quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Stuttgart é exemplo mundial no combate às ilhas de calor

Stuttgart é exemplo mundial no combate às ilhas de calor


Postado em 23/02/2011 ás 14h26
Fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2078




O município conta com telhados verdes, ruas arborizadas, parques e até mesmo os trilhos do trem foram adequados ao perfil de Stuttgart. l Imagens: Divulgação




A cidade alemã de Stuttgart se tornou referência mundial em projetos de combate às ilhas de calor. O investimento feito pela prefeitura desde a década de 80 resultou na maior cobertura vegetal da Alemanha e em uma melhor qualidade do ar para os seus habitantes.



Para que a cidade tivesse 60% de sua área com cobertura vegetal foi preciso um planejamento de cada detalhe. O município conta com telhados verdes, ruas arborizadas, parques e até mesmo os trilhos do trem foram adequados ao perfil de Stuttgart.



Segundo Ulrich Reuter, responsável pelo Departamento de Climatologia Urbana da Prefeitura de Stuttgart, em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, "a lei ambiental protege 39% da área de Stuttgart, onde são proibidas novas construções. Temos cinco mil hectares de florestas, 65 mil árvores em parques e 35 mil nas ruas, 300 mil metros quadrados de telhados verdes e 32 quilômetros de trilhos de bonde onde, a partir de 2007, foi plantada grama".



Reuter explicou que, a partir da década de 70, a cidade intensificou seus estudos, o que resultou na criação de um atlas climático. A medida era necessária para poder melhorar a circulação de ar na cidade, que possui cerca de 600 mil habitantes. Mesmo assim, com toda a estrutura e desenvolvimento alcançado ainda existem áreas sujeitas à formação de ilhas de calor.



As modificações e adequações ecológicas caminharam juntamente com o desenvolvimento urbano de Stuttgart e a própria sociedade teve papel importante nesse processo.



A cidade de Kobe, no Japão, se inspirou no atlas climático alemão para repensar os corredores por onde passam as correntes de ar e a distribuição das áreas verdes em seu território. A realidade das grandes cidades brasileiras ainda não permite um trabalho desse tipo. Conforme explicado pela professora Maria Fernanda Lemos, da Pontifícia Universidade Católica (PUC- Rio), “precisa-se primeiro pensar no micro”, ou seja, existem medidas diretas e menores que devem ser aplicadas antes de pensarmos em grandes estratégias como o exemplo alemão. Com informações do Estadão.



Crescimento acelerado na Antártica



Crescimento acelerado na Antártica


23/2/2011

Autoria e fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/13497/divulgacao-cientifica/crescimento-acelerado-na-antartica.htm


Ao comparar o crescimento de briozoários atuais com exemplares coletados por Robert Scott no início do século 20, cientistas verificam que pequenas criaturas marinhas estão capturando mais carbono (divulgação)





Agência FAPESP – O estudo de pequenas criaturas marinhas coletadas na Antártica nos primeiros anos do século 20 pelo explorador inglês Robert Falcon Scott (1868-1912) acaba de fornecer novas informações sobre as mudanças ambientais no continente que rodeia o polo Sul.



Ao comparar briozoários – animais invertebrados aquáticos – existentes atualmente com exemplares obtidos nas expedições lideradas pelo capitão Scott, um grupo de cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos encontrou a primeira evidência conclusiva do aumento da captura e do armazenamento de carbono por uma vida marinha na Antártica.



Em artigo publicado nesta semana na revista Current Biology, David Barnes, do British Antarctic Survey, e colegas descrevem como examinaram as marcas de crescimento em esqueletos de espécimes de briozoários (Cellarinella nutti) coletados no mar de Ross por meio do Censo da Vida Marinha Antártica, programa internacional de pesquisa iniciado em 2005 como parte do Censo da Vida Marinha.



Quando comparados com espécimes pertencentes a coleções de museus no Reino Unido, Estados Unidos e Nova Zelândia, entre os quais exemplares coletados nas expedições de Scott, os cientistas observaram que desde 1900 os briozoários estão crescendo mais rapidamente do que jamais o fizeram.



Segundo eles, a explicação mais provável é a maior disponibilidade de alimento (fitoplâncton) desde o início do século 20. O estudo sugere que esse novo crescimento é um mecanismo importante para o depósito de carbono no leito do mar.



