quarta-feira, 24 de outubro de 2012

50 anos de LED


LED completa 50 anos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/10/2012



SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. LED completa 50 anos. 11/10/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=led-50-anos. Capturado em 25/10/2012. 






LED completa 50 anos
O primeiro LED custou U$260,00 só em materiais.[Imagem: GE]










O primeiro LED
Em Outubro de 1962, o então jovem doutor Nick Holonyak apresentava ao mundo o primeiro LED (Light-Emitting Diode), um diodo emissor de luz.
Já se sabia que os diodos podiam emitir radiação na faixa do infravermelho, mas ninguém havia ainda conseguido fazê-los brilhar na faixa visível pelo olho humano.
Na época, a pesquisa com semicondutores ainda era emergente e quase uma curiosidade científica, em um mundo dominado pelasválvulas termoiônicas.
primeiro transístor era um adolescente, e não tinha ainda completado 15 anos de idade.
primeiro circuito integrado vinha na turma seguinte, com apenas 14 anos.
Mas os trabalhos com os masers, que levariam à descoberta do laser, fervilhavam, com vários grupos tentando criar dispositivos de estado sólido para a emissão de diversos comprimentos de onda. Devido à sua ligação com a GE, Holonyak queria fabricar um componente semicondutor que emitisse luz visível - em outras palaavras, uma lâmpada.
LED completa 50 anos
O LED foi apenas a primeira criação do Dr. Nick Holonyak, que tem uma série de contribuições na área. [Imagem: GE/Univ.Illinois]
"O Mágico"
Enquanto seu colega Robert Hall tentava construir um laser semicondutor no infravermelho usando GaAs (arseneto de gálio), Holonyak voltou-se para o espectro visível usando GaAsP (fosforeto arsenieto de gálio).
Em 9 de outubro de 1962, com toda a equipe assistindo, Holonyak tornou-se a primeira pessoa a operar um laser de liga semicondutora na faixa visível - o componente que iluminou o primeiro LED visível.
A equipe passou a chamar o primeiro LED visível de "o mágico", porque, ao contrário dos outros componentes, não era preciso olhar para os aparelhos para ver se ele estava funcionando.
Cinquenta anos depois, os LEDs estão em todos os aparelhos eletrônicos, TVs, monitores de computador, lanternas, semáforos, faróis de carros e uma infinidade de outras aplicações.
LED completa 50 anos
Inúmeros pesquisadores ao redor do mundo tentam resolver as deficiências da luz emitida pelos LEDs, que não é tão agradável aos olhos humanos, apesar de suas inúmeras vantagens. [Imagem: GE]
Lâmpada definitiva
O que ainda se espera é que os LEDs realizem a promessa de substituir de vez as lâmpadas incandescentes, que consomem energia demais, e as fluorescentes, que usam o perigoso mercúrio.
Apesar disso, o Dr. Holonyak chama seu pequeno "mágico" de "a lâmpada definitiva": "Porque a própria corrente elétrica é a luz," justifica ele.
Isso significa que um LED opera de forma energeticamente muito eficiente, com pouca perda de energia e uma dissipação de calor desprezível.
O grande entrave à sua utilização na iluminação residencial é que seu espectro de emissão não é contínuo, o que torna sua luz menos agradável aos olhos humanos.
Aos 83 anos, o cientista continua trabalhando na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, sempre em parceria com a empresa GE.
O Dr. Holonyak é responsável também por vários avanços mais recentes na área:

Empresa anuncia fabricação de combustível a partir de ar e água


SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Empresa anuncia fabricação de combustível a partir de ar e água. 22/10/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=fabricacao-combustivel-partir-ar-agua. Capturado em 24/10/2012. 

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/10/2012




Empresa anuncia fabricação de combustível a partir de ar e água

Pesquisador da Air Fuel Synthesis observa o laboratório da empresa, onde um protótipo conseguiu produzir cinco litros de metanol desde Agosto.[Imagem: Air Fuel Synthesis]
















