domingo, 14 de agosto de 2011

Empresas investem em soluções para preservar o meio ambiente

São Paulo continua despreparado para as enchentes


Estado de São Paulo não está preparado para período chuvoso, dizem especialistas

14/8/2011 16:20, Por Rede Brasil Atual
Estado de São Paulo não está preparado para período chuvoso, dizem especialistas


http://correiodobrasil.com.br/estado-de-sao-paulo-nao-esta-preparado-para-periodo-chuvoso-dizem-especialistas/282364/




Por: Redação da Rede Brasil Atual

Publicado em 14/08/2011, 19:03
Última atualização às 19:03

São Paulo – A menos de três meses do período chuvoso na região Sudeste, o governo paulista aplicou apenas 15% do orçamento previsto no primeiro semestre em programas de Defesa Civil e 18,63% nas obras de infraestrutura hídrica, saneamento e de combate às enchentes. A aplicação de recursos na preservação e conservação de várzeas segue no mesmo ritmo, com um quinto do investimento que deveria ser realizado. A implantação de piscinões é a medida mais prejudicada com aplicação mínima dos recursos programados, com 7,23% do previsto, de acordo dados do Sistema de Informação e Gerenciamento do Orçamento (Sigeo).
Dos R$ 13 milhões orçados para ações preventivas da Defesa Civil, o governo paulista liquidou pouco mais de R$ 1,9 milhão nos primeiros seis meses de 2011. “Esse baixo investimento em capacitação, equipamentos e no sistema de alerta da Defesa Civil é grave”, afirma o urbanista Kazuo Nakano, do Instituto Pólis. Aos piscinões, o estado deveria destinar R$ 81 milhões, mas investiu R$ 5,8 milhões. Já a rubrica de estudo de macrodrenagem continua com R$ 48 milhões intactos.
Júlio César Cerqueira Neto, professor aposentado de hidráulica e saneamento da Escola Politécnica da USP, diz que o estado e a cidade de São Paulo tiveram graves problemas com drenagem no ano passado e continuarão a ter por falta de “intervenções sérias” este ano. “A drenagem no ano passado foi um desastre completo, e não há providência concreta que indique que está havendo ações”, critica.
Os números indicam que os investimentos em obras estruturais e emergenciais antienchentes no estado de São Paulo “caminham a passos lentos”, avalia Nakano. Ele adianta que se a quantidade de chuvas que caiu em São Paulo no ano passado se repetir no verão de 2011/2012, novos episódios de deslizamentos e inundações ocorrerão, principalmente na região metropolitana. “Não vimos ações profundas em relação aos pontos mais graves. São Paulo continua despreparado para as enchentes.”
Pesquisas de climatologia divulgadas este ano preveem que as tempestades vão duplicar em São Paulo nos próximos 60 anos, piorando ainda mais a situação no estado, lembra o especialista. “Devíamos estar a todo vapor, mas não é o que vemos.”
O maior investimento do governo ocorreu na calha do rio Tietê. Nesse caso, para retomar as obras de desassoreamento foram empregados 49,71% dos R$ 120 milhões destinados no semestre. De 2002 a 2010, as verbas desse item recuaram 66,75%. Embora os rios Tietê e Pinheiros, que cortam a capital paulista, estejam em processo de desassoreamento pelo governo do estado, Nakano considera que as ações são insuficientes. “É pouco (o que está sendo feito) e o problema não é só ali”, constata. “Afeta outros pontos, bacias e sub-bacias, porque há vários rios e córregos que alimentam os rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí.”
Erros do passado
Para o professor de Economia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCamp) José Alex Soares, o governo do estado volta a repetir erros do passado. “É a velha história: os investimentos só ocorrem em época de desgraça. A hora que chegar novembro, dezembro e janeiro, o período das chuvas, vamos ter algumas medidas paliativas.” Ele avalia que esta é uma característica dos governos paulistas nos últimos 16 anos. São Paulo deixou de ser um estado “investidor” para ser mero “gerenciador” de recursos para organizações não governamentais (ONGs) ou Organizações Sociais (OSs).
Em março deste ano, o Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito para investigar responsabilidades pela suspensão na limpeza da calha do rio Tietê, na capital paulista, no período de 2006 a meados de 2008. O governo estadual chegou a admitir à imprensa que o desassoreamento do leito ficou parado no período. Nos três primeiros meses de 2011, três enchentes ocorreram no rio.

