quarta-feira, 13 de março de 2013

Lâmpadas fluorescentes compactas são produtos perigosos, dizem cientistas


Lâmpadas fluorescentes compactas são produtos perigosos, dizem cientistas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/01/2013
SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Lâmpadas fluorescentes compactas são produtos perigosos, dizem cientistas. 24/01/2013. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=lampadas-fluorescentes-compactas-devem-banidas. Capturado em 12/03/2013. 
Lâmpadas fluorescentes compactas devem ser banidas, dizem cientistas
Antes restrito a locais determinados e de mais fácil controle, o mercúrio finalmente se espalhou "democraticamente" por todo o globo por meio das lâmpadas fluorescentes compactas (CFLs). [Imagem: ACS]
Democratização do risco
Há poucos anos, ambientalistas pressionavam os legisladores de todo o mundo para banir as lâmpadas incandescentes, reconhecidamente grandes consumidoras de energia - seu grande problema é que elas desperdiçam muita energia na forma de calor.
Em seu lugar, foram adotadas as lâmpadas fluorescentes compactas, que gastam menos energia.
O problema é que essas lâmpadas aparentemente mais econômicas levam em seu interior não apenas o tóxico mercúrio, mas também uma série de outros metais pesados, usados na fabricação dos seus circuitos eletrônicos.
Antes restrito a locais determinados e de mais fácil controle, o mercúrio finalmente se espalhou "democraticamente" por todo o globo.

Antes restrito a locais determinados e de mais fácil controle, o mercúrio finalmente se espalhou "democraticamente" por todo o globo.
Riscos das lâmpadas fluorescentes compactas
Agora, as tão recomendadas lâmpadas fluorescentes compactas precisam ser banidas - pelo menos é o que os cientistas estão dizendo.
E eles não estão usando meias-palavras: um novo estudo alerta que as lâmpadas fluorescentes compactas, assim como os LEDs, deveriam entrar para a lista de produtos perigosos.
Mas Seong-Rin Lim e seus colegas da Universidade da Califórnia, em Davis e Irvine, mostraram que o problema é bem maior.
Enquanto o limite para a liberação de chumbo no ambiente é de 5 mg/l, as lâmpadas fluorescentes compactas podem liberar 132 mg/l, e os LEDs 44 mg/l.
O limite de segurança para o cobre é de 2.500 mg/kg, mas as duas fontes de iluminação atingem 111.000 e 31.600 mg/kg, respectivamente.
Tanto lâmpadas fluorescentes compactas, quanto LEDs, usam ainda alumínio, ouro, prata e zinco - as lâmpadas incandescentes, por outro lado, usam quantidades mínimas desses metais, sobretudo daqueles que são tóxicos.
O resultado não mudou nem mesmo quando os pesquisadores analisaram todo o ciclo de vida dos três tipos de lâmpadas.
Em comparação com as lâmpadas incandescentes, as lâmpadas fluorescentes compactas têm 26 vezes mais riscos de efeitos danosos ao meio ambiente por causa da toxicidade dos metais usados em sua fabricação - os LEDs têm um risco 3 vezes maior do que as lâmpadas incandescentes.
Convenção de Minamata sobre Mercúrio
A recém-negociada Convenção de Minamata sobre Mercúrio estabeleceu metas para o banimento de diversos usos do mercúrio, de longe o maior risco contido nas lâmpadas fluorescentes compactas.
A proposta de banimento desses usos até 2020 cita "Determinados tipos de lâmpadas fluorescentes compactas (CFLs)", mas o texto final ainda não foi divulgado - o documento só deverá assinado pelos 140 países que negociaram o acordo a partir de Outubro.
Não é a primeira vez que as tentativas de driblar problemas ambientais dão resultados opostos aos esperados: recentemente os cientistas anunciaram que os mesmos gases que salvaram a camada de ozônio agora ameaçam o clima - de resto, avisos contundentes para os apressados proponentes da geoengenharia.
Bibliografia:


Potential Environmental Impacts from the Metals in Incandescent, Compact Fluorescent Lamp (CFL), and Light-Emitting Diode (LED) Bulbs
Seong-Rin Lim, Daniel Kang, Oladele A. Ogunseitan, Julie M. Schoenung
Environmental Science and Technology
Vol.: 47 (2), pp 1040-1047
DOI: 10.1021/es302886m

Marcada por atrasos, obra de Angra 3 prossegue apesar de Fukushima


BRASIL

Marcada por atrasos, obra de Angra 3 prossegue apesar de Fukushima

O acidente de Fukushima não teve nenhum reflexo no Brasil, que segue investindo em energia nuclear com a construção de Angra 3. Garantia do governo alemão para a obra, porém, é cada vez mais incerta.

