sexta-feira, 18 de março de 2011

Como incluir a sustentabilidade na especificação de materiais na arquitetura

Como incluir a sustentabilidade na especificação de materiais na arquitetura, artigo de Paola Figueiredo


Publicado em março 17, 2011 por HC

Fonte:


 
Parte do tempo de um arquiteto ou projetista resume-se à especificação de materiais para seus projetos. A atividade de seleção de materiais tem importância crítica para a vida útil da futura edificação, a viabilidade da construção, sua sustentabilidade e, ainda, traz preocupações muito pertinentes com relação à responsabilidade civil do profissional de especificação.



Acompanhar o lançamento de produtos, as novas exigências e também orientar os clientes na busca por melhores soluções requer dedicação e também, cada vez mais, conhecimento. Quando falamos em sustentabilidade, uma série de inovações disponíveis surge na mesma medida que o profissional é bombardeado por informações inconsistentes e muitas vezes errôneas. Além disso, o profissional também deve se precaver a respeito da garantia, vida útil, uso, conservação e manutenção preventiva, itens que poderão gerar, no futuro, questionamentos e contestações jurídicas para o profissional de especificação.



Outro ponto são as exigências de informações mais detalhadas para as certificações de sustentabilidade, como os selos LEED, AQUA, Selo Casa Azul e também o Procel Edifica.



Assim, o profissional deve estar atualizado e buscar facilitadores que possam ajudá-lo a identificar mais rapidamente produtos com qualidade e sustentabilidade.



Primeiramente, é importante que o especificador saiba diferenciar o que são produtos sustentáveis, verdes e ecológicos. Enquanto os ecológicos prezam pela manter o meio ambiente o mais intacto possível e até reconstituído; os verdes, por menores impactos ambientais e também pela saúde, os sustentáveis vão além, preocupando-se também com a qualidade comprovada, desenvolvimento, fabricação e comercialização socioambientalmente responsável.



Outra orientação importante é saber identificar os sinais da maquiagem verde, isto é, distorções dos conceitos para se fazer parecer sustentável sem ser, como:



a. Auto-selos, criados pelos próprios fabricantes, sem consistência;



b. Termos genéricos também são muito usados como 100% natural, 100% ecológico, eco, amigo da natureza (eco-friendly) e variações do tipo.



c. Informações sem comprovação imediata ou termos científicos.



d. Excesso de imagens da natureza: reparem se há muito verde ou imagens de animais.



e. Falar que o produto é “neutralizado” em carbono. Desconfie da simples neutralização que não torna o produto sustentável. A neutralização é válida após a revisão e efetiva redução dos impactos ambientais da cadeia produtiva. É o final e não o começo.



f. Embalagem reciclada ou reciclável. Embalagens recicladas não tornam os produtos mais sustentáveis, a menos que eles tenham os atributos essenciais da sustentabilidade.



g. Produtos concentrados. Só porque foi retirada a água do produto não o torna “verde”. É importante que ele não faça mal à saúde.



h. Produtos ditos “sem cheiro” quando o importante é comprovar a baixa toxidade, por critério reconhecido.



Para finalizar, já existem no mercado produtos com rótulos de sustentabilidade, como o Selo SustentaX que garante para o mercado produtos sustentáveis, com qualidade, salubridade, responsabilidades social, ambiental, na comunicação com o consumidor. Além de tudo isso, o recém criado Índice SustentaX de Sustentabilidade e Inovação, pontua a evolução de produtos licenciados com o Selo SustentaX, em termos de sustentabilidade e inovação.



O folheto de cada produto licenciado com o Selo SustentaX disponibiliza informações importantes para o profisional de especificação e de compras como novas regras do LEED, em suas diversas categorias que foram alteradas e acrescidas; as regras do critério AQUA; as regras para o Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal; as NBRs 15575 e 14037 e até as novas medidas de estímulo à compras governamentais sustentáveis, para os casos de obras públicas.



Para saber mais, consulte: www.SeloSustentaX.com.br. No site, estão disponíveis a relação de produtos e todas as informações para sua correta especificação e futuras aplicações.