Ouro verde...Aluga-se um país africano por 100 anos para cultivo da soja, algodão e milho para a China! E a degradação ambiental?



Naita Ussene


14/08/2011 - 11h59

Moçambique oferece área de três Sergipes à soja brasileira






O governo de Moçambique está oferecendo uma área de 6 milhões de hectares --equivalente a três Sergipes para que agricultores brasileiros plantem soja, algodão e milho no norte do país, informa reportagem de Patrícia Campos Mello, na edição deste domingo da Folha.
A primeira leva de 40 agricultores parte de Mato Grosso rumo a Moçambique no mês que vem. As terras são oferecidas em regime de concessão --os brasileiros podem usá-las por 50 anos, renováveis por outros 50, mediante um imposto módico de 37,50 meticais (R$ 21) por hectare, por ano.
O governo busca agricultores brasileiros por causa da experiência no cerrado, que tem características climáticas e de solo muito semelhantes à área oferecida.





Moçambique oferece terra à soja brasileira

Agricultor do Brasil poderá usar por 50 anos área equivalente a 'três Sergipes', pagando R$ 21 por hectare ao ano

País africano mira expertise brasileira no cerrado, região similar; 40 brasileiros visitarão as áreas em setembro



PATRÍCIA CAMPOS MELLO 


DE SÃO PAULO

O governo de Moçambique está oferecendo uma área de 6 milhões de hectares -equivalente a três Sergipes- para que agricultores brasileiros plantem soja, algodão e milho no norte do país. 
A primeira leva de 40 agricultores parte de Mato Grosso rumo a Moçambique -a próxima fronteira agrícola do Brasil- no mês que vem. As terras são oferecidas em regime de concessão -os brasileiros podem usá-las por 50 anos, renováveis por outros 50, mediante um imposto módico de 37,50 meticais (R$ 21) por hectare, por ano.
"Moçambique é um Mato Grosso no meio da África, com terra de graça, sem tanto impedimento ambiental e frete muito mais barato para a China", diz Carlos Ernesto Augustin, presidente da Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). "Hoje, além de a terra ser caríssima em Mato Grosso, é impossível obter licença de desmate e limpeza de área."
Augustin organizou a missão de agricultores para ir ao país em setembro ver as terras. Um consultor da Ampa já está no país contatando autoridades e preparando a viagem. "Quem vai tomar conta da África? Chinês, europeu ou americano? O brasileiro, que tem conhecimento do cerrado", diz Augustin. 
"Os agricultores brasileiros têm experiência acumulada que é muito bem-vinda. Queremos repetir em Moçambique o que eles fizeram no cerrado 30 anos atrás", afirma o ministro da Agricultura de Moçambique, José Pacheco. "A grande condição para os agricultores é ter disposição de investir em terras moçambicanas", diz Pacheco. É preciso empregar 90% de mão de obra moçambicana.