O cronograma de construção da terceira usina nuclear brasileira, Angra 3, é marcado por atrasos. Mas a falta de pontualidade não tem qualquer relação com o acidente de Fukushima, no Japão, que completa dois anos nesta segunda-feira (11/03). Enquanto o desastre desencadeou uma oposição forte a essa fonte de energia em várias partes do mundo, o Brasil decidiu avançar com os investimentos na indústria nuclear.
"Isso [o acidente de Fukushima] não tem nada a ver com o que está acontecendo no Brasil", disse o superintendente de construção da Eletrobrás Eletronuclear, José Eduardo Costa Mattos, sobre Angra 3.
A construção da central foi iniciada ainda na década de 1980, paralisada em 1986 e, em 2008, recebeu a licença ambiental prévia do Ibama. Em 2011, o canteiro de obras cresceu e o prazo para que a usina entrasse em operação era dezembro de 2015. A data foi adiada para julho de 2016 e, agora, fala-se em dezembro de 2016.
Mattos justifica a demora: o edital de serviço de montagem eletromecânica do reator ficou muito tempo suspenso devido a problemas financeiros, mas as obras já estão, novamente, em andamento. A usina, que já tem 40% de sua estrutura construída, terá potência de 1.405 megawatts (MW).
Os parâmetros de segurança estão em primeiro plano, garante Mattos, além da proteção do meio ambiente. "Entre os materiais utilizados pela construtora estão madeira e plástico reciclados. O armazenamento do lixo que sobra das obras também é direcionado a empresas aptas para fazer o armazenamento de forma correta", disse em entrevista à DW Brasil.
Alemanha deve sair de cena
Meses depois da catástrofe de Fukushima, o governo alemão decidiu fechar todas as suas 17 usinas nucleares até 2022. Ao mesmo tempo, o país aparecia na lista de fiadores da obra de Angra 3. Em fevereiro de 2010, a Alemanha havia prometido à francesa Areva NP (que na época pertencia em parte ao grupo alemão Siemens) a chamada garantia Hermes, no valor de 1,3 bilhão de euros. Na prática isso significa que, se o Brasil desse um calote na empresa, o governo alemão assumiria o prejuízo.
No entanto, a pressão da opinião pública alemã está fazendo o governo rever sua posição. Em novembro, uma comissão suprapartidária do Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) manifestou-se contra a garantia. Ainda não há uma posição final da coalizão liderada pela chanceler federal Angela Merkel, mas as chances de que a garantia não saia são cada vez maiores. A decisão, segundo Barbara Happe, da organização alemã Urgewald, já teria sido tomada, apesar de ainda não haver um documento oficial assinado.
A justificativa para a não-assinatura do contrato, declarou Happe à DW Brasil, deve-se ao fato de os alemães concluírem que as obras de Angra 3 não atendem às expectativas de segurança. A Eletronuclear não comenta o assunto.
Diante do provável recuo alemão, as autoridades brasileiras tiveram que assumir o compromisso. Segundo o superintendente de construção da Eletrobrás, os financiamentos serão feitos pelo BNDES, juntamente com a Caixa Econômica Federal. Angra 3 vai ser financiada em 3,8 bilhões de reais pela Caixa e em 6,1 bilhões pelo BNDES para a compra de máquinas, equipamentos importados e para a contratação de serviços estrangeiros.
Mattos ressalta que todos os documentos de garantia de financiamento, assinados no passado pela Alemanha, foram repassados para a Areva francesa.
Laços alemães
A ampliação da energia nuclear no Brasil não teria sido possível sem a ajuda da Alemanha. Uma década antes de a primeira central ser ativada, em 1985, os governos dos dois países se aproximaram e assinaram um acordo de cooperação. O Brasil queria ter acesso ao ciclo completo de abastecimento.
Em 2001 a segunda central entrou em operação, com o reator tipo PWR (Pressurizer Water Reactor), ou reator a água pressurizada, comprado da KWU, então subsidiária da Siemens. A terceira usina contará com o mesmo reator, comprado há duas décadas pelo governo brasileiro.

DW.DE

e-cigarette: Cigarro sustentável?


09 DE MARÇO DE 2013
Apesar de incertezas sobre riscos à saúde, cigarro eletrônico vira moda em Paris

Cigarro eletrônico pode ter aparência semelhante ao de um cigarro normal, mas os mais vendidos são os tamanhos maiores.
Cigarro eletrônico pode ter aparência semelhante ao de um cigarro normal, mas os mais vendidos são os tamanhos maiores.
Flickr/ Creative Commons
Lúcia Müzell

Nos últimos anos, um verdadeiro cerco aos fumantes impôs restrições ao cigarro na maioria dos lugares públicos. Mas a tecnologia abriu as portas, pelo menos por enquanto, para uma revanche dos fumantes: é o cigarro eletrônico, que na França está invadindo bares, cafés e muitos outros lugares onde o produto tradicional é proibido.
O cigarro eletrônico não tem alcatrão nem tacabo, portanto o produto aspirado é menos nocivo para a saúde, segundo as fabricantes. Muitos usuários adotaram o e-cigarette para tentar deixar de fumar ou por se preocuparem com a saúde. O problema é que ainda não existem assuntos conclusivos sobre o tema. Por causa das incertezas, a venda do produto ainda é proibida no Brasil. Saiba os detalhes ouvindo a reportagem.







 

   

      Apesar de incertezas sobre riscos à saúde, cigarro eletrônico vira moda em Paris    
          (04:59)