quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Merenda verde!


Escolas municipais testam merenda sem carne

  • 24 de agosto de 2011 | 
  • 23h31 | 
autoria: MARICI CAPITELLI

Um dia por semana a merenda dos alunos da rede municipal poderá ser vegetariana. A Secretaria Municipal de Educação está realizando estudos para descobrir como a proteína animal pode ser substituída de uma maneira que agrade ao paladar das crianças. Os pratos serão testados em escolas com alunos de todas as idades e perfis socioeconômicos diferentes na cidade.
Os trabalhos para que a merenda escolar ficasse sem proteína animal pelo menos um dia começaram em 2009. Foram feitas seis reuniões entre nutricionistas do Departamento de Merenda Escolar da secretaria e assessores do vereador Roberto Tripoli (PV), que é autor da proposta.
O pedido do parlamentar para que a secretaria adotasse alimentos vegetarianos surgiu a partir de pesquisas feitas pela Comissão de Estudos Sobre Animais da Câmara Municipal, que atuou durante cinco meses. Os trabalhos abordaram, entre outros assuntos, o impacto ambiental provocado pela indústria frigorífica. Os benefícios de uma alimentação saudável também foi discutida por profissionais de várias áreas.
No ano passado, a secretaria recebeu no orçamento uma emenda de R$ 500 mil para dar andamento ao projeto. Entretanto, nenhuma medida prática foi tomada pela pasta, de acordo com o gabinete do vereador.
O parlamentar afirmou que, ontem, o secretário de Educação, Alexandre Schneider, deu-lhe a garantia de que o projeto será implantado. Na semana que vem será feita uma reunião para acertar os detalhes. “Na verdade, gostaria que as crianças pudessem ter na rede uma opção de merenda vegetariana se elas assim preferirem. É um direito delas”, avalia Tripoli.
A Secretaria Municipal de Educação informou em nota que, “neste momento, o Departamento de Merenda Escolar está preparando os testes, definindo as datas de sua aplicação e escolhendo as escolas-piloto. O próximo passo é o de implantar o programa em toda a rede municipal, desde que os testes se mostrem satisfatórios”. A maior preocupação de alguns técnicos é fazer com que as crianças gostem do sabor dos alimentos substitutos.
Marly Winckerler, presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira, disse que a entidade tem acompanhado o projeto. “É uma medida espetacular, mesmo que seja um único dia, porque isso fará com que a sociedade possa refletir sobre os benefícios que a dieta sem carne traz para a saúde.”
A ideia de ficar um dia sem carne na merenda não preocupa os alunos. “Eu acho muito bom ter um dia sem carne porque protege os animais da morte e cuida da natureza. Mesmo em casa eu não gosto de comer muita carne, acho enjoativo”, afirma um aluno da 6.ª série da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) José Mario Pinto Duarte, em Perdizes, zona oeste.

Chuvas e os investimentos em drenagem em São Paulo


Prefeitura de São Paulo dispõe de R$ 3 bilhões para obras de urbanização; metade irá para drenagem

25/08/2011 - 03h30


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2508201101.htm

autoria: MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br


A Prefeitura de São Paulo tem cerca de R$ 3 bilhões em carteira para obras de urbanização, boa parte delas em processo de licitação.
Desse volume, cerca de R$ 1,5 bilhão representa investimento em drenagem, de acordo com Elton Santa Fé Zacarias, secretário de Infraestrutura Urbana.
"São obras para resolver problemas de enchentes em diversos pontos da cidade e envolvem canalização de córregos, a construção de piscinões e, em alguns casos, moradias para famílias que estavam nas áreas atingidas."
Dada a limitação decorrente do volume de endividamento, a Prefeitura depende dos governos estadual e, principalmente, federal para obras maiores.
"Obras de porte não têm mais condições de serem feitas só com os recursos da Prefeitura." O principal interlocutor no governo Dilma Rousseff tem sido o Ministério das Cidades.
A Prefeitura paulistana finaliza a licitação para construir 150 escolas em todas as regiões da periferia.
Com o investimento de mais de R$ 600 milhões apenas para erguer as escolas, o governo municipal pretende acabar com o terceiro turno, o chamado "turno da fome", das 11hs às 15hs.
De início, eram 40 construtoras, algumas em consórcios, a participar do processo. As obras estão divididas em 15 lotes. No dia 5 de se­tembro, abrem-se os envelo­pes da concorrência e, até o final de setembro, as obras devem estar contratadas.

Roupa suja 2: Você sabe o que é um nonilfenóis-etoxilados? E a fiscalização por aqui como fica?


23/08/2011 - 15h29

Greenpeace encontra resíduo tóxico em roupas de grife feitas na China

DA FRANCE PRESSE


http://www1.folha.uol.com.br/mercado/964025-greenpeace-encontra-residuo-toxico-em-roupas-de-grife-feitas-na-china.shtml


Resíduos de produtos químicos perigosos tanto para o ambiente quanto para a saúde foram encontrados em produtos de 14 grandes marcas de roupa, denunciou nesta terça-feira a organização ambientalista Greenpeace em seu relatório "Roupa suja 2".