CONCESSÃO
A terra em Moçambique é propriedade do Estado e pode ser usada em regime de concessão, que está aberto a estrangeiros. O governo busca agricultores brasileiros por causa da experiência no cerrado, que tem características climáticas e de solo muito semelhantes à área oferecida.
As terras oferecidas aos brasileiros estão em quatro províncias da região Norte: 
Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambézia. A região é superior a toda área cultivada de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo (cerca de 5 milhões de hectares).
Os produtores vão a reboque da Embrapa, que mantém na área o projeto Pro-Savana, com a Agência Brasileira de Cooperação e a Jica (Agência de Cooperação Internacional do Japão). 
O projeto de cooperação técnica em Moçambique é o maior da Embrapa fora do Brasil -terá 15 pessoas a partir de outubro. Em duas estações no norte do país, eles estão testando sementes de algodão, soja, milho, sorgo, feijão do cerrado brasileiro, para adaptá-las ao norte moçambicano. 
"Nessa região, metade da área é povoada por pequenos agricultores, mas a outra metade é despovoada, como existia no oeste da Bahia e em Mato Grosso nos anos 80", diz Francisco Basílio, chefe da Secretaria de Relações Internacionais da Embrapa.
O governo vai dar isenção fiscal para importar equipamentos agrícolas.



Seminário RespirAR discute poluição atmosférica em São Paulo


12/08/2011 15h14 - Atualizado em 12/08/2011 15h14

Seminário RespirAR discute poluição atmosférica em São Paulo

fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/respirar/noticia/2011/08/seminario-respirar-discute-poluicao-atmosferica-em-sao-paulo.html

Evento acontece no dia 25 de agosto, na Faculdade de Medicina da USP.
Seminário é gratuito; as vagas são limitadas.

Do G1 SP


A poluição do ar de São Paulo é tema do Seminário RespirAR, que marca o fim da série e acontece no dia 25 de agosto, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialistas em saúde ambiental, poluição e representantes dos governos do estado, dos municípios da Grande São Paulo, de organizações da sociedade civil, professores e pesquisadores participarão do evento, que é uma realização do Globo Universidade em parceria com a FMUSP.
A série RespirAR, que estreou em abril de 2011, mostrou pelo menos 260 reportagens sobre o assunto nos telejornais da TV Globo. Além da questão ambiental, as matérias abordaram o sério problema de saúde pública provocado pela poluição a partir de medições diárias das partículas atmosféricas que avaliaram a qualidade do ar de acordo com os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para fazer as medições, a Direção Geral de Engenharia da Rede Globo São Paulo (DGEN-SP) desenvolveu o Respirômetro, aparelho que simula um pulmão eletrônico e mede as partículas inaláveis e o ozônio, os dois poluentes que mais afetam a saúde. A pesquisa revelou que em mais de 80% das medições a qualidade do ar foi considerada ruim ou péssima. Para criar o aparelho, engenheiros da TV Globo contaram com a parceria de três departamentos da Universidade de São Paulo: o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), o Instituto de Física e a FMUSP.
O professor Paulo Saldiva, titular da FMUSP, será o primeiro palestrante e falará sobre a “Poluição na Cidade de São Paulo”. A secretária do Meio Ambiente da Cidade do México, Tanya Müller, apresentará o projeto “Ecobici: experiência de transporte individual”. Já o professor Douglas Dockery, da Universidade de Harvard, encerrará o seminário com o tema “Poluição e epidemiologia ambiental”.
O Seminário RespirAR também será transmitido ao vivo no site http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/. A apresentação e moderação do seminário será feita pela jornalista Flávia Freire, que participou da série RespirAR mostrando projetos inovadores de metrópoles da América Latina.
O evento é gratuito e as vagas são limitadas. Estudantes de graduação ou pós-graduação nas áreas de saúde, arquitetura e urbanismo, transportes, meio ambiente e comunicação podem participar do seminário. Para isso, é necessário enviar um email para globo.universidade@tvglobo.com.br com nome, perfil no Twitter, curso, instituição e telefone com DDD. As vagas são limitadas e a confirmação será realizada por e-mail individualizado.

Seminário RespirAR
Data:25/08/2011
Horário: 8h às 13h
Local: Teatro da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
Endereço: Av. Dr. Arnaldo, 455 (em frente ao Metrô Clínicas) – São Paulo
Informações: www.globouniversidade.com.br

A natureza não é autossustentável!


