sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sustentabilidade na prateleira do supermercado

“ 1 litro de óleo pode contaminar 1 milhão de litros de água”: Exagero ou não? Comestível ou mineral?



EFEITOS DE ÓLEOS E GRAXAS PARA A TRATABILIDADE DE ESGOTOS E POLUIÇÃO DIFUSA



autor: Qco. André Luis Gois Rodrigues 


Os óleos e graxas são substâncias orgânicas de origem mineral, vegetal ou animal. Estas substâncias geralmente são hidrocarbonetos, gorduras, ésteres, entre outros.

  • Baixa solubilidade – quando em excesso, há dificuldade de degradação em processos biológicos.
  • Baixa densidade – formando filme e impedindo a transferência de oxigênio do ar para a água, e conseqüentemente, aumentando a carga orgânica em corpos d’água – poluição difusa
  • É sabido que em excesso, óleos podem contribuir para a formação de bactérias conhecidas como nocardias.


Legislação mais restritiva é a Res. Conama 357/05 - art.34

  • Óleos Minerais – 20 mg/L
  • Óleos Vegetais e Gorduras Animais– 50 mg/L


IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE ÓLEOS VEGETAIS EM CORPOS D’ ÁGUA:


  • Aumento da carga orgânica consumindo oxigênio dissolvido (OD) da água, contribuindo para asfixiar a vida aquática;
  • DBO5 do óleo de fritura gasto:  1.500.000 mg/L (Obs: estimativa  conservativa, pois se trata de caso que não permite aplicação direta do método analítico e os diferentes tipos de óleo, presença de água e restos de alimento resultam em valores muitos diversos)
  • DBO5 do esgoto bruto: 200 a 400 mg/l
          Nota: DBO5: demanda bioquímica de oxigênio (5 dias).

  • Formação de filme flutuante dificultando a troca gasosa e oxigenação. A extensão de superfície coberta depende dos volumes das fases óleo e água, pH e tensão superficial do meio (presença de substâncias com caráter emulsificante ou anti-emulsionante)


“ 1 litro de óleo pode contaminar 1 milhão de litros de água”


Frase  muito comum na internet (Obs: citando erroneamente como fonte o portal da Sabesp):

Significa 0,001 ml de óleo em um litro de água (≈ 1 mg/L)

  • 1 gota tem 0,05 ml (50 vezes mais), ou seja, segundo a frase, se dividirmos um gota em 50 partes e jogarmos uma delas em um litro de água, este litro estaria poluído. 
Não parece um exagero?

Embora qualquer contaminação seja em si indesejável, na verdade, o caráter poluente de uma substância é algo definido em lei, estabelecendo concentrações e situações a partir das quais há prejuízos relevantes e concretos ao meio ambiente.

Tentaremos a seguir estimar quais seriam os volumes de água, que com base na legislação vigente, seriam poluídos por 1 litro de óleo vegetal, considerando os limites máximos de lançamento em corpos d’ água:

  • Federal: Res. CONAMA 357/ 06 – art. 34: OG (vegetal/animal): 50
mg/L
  • Estadual SP: Dec. Est. 8468/76 – art. 18 (lançamento em corpos d’ água): OG: 100mg/L

O limite legal mais restritivo de lançamento (50 mg/L), permite lançar aproximadamente uma gota de óleo por litro.

Dessa forma, em tese, 1 litro de óleo poluiria 20.000 litros de água.



Importante não confundir padrões de lançamento com a caracterização de classe. Para rios classe 1, 2 ou 3 a presença de óleo precisa ser virtualmente ausente, não estabelecendo valores quantitativos para esta definição.





PREVENÇÃO EM ESTACIONAMENTOS E POSTOS DE COMBUSTÍVEIS






A Caixa Separadora ZP-2000 utiliza o princípio de separação por meio de elemento coalescente, porém é dotada de diversos dispositivos construtivos internos, otimizando seu desempenho e diferenciando-a das demais.
É projetada para uma vazão de até 2.000 litros/hora. Como diferencial, a Zeppini optou em desenvolver uma caixa "fechada" onde o acesso para inspeção e manutenção se dá através de duas pequenas aberturas superiores, facilitando desta forma a instalação e operação por dispensar grandes áreas isoladas.







DECRETO Nº 50.284, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2008

Regulamenta a Lei nº 14.487, de 19 de julho de 2007, que introduz o Programa de Conscientização sobre a Reciclagem de Óleos e Gorduras de Uso Culinário no Município de São Paulo, bem como a Lei nº 14.698, de 12 de fevereiro de 2008, que dispõe sobre a proibição de destinar óleo comestível servido no meio ambiente.

GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei,
D E C R E T A:
Art. 1º. A Lei nº 14.487, de 19 de julho de 2007, que introduz o Programa de Conscientização sobre a Reciclagem de Óleos e Gorduras de Uso Culinário no Município de São Paulo, bem como a Lei nº 14.698, de 12 de fevereiro de 2008, que dispõe sobre a proibição de destinar óleo comestível servido no meio ambiente, ficam regulamentadas na conformidade das disposições deste decreto.
Art. 2º. Nos termos do artigo 1º da Lei nº 14.698, de 2008, as empresas e entidades que consomem óleo comestível em seus estabelecimentos estão proibidas de lançar resíduos de óleo servido no meio ambiente.
Art. 3º. As empresas e entidades que consomem óleo comestível deverão depositar o óleo servido em recipiente próprio, com rótulo contendo a indicação "resíduo de óleo comestível", o nome e o número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ do agente que realizará a coleta.
Art. 4º. As empresas e entidades a que se refere este decreto poderão instalar, em seus estabelecimentos, Pontos de Entrega Voluntária para recebimento dos resíduos domiciliares de óleo servido entregues pela população.
Art. 5º. A fiscalização quanto ao cumprimento do disposto nos artigos 2º e 3º deste decreto incumbirá às Secretarias Municipais da Saúde e do Verde e do Meio Ambiente, por meio dos órgãos de vigilância sanitária e de controle ambiental, no âmbito das respectivas competências, que poderão contar com o apoio dos demais órgãos municipais.
Art. 6º. A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, por meio da Coordenação de Educação Ambiental, desenvolverá o Programa de Conscientização sobre Reciclagem de Óleos e Gorduras de Uso Culinário no Município de São Paulo, mediante a realização de campanhas e ações educativas visando:
I - informar proprietários de empresas e entidades que consomem óleo comestível e a população em geral sobre:
a) a proibição do lançamento do óleo servido no meio ambiente e a obrigatoriedade da adoção das medidas necessárias para a sua correta destinação final;
b) os procedimentos adequados e os locais para descarte, recolhimento, reaproveitamento e destinação do óleo servido;
c) os prejuízos causados ao meio ambiente e à rede coletora de esgoto em caso de descumprimento do disposto no artigo 1º da Lei nº 14.698, de 2008, e no artigo 2º deste decreto;
II - incentivar a realização de coleta voluntária do óleo servido pela população;
III - estimular iniciativas não-governamentais voltadas para o processamento desses resíduos e o desenvolvimento de práticas de reciclagem, com estímulo ao cooperativismo;
IV - a promoção de estudos, cursos e concursos sobre o tema.
Parágrafo único. As campanhas e ações educativas poderão ser formuladas e implementadas em conjunto com empresas que fabricam, importam ou comercializam óleos comestíveis.
Art. 7º. Para a implementação do Programa de que trata este decreto, a Administração Municipal poderá firmar convênios ou parcerias com órgãos municipais, estaduais e federais, organizações não-governamentais e instituições privadas.
Art. 8º. A destinação do óleo comestível servido utilizado na preparação de alimentos deverá observar as regras estabelecidas na Lei nº 13.725, de 9 de janeiro de 2004 - Código Sanitário do Município de São Paulo, bem como no Regulamento Técnico de Boas Práticas, e as demais normas previstas na legislação vigente.
Art. 9º. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 1º de dezembro de 2008, 455º da fundação de São Paulo.
GILBERTO KASSAB, PREFEITO
JANUARIO MONTONE, Secretário Municipal da Saúde
EDUARDO JORGE MARTINS ALVES SOBRINHO, Secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente
Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 1º de dezembro de 2008.
CLOVIS DE BARROS CARVALHO, Secretário do Governo Municipal



Fogo amigo: lareira ecológica


Fogo amigo: lareira ecológica

fonte: http://blogs.estadao.com.br/aqui-se-paga/fogo-amigo-lareira-ecologica/

autoria: por Leandro Quintanilha




08.agosto.2011 16:26:47


Embora não pareça, ainda é inverno. Então, antes que o frio volte, conheça esta alternativa aos aquecedores elétricos, a lareira ecológica, trazida ao Brasil pela importadora K3. Muito difundido na Europa, na África e no Canadá, o aparelho funciona com álcool 92,8%, aquele mesmo que você compra no supermercado. Ela não provoca odores, não faz fumaça e não resseca o ar (a combustão do álcool produz H²O). Há vários modelos em sites como o Americantil e o SOS Piscina. E, ah, a lareira ecológica não precisa de chaminé e pode usada em qualquer ambiente.
LAREIRA600.jpg
O modelo Kos, com pedras, custa cerca de R$ 2 mil (preço médio). Mas há opções mais baratas