35 marcas de roupa são investigadas por trabalho irregularEditora de Moda comenta trabalho irregular em confecções da Zara
Análises em amostras de roupa de marcas como Adidas, Uniqlo, Calvin Klein, H&M, Abercrombie & Fitch, Lacoste, Converse e Ralph Lauren evidenciaram a utilização de produtos químicos conhecidos como nonilfenóis-etoxilados em sua fabricação, alertou a organização.
O ativista do Greenpeace Li Yifang disse que o nonilfenol etoxilado, comumente usado em detergentes industriais e na produção de têxteis naturais e sintéticos, foi detectado em dois terços das amostras analisadas.
"O nonilfenol etoxilado tem propriedades tóxicas, persistentes, e causa transtornos hormonais", disse Li à imprensa, em Pequim.
"Ele mimetiza os hormônios femininos, altera o desenvolvimento sexual e afeta os sistemas reprodutivos", assegurou.
Aos componentes deste produto químico se deve a estendida "feminização" de peixes machos em partes da Europa, bem como transtornos hormonais em alguns mamíferos, segundo a WWF, outra organização protetora da biodiversidade.
O Greenpeace informou ter comprado 78 peças de roupa dessas marcas, a maioria fabricada em China, Vietnã, Malásia e Filipinas e em outros 18 países, e as submeteu a testes científicos.
"Até mesmo em baixos níveis representam uma ameaça para o meio ambiente e para a saúde humana", disse Li.
"Não é só um problema para o desenvolvimento dos países onde é fabricada" a roupa. É que, na lavagem, essas peças desprendem níveis residuais de nonilfenol etoxilado, o que afeta os países onde de fato seu uso é proibido, alertou.
O uso desses produtos químicos é restrito na Europa.

ADIDAS
Por ocasião da divulgação do informe, ativistas do Greenpeace entraram em uma loja da Adidas em Hong Kong para pedir à marca que elimine o uso de produtos químicos perigosos em seus produtos e para que seus clientes potenciais pensem antes de comprar seus produtos.
A Adidas também esteve na mira do relatório anterior do Greenpeace, intitulado "Roupa suja", divulgado no mês passado, no qual acusou o fabricante de contaminar grandes rios da China com dejetos químicos.
Doze ativistas do Greenpeace vestidos com uniforme de árbitros de futebol entraram, em meio a apitaços, em uma das lojas mais movimentadas da Adidas, na cidade do sul da China.
Ali, distribuíram panfletos da campanha aos clientes e exibiram cartões amarelos para os funcionários da loja, pedindo à marca que "jogue limpo".
Oito amostras de água, coletadas nas duas fábricas situadas nos deltas dos rios Yangtzé e Pérola, contêm um "coquetel de substâncias químicas perigosas", alertou a ONG no relatório do mês passado.
Nike e Puma, outras grandes marcas de roupa esportiva, asseguraram desde então que eliminarão o uso de agentes químicos tóxicos de seus produtos até 2020, mas a Adidas não o fez, segundo a porta-voz do Greenpeace, Vivien Yau.
A Adidas Hong Kong não respondeu aos telefonemas para fazer comentários.
Mas a empresa havia dito anteriormente que utiliza o grupo Youngor, um dos fabricantes acusados, apenas para cortar e costurar as peças, e não para fabricá-las, embora tenha pedido a Youngor que investigue as denúncias do Greenpeace.
A companhia acrescentou, ainda, que tem uma política de evitar substâncias perigosas.
No entanto, Yau disse que como segunda maior marca de roupas esportivas, a "Adidas tem a obrigação de desintoxicar sua cadeia de fornecimento mundial".
"Até agora, a marca não fez nada, apesar das nossas demandas repetidas, o que realmente é inaceitável", destacou.

O incêndio, ocorrido em Ribeirão Preto, acabou com 60% do banco genético, que tem um total de 3.375 árvores

O incêndio, ocorrido em Ribeirão Preto, acabou com 60% do banco genético, que tem um total de 3.375 árvoresO incêndio, ocorrido em Ribeirão Preto, acabou com 60% 
do banco genético, que tem um total de 3.375 árvores

Silva Junior/Folhapress

24/08/2011 - 11h25

Incêndio em mata experimental prejudica 15 pesquisas da USP


ELIDA OLIVEIRADE RIBEIRÃO PRETO



Uma área de 27 hectares do maior banco genético de floresta mesófila semidecidual do país, a mata atlântica do interior, foi destruída por um incêndio na semana passada. Ao menos 15 pesquisas da USP foram prejudicadas.
O incêndio, ocorrido em Ribeirão Preto, acabou com 60% do banco genético, que tem um total de 3.375 árvores.
Suspeita-se que algumas das atingidas eram os últimos exemplares de sua espécie, já que elas são raras na região.
"Era uma coleção de espécies nativas coletadas em mais de 400 remanescentes de mata", diz Elenice Mouro Varanda, coordenadora do Ceeflor (Centro de Estudos e Extensão Florestal) da USP em Ribeirão Preto.
"A perda é inestimável", avalia Paulo Kageyama, do Departamento de Ciências Florestais da Esalq/USP. Segundo ele, as espécies foram recolhidas em áreas que hoje não têm mais mata, devido ao avanço da agricultura.
Ao longo de 13 anos, foram coletadas 45 espécies de árvores, entre elas ipês, jequitibás, jacarandás, jenipapos e jatobás, cada uma delas com 75 exemplares.


Ao contrário de outros bancos de floresta, as espécies plantadas na USP seguiam um modelo matemático para que as árvores de uma mesma espécie ficassem a 30 metros de distância uma da outra, para evitar a polinização cruzada e manter a variabilidade genética.
As sementes e mudas produzidas ali eram enviadas a áreas de reflorestamento.
"Quando a gente entende a evolução do ecossistema recém-plantado podemos agir para acelerar outros processos de restauração florestal", diz José Ricardo Barosela, doutorando da USP.
A pesquisa de Barosela e outras 14 que estavam em andamento terão de ser refeitas ou concluídas sem os dados vindos do banco genético.
Segundo Varanda, será preciso esperar as chuvas e a recuperação natural das árvores para saber quais foram totalmente queimadas pelo fogo e quais vão rebrotar. "Só depois vamos contabilizar os danos causados."
As espécies replantadas levarão ao menos dez anos para atingir a maturidade.
Além da perda no banco genético, mais 6 hectares reflorestados foram atingidos.