sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Cientistas da USP produzem biodiesel da borra de café

Cientistas da USP produzem biodiesel da borra de café


Com informações da Agência USP - 16/02/2011

SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Cientistas da USP produzem biodiesel da borra de café. 16/02/2011. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=biodiesel-borra-cafe. Capturado em 18/02/2011.



O processo consiste em extrair um óleo essencial da borra de café. Este óleo mostrou ser uma matéria-prima viável para a produção do biodiesel. [Imagem: Denise Moreira dos Santos]




Reciclagem do café




Cientistas da USP demonstraram que é possível usar a borra de café - o que resta do café em pó depois que ele é coado - para a produção de biodiesel.



O processo consiste em extrair um óleo essencial da borra de café. Este óleo mostrou ser uma matéria-prima viável para a produção do biodiesel.



A produção do biocombustível a partir do resíduo foi testada pela química Denise Moreira dos Santos, em escala laboratorial.



O estudo concluiu que a técnica é adequada para a produção do biodiesel em pequenas comunidades, para o abastecimento de tratores e máquinas agrícolas, por exemplo.



"No Brasil, há um grande consumo de café, calculado em 2 a 3 xícaras diárias por habitante, por isso a produção de resíduo é intensa em bares, restaurantes, casas comerciais e residências



Óleo essencial



"O óleo essencial, responsável pelo aroma do café, já é utilizado em química fina, mas sua extração diretamente de grãos de alta qualidade é muito cara", conta a professora.



A borra do café também contém óleos essenciais, que podem contaminar o solo quando o resíduo é descartado no meio ambiente.



O processo de obtenção do biodiesel é o mesmo adotado com outras matérias-primas.



"O óleo essencial é extraído da borra de café por meio da utilização de etanol como solvente," conta Denise. "Após a extração, o óleo é posto em contato com um catalisador alcalino, que realiza uma reação de tranesterificação com a qual se obtém o biodiesel."



As características dos ácidos graxos do óleo essencial do café são semelhantes aos da soja, embora estejam presentes em menor quantidade.



A partir de um quilo de borra de café é possível extrair até 100 mililitros de óleo, o que geraria cerca de 12 mililitros de biodiesel.



"No Brasil são consumidas aproximadamente 18 milhões de sacas de 60 quilos de café, num total de 1,08 milhões de toneladas, o que irá gerar uma quantidade considerável de resíduos," aponta a professora.



Pesquisa e educação



"Todo o experimento para obtenção de biodiesel foi realizado em escala laboratorial", explica Denise, que é professora do curso técnico de Química do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETPS), em São Paulo. "O objetivo da pesquisa é mostrar aos alunos que é possível aproveitar um resíduo que é descartado no ambiente para a produção de energia".



Segundo a professora, a implantação do processo de produção do biocombustível em escala industrial dependeria de um trabalho de conscientização da população para não jogar fora a borra de café, que seria recolhida para extração do óleo.



"Sua utilização é indicada para pequenas comunidades agrícolas, que produziriam seu próprio biodiesel para movimentar máquinas", sugere.



Denise lembra que em algumas fazendas de café, a borra é armazenada no refrigerador para ser usada como fertilizante. "Entretanto, seu uso frequente pode fazer com que os óleos essenciais contaminem o solo", alerta. "O aproveitamento desse resíduo para gerar energia pode não ser uma solução mundial, mas está ao alcance de pequenas localidades".



FATOR HUMANO EM ENCHENTES

Fator humano em enchentes


17/2/2011

Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/13469/divulgacao-cientifica/fator-humano-em-enchentes.htm


Artigos publicados na Nature destacam a influência da emissão de gases promovida pela industrialização no aumento da ocorrência de eventos climáticos extremos (Nature)





Agência FAPESP – O excesso de chuva em áreas urbanizadas pode ter efeitos dramáticos para as populações locais, como se vê todo verão em alguma região do Brasil. Dois novos estudos destacam que gases estufa produzidos pela industrialização têm aumentado significativamente a probabilidade de precipitação pesada e o risco de enchentes.



As pesquisas, que reforçam a importância da contribuição humana em eventos hidrológicos extremos, tiveram seus resultados publicados na edição desta quinta-feira (17/2) da revista Nature.



