domingo, 23 de outubro de 2011

Código Florestal sem fronteiras!


21/10/2011 15h32 - Atualizado em 21/10/2011 15h33

Presidente boliviano cancela projeto de estrada que cortaria Amazônia

Decisão ocorre após protestos de indígenas contra implantação de rodovia.
Rota que ligaria oceanos Pacífico e Atlântico seria financiada pelo Brasil.

 

http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/10/presidente-boliviano-cancela-projeto-de-estrada-que-cortaria-amazonia.html 

Da France Presse
O presidente da Bolívia, Evo Morales, cancelou nesta sexta-feira (21) a construção de uma estrada financiada pelo Brasil que atravessaria a reserva ecológica Tipnis, na região amazônica, a qual declarou patrimônio intangível, atendendo um pedido de indígenas amazônicos que protestaram em uma marcha que durou 65 dias.
O cancelamento da obra está indicado em uma emenda enviada ao Congresso, de maioria governista, e que deve ser votada ainda nesta sexta-feira. "Foi disposto que a estrada Villa Tunari-San Ignacio de Moxos ou qualquer outra não atravessará o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis)", disse Morales em coletiva de imprensa.
"Portanto, o tema Tipnis foi resolvido", afirmou o presidente, após explicar que as emendas sugeridas ao Congresso atendem as demandas dos indígenas amazônicos. "Isso é governar obedecendo o povo", disse Morales.
O presidente fez o anúncio pouco antes de se reunir com os manifestantes indígenas, que chegaram na quarta-feira a La Paz e aguardavam em frente ao Palácio de Governo para iniciar um diálogo com o presidente, frustrado na quinta-feira em três ocasiões.
Milhares demonstraram apoio aos indígenas nas ruas de La Paz (Foto: Reuters)Milhares demonstraram apoio aos indígenas nas
ruas de La Paz (Foto: Reuters)
Reivindicações
A decisão presidencial abre caminho para outras 15 demandas indígenas, pois soluciona o principal tema que motivou uma marcha de 65 dias que percorreu 600 km até chegar à sede de governo.
O Parlamento havia aprovado uma lei que suspendia a construção de um trecho da estrada, dispondo a realização de um processo de consulta nas regiões envolvidas, mas após a decisão de Morales tudo isso também se anula.
Além disso, "o Tipnis foi declarado zona intangível", disse o presidente, o que reforça sua qualidade de área protegida, onde não poderão ser realizados outros projetos econômicos.
Morales declarou que qualquer "assentamento ou ocupação" dessa área protegida "será passível de expulsão com intervenção da força pública".
A decisão de Morales ocorre após um forte conflito que durou mais de dois meses, nos quais os indígenas receberam um forte apoio popular, especialmente após ter sofrido uma violenta repressão em 25 de setembro após uma tentativa falha da polícia de dispersá-los.

Microplásticos nos peixes...


21/10/2011 19h17 - Atualizado em 21/10/2011 19h17

Estudo identifica máquinas de lavar como poluidoras dos oceanos

Pesquisadores notaram que elas são fontes de 'microplásticos'.
Partículas de poliéster e acrílico são ingeridas pelos peixes.

 

http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/10/estudo-identifica-maquinas-de-lavar-como-poluidoras-dos-oceanos.html
Do Globo Natureza, em São Paulo
Exemplo de microplásticos. (Foto: Nasa/Divulgação)Exemplo de microplásticos. (Foto:Nasa/Divulgação)
Máquinas de lavar roupa podem ser uma importante fonte de poluição dos oceanos, segundo estudo publicado na revista “Environmental Science & Technology”.
Esses aparelhos foram identificados como liberadores de “microplásticos”, pequenos pedaços de poliéster e acrílico que vêm sendo detectados em grandes quantidades nas faixas costeiras de todo o mundo.
Os autores do estudo notaram que a concentração desse material é especialmente alta nas praias mais populosas. Uma única peça de roupa pode soltar até 1.900 fibras plásticas em uma lavagem, e elas se parecem muito com os microplásticos encontrados no mar.
Os autores das pesquisas sugerem que os fabricantes de máquinas de lavar e de roupas pensem em meios de reduzir a liberação dessas fibras no esgoto. Os microplásticos são nocivos para os seres vivos marinhos e também para o ser humano.
Os microplásticos são nocivos para os seres vivos marinhos e também para o ser humano. Peixes ingerem esse material e podem ter irritações no sistema digestivo, bem como enfrentar desnutrição porque ficam com o estômago cheio. O homem, por sua vez, acaba se alimentando dos peixes contaminados, ficando também com as pequenas fibras de plástico em seu corpo.

Todos para o buraco...


