sábado, 5 de janeiro de 2013

OIE: E a carne para o consumo dos brasileiros?


02/01/2013 - 18h08

Governo estuda questionar barreiras impostas à carne bovina na OMC


JULIA BORBA
DE BRASÍLIA

A secretária de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, disse nesta quarta-feira (2), que o governo não descarta abrir contencioso na OMC (Organização Mundial do Comércio) para questionar as barreiras impostas à venda de carne bovina brasileira.
"O Brasil não descarta essa possibilidade [de abrir contencioso na OMC] diante de barreiras incompatíveis com as regras internacionais", disse.
Segundo a secretária, as medidas são protecionistas. "Se não há respaldo nas regras internacionais, que definem parâmetros sanitários para essa comercialização de carne bovina, essas barreiras são injustificáveis incompatíveis com normas da OMC e o governo avalia que medidas irá tomar."
Tatiana Prazeres explicou que quem define padrões sanitários a serem adotados internacionalmente é a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal). Por meio da classificação de risco para cada produto, feita por essa organização, a OMC norteia suas avaliações em caso de impasses comerciais.
"A OIE mantém o risco para as exportações de carne brasileira como insignificante ou negligenciado, que é o menor nível existente. Esse nível não foi alterado desde maio do ano passado, ou seja, não houve alteração depois do caso Paraná", disse a secretária.
Por esse motivo, na visão do governo, "não há parâmetro sanitário razoável para imposição de barreiras".
"O Brasil está atento a isso, consultando membros da organização com vistas a avaliar qual é a melhor medida", reforçou Tatiana.
Até o momento, adotam restrição contra a carne bovina brasileira o Japão, China, África do Sul, Arábia Saudita, Japão, Chile (apenas alguns produtos), Jordânia (apenas carne do Paraná). Além destes países, já confirmados oficialmente pelo governo brasileiro, o Líbano também impôs restrições à carne vinda do Paraná.
A decisão foi confirmada pela embaixada do país no Brasil e se aplica à produtos congelados ou ao animal vivo.
A suspensão, segundo a embaixada, é temporária e poderá ser revertida por meio de novo comunicado.
Estimativas usadas pelo governo indicam que, antes da adesão do Líbano, as exportações brasileiras de carne bovina deveriam ser impactadas com uma queda de 4,4% por causa das restrições.
O governo ainda não possui dados oficiais sobre o impacto do governo libanês a essa importação.

BNDES aprova R$ 1,35 bilhão para projeto da Sabesp de despoluição do Tietê


03/01/2013 - 17h15

BNDES aprova R$ 1,35 bilhão para projeto da Sabesp de despoluição do Tietê


O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou a concessão de um empréstimo de R$ 1,35 bilhão para a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Os recursos serão aplicados no programa de despoluição do rio Tietê, iniciado em 1992 e atualmente na terceira etapa de investimentos --que deve estar concluída em 2016.
Segundo o banco, o financiamento vai cobrir a contrapartida da Sabesp no contrato assinado com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para a execução da terceira fase, que prevê a ampliação da cobertura dos serviços de coleta e tratamento de esgoto na região metropolitana de São Paulo.
O BID já emprestou US$ 1,050 bilhão ao projeto.
Nas duas primeiras etapas do Projeto Tietê, a Sabesp investiu US$ 1,6 bilhão e, neste momento, negocia recursos para a quarta e última fase, que deve demandar cerca de US$ 2 bilhões.
De acordo com o BNDES, durante a execução do projeto, há previsão de que sejam gerados 20 19,8 mil empregos, dos quais 13,1 mil indiretos e 6,7 mil, diretos.

O PROJETO
Serão construídos aproximadamente 420 quilômetros de coletores e interceptores e 1.251 quilômetros de redes coletoras. Também serão realizadas 200 mil ligações domiciliares de esgotos.
Está prevista também a instalação de seis estações elevatórias de esgoto e a ampliação de três estações de tratamento de esgoto (ETEs) do sistema principal.
A de Barueri terá a vazão atual de 9,5 metros cúbicos por segundo ampliada para 16 metros cúbicos por segundo. A vazão da estação Parque Novo Mundo passará de 2,5 metros cúbicos para 4,5 metros cúbicos por segundo. A estação ABC terá a vazão de tratamento aumentada de 3 metros cúbicos para 4 metros cúbicos por segundo.
As intervenções serão executadas em uma área que inclui 27 municípios da região metropolitana.