“Usamos um registro antigo de crescimento em um animal como evidência das mudanças rápidas e recentes para a vida existente no leito do mar. As coleções biológicas de Scott são consideráveis em qualidade e quantidade e se tornarão ainda mais valiosas para determinar como a vida responde a mudanças no transcorrer do tempo”, disse Barnes.



Segundo o cientista, como poucos estudos biológicos na Antártica envolvem períodos de mais de 30 anos, os dados do novo trabalho são “muito valiosos e destacam a importância de se realizar monitoramentos de longo prazo”.



Os briozoários se alimentam de fitoplâncton, pequenas plantas marinhas que precisam de dióxido de carbono para crescer e se reproduzir. O carbono no fitoplâncton é assimilado pelos briozoários e usado para formar os tecidos e esqueletos desses animais.



O crescimento acelerado dos briozoários implica que o animais atingem mais cedo seu tamanho máximo, quando são quebrados pelas correntes oceânicas. À medida que os briozoários caem, eles liberam carbono, aumentando o potencial de sequestro de carbono do leito marinho.



Scott liderou duas expedições à Antártica, a primeira de 1901 a 1904 e a segunda de 1910 a 1913, tentando ser o primeiro homem a atingir o polo Sul. Na segunda, o grupo conseguiu alcançar o polo, mas apenas para descobrir que a expedição liderada pelo norueguês Roald Amundsen havia chegado primeiro. Na jornada de retorno, Scott e seus quatro companheiros morreram devido ao cansaço, à desnutrição e ao frio extremo da região.



O artigo Scott’s collections help reveal accelerating marine life growth in Antarctica (doi:10.1016/ j.cub.2011.01.033), de David K.A. Barnes e outros, pode ser lido por assinantes da Current Biology em www.cell.com/current-biology.





Green goal: Meio ambiente e marketing discutidos em seminário para sedes da Copa

Meio ambiente e marketing discutidos em seminário para sedes da Copa



23 de Fevereiro de 2011 - 17:59



Fonte: Assessoria  http://www.sonoticias.com.br/noticias/7/121568/meio-ambiente-e-marketing-discutidos-em-seminario-para-sedes-da-copa




O segundo dia do Seminário Geral das Sedes da Copa 2014 promovido pelo Comitê Organizador Local (COL) em Brasília foi dedicado às discussões sobre sustentabilidade ambiental, responsabilidade social, calendário de eventos, responsabilidades contratuais e diretrizes para a área de comunicação e marketing.



Durante todo o dia, representantes da FIFA transmitiram ao corpo técnico das cidades informações sobre os requerimentos e diretrizes necessários para o atendimento de todas as exigências que a organização do mega evento requer. O seminário inaugura uma nova fase na organização da Copa, quando os contatos com as cidades sedes serão intensificados. Ainda este ano novos encontros serão realizados, dois com temas gerais e alguns com assuntos específicos.



Durante as discussões sobre sustentabilidade ambiental, os palestrantes destacaram a importância de fazer no Brasil a Copa mais "verde" de todas, aproveitando a grande diversidade só encontrada aqui. Neste aspecto, Cuiabá e Manaus ganham relevância especial, já que as duas cidades foram escolhidas com o objetivo de divulgar para o mundo as potencialidades do ecoturismo, um diferencial bem brasileiro.



Na área de comunicação e marketing, as equipes do COL/FIFA apresentaram o calendário oficial de eventos que começa pelo sorteio das chaves das eliminatórias em julho deste ano. Outros temas em discussão foram o uso das marcas oficiais da Copa, as normas para a proteção dos direitos autorais, a decoração das cidades sedes e o site oficial da entidade máxima do futebol mundial, fifa.com.



Os gestores do site promoverão a inclusão progressiva de informações gerais sobre as sedes, proporcionando a divulgação turística - especialmente - graças ao inigualável índice de acessos que esta ferramenta proporciona. Durante a Copa da África, o site da FIFA bateu recorde mundial de acessos, com mais de 6 bilhões de acessos (page views), três vezes mais do que na Copa da Alemanha.



Modelagem

Durante o seminário o presidente da Agecopa, Yênes Magalhães, foi procurado por vários representantes de outros estados interessados em conhecer a modelagem da agência, que permite a centralização de todas as ações, sob a coordenação do governador Silval Barbosa. Nos estados que optaram pela criação de secretarias extraordinárias, há dificuldades geradas pela necessidade de acessar outras secretarias ou prefeituras para a solução de problemas específicos na área de segurança, saúde e transportes, por exemplo. O próprio relacionamento com o COL/FIFA é mais fácil e desburocratizado em cidades que centralizam todas as ações em um único órgão público, como Cuiabá.