14/08/2011 - 11h48

País corta verba de parques a um ano de cúpula ambiental


CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA




Enquanto aumenta a pressão sobre as áreas protegidas do país com novas obras de infraestrutura, o governo federal corta verbas para a conservação da biodiversidade.
O ICMBio (Instituto Chico Mendes), que gerencia os parques nacionais, teve seu orçamento de 2011 tesourado em 30%. De R$ 557,8 milhões previstos para 2011, o ICMBio só foi autorizado a gastar R$ 388,7 milhões. Em 2010 foram gastos R$ 461 milhões.
Uma das vítimas foi o projeto Parques da Copa, que revitalizaria unidades de conservação perto das cidades-sede da Copa-2014 para turbinar o turismo ecológico.
Considerando só os chamados investimentos (compra de equipamentos e reparo de instalações, por exemplo), o Brasil tem, neste ano, R$ 155 milhões de verba federal para aplicar em 310 unidades de conservação (uns 10% do território nacional).
É um quarto do valor de um único estádio da Copa, o de Brasília, e um péssimo cartão de visitas para o país que sediará no ano que vem a conferência sobre desenvolvimento sustentável Rio +20.
"O que a gente gasta, considerando a área, é uma gozação", diz o presidente do ICMBio, Rômulo Mello. São R$ 2 por hectare. Quando a folha de pagamento é incluída, o valor é R$ 5, ainda assim uma ordem de grandeza mais baixo que o aplicado na Costa Rica ou no México.
Isso para não falar dos EUA. O NPS (National Park Service), órgão equivalente ao ICMBio, teve neste ano US$ 3 bilhões de verbas federais, ou R$ 145 por hectare protegido. "E a gente ainda reclama", brinca David Barna, porta-voz do NPS.
A falta de verba federal obriga o ICMBio e os diretores dos parques brasileiros a serem criativos. Na Amazônia, 64 unidades recebem doações internacionais pelo programa Arpa. "No ano passado, 70% da minha verba veio do Arpa", diz o diretor do parque dos Campos Amazônicos, Renato Dumont.
Um grupo seleto de 12 unidades consegue arrecadar boa parte do seu orçamento cobrando ingressos. No parque da Tijuca, que abriga o Cristo Redentor, foram R$ 13 milhões em 2010. O parque nacional de Brasília, segunda unidade mais rica do país, levantou R$ 1,1 milhão.
"O problema é que a nossa demanda aqui é cinco ou seis vezes maior que a verba", diz Amauri Motta, diretor do parque de Brasília.
O economista Carlos Eduardo Young, da UFRJ, vê a situação como uma oportunidade perdida. Ele e colegas estimam que, em visitação, as unidades de conservação poderiam gerar R$ 1,8 bilhão por ano. Só com ICMS ecológico, parcela do imposto que alguns Estados destinam a municípios com unidades de conservação, foram repassados em 2009 R$ 402 milhões. No mesmo ano, o ICMBio gastou R$ 322 milhões.

Shell diz que oleoduto continua vazando no Mar do Norte


13/08/2011 - 16h50

Shell diz que oleoduto continua vazando no Mar do Norte


A Shell disse que uma ruptura em um oleoduto no Mar do Norte continuava vazando petróleo neste sábado, e que o problema estava liberando petróleo bruto no mar dois dias antes de a companhia anunciar a situação.
A Shell disse que continua a reduzir a pressão na tubulação neste sábado, diminuindo o fluxo de petróleo.
O líder do governo regional escocês, Alex Salmond, disse à BBC que cerca de 100 toneladas de petróleo, aproximadamente 750 barris, já vazaram para o mar.

Em comparação, o vazamento de petróleo do poço Macondo da BP no Golfo do México no ano passado liberou quase 5 milhões de barris.
A Anglo Dutch revelou o vazamento pela primeira vez na noite de sexta-feira (12), mas um porta-voz disse no sábado que o acidente havia sido detectado dois dias antes.