Gasolina do ar
Uma empresa emergente inglesa anunciou ter desenvolvido uma tecnologia que permite produzir combustível a partir de ar e água.
Mais precisamente, a partir de hidrogênio e gás carbônico, a substância que costuma ser responsabilizada pelas mudanças climáticas.
O produto é o metanol, que pode ser processado para produzir combustíveis usados em motores de automóveis.
O princípio empregado pela Air Fuel Synthesis não é novo, embora nenhum grupo de pesquisas tenha conseguido fazê-lo funcionar de forma viável.
Apesar de estar sendo saudado pela imprensa como "gasolina feita de ar" - o próprio nome da empresa sugere isto - o processo está longe de ser eficiente, e nem mesmo compartilha de total entusiasmo dentro da comunidade científica que busca alternativas ao petróleo que sejam ambientalmente sustentáveis.
Estágio inicial
O protótipo fabricado pela empresa está em operação desde Agosto.
Funcionando em escala contínua, ele produziu cinco litros de combustível desde então.
O projeto agora é construir um reator maior, capaz de produzir uma tonelada de combustível por dia, o que dependerá de acordos com "potenciais parceiros tecnológicos e investidores", segundo a empresa.
A empresa afirma ser possível construir esse reator em escala piloto dentro de dois anos. Uma refinaria em escala comercial, contudo, deverá levar ainda 15 anos de novas pesquisas e aprimoramentos.
A produção de combustível líquido a partir de hidrogênio e CO2 seria uma alternativa para países sem reservas de petróleo, ainda que, no atual estágio, não seja possível estimar o custo do metanol produzido por essa via.
O avanço técnico alcançado pelos pesquisadores da empresa inglesa é significativo.
Mas algumas ressalvas são importantes justamente porque são resultados anunciados por uma empresa, e estarem sendo repassados pela grande imprensa como se a solução técnica já fosse um produto à disposição dos consumidores.
Carros sem poluição
Apesar de representar um conceito capaz de substituir o petróleo, o processo está longe de representar uma das melhores alternativas no campo das chamadas energias limpas.
Isso porque o hidrogênio necessário para a reação é produzido por eletrólise da água, o que consome uma grande quantidade de energia elétrica.
Se o objetivo for movimentar carros, faz mais sentido usar essa eletricidade, devidamente armazenada em baterias, para alimentar diretamente veículos elétricos, sem as perdas de conversão.
No final, os veículos elétricos não emitirão poluição, enquanto os automóveis movidos pela gasolina derivada da nova rota de síntese de combustível continuarão emitindo poluentes exatamente como os atuais.
Economia do hidrogênio
A produção do hidrogênio é um dos maiores gargalos para que a tecnologia possa viabilizar a chamada economia do hidrogênio.
Neste caso, o que se propõe é o uso do hidrogênio em células a combustível, que produzem eletricidade diretamente, emitindo apenas vapor d'água como subproduto.
Recentemente, uma equipe norte-americana demonstrou a viabilidade de um princípio similar, mas muito mais interessante de todos os pontos de vista.
O processo também usa CO2 e hidrogênio, mas o hidrogênio é produzido por energia solar. O produto final é o isobutanol.
Teoricamente, o hidrogênio produzido por energia solar pode ser usado na conversão do CO2 para sintetizar combustíveis líquidos com alta densidade de energia, o que também pode ser feito usando microrganismos geneticamente modificados.
Economia do CO2
A ideia de usar o CO2 para fabricar combustíveis, está sendo igualmente perseguida por várias vias.
Em 2010, uma equipe apresentou uma versão similar o conceito, baseado em um óxido de terras raras:
Duas outras pesquisas recentes merecem destaque nessa busca de transformar o CO2 de rejeito indesejado em energia útil:

Código sem solução


23/10/2012 - 03h30

Editorial: Código sem solução


A queda de braço entre Executivo e Legislativo pelo Código Florestal poderá enfim ser decidida --no Supremo Tribunal Federal. Sabe-se lá se e quando isso vai acontecer.
Alguns líderes do setor agropecuário reagiram mal à decisão da presidente Dilma Rousseff de legislar sobre o assunto com um decreto. Ameaçam, agora, levar o caso à corte constitucional.
O imbróglio começou quando a Câmara, no primeiro semestre, ignorou acordo obtido no Senado pelo qual proprietários rurais que haviam desmatado ilegalmente áreas em margens de rios poderiam livrar-se de multas e autuações desde que restaurassem a vegetação numa faixa de largura definida, num prazo de cinco anos.
Deputados ruralistas liderados pelo PMDB alteraram o texto do Senado para diminuir as medidas da faixa de recomposição. Sairiam beneficiadas inclusive as propriedades médias e grandes.
Avolumaram-se, então, as pressões para que o Executivo vetasse, se não a totalidade do texto, ao menos o artigo 62, referente ao assunto, substituindo-o por uma medida provisória.
Foi o que aconteceu. Ocorre que a Câmara, mais uma vez, opôs-se às intenções presidenciais e alterou a medida provisória. A presidente Dilma, em retaliação, vetou mais uma vez as mudanças e publicou no "Diário Oficial da União" um decreto que recuperava sua proposta.
A decisão de preencher as lacunas geradas pelo veto por meio de decreto causou fortes reações de parlamentares ligados ao agronegócio. O vice-líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), ameaça recorrer ao STF. Considera que o Executivo utilizou um subterfúgio para alterar unilateralmente uma decisão do Legislativo, o que seria inconstitucional.
Alguns ambientalistas também se manifestaram a favor da anulação do decreto, mas por outros motivos --consideram insuficientes os pontos contemplados.
O caso revela mais uma vez a renitente dificuldade dos oponentes em ceder para prover o país com uma legislação que, se não é a ideal para nenhum dos lados, permite regular conflitos e obter algum equilíbrio entre atividade econômica e preservação natural.
Ganhariam todos se prevalecessem posições mais moderadas. O atual clima de beligerância entre ambientalistas e ruralistas --ou entre Legislativo e Executivo-- precisa cessar. A continuidade desses embates no STF só contribuirá para adiar ainda mais a aplicação do Código Florestal e fomentar um indesejável quadro de insegurança jurídica no setor.