Sustentabilidade também pode ser digital

Sustentabilidade Também Pode Ser Digital

 23 de fevereiro de 2011, às 14h08min
 
Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/sustentabilidade-tambem-pode-ser-digital/52507/


Depois de transitar com muito vai-e-vem pelos âmbitos científico, acadêmico, empresarial e político, o conceito da Sustentabilidade finalmente chega à casa das milhões de famílias brasileiras.

Autoria: Por E-Consulting Corp

Depois de transitar com muito vai-e-vem pelos âmbitos científico, acadêmico, empresarial e político, o conceito da Sustentabilidade finalmente chega à casa das milhões de famílias brasileiras. Além do resultado da rodada do futebol do dia anterior e da condição climática para o final de semana, os impactos do descarte de lixo doméstico ou do consumo residencial de água no aquecimento global passam a fazer parte da pauta de assuntos e preocupações cotidianas de boa parte dos cidadãos brasileiros.





Em outras palavras, depois que a palavra Sustentabilidade foi dita e "martelada" na consciência do cidadão uma porção de vezes durante os debates e a propaganda política das eleições para presidente e governador, o tema definitivamente entrou na agenda de prioridades da sociedade (e da mídia em geral) como relevante para seu envolvimento, contribuição e aplicação.







Este cidadão comum, que por sua vez também é um cliente de empresas e consumidor de produtos e serviços, cada vez mais se questiona em relação ao seu papel como agente de transformação e, por conseqüência, busca informações sobre como transformar seus hábitos e ações em aplicação da Sustentabilidade. Algumas das questões que se colocam são: Como devo contribuir? O que devo fazer para cumprir minha obrigação e co-responsabilidade?







E quanto se fala de co-responsabilidade, cada pessoa (em seus diversos papéis: cidadão, consumidor, familiar, líder, etc) ou organização de pessoas (empresa, governo, entidade, associação, etc) tem sua "parcela de culpa e responsabilidade no cartório".







Quando avaliamos o papel das empresas, outros pontos aparecem, tais como: Qual deve ser o conjunto de filosofias, ações e premissas que as empresas devem seguir, respeitar e incentivar para se tornarem qualificadas como praticantes da Sustentabilidade (considerando seus aspectos econômico, social e ambiental – triple bottom line)? Quão profunda ou ampla deverá ser a defesa de tais conceitos em sua adoção corporativa? E quais os resultados esperados para a empresa, para seus públicos de interesse e para o entorno?







Essas são questões complexas e existenciais, que mexem profundamente na cultura e no modelo de negócio das empresas, e que deverão ser respondidas no curto prazo por livre e espontânea pressão estratégica.







Com o pequeno agravante de que a intensidade de cobrança das relações de co-responsabilidade entre os diversos envolvidos (e culpados) aumenta exponencialmente no ritmo das redes sociais digitais.







Neste contexto, não há espaço para a falta de transparência ou de diálogo contínuo com os diversos públicos de interesse, seja em relação a demandas relacionadas à postura sustentável da empresa ou não, pois o simples fato de atuar nas redes sociais representa uma oportunidade de aplicar a Sustentabilidade na prática.







Dessa forma, a aplicação digital da Sustentabilidade (ou o desenvolvimento de uma política e conduta de Sustentabilidade Digital) representa uma aplicação essencial do tema para as empresas conscientes e comprometidas com sua relação. Porém, um ponto importante a ser destacado se refere ao fato de que a Sustentabilidade Digital não é uma abordagem isolada de uma ou outra empresa, mas sim uma postura e compromisso setorial que não deve incluir apenas empresas, mas que fundamentalmente envolve o usuário e demais agentes como governo, universidades e ONGs.







Ou seja, de nada adianta a empresa ser digitalmente responsável se o usuário, consumidor ou funcionário não fizer sua parte. Como a Web é uma rede de relações e relacionamentos, todos os agentes estão correlacionados e são, portanto, interdependentes e co-responsáveis por sua governança e utilização responsável.







