segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A PMSP poderá contratar engenheiros importados por R$2.800,00 (o vencimento atual em início de carreira)????


Por prefeitos, Dilma estuda importar engenheiros

Para ‘núcleo duro’ do governo, medida ajuda o repasse de verba federal para municípios

11 de agosto de 2013 | 19h 21

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,por-prefeitos-dilma-estuda-importar-engenheiros-,1063003,0.htm

Débora Bergamasco - O Estado de S. Paulo
 / BRASÍLIA
A presidente Dilma Rousseff já está estudando um modo de facilitar a vinda de engenheiros estrangeiros para trabalhar no Brasil, assim como fez com profissionais da área da saúde, no Programa Mais Médicos. Alguns ministros do chamado "núcleo duro" do governo estão tentando provar para a petista que a medida ajudaria a solucionar um dos problemas que atravancam o andamento de obras e o repasse de verba federal para municípios.
Hoje, faltam nas prefeituras especialistas dispostos a trabalhar na elaboração de projetos básico e executivo, fundamentais para que a cidade possa receber recursos da União.
As travas no repasse de dinheiro já foram identificadas por Dilma como um dos obstáculos para que o Executivo consiga impulsionar o crescimento econômico e acelerar obras de infraestrutura – dois gargalos que poderão custar caro para a candidatura à reeleição.
O governo já investe hoje no estágio e na especialização de engenheiros brasileiros no exterior com o Ciência Sem Fronteiras, programa comandado pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação. Mas a ideia estudada no Palácio do Planalto é ir além, aproveitando os profissionais de fora já prontos, para que tragam expertise e preencham lacunas em regiões hoje desprezadas pelos brasileiros. A proposta inicial é importar especialmente mão de obra de nações que enfrentam crise econômica e têm idiomas afins, como Portugal e Espanha.
O plano ainda está em estágio embrionário e setores técnicos do governo ainda não foram comunicados sobre a ideia. O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, acredita que o Mais Médicos pode até servir como uma experiência piloto. Entretanto, aposta mais na eficiência do Ciência Sem Fronteiras. "O ideal não é ter mais, porém melhores engenheiros dispostos a trabalhar em áreas carentes desses profissionais."
Para se ter uma ideia, o Maranhão é hoje o Estado brasileiro que menos abriga empregados da área de engenharia. De acordo com dados do IBGE de 2010, a média é de 1.265 habitantes por engenheiro em todo Maranhão, seguido pelo Piauí (1.197 habitantes por engenheiro) e Roraima (1.023 habitantes por engenheiro). São Paulo é o que mais concentra esse tipo de profissional (148 habitantes por engenheiro).
‘Presente de grego’. Na gestão anterior, o ex-presidente Lula afirmou ter dinheiro em caixa para investir, fez um chamamento aos prefeitos pedindo para que eles encaminhassem a Brasília projetos executivos assinados por engenheiros para que a União pudesse repassar dinheiro para as prefeituras. Dilma também vem reivindicando a mesma iniciativa. Mas há gestores municipais que consideram os programas de transferência voluntária de renda federal um "presente de grego".
Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, a falta de engenheiros é apenas uma das dificuldades para que os municípios recebam investimentos federais. "Além da dificuldade em formar um quadro com engenheiro civil, mecânico e agrônomo, a demora na liberação de licença ambiental e a dificuldade para comprovar a propriedade de um terreno também atrapalham muito", avalia Ziulkoski.
Outro imbróglio que ele aponta é a falta de dinheiro para a "contrapartida". Segundo ele, no caso do Bolsa Família, por exemplo, cabe ao município manter atualizado o cadastro dos beneficiários, checar quem morreu, quem arrumou emprego, as crianças que estão na escola. "Tudo tem um custo, é um presente de grego", afirma. "Eu sou o primeiro a dizer aos prefeitos que nem mandem projetos, porque eles nem conseguem manter os que já têm. Só que os 4.100 novos eleitos ainda estão sonhando, achando que podem fazer muita coisa."
Imigração. A Secretaria de Assuntos Estratégicos está conduzindo um projeto para estimular a entrada de mão de obra estrangeira qualificada em território nacional. Segundo dados de 2010 compilados pela SAE, o número de imigrantes de primeira geração que vive hoje no Brasil representa 0,3% da população (cerca de 600 mil pessoas), diante da média mundial de 3%. A pesquisa cita que "países altamente desenvolvidos como Suíça, Nova Zelândia, Austrália e Canadá possuem mais de 20% da população formada por imigrantes".