Trabalhos anteriores haviam apontado que a influência antropogênica no aquecimento global podia ser responsável em parte pelo aumento nas chuvas. Entretanto, por causa da disponibilidade limitada de observações diárias, a maior parte dos estudos até hoje examinou apenas o potencial de mudanças na precipitação em comparações entre modelos climáticos.



Em um dos artigos agora publicados, Francis Zwiers, da Environment Canada, e colegas analisaram os índices de precipitação em áreas continentais no hemisfério Norte de 1951 a 1999.



De acordo com os pesquisadores, os aumentos induzidos pelo homem na emissão de gases que causam o efeito estufa contribuíram para o aumento nos eventos de precipitação pesada observados em cerca de dois terços das áreas analisadas.



Os resultados foram baseados na comparação de mudanças observadas e simuladas em modelos da precipitação extrema na última metade do século 20. Mudanças na precipitação projetadas pelos modelos – e, consequentemente, os impactos de mudanças futuras na precipitação extrema – podem ter sido subestimadas porque os modelos aparentemente subestimam o aumento observado na precipitação por causa do aquecimento”, destacaram os autores.



No outro estudo, Pardeep Pall, da Universidade Oxford, e colegas centraram nas enchentes ocorridas no Reino Unido em outubro e novembro de 2000, o outono mais úmido na Inglaterra e no País de Gales desde 1766, quando os registros começaram a ser feitos.



Os cientistas produziram milhares de simulações em computador para como deveria ter sido o tempo no período em questão, tanto em condições realísticas como caso não tivesse ocorrido qualquer emissão de gás estufa.



O resultado é que, de cada três casos, em dois as simulações indicaram que as emissões antropogênicas no século 20 aumentaram o risco de enchentes nos dois países em mais de 90%.



Entretanto, os pesquisadores ressaltam que ainda não se conhece com exatidão a magnitude da contribuição humana aos eventos extremos e que mais estudos são necessários para aumentar o conhecimento no tema.



Os artigos Human contribution to more-intense precipitation extremes (doi:10.1038/nature09763), de Seung-Ki Min e outros, e Anthropogenic greenhouse gas contribution to flood risk in England and Wales in autumn 2000 (doi:10.1038/nature09762), de Pardeep Pall e outros, podem ser lidos por assinantes da Nature em www.nature.com.





POLUIÇÃO INDUZ MUTAÇÃO...COMEÇA COM OS PEIXES...

Poluição induz mutação


18/2/2011

Autoria e fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/13476/poluicao-induz-mutacao.htm



Estudo na Science destaca a primeira demonstração de um mecanismo de mutação e adaptação a poluentes em vertebrados. Peixes mutantes proliferaram no rio Hudson (divulgação)





Agência FAPESP – Durante três décadas, de 1947 a 1976, duas fábricas de uma multinacional jogaram um total estimado de 600 mil quilos de bifenilas policloradas (PCB), compostos organoclorados sintéticos considerados entre os poluentes com maior biotoxicidade, no rio Hudson, em Nova York.



O resultado foi o acúmulo do composto cancerígeno em um peixe local, o Microgadus tomcod, da família do bacalhau, em níveis nunca vistos em populações naturais. O surpreendente é que o peixe não sumiu da área afetada, mas proliferou a ponto de hoje ser encontrado em grandes populações.



O motivo é que o excesso de PCB induziu a um tipo de mutação que levou o peixe a evoluir para poder resistir à grande quantidade de toxinas presente na água, segundo estudo publicado nesta sexta-feira (18/2) no site da revista Science.



Esse tipo de resposta é conhecido em insetos, que desenvolvem resistência a certos pesticidas, e em bactérias, que passam a resistir a antibióticos. “Mas essa é a primeira demonstração de um mecanismo de resistência em uma população de vertebrados”, disse Isaac Wirgin, do Departamento de Medicina Ambiental da Escola de Medicina da Universidade de Nova York, que liderou o estudo.



Como Wirgin e colegas sabiam que o receptor de arilhidrocarbono (AHR2) regula os efeitos tóxicos do PCB em peixes, eles analisaram exemplares do M. tomcod para observar de que forma o receptor havia sido afetado.



O grupo verificou que esses peixes do rio Hudson e de áreas próximas tinham quatro mutações distintas no gene AHR2 que não eram comuns em outras populações da mesma espécie em áreas não contaminadas.