Dessa forma, a definição de um Código de Conduta para a Atuação Digital Sustentável nas empresas se faz premente. Como a próprio conceito de Sustentabilidade demanda a construção conjunta e colaborativa (co-construção), colocamos a primeira pedra sugerindo as 5 primeiras políticas e diretrizes para as empresas se tornarem digitalmente sustentáveis.







SUSTENTABILIDADE DIGITAL







1. Responsabilidade no Relacionamento com Públicos de Interesse









Adoção de clareza e respeito à permissão de interação e acesso dada por cada público e adequação da mensagem, conteúdo e formato da informação (e rede de interação) ao seu interesse e perfil.







2. Transparência na Comunicação Institucional







Garantir correção, atualização e prontidão na disponibilização de dados e informações de interesse e relevância para cada público.







3. Transparência nos Processos de Transação Online







Garantir a realização de compras, vendas, aquisições, licitações, leilões e demais formas de transação com condições claras e regras bem definidas, evitando erros de compreensão ou indução ao erro.







4. Responsabilidade no Monitoramento





Monitorar o comportamento do usuário para evitar fraudes à empresa ou aos públicos de interesse definindo os devidos limites entre monitoramento e invasão de privacidade.







5. Utilização Devida da Propriedade Intelectual





Utilizar de forma responsável a propriedade intelectual através da citação de fontes e autores, no caso de conteúdo de terceiros, e da adoção de dispositivos de proteção de capital intelectual quando proprietário, bem como incentivo aos demais públicos de interesse sobre esta diretriz.









Mercado global passa por transição e Brasil precisa se adaptar, aponta estudo do Ipea

Mercado global passa por transição e Brasil precisa se adaptar, aponta estudo do Ipea


Texto publicado em 23 de Fevereiro de 2011 - 03h12

Fonte: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=41291

Autoria: Vera Gasparetto de Florianópolis/SC

 
  
Foto: www.campoaberto.pt



O mercado global passa por uma transição para uma economia menos dependente de recursos naturais e alteração nos padrões de consumo e produção, rumo à sustentabilidade, à chamada green economy e o Brasil precisa aproveitar essa onda e se posicionar na vanguarda dessas mudanças, fazendo um debate com a sociedade pra definir as políticas públicas. Esse é um das indicações do estudo “Comércio Internacional e a Sustentabilidade Socioambiental no Brasil”, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e apresentado nesta terça-feira (22), em Brasília.



O estudo tem como ponto de partida o modelo brasileiro de exportações, os potenciais e limites de exploração do meio ambiente, o custo econômico, ambiental e social do Brasil como exportador de recursos naturais e a sustentabilidade na absorção dos resíduos que gera dentro do país.



Os problemas se destacam na questão ambiental e social, já que 50% da pauta exportadora do País são de recursos naturais de alto impacto (minério, terra e energia), que podem acabar ou fazer falta no futuro. Ainda que na economia tenham uma melhor elasticidade de renda, esses recursos crescem numa velocidade menor do que outros produtos, com menor conteúdo tecnológico, menos subprodutos, e menos geração de emprego e valor agregado, além da tendência histórica na queda dos valores das commodities.



O trabalho degradante é outra preocupação nesse setor, especialmente na área da cana de açúcar e do carvão, alerta o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea e autor do estudo, Jorge Hargrave. “Além de problemas de saúde relacionados a agrotóxicos, com intoxicação dos trabalhadores e resíduos despejados na natureza”.





Commodities são escoadas pelos principais portos brasileiros



No mercado de commodities, onde o Brasil é um fornecedor histórico de produtos naturais, os benefícios são econômicos, de geração de emprego, vetores de desenvolvimento no interior do País e geração de divisas. Na questão ambiental, competir no mercado externo leva a incorporar novas tecnologias e padrões de produção mais limpos.



O comércio internacional se dá entres países distintos, sendo que nos países periféricos são produzidos os produtos de baixa tecnologia, extraídos do meio ambiente, sem considerar a capacidade finita de produzir recursos e absorver resíduos. Hargrave observa que os benefícios econômicos são privatizados, enquanto os impactos ambientais são socializados, fazendo com que a sociedade pague o preço.



O estudo mostra que a fonte da emissão de poluentes é de quem produz, mas também de quem consome. “De nada adianta a produção limpa se há um excesso de consumo de produtos desenvolvidos em outros países, levando ao aumento da exploração de recursos naturais dos países pobres”.