Marina Silva, ex-PV, fala sobre o Código Florestal


Marina Silva, ex-PV, fala sobre o Código Florestal

TV Estadão | 11.08.2011




fonte: http://tv.estadao.com.br/videos,MARINA-SILVA-EX-PV-FALA-SOBRE-O-CODIGO-FLORESTAL,144457,251,0.htm

A convidada do Encontros Estadão&Cultura desta quinta-feira foi a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Ela debateu o novo Código Florestal, cuja proposta votada na Câmara está no Senado(parte 1)


Churrasco e diabetes tipo 2


11/08/2011 - 10h34

Consumo de carne vermelha aumenta risco de diabetes tipo 2



Editoria de arte/folhapress




autoria: MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO




Comer um bife ou uma salsicha por dia aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Mas substituir a porção diária de carne por laticínios "magros" e grãos integrais reduz esse perigo.
As conclusões são do maior estudo já feito sobre o assunto, com dados de cerca de 300 mil pessoas, acompanhadas desde a década de 1970.
A pesquisa, feita pela Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, foi publicada ontem no "American Journal of Clinical Nutrition".
Segundo o estudo, quem come 100 g de carne vermelha (um bife) tem risco 19% maior de ter diabetes tipo 2, em comparação com quem consome menos do que isso.
Já as carnes processadas, como salame e mortadela, foram consideradas mais prejudiciais: 50 g diários (uma salsicha) podem elevar o risco de diabetes em 51%.
Os pesquisadores notaram que aqueles que consumiam mais carne vermelha tinham mais chance de ser fumantes, mais gordos e sedentários.
Mas mesmo que todos os participantes da pesquisa tivessem o mesmo IMC (Índice de Massa Corporal) o consumo de carne ainda aumentaria o risco de diabetes tipo 2.

FERRO
Uma das explicações possíveis é que o chamado ferro-heme, presente nas carnes vermelhas, causa danos às células beta do pâncreas, que produzem a insulina.
Airton Golbert, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, lembra que a hematocrose, doença que provoca um acúmulo de ferro no organismo, pode causar diabetes.
Os pesquisadores dizem ainda que os conservantes presentes nas carnes são tóxicos para as células beta.
"O trabalho é importante para reavaliarmos a ingestão de carne vermelha. Já sabíamos que ela aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Agora, há mais um dado para moderarmos esse consumo", diz Golbert.
Já o endocrinologista Antonio Carlos Lerario, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes, faz ressalvas ao estudo norte-americano.
Ele afirma que a associação do consumo de carne ao diabetes pode se dever à maior ingestão de gorduras. "Em geral, quem consome carne é um bom comilão, come batata, não gosta muito de peixe e bebe mais."
O endocrinologista diz ainda que não é preciso crucificar a carne. "Não é para pensar: 'A partir de hoje, não vou mais comer carne, porque vou ter diabetes'. Não dá para saber se outras fontes de gordura também não aumentam esse risco."


EUA investirão US$ 100 milhões para proteger parque nacional


11/08/2011 - 16h22

EUA investirão US$ 100 milhões para proteger parque nacional

nal Park Service-Everglades/EfeParque Nacional de Everglades, maior reserva subtropical dos Estados UnidosParque Nacional de Everglades, maior reserva subtropical dos Estados Unidos




Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira que investirão US$ 100 milhões em acordos com rancheiros da Flórida para que eles se comprometam a cuidar de seus terrenos no Parque Nacional Everglades, uma ampla região pantanosa subtropical de grande importância ambiental.
"A restauração de Everglades é fundamental para todos os americanos", disse o secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, sobre uma região que possui um ecossistema único no mundo e que agora receberá o maior investimento federal dedicado a um estado para a proteção de pântanos.
Vilsack viajou de Washington à Flórida para apresentar a iniciativa nesta quinta-feira em entrevista coletiva oferecida na Área Natural de Winding Waters prestigiada por autoridades locais e responsáveis por organizações agrícolas e ambientais.
O investimento será destinado à restauração dos Everglades com a ajuda dos rancheiros, que receberão fundos em troca do compromisso de não construir nada em mais de 9.700 hectares próximos ao Lago Okeechobee, o maior de água doce da Flórida e o sétimo dos EUA.
Os criadores de gado se comprometerão a proteger seus terrenos em condições de usufruto permanente, com a ideia de recuperar e garantir a conservação destes peculiares terrenos do extremo sul da Flórida, reconhecidos por sua grande variedade de aves e por seus crocodilos.
Assim, haverá terrenos de pastoreio que passarão a ser pântanos, o que criará novos habitats naturais e absorverá substâncias poluentes que danificam o Lago Okeechobee e o restante do parque.
"É uma iniciativa na qual todos ganham: ajuda a restaurar Everglades e permite que continuem as tradições criadoras de gado do país", declarou o senador americano Bill Nelson.
Estas iniciativas representam um importante impulso à restauração do parque nacional, um projeto que estava estagnado há anos e que estava ameaçado pela proposta de corte de 66% do orçamento destinado a Everglades.
"Nossas terras trabalhadas proporcionam abundante comida, combustível e fibra, e são uma peça essencial das comunidades rurais, que são parte da estrutura da nação", considerou Vilsack.
O secretário de Agricultura acrescentou que "a boa gestão das terras também impulsiona a saúde dos ecossistemas que fornecem água limpa, habitat para fauna, atividades recreativas e outros serviços ambientais que beneficiam a todos".

Cidade na Ilha de Marajó utiliza bicicleta como único meio de transporte

Cidade na Ilha de Marajó utiliza bicicleta como único meio de transporte

Afuá, conhecida como Veneza de Marajó, no Pará, é uma cidade, no meio da floresta, onde vivem 32 mil moradores e o principal alimento é o açaí. Como não há carros no local, até as ambulâncias são movidas a pedaladas









Do alto da Cordilheira dos Andes, a equipe do Globo Repórter começa uma longa descida até as planícies amazônicas. Segue o riacho Carhuasanta até o Rio Apurimac, primeiro nome dado ao Rio Amazonas, que corre sobre um leito pedregoso.
A altitude faz com que poucos animais consigam sobreviver na região. Resistentes, os flamingos buscam alimento nas lagoas salgadas a mais de 4 mil metros do nível do mar. São pequenos moluscos e crustáceos que eles apanham cuidadosamente com o bico.
Mais abaixo, a viagem continua ao longo das margens do Apurimac. Um rio de corredeiras, de águas geladas e cristalinas. Ali, a equipe encontra um pescador. Ele joga a tarrafa, mas sem muita sorte. E, depois, tira do bolso o único peixe que conseguiu pescar. Uma pequena truta. Mas, nas nascentes, nem sempre o dia está para peixe.
Na foz, muita fartura. Esforço que recompensa o trabalho dos pescadores. “Tem muito peixe o Rio Amazonas. Quando a gente olha para ele, sente muita alegria”, diz o pescador Josué dos Santos.
Mas a pesca, na região, também é uma ameaça ao grande rio. Pelo menos, 700 embarcações costumam frequentar o pesqueiro. Mas só cerca de 50 estão autorizadas a pescar. Juntas, elas levam de lá, em uma viagem, uma média de duas mil toneladas de peixe. Calcula-se que isso represente apenas 20% da produção clandestina. Mas até quando a natureza vai conseguir repor esse estoque?
Os pescadores notaram, nos últimos anos, que as piramutabas estão cada vez menores. E a fartura já não é mais a mesma. Alguns pescadores não tem licença para pescar. “Eu particularmente, não. A maioria não tem, mas eu pesco assim mesmo”, diz o pescador Cleber Lacerda.
“Temos que acabar com o faz de conta. Um faz de conta que fiscaliza o outro faz de conta que realmente respeita os órgãos ambientais, mas o recurso estão sendo explorados e estão sendo, realmente, prejudicados. Eu acho que isso é que tem que acabar”, comenta o engenheiro de pesca Mutso Asano Filho.
No alto da Cordilheira, o respeito à natureza sempre acompanhou as antigas civilizações. Na margem direita do Apurimac, relíquias históricas de uma cidade inca. São os primeiros vestígios que ligam essa antiga civilização andina ao rio, que no Brasil vai ter o nome de Amazonas.
Os antigos habitantes da Cordilheira vinham até o lugar e pediam fertilidade para os animais e para as lavouras. O administrador local do patrimônio histórico peruano conta que a cidade abandonada tem mais de cinco mil anos. “ Cinco mil anos”, confirma o guia Marco Antonio Ibarra.
Nas construções de pedra eram feitas oferendas aos deuses. Um lugar de orações às margens do Apurimac.Logo, abaixo, começam a surgir formações rochosas que a água do rio e da chuva esculpiu durante milhares de anos.
Três Cânions é um dos lugares mais bonitos da Cordilheira dos Andes. Três rios chegam até ali protegidos pelos paredões de pedras esculpidas, que parecem obras de arte da natureza.
No encontro dos rios, o que chama a atenção são as pedras. São várias formas, como um bosque rochoso. “Nossa cultura chega ao Brasil e ao Atlântico através de um rio. Estamos unidos”, relata Elisban Apasa. Unidos e separados por tanta água.
A equipe viaja para Afuá, uma pequena cidade isolada na Ilha de Marajó, no estado do Pará. Uma cidade sem carros, no meio da floresta, e onde o alimento principal é o açaí. “Se não tiver na janta, no almoço não comi”, declara o vendedor de açaí Domingos de Almeida. Às margens do Rio Amazonas, vivem 32 mil moradores num lugar que ficou conhecido também como Veneza de Marajó.
Lá, tudo é erguido sobre palafitas para escapar das marés, menos o cemitério, que já rendeu muitas histórias. Diz o povo da cidade que, em Afuá, todo mundo ali morre duas vezes. “Morte morrida e depois de enterrado, morre afogado”, diz um morador. Fora o cemitério, todo o resto está sobre as palafitas. É por elas circulam 12 mil bicicletas, o único meio de transporte na cidade.
E quem não tem bicicleta e anda a pé pelas ruas de Afuá, tem que ter muito cuidado. Uma atenção parecida com a de que atravessa as ruas movimentadas das grandes cidades. Qualquer vacilo, a pessoa pode precisar de um veículo: o socorro da ambulância.
O triciclo atende muitas vítimas de atropelamentos. Mas os maiores problemas de saúde da população, quem diria, têm a ver com a qualidade da água que é consumida. “São as diarreias, as parasitoses, as desidratações”, conta o médico Paulo Fraga.
O lugar que poderia ser o sonho de muita gente sofre por não conseguir conviver bem com o rio. “É um pontinho no mapa. Para algumas pessoas pode ser insignificante ,mas, para nós, é o nosso mundo”, conta a professora Lucilena Coelho.