Segundo os pesquisadores, essas mutações parecem prejudicar a capacidade da AHR2 de se ligar a certas substâncias tóxicas presentes na água.



Os cientistas sugerem que os peixes no rio Hudson passaram por uma rápida evolução, alterando a AHR2 em um período curto de tempo, de modo a desenvolver resistência aos PCBs que infestaram seu habitat.



Embora o peixe tenha superado a poluição no rio, o resultado não foi tão bom para seus predadores ou o homem. “O M. tomcod sobreviveu, mas ele ainda acumula PCB em seu corpo e passa a substância para qualquer outro que o coma”, disse Mark Hahm, da Instituição Oceanográfica Woods Hole, outro autor do estudo. Ou seja, apesar de o peixe ter resistido e proliferado, a pesca está fora de questão.



O artigo Mechanistic Basis of Resistance to PCBs in Atlantic Tomcod from the Hudson River (doi: 10.1126/science.1197296), de Isaac Wirgin e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencexpress.org.





COPA 2014 & PARQUES

Concessão Turística terá minuta de Edital até março de 2011



Qui, 17 de Fevereiro de 2011 18:30
 
 
Autoria e fonte: http://manoreporter.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4006:concessao-turistica-tera-minuta-de-edital-ate-marco-de-2011&catid=55:diet-fitness&Itemid=414
 
 
O documento estará disponível ate o final do mês de março no site dos dois órgãos recebendo as contribuições da sociedade em geral. A ação vai permitir que empreendedores invistam na infraestrutura dos Parques Estaduais, com o objetivo de estruturar as áreas protegidas para receber os turistas na Copa de 2014. A titular da SDS, Nádia Ferreira, e o diretor executivo da Amazonastur, Nicholas Carvalho, assinaram o documento durante a realização do Fórum Estadual de Turismo. O GT tem o desafio de no prazo de 40 dias apresentar a minuta do edital.





“É uma iniciativa inédita no Estado, dada a condição do amadurecimento das ações ambientais locais. Estamos alinhados dentro da política pública do Governo Federal, que também está adaptando seus parques para a Copa de 2014. Todo o processo tem uma série critérios, avaliação de atrativos, que já possuem um segmento turístico até informal”, declara a titular da SDS, Nádia Ferreira.







Desde 2009, a SDS por meio do Centro Estadual de Unidades de Conservação (Ceuc), em parceria com a Amazonastur, já trabalha com foco em incentivar o turismo em Unidades de Conservação. Inicialmente, prevêem-se adequação em quatro unidades de conservação localizadas no Rio Negro: Parque Estadual do Rio Negro (Setor Norte e Sul), Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro e Área de Proteção Ambiental (APA) da Margem Esquerda do Rio Negro. Outras unidades também já foram definidas: APA Tarumã Mirim/Tarumã Açu, Parque Estadual Sumaúma, APA Caverna do Maroaga e Floresta Rio Urubu.







Foram utilizados para escolha das áreas os seguintes critérios: as comunidades já envolvidas com visitação pública; a existência de infraestrutura de visitação; atratividade turística da comunidade; e a existência de projetos de parceria entre comunidade e instituição governamental ou não governamental.



Estudo Green City Index, Siemens: Singapura é a cidade mais verde da Ásia

Estudo Green City Index, Siemens: Singapura é a cidade mais verde da Ásia

Publicado em 17 de February de 2011.

http://www.greensavers.pt/2011/02/17/estudo-green-city-index-siemens-singapura-e-a-cidade-mais-verde-da-asia/
 
 
A cidade de Singapura é a mais verde de toda a Ásia, de acordo com o Green City Index, estudo desenvolvido pelo Economist Intelligence Unit para a Siemens.



O estudo analisou a sustentabilidade ambiental de 22 das principais cidades asiáticas e concluiu que a cidade de Singapura se destaca nos ambiciosos objectivos ambientais e a sua eficiência em atingi-los.



“Noutras cidades asiáticas, por outro lado, a notoriedade ambiental e a iniciativas de protecção climática estão a ter um papel cada vez mais importante”, afirma o estudo.



Bem classificadas no estudo ficaram também Hong Kong, Osaka, Seul, Taipe, Tóquio e Yokohama.