*Paola Figueiredo é Geógrafa, fez MBA em direito empresarial, pós-graduação em Engenharia de Produção, especialização em arquitetura bioclimática e vários cursos de eficiência energética. É Vice-Presidente Executiva do Grupo SustentaX que desenvolve, de forma integrada, o conceito de sustentabilidade, ajudando as corporações a terem seus negócios mais competitivos e sustentáveis, identificando para os consumidores produtos e serviços sustentáveis e desenvolvendo projetos de sustentabilidade para empreendimentos.



Colaboração de Janaína S. e Silva para o EcoDebate, 17/03/2011





Novas casas da CDHU terão como foco a sustentabilidade


Novas casas da CDHU terão como foco a sustentabilidade


17/03/2011



Autoria e fonte: http://www.jcnet.com.br/detalhe_regional.php?codigo=203403



Da Redação

Botucatu - A partir deste ano, as unidades habitacionais construídas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU) terão como foco principal a sustentabilidade com base em soluções para diminuição de consumo energético, redução de emissões e resíduos, e menores custos e despesas com manutenção das casas. Até o final deste ano, a CDHU inicia a construção de 200 unidades habitacionais na cidade de Botucatu (100 quilômetros de Bauru).



O projeto, que será utilizado como base para a construção das casas térreas, foi planejado pelo escritório 24.7 de Campinas – dirigido pelos arquitetos Gustavo Tenca, Inácio Cardona e Giuliano Pelagio - escolhido através do concurso “Habitação para todos” – Concurso Nacional de Projetos de Arquitetura de Novas Tipologias para Habitação de Interesse Social Sustentáveis”, realizado pela CDHU e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP) no final do ano passado.



Voltado para arquitetos de todo o País, o concurso teve o intuito de fomentar a produção de novas alternativas para moradias populares englobando viabilidade econômica, a sustentabilidade ambiental, a urbanidade e, obrigatoriamente, soluções de acessibilidade com base nos conceitos do Desenho Universal. Também concorreram projetos divididos em cinco categorias sendo: casas escalonadas, sobrados, edifícios de três, quatro e cinco pavimentos e edifícios de seis e sete pavimentos.



O projeto prevê a construção de casas térreas de dois e três quartos com 52 e 63 m2 respectivamente e com valor aproximado de R$ 52 mil e R$ 63 mil a unidade.



Entre as características apresentadas estão os “itens” de conforto térmico como a implantação Norte Sul, o correto posicionamento dos vidros, sistemas de exaustão de ar quente, massa térmica para aquecimento no inverno, paredes que ventilam sem perdas térmicas, pátios internos, ventilação permanente, coberturas inerciais, além de proteções solares. De acordo com o arquiteto Giuliano Pelaio, 90% da sustentabilidade de um projeto é alcançado exclusivamente através de decisões projetuais graças a correta interpretação climática do local e não pela especificação de materiais ecológicos. E neste projeto, não foi diferente, completou.



A parte interna das casas foi concebida de acordo com os módulos de acessibilidade, todos os ambientes possuem condições de deslocamentos, rotações e passagem para uma cadeira de roda, acesso em nível para o interior da casa, vãos das portas com 90 cm, ou seja, pensada no conceito de mobilidade reduzida.



Outras questões relevantes como iluminação e ventilação também foram contempladas desde a concepção do projeto. A casa possui um formato estreito e alongado, é constituída de dois “blocos lineares”, justamente para permitir o perfeito funcionamento da iluminação natural em todos os ambientes. A ventilação natural se dá através do correto posicionamento das aberturas e através da captação da ventilação fresca gerada pelos pátios projetados entre os blocos. Além de outras estratégias, o projeto bioclimático deve ser compreendido pelos usuários, já que também cabe a ele uma parcela significativa para que se atinja o conforto ambiental.



E por último, a diferenciação e a personalização das fachadas também estão inseridas no projeto visando o rompimento da monotonia causada pela repetição dos conjuntos habitacionais executados normalmente e que remetem à construção de várias casas iguais, como se todas as pessoas não possuíssem personalidade e gostos diferentes.

Sustentabilidade deve ser a base de novo Código Florestal Brasileiro

Sustentabilidade deve ser a base de novo código


Autoria: Por Bruno Morais Alves

Fonte: http://www.conjur.com.br/2011-mar-17/modelo-desenvolvimento-sustentavel-base-codigo-florestal


Atualmente no Congresso Nacional se discute a modificação do Código Florestal Brasileiro. O Projeto de Lei 1.876/1999, de relatoria do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), traz grandes mudanças no cenário agroflorestal brasileiro. No debate político, duas frentes se digladiam: a bancada ruralista e, diametralmente oposta, a bancada ambientalista.