Ônibus elétricos sem fios começam a rodar na Corei



Ônibus elétricos sem fios começam a rodar na Coreia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/08/2013
SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Ônibus elétricos sem fios começam a rodar na Coreia. 08/08/2013. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=onibus-eletricos-sem-fios. Capturado em 12/08/2013.
Ônibus elétricos sem fios começam a rodar na Coreia
Apenas entre 5% e 15% da estrada é realmente eletrificada, dependendo da exigência de potência dos motores - nesta foto um dos OLEVs roda na estrada de testes dentro do instituto. [Imagem: KAIST]
Eletricidade sem fios
Os primeiros ônibus elétricos sem fios estão saindo dos laboratórios na Coreia do Sul.
Depois de testados no campus do Instituto KAIST, os ônibus ganharam uma "estrada eletrificada" para rodar por um trecho de 24 quilômetros, transportando passageiros na cidade de Gumi.
A grande novidade é que os ônibus elétricos não precisam parar para recarregar suas baterias - a energia elétrica é suprida continuamente pelo ar, por meio de um campo magnético criado por cabos instalados sob o asfalto.
A tecnologia, batizada de OLEV (On-line Electric Vehicle), também já está sendo testada em trens elétricos sem fios.
Cada OLEV - serão dois nesta fase dos testes - receberá cerca de 100 kW (136 HP) a uma frequência de 20 kHz. Segundo os engenheiros do KAIST, a eficiência na transmissão da energia da estrada eletrificada para os ônibus é de 85%.
Para manter as baterias dos ônibus elétricos sem fios carregadas não é preciso colocar cabos na estrada toda - é suficiente fornecer energia entre 5% e 15% do percurso, dependendo das paradas e das inclinações da via.
Ônibus elétricos sem fios começam a rodar na Coreia
A prefeitura de Gumi já encomendou 10 novos ônibus elétricos sem fios, que deverão começar a rodar até 2015. [Imagem: KAIST]
Estrada semi-eletrificada
transmissão da eletricidade sem fios emprega uma técnica chamada SMFIR -Shaped Magnetic Field in Resonance, campo magnético formatado em ressonância, em tradução livre.
Cabos enterrados sob o asfalto criam um campo magnético que é captado por bobinas instaladas na base dos OLEVs. As bobinas convertem esses campos magnéticos em eletricidade.
Um sistema de sensores detecta a passagem dos ônibus, só então energizando os cabos, evitando o desperdício de energia e a indução dos campos magnéticos sob os carros comuns. Mesmo assim, os campos magnéticos gerados ficam dentro das normas internacionais para a saúde humana (62,5 mG).
A prefeitura de Gumi já encomendou 10 novos ônibus elétricos sem fios, que deverão começar a rodar até 2015.
A Alemanha também já apresentou o seu ônibus elétrico, que também dispensa os trilhos e os cabos dos trólebus, mas ainda depende do sistema tradicional de recarga das baterias.

A (in)sustentabilidade da vida

A (in)sustentabilidade da vida


Quanto mais se discute a sustentabilidade do desenvolvimento, que travou justamente nessa questão – como desenvolver, praticando os mesmos comportamentos e as mesmas fórmulas? – mais se afirma que a esperança está nesse momento de crise global.


O cachorro se diverte tentando morder o próprio rabo, enquanto a caravana passa com suas tropas de mendigos de todas as nacionalidades. Pois é disso que se trata: a impotência ou a covardia de se identificar o epicentro desse tempo tumultuado.


Todas as abordagens esbarram nesse enigma de esfinge, que logo é contornado sem resposta. “Arrisco a hipótese de que talvez tenhamos chegado a um momento de ruptura”, escreve o francês Edgar Morin, colocando em uma só frase todas as impossibilidades do discurso: arrisco, hipótese, talvez (tenhamos chegado), ruptura. O mais concreto dentro desse contexto é a ruptura, que não se completa, no entanto. Por quê?


Porque ninguém se aventura a descartar as velhas estratificações dos negócios entre pessoas e países; os velhos modelos de produção e, na verdade, o mundo hoje sobrevive (esta é a constatação correta) de sobrevivências culturais e econômicas, isto é, a ruptura já se fez, não é mais hipótese nem talvez a que tenhamos chegado – já chegamos, sim.


O que mais desenha esse momento da crise são os jovens equilibristas sob os semáforos das avenidas congestionadas, em uma tentativa desesperada de não deixar os limões, as bolas caírem.


Morin, em parceria com o filósofo Patrick Viveret, acaba de ter traduzido para o Brasil “Como viver em tempo de crise”. Não é, como sugere o título, um manual de autoajuda, mas um esforço de refletir sobre o medo de assumir o novo em que a humanidade tropeça,sem ânimo de tirar o entulho do caminho.