Num terceiro nível intermédio encontramos as cidades de Pequim, Banguecoque, Nova Deli, Jacarta, Guangzhou, Kuala Lumpur, Nanjing, Wuhan e Xangai.



Numa perspectiva menos sustentável aparecem as cidades de Bangalore, Kolkata, Hanói, Manila e Bombaim, sendo que Carachi fecha o ranking.



Tal como os restantes Green City Index, o asiático examina a performance ambiental das 22 maiores cidades asiáticas em oito categorias: energia e CO2, utilização de solo e edifícios, transportes, resíduos, água, saneamento, qualidade do ar e governance ambiental.



Entre as conclusões positivas do estudo estão aspectos como o aumento da atenção para com temas relacionados com o ambiente, emissões anuais de CO2 menores que as europeias, por exemplo, e uma menor produção de resíduos (375 quilos per capita/ano, contra 465 kgs na América Latina e 511 na Europa).



Ainda assim, as metrópoles asiáticas ainda têm muito que fazer para acompanhar as suas congéneres sul-americanas, por exemplo, no que toca às energias renováveis. Assim, apenas 11% do total de electricidade gerada nestas 22 cidades provém de renováveis – na América Latina esta percentagem é de 64%.



Saiba tudo sobre o Green City Index neste link.



Os maiores desafios do continente asiático vêm da crescente urbanização, que terá um impacto substancial nas infra-estruturas: mais habitantes significa mais energia, água potável, transportes e casas energeticamente eficientes.



De acordo com o Banco de Desenvolvimento Asiático, para responder a esta tendência as cidades asiáticas terão de construir 20 mil novas casas, 250 quilómetros de estradas, novas infra-estruturas para transportes e garantir seis milhões de litros de água potável adicional. Tudo numa base diária!



“A batalha contra as mudanças climáticas será decidida nas cidades. Isto aplica-se à Ásia mais do que a qualquer outra parte do globo. Mas apenas nas cidades verdes valerá a pena viver no longo prazo”, explicou Barbara Kux, chief sustainability officer da Siemens.



O Green City Index arrancou em 2009, com o estudo sobre a sustentabilidade urbana na Europa, onde saiu vencedora a cidade de Copenhaga, na Dinamarca.



No ano passado o estudo chegou à América Latina e galardoou Curitiba, no Brasil. De acordo com a Siemens, o estudo vai agora “visitar” outras partes do globo.


Confirmados estão já um estudo que analisará as cidades africanas e outro que terá como ponto de partida as cidades alemãs.



Abav e Sebrae têm 200 vagas para educação à distância - gratuitas

Abav e Sebrae têm 200 vagas para educação à distância


Publicada em 17/2/2011 12:40:00

Fonte: http://www.panrotas.com.br/noticia-turismo/agencias-de-viagens/abav-e-sebrae-tem-200-vagas-para-educacao-a-distancia_65564.html


A partir de amanhã, dia 18, o Proagência – um convênio da Abav com o Sebrae Nacional – oferece vagas para os cursos de Educação à Distância “Gestão de Roteiros no Turismo Receptivo” e “Gestão de Empresas de Agenciamento e Operações Turísticas”.



O curso “Gestão de Roteiros no Turismo Receptivo” visa consolidar os profissionais como operadores de Receptivo tendo como foco a criação de roteiros turísticos locais, individuais ou em grupos. Também vai mostrar aos participantes formas de valorizar os atrativos turísticos do local e zelar pelas questões relacionadas à sustentabilidade do destino. É direcionado a operadores e agentes de viagens e será ministrado pelo consultor Carlos Silvério ao longo de três semanas, com carga horária de 20h.



Já o “Gestão de Empresas de Agenciamento e Operações Turísticas” irá ensinar como gerenciar a empresa de maneira eficiente, adequando-se aos desafios do mercado de maneira otimizada, direcionando objetivamente a estratégia de vendas da empresa e garantindo sustentabilidade econômica, mantendo-se dentro do planejamento financeiro anual. É direcionado a gestores de agências de viagens, ministrado pelo tutor Victor Lamas, com carga horária de 35h desenvolvidas ao longo de cinco semanas.



