 2014 no Brasil

Relatório Estádios Solares Opção Sustentável para a Copa 2014 no Brasil



Autoria e fonte: http://www.matrizlimpa.com.br/index.php/2011/02/relatorio-estadios-solares-opcao-sustentavel-para-copa-2014-brasil/2396




14 de fevereiro de 2011 em ReferênciasO relatório, elaborado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto para o Desenvolvimento das Energias Alternativas na América Latina (Ideal), reúne informações atualizadas em relação ao projeto Estádios Solares, fornecendo estimativas de potência instalada e de custos de instalação de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede (SFCR) integrados à arquitetura da cobertura dos estádios da Copa 2014 e do Estádio de Pituaçu (Salvador-BA). O Estádio de Pituaçu foi incluído porque o projeto para instalação de um SFCR em sua cobertura já foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e já conta com orçamento garantido por parte da COELBA. O objetivo é fundamentar a defesa do projeto Estádios Solares junto aos tomadores de decisão do Brasil e de outros países.



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Um novo olhar para a sustentabilidade

Um novo olhar para a sustentabilidade


Fonte: http://www.jornaldebarretos.com.br/novo/2011/03/27370
Autor: Backer Ribeiro Fernandes




Segundo Gilles Lipovetsky, importante filósofo contemporâneo, as preocupações do por vir planetário e os riscos ambientais assumiram posição primordial no debate coletivo. Nos últimos anos, quando despertamos para as revelações alarmantes a respeito do aquecimento global, o termo sustentabilidade ganhou a importância merecida na mídia, governos e empresas. Sustentabilidade virou uma febre. As empresas são sustentáveis, o negócio é sustentável, tudo é sustentável. Mas o que é ser sustentável? Que conceitos norteiam as gestões estratégicas das organizações?



Ser sustentável hoje, provavelmente, é viabilizar o negócio desde que não impacte em mais custos, tecnologias mais caras. O que todos precisam entender é que há urgência em equilibrar a balança do tripé da sustentabilidade (Triple Bottom Line), a economia não deve pesar mais que o social e o ambiental. Caso isso não ocorra, a natureza cobrará o seu preço. No caso do Japão, o governo gastará 200 bilhões de dólares na reconstrução do país após o desastre.



Em 1987, foi publicado o Relatório “Nosso Futuro Comum” (Our Common Future), elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que fazia duras criticas ao modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, ressaltando os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. O relatório apontava para a incompatibilidade entre o desenvolvimento e os padrões de produção e consumo vigentes. Cunhou-se a célebre frase: “Desenvolvimento sustentável é satisfazer as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.



Ou seja, deveríamos garantir para os nosso filhos, pelo menos, a mesma qualidade de vida que temos hoje e que já não é tão boa assim. As gerações futuras agora com 24 anos (1987 a 2011), perguntam quais medidas foram cumpridas e se é este o futuro que construímos para eles. Devemos mesmo adotar esse conceito? A resposta é não! Os resultados mostram que falhamos e que sustentabilidade é garantir hoje a qualidade do meio ambiente, da vida, gastar o que for preciso para as gerações presentes.



Não há um limite mínimo para o bem-estar da sociedade assim como não há um limite máximo para a utilização dos recursos naturais. Como citou Jeffrey Sachs, professor de Economia e diretor do Instituto Terra da Universidade Columbia, “o mundo está rompendo os limites no uso de recursos, se a economia mundial cresce a um patamar de 5% ao ano significa, neste modelo de desenvolvimento, que continuaremos produzindo grandes impactos ao meio ambiente, nosso planeta não suportará fisicamente esse crescimento econômico exponencial, se deixarmos a ganância levar vantagem, o crescimento da economia mundial já está esmagando a natureza”.



Se continuarmos com um modelo de desenvolvimento como o que temos atualmente, em 2050, quando se estima que seremos 9 bilhões de habitantes, teremos uma dívida ecológica de 24 meses, tempo necessário para ela se recompor, mesmo assim, não se tem a certeza se o planeta agüentará uma pressão deste tamanho.



Há um grande equívoco que preciso deixar claro quando se fala em desenvolvimento. É comum falar em desenvolvimento sob o prisma do crescimento da economia, o Brasil está entre os 10 países mais ricos do mundo, mas o relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mostra o Brasil na 73ª posição entre 169 países. De acordo com o relatório, aproximadamente 8,5% da população brasileira vive abaixo da linha da pobreza, ou seja, 17 milhões de brasileiros vivem com menos de R$60 por mês. Além da má distribuição de renda, doença crônica no desenvolvimento do Brasil, a saúde e a educação são o que mais pesa na pobreza do país.



Como diria o professor Sachs, “se a ganância vencer, a máquina do crescimento econômico depredará os recursos, deixará os pobres de lado e nos conduzirá a uma profunda crise social, política e econômica”. Precisamos propor uma mudança no paradigma da sustentabilidade, o desenvolvimento sustentado necessita incluir o homem nesse processo, numa gestão que inclua as pessoas, tecnologias sem o pressuposto econômico, fontes renováveis e práticas sustentáveis. Como citou Rachel Carson em seu livro Primavera Silenciosa, “o homem é parte da natureza e sua guerra contra a natureza é inevitavelmente uma guerra contra si mesmo… temos pela frente um desafio como nunca a humanidade teve, de provar nossa maturidade e nosso domínio, não da natureza, mas de nós mesmos”. A mensagem está dada.



Backer Ribeiro Fernandes é relações públicas e doutorando em Ciências da Comunicação. Leciona no curso de Relações Públicas da FAAP/SP e é professor conferencista da ECA/USP. É diretor da Communità, consultoria especializada em comunicação para a sustentabilidade.