O primeiro Código Florestal Brasileiro foi instituído na era Vargas pelo Decreto 23.793/34 com o escopo de ordenar o acesso aos recursos naturais. Sob a égide do Regime Militar, o Código foi revogado pela Lei 4.771/65, que previa a preservação de 50% de áreas situadas na Amazônia e 20% nos demais estados, as chamadas Reservas Legais, além de criar as Áreas de Preservação Permanentes (APPs) tanto nas áreas urbanas como no perímetro rural.



Já na década de 1990, o presidente Fernando Henrique Cardoso editou a Medida Provisória 1.511/96 para tentar conter o aumento do desmatamento na floresta amazônica durante esses 30 anos. Nessa oportunidade, houve o aumento da Reserva Legal para 80% nas florestas situadas na Amazônia Legal e a redução para 35% no cerrado amazônico. Essa MP foi reeditada algumas vezes para seu amoldamento conforme o tempo.



Portanto, vale ressaltar que a atualização deste código se faz necessária para sua adequação em um cenário globalizado. A mudança do atual Código Florestal deverá, para sua plena efetividade em termos de política pública, regulamentar três grandes pilares, quais sejam: a conservação da florestal; a restauração de áreas previamente danificadas e a sua utilização para atender as demandas da sociedade. Ademais, faz-se mister a criação de instrumentos capazes de garantir seu estrito cumprimento.



Nas discussões legislativas, duas correntes se formam e apresentam os prós e contras da reforma. De um lado, os políticos verdes alardeiam sobre a possibilidade de uma anistia dos crimes ambientais com o fim da obrigação de se recuperar áreas desmatadas ilegalmente até 22 de julho de 2008, sendo incluídos topos de morros, margens de rios, restingas, manguezais, nascentes, montanhas e terrenos íngremes.



Isso geraria uma moratória de cinco anos para que os estados implementassem o Programa de Regularização Ambiental. A redução e descaracterização de APPs, isenção da Reserva Legal para imóveis de até quatro módulos fiscais, a redução da Reserva Legal na Amazônia em áreas de vegetação, e a compensação de áreas desmatadas em um estado por áreas de florestas em outros estados ou bacia hidrográfica.



Do outro lado, dos políticos ruralistas, cuja a grande reivindicação é que o regramento atual inibe a produção agrícola por não ser compatível com a demanda comercial. O excesso de burocracia e corrupção gera uma insegurança jurídica. Nesse tocante, a percepção do Código Florestal como algo intocável, aliada com uma visão idílica sobre a natureza, exclui o fator humano, indispensável para essa equação. O Brasil possui 5,5 milhões de quilômetros quadrados de terras com uso potencial para diversos tipos de produção, contudo, 76% estão sujeitas a limitação sobre o uso dos solos. Dessa forma, exigem um código que compactue com a necessidade de crescimento econômico e populacional do Brasil.



No meio desse embate as florestas brasileiras, que se tornaram com a sociedade brasileira reféns dos interesses desses dois setores, que se recusam a promover um diálogo aberto e a ceder em suas opiniões, polarizando a problemática e gerando radicalismos de ambas as partes. Na contextualização do Código Florestal atual se viu a ineficácia fiscalizatória, a escassez de recursos humanos nos órgãos ambientais, os conflitos violentos entre agropecuaristas, madeireiras, ONGs, população indígena, populações tradicionais e os movimentos dos sem terras.



A par disso, processo político deve ser regido por outra lógica de atuação do Estado: a das estratégias prudentes de longo prazo, ou seja, a governança, para que não haja no futuro um choque de gestão, deixando como herança uma instabilidade política e social. Deve haver um debate de ideias aliado ao conhecimento científico com o escopo de se chegar não a um meio-termo, solução esta retalhada e cheia de incongruências. Estamos aqui tratando do meio ambiente, um direito constitucional difuso, alheio às barganhas de certos grupos. O Brasil deverá ter um olhar voltado para frente, mas com um pé no passado e ciente dos erros cometidos por outros países, agindo como uma nação soberana e conhecedora de suas riquezas.



