terça-feira, 22 de maio de 2012
Hj é Dia Internacional da Biodiversidade, destacando a marinha!
Érica Sena
Dia 
22 de maio foi o dia escolhido pela ONU (Organização das Nações Unidas) para 
comemorar o Dia Internacional da Biodiversidade, com intuito de aumentar a 
conscientização da população em relação a este tema.
O 
Dia Internacional da Biodiversidade foi criado pelas Nações Unidas em 1992, no 
dia 22 de maio. Nesse dia foi aprovado o texto final da Convenção da Diversidade 
Biológica (Convention on Biological Diversity).
Neste ano o tema escolhido para ser destaque no Dia a Internacional da Biodiversidade é a diversidade marinha. O objetivo é aumentar o conhecimento das público sobre as espécies marinhas e como as podemos proteger. Existem cerca de 250 mil espécies marinhas documentadas em todo o mundo.
Leia 
a matéria abaixo:
Dia da biodiversidade alerta sobre situação dos oceanos
Com mais da metade das pescas mundiais esgotadas e um terço dos ecossistemas marítimos mais importantes destruídos, o Dia Internacional da Diversidade Biológica, celebrada nesta terça-feira, se concentra na situação dos oceanos.
O 
brasileiro Braulio Ferreira de Souza Dias, secretário-executivo do Convênio 
sobre a Biodiversidade Biológica – organismo da ONU – e responsável pelo Dia 
Internacional da Diversidade Biológica, disse à Agência Efe que 2012 é um ano 
essencial para a vida marinha.
“A 
biodiversidade está sob pressão em todos os ecossistemas de nosso planeta. Em 
geral, podemos dizer que o excesso da exploração comercial das pescas mundiais é 
grave”, afirmou o especialista. O brasileiro ainda falou que mais da metade das 
pescas mundiais está esgotada e um terço foi dizimado. “Há a estimativa de que 
entre 30% e 35% dos meio-ambientes marítimos críticos foram destruídos”, 
destacou Dias.
O 
panorama exposto por Dias mostra que o lixo plástico segue matando a vida 
marinha, e a contaminação cria áreas de águas litorâneas quase sem oxigênio. 
“Houve também o aumento do uso de combustíveis fósseis que afeta o clima global, 
fazendo a superfície dos oceanos mais quente, o aumento do nível do mar e da 
acidez dos oceanos, com consequências que só agora estamos começando a entender” 
disse.
Censo 
da Vida Marinha 
Um 
elemento chave nesse trabalho de entendimento do futuro dos oceanos é o Censo da 
Vida Marinha (CVM) finalizado em 2010.
O documento foi realizado por milhares de cientistas de 
todo o mundo em uma década e concluiu que os mares do planeta contêm entre 500 
mil e 1 milhão de espécies (6 mil descobertas pelos pesquisadores do CVM), mais 
que qualquer outro ecossistema da Terra.
Jessee 
Ausubel, diretor de programas da Fundação Alfred Sloan (EUA) e um dos dois 
criadores do CVM, disse que a saúde dos oceanos será crítica na próxima geração. 
“A gestão do meio ambiente marinho segue 100 anos atrás do terrestre. Se não 
reduzimos rapidamente a destruição dos oceanos, assim como os hábitos e costumes 
causadores, a situação será trágica em uma geração”, disse.
No 
mesmo sentido, Dias ressaltou que o maior problema para a biodiversidade é o 
modelo de consumo atual. “Podemos dizer que a biodiversidade está em risco por 
um modelo de consumo e produção que não avalia a biodiversidade. Isto será ainda 
mais evidente com uma crescente população mundial e os efeitos da mudança 
climática”, afirmou.
Patricia 
Miloslavich, professora titular do Departamento de Estudos Ambientais da 
Universidade Simón Bolívar de Caracas, uma das principais cientistas do CVM, 
disse à agência Efe que “os oceanos de países latino-americanos enfrentam as 
mesmas ameaças que o resto do mundo”.
Patricia destacou alguns problemas como o excesso de 
pesca, a perda de habitat, a contaminação, o aumento da temperatura e a invasão 
de espécies não nativas. No entanto, a cientista venezuelana também 
disse que graças à CVM foi estabelecida a rede Sarce (Grupo de Pesquisa 
Sul-Americana em Ecossistemas Costeiros). De acordo com ela, a iniciativa é um 
avanço na integração científica regional que poderia trazer bons frutos em curto 
prazo.
São 
em iniciativas como a Sarce que Dias e o Convênio sobre a Biodiversidade 
Biológica colocam suas esperanças. Dias considera que, embora ainda haja muito a 
ser feito, é importante destacar que muitos países estão dando um passo à frente 
e estabelecendo redes de áreas protegidas para assegurar a preservação das 
espécies marinhas.
Ron 
O’Dor, chefe cientista da CVM, explica que quando as espécies são protegidas, se 
recuperam, mesmo que lentamente. “Mas temos que fazer mais esforços para lidar 
com a poluição marinha, a pesca insustentável, pressões sobre habitats como 
recifes de coral e aumento de CO2 na atmosfera”, destacou. 
Fonte: 
Portal Terra, 22/05
Vamos 
refletir e lutar pela permanência da biodiversidade em nosso planeta. Nós somos 
parte dela! 
Érica Sena

 