21/10/2011 - 16h56

Buraco na camada de ozônio chega a nível máximo nesta temporada

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/994554-buraco-na-camada-de-ozonio-chega-a-nivel-maximo-nesta-temporada.shtml


O buraco na camada de ozônio no hemisfério sul chegou a seu nível máximo anual em 12 setembro, ao alcançar 16 milhões de quilômetros quadrados, o 9º maior dos últimos 20 anos. As informações são da Nasa (agência espacial americana) e da Noaa (Administração Atmosférica e Oceânica dos EUA).
A camada de ozônio protege a vida terrestre ao bloquear os raios solares ultravioleta e sua redução adquire especial importância nesta época do ano, quando o hemisfério sul começa a ficar mais quente.
A Nasa e a Noaa utilizam instrumentos terrestres e de medição atmosférica aérea a bordo de globos e satélites para monitorar o buraco de ozônio no polo Sul, os níveis globais da camada de ozônio na estratosfera e as substâncias químicas artificiais que contribuem para a diminuição do ozônio.
"As temperaturas mais frias na estratosfera causaram neste ano um buraco de ozônio maior que a média", disse Paul Newman, cientista-chefe do Centro Goddard de Voos Espaciais da Nasa.
"Embora fosse relativamente grande, a área do buraco de ozônio neste ano estava dentro da categoria que esperávamos, dado que os níveis químicos de origem humana persistem na atmosfera", lamentou.
O diretor da divisão de Observação Mundial da Noaa, James Butler, afirmou que o consumo dessas substâncias que destroem o ozônio diminui pouco a pouco devido à ação internacional, mas ainda há grandes quantidades desses produtos químicos causando danos.
No entanto, a maioria dos produtos químicos permanece na atmosfera durante décadas.
A Noaa esteve monitorando o esgotamento do ozônio no mundo todo, incluindo o polo Sul, de várias perspectivas, utilizando globos atmosféricos durante 24 anos para recolher os perfis detalhados dos níveis de ozônio, assim como com instrumentos terrestres e do espaço.

Rio+20


21/10/2011 - 17h20

Seminário defende agenda comum para os Brics na Rio+20

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/994580-seminario-defende-agenda-comum-para-os-brics-na-rio20.shtml

RODRIGO RÖTZSCH
DO RIO


Uma certa exaustão do sistema multilateral de consenso das Nações Unidas e interesses comuns como a erradicação da pobreza e a necessidade de transitar para a economia verde deveriam unir os países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em torno de uma agenda comum na Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), no ano que vem.
Essa é uma das conclusões do seminário "Agenda dos Brics para a Rio+20: perspectivas brasileiras", realizado nesta sexta-feira pelo Centro de Estudos e Pesquisas Brics, no Rio.
O evento constituiu-se de três mesas de debates: a primeira, mais geral, sobre agendas comuns aos Brics para a conferência do ano que vem; e as outras duas sobre os dois subtemas principais da Rio+20: economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e combate à pobreza e arquitetura internacional do desenvolvimento sustentável.
Os debates tiveram participação de representantes dos governos federal, estadual e municipal do Rio, da academia e da sociedade civil, além do embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqi.
"Os Brics têm o poder não só de ajudar a definir a agenda conceitual, como o de avançar nessa agenda de maneira mais concreta. Os Brics são um grupamento heterogêneo, mas que apesar das divergências têm muitos interesses em comum: reforma da governança global, manutenção das taxas de crescimento, novas estratégias de combate à pobreza", disse a coordenadora-geral do Centro de Estudos e Pesquisas Brics, Adriana Erthal Abdenur.
A subsecretária estadual de Economia Verde do Rio, Suzana Kahn, propôs que os Brics desenvolvam "uma metodologia comum, um entendimento comum do que seja uma economia verde e indicadores para que nós possamos nos monitorar mutuamente".
Kahn e outros representantes do governo do Estado e da Prefeitura do Rio defenderam ainda a descentralização das iniciativas para promover o desenvolvimento sustentável, com governos regionais e grandes cidades dos Brics se articulando entre si na troca de iniciativas de sucesso.
"Uma coalizão entre governos regionais, de baixo para cima, é mais fácil do que ir de cima para baixo. À medida que consigamos construir clusters de soluções, teremos mais facilidade para promover acordos globais", disse a subsecretária.
O professor de relações internacionais da Universidade de Brasília Eduardo Viola disse que um papel dos Brics pode ser reconhecer a exaustão do atual modelo de tomada de decisões das Nações Unidas.
"Os consensos se criam, mas os resultados são limitados, então há uma exaustão de cúpulas. Há um fracasso crescente da ONU em todas as áreas. Um papel no qual os Brics podem atuar é reconhecer esse fracasso com todas as letras, reconhecer a importância do G20, porque este é um mundo de poder, não um mundo democrático de 180 países."
Representante do governo federal, o assessor extraordinário do Ministério do Meio Ambiente para a Rio+20, Fernando Lyrio, reconheceu, porém, que essa articulação entre os Brics ainda engatinha.
"Os Brics têm muitas coisas em comum, mas têm grandes diferenças. Países como os Brics têm a capacidade de ter uma postura mais pró-ativa, mas hoje isso não existe."
CHINA
Apesar de ser uma das maiores poluidoras do mundo, a China foi citada como exemplo para o Brasil de país que está investindo para ter uma economia mais verde, enquanto o Brasil só se preocuparia em reduzir o desmatamento da Amazônia.
"Mudança climática no Brasil ficou associada à redução do desmatamento. Isso fez com que se criasse um gap entre a questão de mitigação e a discussão da transição para economia verde. As políticas industriais brasileiras mal tomaram conhecimento desse assunto. Isso ficou visível na reação brasileira a crise de 2008, que foi pró-carbono. O grande incentivado foi a indústria automobilística, sem qualquer contrapartida ambiental", queixou-se Pedro da Mota Veiga, diretor do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento.
Viola ecoou suas preocupações. "Estou impressionadíssimo com essa coisa inercial do petróleo, das commodities. O Brasil não enxerga o que a China está fazendo."
Rodrigo Rosa, assessor especial da Prefeitura do Rio, disse que "o Brasil precisa encontrar seu caminho na economia verde". "Os painéis fotovoltaicos são hoje todos importados da China, que tem o maior investimento em pesquisa e desenvolvimento em energia renovável", afirmou.
"Essa pesquisa não é suficiente para suprir a necessidade de uma economia que cresce a 9% ao ano. É como estancar uma hemorragia com band-aid", contestou a organizadora do debate, Adriana Erthal Abdenur.
O embaixador da China, Qiu Xiaoqi, pediu compreensão para as especificidades do seu país. "A China ainda é um país em desenvolvimento, com um PIB per capita de um décimo das nações desenvolvidas, desigualdades regionais, 150 milhões abaixo da linha da pobreza. Precisamos da compreensão internacional para conciliar tarefas árduas como erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico e redução das emissões de carbono".
Qiu defendeu respeito "às escolhas independentes dos países", afirmando que "não existe um modelo universal de desenvolvimento sustentável".