Desta feita, espera-se que o novel Código Florestal Brasileiro venha a inovar e seja capaz de refletir a multidisciplinaridade, pluralidade de temas e estratos sociais que são intrínsecos ao arcabouço legal das florestas. Deverá levar em conta a diversidade de ecossistemas, as particularidades regionais, os diferentes impactos causados por cada atividade produtiva; que crie e regulamente um mercado para passivo e ativos ambientais, sugira novos modos de compensação ambiental. Em síntese, que proponha um modelo de negócio para os produtos e serviços florestais coadunando com a indústria e as populações locais e indígenas garantindo a competitividade da agropecuária e que alavanque avanços científicos e tecnológicos para aliar exploração e conservação.



Os princípios desse código devem ser, em última instância, a busca de um modelo que seja sustentável e possa atender às demandas das gerações futuras sem negligenciar a atual. O conceito de crescimento – expandir para fora de suas fronteiras – não pode ser mais aplicado, devendo ser substituído por uma noção de desenvolvimento. Fala-se, portanto, de uma sustentabilidade ambiental do desenvolvimento socioeconômico ou desenvolvimento sustentável.



Vamos passear no parque?

Vamos passear no parque?


17/03/2011 - 9h59





Fonte: Mariana Tavares Carneiro   http://www.sustentabilidade.org.br/info_det.asp?codigo=1520



Escrito por: Mariana Tavares Carneiro.






Quando se trata de biodiversidade e ecossistemas o Brasil tem um dos patrimônios mais ricos do mundo. Hoje estão distribuídos em nosso território 25 áreas de Proteção Ambiental, 47 Florestas Nacionais, 11 Reservas Extrativistas, 40 Parques Nacionais, 24 Reservas Biológicas, 5 Reservas e 21 Estações Ecológicas.



Alguns parques foram criados especialmente para preservar essa preciosidade ecológica, na cidade de São Paulo, por exemplo, temos 40 parques municipais e estaduais abertos à visitação, em alguns deles é possível inclusive flagrar bichos ao ar livre e contemplar águas limpas. Estes parques oferecem além de uma bela paisagem áreas de cultura, lazer e esportes como verdadeiras academias ao ar livre.



O Horto Florestal localizado na Zona Norte de São Paulo é uma das melhores opções para quem que fugir das atribulações da cidade que não para. Nele são observadas com freqüência, várias espécies animais, como o macaco-prego, gambá, tucano, garça, serelepe, tico-tico e o martim pescador. O paulistano conta ainda com o Parque Estadual Turístico da Cantareira, que abriga uma das maiores florestas urbanas do planeta, o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, o Parque Ibirapuera, o Parque Ecológico do Tietê, o Parque Estadual do Jaraguá, tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1994, a Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos, o Parque Estadual da Serra do Mar, o Parque Anhanguera, o Parque Villa-Lobos, o Parque do Povo, entre outros.



O Ibirapuera é o parque metropolitano mais visitado, ele que havia sido parte de uma aldeia indígena na época da colonização, concentra ainda uma considerável área de vegetação com 366 espécies diferentes de árvores. A área abriga mais de 120 espécies de aves, como Asa-branca, juriti e quero-quero. Outras espécies raras como o tucano de bico verde, que vive nas matas, e a araponga, uma espécie-símbolo da Mata Atlântica ameaçada de extinção também podem ser vistas no parque, algumas delas o usam apenas como dormitório, para se alimentar ou se reproduzir.



Além da importância que estas áreas de preservação têm para nossa fauna e flora, elas exercem um papel fundamental na vida da população das cidades, ajudando em questões como a regulação do clima das regiões próximas que tem ausência de vegetação.



A boa noticia é que segundo a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, até 2012 serão construídos mais 40 parques, um total de 50 milhões de m² de ampliação. Como exemplo o Projeto do Parque Natural Nascentes do Aricanduva, que ocupará toda a área ainda coberta por florestas nos morros na região de São Mateus, onde nascem muitos cursos d´água que formarão o Ribeirão Aricanduva,em São Paulo, e a Represa Billings, em Mauá. Projetos que nos deixam otimistas em saber que haverão mais áreas arborizadas em São Paulo.





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