Triple bottom line: Copa e eleição vão manter aquecida a criação de emprego


Ed. de Arte/Folhapress

04/01/2013 - 05h06

Copa e eleição vão manter aquecida a criação de emprego


CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

A proximidade da Copa e das eleições, em 2014, deve manter em alta a criação de emprego com carteira assinada em 2013. Além de obras de infraestrutura, o consumo também impulsionará o mercado formal de trabalho.
A expectativa é de criação de 1,3 milhão de vagas em 2013, segundo a média das previsões dos analistas mais otimistas -os que apostam em um crescimento maior da economia, de 4%.
Já na previsão dos mais pessimistas (os que acreditam que o PIB será menor que 3%), serão 970 mil novos postos.
O número para 2013 está distante do 1,771 milhão de postos de trabalho abertos de janeiro a novembro de 2012. E ainda mais longe de 2010, considerado o melhor ano para a geração de vagas formais no país, quando foram abertos 2,5 milhões de empregos com carteira assinada.
Economistas e representantes do setor produtivo (indústria, comércio e serviços) prevêem alta da ocupação (pessoas ocupadas com ou sem carteira assinada) de 1,2% a 2,5% em 2013.

É quase consenso que o rendimento médio real deva chegar a 3%. A massa salarial (soma de todos os salários) deve variar de 3% a 6%, segundo as previsões.
Além do mercado interno, o que deve estimular o emprego e a renda são os investimentos que devem ser feitos em ano "pré-eleitoral", avalia Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese.
"De olho nas eleições em 2014 [quando ocorre eleição para governador e presidente da República], os Estados devem iniciar grandes obras de infraestrutura em 2013."
Investimentos também estão previstos em portos, aeroportos e programas de habitação. Com a maior incidência de apagões e "apaguinhos", o governo federal pode antecipar algumas obras para o setor de energia.

EM RECUPERAÇÃO
Com um 2012 ruim (o número de ocupados recuou 1,4% nos dez primeiros meses), a indústria deve se recuperar em 2013, o que também tem impacto no emprego e na renda, uma vez que os salários no setor são mais altos.
"A indústria tende a contratar mais, mas ainda com morosidade. Alguns indicadores já dão sinais de retomada", diz Fábio Romão, economista da LCA.
Em 2011, a indústria gerou 200,2 mil postos, segundo o Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), do Ministério do Trabalho. A projeção da LCA é que em 2012 serão abertas 106,2 mil vagas.
Para 2013, devem ser criados 276 mil empregos na indústria -ainda abaixo da média no período de 2004 a 2008: 319 mil vagas por ano.
A Fiesp (federação das indústrias paulistas) projeta crescimento do nível de emprego de 1,6% em 2013 ante o resultado negativo (-2,3%) para 2012.
No ano de 2013, a expansão da indústria deve chegar a 3%.

Preciso engordar...


Estudo vê risco menor para quem tem sobrepeso

Revisão de cem pesquisas conclui que quem está um pouco acima do peso tem menos risco de morrer que pessoas com o peso ideal

02 de janeiro de 2013 | 23h 23



Gustavo Chacra, de O Estado de S. Paulo

NOVA YORK - Pessoas com sobrepeso e grau 1 de obesidade têm risco de mortalidade inferior aos que apresentam peso normal, tendo como parâmetro o Índice de Massa Corporal (IMC) – que faz uma relação entre o peso e a altura. A conclusão é de um estudo, baseado na revisão de 100 pesquisas com a participação de 3 milhões de pessoas, publicado pelo respeitado Journal of the American Medical Association (Jama).
Veja também:

Alguns médicos, porém, fazem ressalvas a algumas das conclusões, enquanto outros classificavam como “lixo” o levantamento. Isso porque o resultado do estudo contradiz pesquisas anteriores, que indicam ser melhor para a saúde ter o peso normal, de acordo com o IMC.
Os autores, por sua vez, frisam que os dados deste levantamento indicam apenas haver menos risco de morte, mas não melhora na qualidade de vida. Não há, segundo eles, conclusões refutando outros levantamentos que associam obesidade a problemas cardíacos e diabete, responsáveis por grande parte das mortes no mundo desenvolvido.
Ao todo, há 2,88 milhões de indivíduos e 270 mil mortes nas pesquisas citadas – que são majoritariamente nos EUA, Canadá e Europa, mas também incluem China, Japão, Brasil, Israel, Índia e México. A responsável é Katherine Flegal, do Centro Nacional de Estatísticas da Saúde e do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês), que atuou com dezenas de colegas para coletar e analisar todos os dados.
Risco de morte. Os pesquisadores, de acordo com o Jama, verificaram um risco de morte 6% inferior para as pessoas com sobrepeso quando comparadas às de peso normal. As com grau de obesidade 1 correriam risco 5% menor. Para os graus 2 e 3 de obesidade o risco de morte dispara, sendo 29% superior ao dos indivíduos com peso normal.
O uso do Índice de Massa Corporal (IMC) como base do estudo alimentou ainda mais a polêmica (mais informações nesta página). O IMC considerado normal varia entre 18,5 e 24,9. O sobrepeso vai de 25 a 29,9. A obesidade de grau 1 é observada entre os valores 30 e 34,9. Acima disso, passa a ser obesidade de grau 2 (35 a 39,9) e 3 (40 ou mais).
Explicações. Segundo o estudo, portanto, o sobrepeso e a obesidade de grau 1 teriam vantagens. Mas o IMC muito alto, refletindo obesidade de grau 2 ou 3, aumentaria o risco de morte quando comparado ao de pessoas de peso normal.
“Possíveis explicações para o resultado incluem o comparecimento de pacientes pesados a médicos com antecedência, recebendo tratamento, efeitos metabólicos e benefícios de reservas energéticas”, dizem os autores do estudo. Eles acrescentam que “nem todos os pacientes classificados com sobrepeso ou tendo grau 1 de obesidade requerem tratamento para perda de peso. Estabelecer o IMC é apenas um passo em uma avaliação médica”.
Médicos consultados pelo Estado alertaram, porém, que doenças como a diabete e problemas no coração estão associados à obesidade e as pessoas devem buscar ter um peso normal.
Também advertiram que o IMC não é a única forma de medir a obesidade de uma pessoa. Atletas fortes podem ter peso maior por causa dos músculos e serem classificados como com sobrepeso. A localização da gordura também é importante. Próxima ao abdome, oferece mais riscos cardiovasculares. Além disso, o histórico familiar também influencia.
Alguns médicos criticaram duramente o estudo. Walter Willet, da Escola de Saúde Pública de Harvard, disse que a pesquisa “é um monte de lixo”.

Rio cobra taxa para visita a área preservada


Rio cobra taxa para visita a área preservada

Prevista em lei, cobrança será feita em regiões turísticas, como Parque da Pedra Selada e Estrada Parque Visconde de Mauá

03 de janeiro de 2013 | 2h 06


HELOISA ARUTH STURM / RIO - O Estado de S.Paulo

A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) do Rio de Janeiro se prepara para restringir e cobrar pelo acesso a algumas localidades turísticas do Estado. Uma lei publicada na semana passada no Diário Oficial traz as regras criadas para limitar a circulação de pessoas em áreas de conservação ambiental. As primeiras a adotarem o sistema serão o recém-criado Parque Estadual da Pedra Selada e a Estrada Parque Visconde de Mauá, na região do Vale do Paraíba.
"O limite e o pagamento não são somente para o parque, mas sim para uma região. Mesmo quem não entrar no Parque da Pedra Selada vai ter uma restrição para usar a estrada-parque", afirmou o secretário estadual, Carlos Minc. A ideia de cobrar pela entrada em áreas de preservação ambiental não é nova. O que difere na lei é estabelecer o pagamento para uso das vias que dão acesso a esses locais. O conceito de estrada-parque foi importado do Canadá e implementado pelo Rio de Janeiro há cerca de cinco anos. São vias de tráfego com velocidade reduzida, mirantes e zoopassagens - aqueles trechos subterrâneos e aéreos que ligam as copas das árvores e ajudam a diminuir o risco de atropelamento de animais silvestres.
Além da taxa de acesso à área, de R$ 5 por pessoa, será cobrada também uma tarifa por veículo, com valores que variam de R$ 3 a R$ 30 para motocicletas, de R$ 5 a 50 para veículos de passeio, e de R$ 10 a R$ 100 no caso de ônibus e caminhões. A justificativa do governo estadual é prevenir impactos ambientais negativos decorrentes da visitação desordenada.
Também há planos para restrição de acesso à Ilha Grande, à estrada Paraty-Cunha, que leva ao Parque Nacional da Serra da Bocaina, e ao Parque do Desengano, no norte fluminense. A SEA fará um levantamento das áreas prioritárias para adoção das medidas, e um grupo interdisciplinar vai estimar o número ideal da chamada "capacidade de suporte", que é o quantitativo de visitantes que uma região natural pode absorver sem se degradar. No caso do Parque da Pedra Selada, a área de 8 mil hectares, que forma um corredor da biodiversidade com o Parque Nacional do Itatiaia e outras quatro Reservas Particulares do Patrimônio Natural, poderá ser visitada por até 6 mil pessoas por dia.
Moradores nas unidades de conservação e no entorno, bem como funcionários que trabalhem na região, ficam isentos do pagamento da tarifa de acesso rodoviário e não serão contabilizados para limitação do quantitativo total de visitantes.
Toda a arrecadação será convertida para o Fundo Estadual de Conservação Ambiental e se destinará às obras de saneamento e manutenção nos locais afetados. Parte dos recursos será aplicada também na regularização fundiária, implementação e gestão de outras unidades de conservação estaduais. "Seria uma irresponsabilidade apostar num turismo de qualidade sustentável que não preveja o recurso para manter esses equipamentos que instalamos na região", disse Minc.

