sábado, 31 de março de 2012

As sacolinhas descartáveis podem ser recicladas e não são "as vilãs do meio ambiente"...


31/03/2012 - 07h30

Suspensão das sacolas plásticas 'desampara o consumidor e não protege o ambiente', diz OAB



CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

Em um debate ontem em São Paulo, o presidente da OAB, Dr. Luiz Flávio D'urso, disse que descobriu que as sacolinhas descartáveis podem ser recicladas e não são "as vilãs do meio ambiente".
A discussão foi promovida pela entidade, mas não contou com a participação da Apas, associação de reúne os supermercados paulistas, do governo estadual e do Procon, que não enviaram representantes.
"Vamos realizar outros debates para esclarecer a questão das sacolas plásticas em São Paulo, e para que possa se posicionar da melhor forma em benefício da sociedade."
A campanha "Vamos tirar o planeta do sufoco", realizada pela Apas, tem como objetivo banir as sacolinhas descartáveis e substitui-las pelas reutilizáveis.
"O governo de São Paulo e a Apas nunca apresentaram dados científicos que mostrassem que as sacolas plásticas não são sustentáveis. A Plastivida foi buscar estudos que comprovam que as sacolas plásticas são o meio mais sustentável de se carregar as compras, os que oferecem o menor risco de contaminação, além de serem a preferância da população", disse Miguel Bahiense, presidente da Plastivida (Instituto Socioambiental dos Plásticos).
Folha não localizou representantes do governo do Estado e da associação dos supermercados para comentar as declarações dadas durante o debate.
Em 3 de fevereiro, supermercados, Procon-SP e Ministério Público do Estado de São Paulo firmaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para prorrogar por 60 dias o fim do uso das sacolinhas descartáveis.
O objetivo era dar mais tempo para o consumidor se adaptar à suspensão da distribuição gratuita das sacolas descartáveis a partir da próxima quarta-feira, dia 4 de abril.
Segundo Jorge Kaimoti, advogado da Plastivida, um TAC só se aplica quando há lei. "O termo assinado pela Apas, Ministério Público e Procon, além de não ter validade jurídica, pois não há lei vigente no estado de São Paulo, desconsidera os direitos do consumidor, pois coloca prazo (60 dias) para que ele se adapte a não ter mais as sacolas plásticas oferecidas pelos supermercados, um produto que é de seu direito, já que as sacolinhas continuam sendo cobradas com valores embutidos nos produtos", disse.

Conferência da ONU vai discutir 'índice de felicidade'


30/03/2012 - 18h47

DE NOVA YORK

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1069758-conferencia-da-onu-vai-discutir-indice-de-felicidade.shtml


A ONU (Organização das Nações Unidas) começa a implementar, na próxima segunda, resolução que busca um "padrão holístico" para medir o desenvolvimento dos países.
Segundo o organismo, Estados devem criar medidas além das econômicas para mensurar a felicidade e o bem-estar dos povos.
O "índice de felicidade" deve ser discutido na Rio+20, conferência sobre desenvolvimento sustentável prevista para junho no Rio de Janeiro.
A resolução da ONU, aprovada em 2011, diz que o PIB (Produto Interno Bruto) não é suficiente para medir o bem-estar de uma população.
O documento convida os países a elaborarem medidas adicionais para fazer esse diagnóstico. Haverá um painel de discussões conduzido pelo Butão para discutir o índice de felicidade. O Nobel de Economia Joseph Stiglitz será um dos palestrantes.
O Butão já adota o conceito de Felicidade Interna Bruta como medida de progresso, preocupação que surgiu naquele país na década de 1970. Atualmente, para medir a felicidade, o Butão considera questões relacionadas à renda, à saúde e ao nível de estresse do povo.
Segundo disse à Folha Dekey Gyeltshen, porta-voz da missão do Butão na ONU, políticas públicas e projetos do governo passam por "avaliação rigorosa" baseada no índice de felicidade.
Nos EUA, o instituto Gallup divulga semanalmente como varia o sentimento de felicidade entre americanos. O índice tem melhorado.
Entre os dias 19 e 25 deste mês, 48,3% disseram que no dia anterior à pesquisa sentiram felicidade e alegria, e nível não muito grande de estresse e preocupação. Há um ano, o percentual era de 47,2%.
O Gallup entrevista mil americanos adultos por dia e a margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual.
O resultado do índice de bem-estar do instituto é sazonal: os picos de felicidade dos americanos ocorrem em dezembro, na época do Natal, e em junho e julho (meses do verão no hemisfério Norte).
(VERENA FORNETTI)