Segundo um porta-voz da Agência Marítima e da Guarda Costeira, eles não tinham nenhuma informação sobre a condição da operação de limpeza, e nenhum de seus funcionários estavam no local do vazamento.
O grupo de defesa ambiental Greenpeace reclamou sobre a falta de informações sobre o vazamento.
"No momento não sabemos da gravidade disso, o que sabemos é que o Mar do Norte era considerado ultrasseguro e que nenhum vazamento ocorreria lá", disse Ben Ayliffe, responsável pelas causas ligadas ao petróleo, em comunicado enviado por e-mail.
A Shell informou na sexta-feira que um de seus poços no campo de Gannet, localizado a cerca de 180 km a leste de Aberdeen, havia sido fechado, mas se recusou a dizer se a produção teve de ser reduzida.
De acordo com Argus Media, o campo Gannet produziu cerca de 13.500 barris de petróleo entre janeiro e abril. A Shell, operadora no local, tem sociedade com a Exxon no campo.
O documento disponível no site da Shell indica que as instalações do Gannett têm a capacidade de exportar 88 mil barris de petróleo bruto por dia.

Ruralistas agora miram Unidades de Conservação



Ruralistas agora miram Unidades de Conservação

Passivo de R$ 20 bilhões em indenizações não pagas leva bancada a propor limitação de UCs

14 de agosto de 2011 | 0h 00


Marta Salomon / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Com 758 mil quilômetros quadrados de área e uma conta de indenizações devidas estimada em R$ 20 bilhões, as Unidades de Conservação (UCs) são o mais recente objeto de disputa entre ambientalistas e defensores do agronegócio. Essa disputa, que promete repetir a polêmica da reforma do Código Florestal, nem esperou a votação das novas regras de proteção do meio ambiente terminar no Senado.
A extensão das áreas protegidas corresponde a três vezes o tamanho do Estado de São Paulo - é também 40% maior que a França. Segundo o Instituto Chico Mendes, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente responsável pelas áreas, há 310 Unidades de Conservação federais, concentradas sobretudo na Amazônia, onde as unidades fazem parte da estratégia de conter o avanço do desmatamento.
Embora a maior parte das UCs (86%) esteja localizada em terras públicas, isso não significa que a União esteja isenta de pagar indenizações a eventuais ocupantes, assim como aos proprietários de áreas que tenham sido desapropriadas. Daí o tamanho do passivo.
O próprio instituto calcula que as indenizações não pagas alcancem a cifra de R$ 20 bilhões. O valor equivale a quase um ano e meio de pagamento do benefício do Bolsa Família ou três vezes o custo da obra de transposição do Rio São Francisco, a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) bancada com o dinheiro dos tributos.
Argumentos. A nova disputa política mostrou os primeiros contornos durante a semana em audiência pública na Câmara. O deputado Moreira Mendes (PPS-RO), presidente da frente parlamentar da agropecuária, anunciou uma "grande campanha" para impedir que novas Unidades de Conservação sejam criadas sem a prévia autorização do Congresso Nacional. Hoje, a criação é feita por meio de decreto presidencial.
Os argumentos são semelhantes aos usados na votação do Código Florestal na Câmara, quando o governo foi derrotado na estratégia de manter as áreas de proteção permanentes às margens de rios e encostas e o conceito de reserva legal nas propriedades. "Daqui a pouco, do jeito que está, não sobra nada para a produção", reclamou Moreira Mendes, que convocou autoridades da área ambiental do governo à Comissão de Agricultura. O colega Valdir Colatto (PMDB-SC) fez coro: "Daqui a pouco, o Brasil vira um parque."
"O argumento de que as unidades de conservação representam um impedimento ao desenvolvimento da agricultura é uma balela. A conservação é importante para garantir a sustentabilidade da atividade econômica", reagiu Bráulio Dias, secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, presente à audiência.
O próximo round está previsto para esta semana, quando a ministra Izabella Teixeira comparecer a uma audiência na Câmara.