Relatório Economia Verde - Síntese para Tomadores de Decisão




Título: Relatório Economia Verde - Síntese para Tomadores de Decisão
Autor: PNUMA
Data: 09/09/2011


Resumo:
Rumo a uma Economia Verde está entre as contribuições-chave do PNUMA ao processo Rio+20 e ao objetivo geral de luta contra a pobreza e promoção de um século XXI sustentável. O relatório apresenta argumentos econômicos e sociais convincentes sobre o investimento de 2% do PIB mundial para tornar verde os 10 setores estratégicos da economia, de forma a redirecionar o desenvolvimento e desencadear um fluxo público e privado rumo à baixa emissão de carbono e a um caminho de uso eficiente de recursos. Tal transição pode catalisar uma atividade econômica de tamanho comparável pelo menos às práticas atuais, mas com um risco reduzido de crises e choques cada vez mais inerentes ao 

Várias Inteligências...


20/12/2012 - 04h30

Estudo questiona uso de medida única para a inteligência

FERNANDO MORAES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1204090-estudo-questiona-uso-de-medida-unica-para-a-inteligencia.shtml


Um estudo publicado ontem na revista científica "Neuron" traz evidências de que não existe uma propriedade única e geral do cérebro chamada inteligência, passível de ser medida por meio de testes como os de QI.
"Outros estudos já haviam sugerido que há vários tipos de inteligência. Contudo, o nosso trabalho é o primeiro a mostrar que cada um deles está associado a um tipo diferente de área cerebral", explicou à Folha Adam Hampshire, líder da pesquisa, que trabalha na Universidade de Ontário Ocidental (Canadá).
Editoria de Arte/Folhapress
A pesquisa utilizou ressonância magnética funcional, modelagem computacional e o maior teste de inteligência online jamais feito para chegar aos resultados.
Dezesseis pessoas responderam a uma bateria de 12 testes cognitivos envolvendo memória, raciocínio, atenção e habilidades de planejamento enquanto passavam pela ressonância magnética.
O exame mapeava uma região chamada córtex MD, que estudos anteriores haviam relacionado a uma série de tarefas cognitivas.
Os resultados mostraram que atividades em que era utilizada a memória de curta prazo (usada para lembrar um novo número de telefone por alguns segundos, por exemplo) ativavam uma rede específica do córtex MD.
Em tarefas nas quais a informação era processada a partir de regras, como o raciocínio dedutivo, a rede ativada se mostrou diferente.
"Ao examinarmos a atividade cerebral e as diferenças individuais de desempenho, mostramos que há pouca evidência de que exista uma única inteligência geral dominante", diz Hampshire.
A mesma bateria de 12 testes foi aberta a qualquer pessoa na internet. Também havia um questionário sobre a formação dos que responderam e seus hábitos.

Mais de 100 mil pessoas participaram da pesquisa, das quais 44,6 mil preencheram o questionário de forma completa e correta.
Isso trouxe uma quantidade imensa de informações sobre como certos fatores (idade, gênero, tendência a jogar videogame etc.) influenciam as funções cerebrais.
Os dados mostraram que a idade é o fator mais importante na performance intelectual geral. O desempenho é significantemente afetado nas pessoas com 60 anos ou mais quando comparadas àquelas de 20.
A habilidade verbal é a menos afetada com a idade. Já o hábito de jogar videogame está ligado a um melhor desempenho em atividades que envolvem raciocínio e memória de curto prazo, mas pouco influi na habilidade verbal.
E a ansiedade atrapalha de forma moderada a memória de curto prazo, mas tem um impacto quase desprezível nos outros fatores.
Os dados dão suporte à ideia de que esses componentes da inteligência têm base em sistemas cerebrais relativamente independentes.
"Cada tipo de inteligência está relacionado a um diferente conjunto de variáveis demográficas e sociais", diz Hampshire. "Portanto, comparar a inteligência de diferentes populações por meio de um número de QI é uma grande simplificação."