Para este ano já estão previstas cinco novas turmas, duas em março e três em abril. Para participar do método de Educação à Distância, é necessário que o aluno possua disponibilidade de dedicação diária de uma a duas horas e tenha internet banda larga. As atividades são disponibilizadas através de plataformas de estudos onde o aluno acessa o conteúdo programático e pode participar de chats e bate-papo com o professor e outros alunos.



Após o processo de seleção, que inclui critérios como ser agente de viagens, um agente de viagens por empresa em cada turma e 50% das vagas reservadas para abavianos, todos os alunos inscritos serão comunicados sobre o início das turmas, ambas previstas para começar em 21 de março.



As inscrições são gratuitas e ocorrem de 18 de fevereiro a 04 de março no Portal da ABAV (www.abav.com.br).

Chile: Grupo de arquitetos projeta prédio que purifica água de rio poluído e parques suspensos.

Grupo de arquitetos projeta prédio que purifica água de rio poluído


Postado em 17/02/2011 ás 11h52

Fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2041
 
 
 
O arranha-céu não apenas fornece espaço para empreendimentos habitacionais e comerciais, mas filtra a água do rio Mapocho que flui através de seus níveis mais baixos. (Imagem:Divulgação)


O arranha-céu projetado por Víctor Alegría Corona, Enzo Córdova Rivano, Alejandro Cortés Abrigo, Thomas Fell Rubio, e Javier Moya Ortiz, pretende filtrar as águas poluídas do Rio Mapocho no Chile. A intenção é colocar o arranha-céu diretamente no rio, que flui através de Santiago.



Os cinco estudantes de arquitetura da Universidade do Chile projetaram uma estrutura moderna, parecida com um favo de mel que, não apenas fornece espaço para empreendimentos habitacionais e comerciais, mas filtra a água que flui através de seus níveis mais baixos.



O projeto foi inscrito no concurso internacional Skycraper Competition 2010, realizado pela revista Evolo. Apesar de não terem ganho a competição, os estudantes compartilharam-na com a “Plataforma Arquitetura” que quis valorizar o trabalho realizado por eles, através do desenho ousado, inovador e a ideia de purificar as águas do rio.



Mapocho é um elemento geográfico estruturador da cidade, presente na memória dos habitantes como o rio mais importante de Santiago, desenvolvendo lugares emblemáticos ao longo de suas margens. No entanto, em suas épocas de cheias, no inverno, ocorrem problemas de alagamento e inundações das quais vêm diminuindo ao longo dos anos em um processo contínuo de habitação de seus bancos e obras de mitigação.



A poluição do rio sujo manifesta problemas em toda a capital, conforme analisado pelos estudantes. Assim, quando o tenebroso rio atinge o arranha-céu, redes de filamentos microscópicos captam, retêm e limpam a água por capilaridade, e a estrutura continua horizontalmente criando um gigante "L", com formas poligonais para manter a vegetação; então a área funciona como uma lagoa. Esta zona úmida artificial completa o processo de decantação e fitorremediação, fazendo a limpeza do rio e da cidade simultaneamente.


Os arquitetos pretendem construir um parque para comemorar o ambiente restaurado, com as águas do rio purificadas. Isto permitiria revitalizá-lo como elemento fundamental da geografia e paisagem da cidade, proporcionando novos espaços de lazer aos habitantes. O local também será usado para atividades educacionais como agricultura urbana, reciclagem e compostagem.



O edifício inteiro é uma soma de células individuais, o que permite uma melhor ventilação e cria um espaço para admirar o rio limpo e os arredores de Santiago em uma espécie de mirante. A posição do prédio em um rio com novas zonas úmidas adjacentes oferece o benefício adicional de um clima agradável para os moradores. A estrutura permite a passagem de água pela construção, proporcionando novas perspectivas de espaço e cria uma simbiose entre o rio e o edifício, trazendo o verde para o vertical e definindo novos paradigmas entre o natural e o construído.



A água cria lagoas horizontais e verticais que permitem refrescar a atmosfera e gerar microclimas em todo o edifício, permitindo também o crescimento da flora nativa e o desenvolvimento de pequenos animais.



De acordo com os estudantes, isso trarátoda uma nova dinâmica para os arranha-céus do centro da cidade. Por limpar continuamente o recurso mais precioso da cidade, esta estrutura servirá à comunidade ao longo de sua vida.



Redação CicloVivo