Indicadores de Sustentabilidade Urbana: para além das edificações


Indicadores de Sustentabilidade Urbana: para além das edificações

http://www.secovi.com.br/sustentabilidade/indicadores-de-sustentabilidade/


O Secovi-SP, em parceria com a Fundação Dom Cabral, elaborou a “Pesquisa de Indicadores de Sustentabilidade no Desenvolvimento Imobiliário Urbano”. O objetivo do estudo, que traz conceitos, temas e indicadores de sustentabilidade, é construir uma base de conhecimentos e apresentar recomendações aos setores privado e público para a promoção de cidades mais sustentáveis no Brasil.
De acordo com o vice-presidente de Sustentabilidade do Secovi-SP, Ciro Scopel, governo e empresários, com apoio do universo acadêmico, se empenham na busca de medidas concretas com vistas à construção sustentável. Mas o que se vê, até então, são resultados pontuais.
“É preciso reconhecer que sustentabilidade não é fato isolado. Não adianta haver empreendimentos concebidos, produzidos e administrados de maneira sustentável se as cidades não forem igualmente sustentáveis. Afinal, quais são os quesitos que devem ser considerados? Quais são os parâmetros, como identificá-los e principalmente, como mensurá-los para que se possa ter a noção exata dos resultados obtidos com as ações adotadas? Esse estudo traz respostas para essas questões”, afirma Ciro.
No entender do Secovi-SP e da FDC, o setor imobiliário deve, institucionalmente, participar e pautar o debate sobre os temas da cidade sustentável, indicando pontos para a definição de políticas públicas. “A pesquisa também traz recomendações às empresas do segmento imobiliário, oferecendo parâmetros e indicadores que ajudam a promover o desenvolvimento sustentável na escala urbana. São as ações que o setor pode promover diretamente”, adiciona Scopel, que conduziu o processo ao lado diretor de Sustentabilidade, Hamilton de França Leite Junior, e do vice-presidente estratégico, Claudio Bernardes.
Conforme o arquiteto Carlos Leite, responsável pelo estudo na Fundação, a pesquisa permitiu a construção de um universo de indicadores para avaliação e monitoramento da sustentabilidade, considerando-se a função dos empreendimentos imobiliários na reformulação das cidades e nas expansões urbanas. “Foram levantados nove grandes temas que permitiram chegar a um conjunto completo de 174 indicadores e uma síntese, com 62 indicadores.”


Download

Faça aqui o download do Indicadores de Sustentabilidade Urbana: para além das edificações.