Fundo do Clima Verde


21/10/2011 - 17h28

Modelo de fundo climático verde está pronto, diz ONU

DA REUTERS

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/994585-modelo-de-fundo-climatico-verde-esta-pronto-diz-onu.shtml 

Um comitê da ONU concluiu o esboço de um fundo destinado a ajudar os países em desenvolvimento a enfrentarem a mudança climática, o que permitirá o seu lançamento em 2013, disse nesta sexta-feira a principal dirigente da ONU para questões climáticas.
Países de todo o mundo decidiram no ano passado criar o Fundo do Clima Verde de modo a canalizar até 2020 em torno de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 117 bilhões) por ano para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentarem a mudança climática global.
Um comitê internacional encarregado de moldar o fundo se reuniu nesta semana na África do Sul, mas algumas organizações acusaram os Estados Unidos e a Arábia Saudita de atrapalharem o processo.
Negociadores de todo o mundo vão discutir e eventualmente aprovar o modelo em uma cúpula climática no mês que vem em Durban --na qual praticamente não há mais chance de que seja selado um novo tratado climático de cumprimento obrigatório, para vigorar a partir de 2013 no lugar do Protocolo de Kyoto.
"O comitê encerrou seu trabalho submetendo à consideração e à aprovação em Durban tanto um esboço de instrumento para o Fundo do Clima Verde quanto recomendações sobre os acordos transitórios para que ele seja lançado", disse Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção Quadro da ONU para a Mudança Climática, em declaração transmitida por email à Reuters.
A proposta, segundo ela, "inclui um forte sinal para envolver o setor privado, e uma sólida base para desenvolver operações impulsionadas pelos países por meio de acesso direto às verbas".
"Uma vez aprovada em Durban, [as recomendações] permitirão que o fundo cresça bem rapidamente, especialmente com a melhora do ambiente financeiro, e estaria aberto o caminho para um estabelecimento bastante rápido do fundo em 2012, e para operações iniciais plenas em 2013," acrescentou ela.

Logística reversa


23/10/2011 - 05h36

Satélite alemão entra na atmosfera, mas se ignora local de queda

DA EFE

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/995208-satelite-alemao-entra-na-atmosfera-mas-se-ignora-local-de-queda.shtml 


O satélite de raios "X" alemão Rosat, fora de serviço desde 1999, entrou neste domingo na atmosfera terrestre, embora se desconheça se, após se desintegrar, alguma de suas partes tenha caído sobre a Terra e o local onde eventualmente aconteceu o impacto.
O DLR (Centro Aeroespacial Alemão) informou que o satélite entrou na atmosfera da Terra entre 23h45 de sábado e 0h15 de domingo (horários de Brasília), onde deve ter se desintegrado a maior parte do objeto de 2,5 toneladas de peso.
Pouco antes, o DLR ter descartado de sua central em Colônia, no oeste da Alemanha, que os restos do satélite pudessem cair sobre a Europa, África ou Austrália.
Nos últimos dias os técnicos do Centro Aeroespacial Alemão tinham insistido também que as possibilidades de que algum componente do satélite chegasse a produzir danos ao cair na Terra eram mínimas.