domingo, 1 de junho de 2014

Em São Paulo, 1,6 milhão de pessoas já não recebem água do Cantareira


Publicação: 30/05/2014 16:02 Atualização:


Em visita a Brodowski, no interior de São Paulo, na manhã desta sexta-feira, 30, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que o Sistema Cantareira já deixou de abastecer 1,6 milhão de pessoas com a mudança para o Guarapiranga e Alto Tietê. Segundo ele, esse número chegará a 2,1 milhões até setembro de 2014.


De acordo com ele, é feito um monitoramento diário do Cantareira e a intenção é poupar o sistema. "A seca foi muito intensa na região de Bragantina e em Minas Gerais, que é de onde vêm as águas do Cantareira. Foi muita localizada a seca e muito intensa", afirmou o governador.



Alckmin contou que 87% da população da Região Metropolitana de São Paulo economizou água até agora, o que ele atribui à campanha de economia e ao desconto oferecido na conta. "Fomos o único governo que falou: 'Olha, faça economia, ajude com o uso racional da água, que você ganha um prêmio de 30% a menos na conta'".

Engenharia precisa de empreendedorismo e design

Engenharia precisa de empreendedorismo e design, diz professor
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/05/1462168-engenharia-precisa-de-empreendedorismo-e-design-diz-professor.shtml

PAULA LEITE
EDITORA DO EMPREENDEDOR SOCIAL
30/05/2014 02h00

Com a missão de formar engenheiros criativos e inovadores, o Olin College, em Needham (EUA), foi
fundado em 1997 com uma doação de US$ 460 milhões vinda da fortuna de um industrial.
Além de formar cerca de 300 alunos por ano, a instituição também ajuda faculdades de todo o mundo que querem mudar seus cursos de engenharia.
Stephen Schiffman ajudou a criar o currículo da escola e falou à Folha sobre o papel do empreendedorismo, sua especialidade, e do design no ensino de engenharia. Ele veio ao Brasil participar de evento no Insper, escola que está desenvolvendo seu curso de engenharia em parceria com a Olin.
Folha - De onde veio a ideia de que ensinar empreendedorismo a engenheiros era tão importante?
Stephen Schiffman - A Olin olhou o que a profissão de engenheiro realmente é. É uma profissão que começa com pessoas e termina com pessoas. Não é só aquela parte pequena em que normalmente pensamos na qual alguém dá especificações técnicas a um engenheiro e ele devolve um protótipo.
Tentamos fazer com que os estudantes entendam que se você não criar um produto que satisfaz uma necessidade de alguém e não conseguir lançar esse produto no mundo, você não fez seu trabalho como engenheiro.
Você acha que o empreendedorismo tem um lugar na educação em geral, não só na educação de engenheiros?
Sim. Não estamos falando só de ensinar aqueles alunos que se identificam como empreendedores, que querem abrir um negócio. Estou falando do fato de que no século 21 todos os estudantes precisam aprender competências empreendedoras para ter sucesso em suas carreiras e na vida em geral.
Porque a ideia de que você vai conseguir um emprego em uma grande empresa e ficar lá a vida toda ficou para trás.
Sim, você tem que ser um empreendedor no seu trabalho. Você não pode só ficar lá e aceitar o que pedem para você fazer, seja você um engenheiro ou um artista.
Como as faculdades podem realmente ensinar empreendedorismo e não só dizer que o fazem?
Não pode ser um curso separado de empreendedorismo, que ensine como começar um negócio. Você tem que reimaginar o currículo e pensar onde inserir essas experiências educacionais. Na Olin, no começo do curso os professores constroem uma rede de proteção para os projetos dos alunos e com o tempo essa rede vai sendo retirada. Vamos tirando as rodinhas da bicicleta.
Quando os alunos chegam ao último ano e fazem seu projeto final, para um cliente de verdade, o professor serve só como conselheiro, quem tem que lidar com o cliente diretamente são os alunos. É uma experiência profissional real.
Qual é o papel do design no empreendedorismo?
Design é entender a necessidade do usuário e não desenhar parafusos. Parte do processo de design é deixar claras todas as escolhas implícitas que fazemos e depois explodi-las. Você tem que se forçar a ver o problema de diferentes ângulos.

Ministério regulamenta lei que proíbe fumar em lugares fechados

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31/05/2014 20h58 - Atualizado em 31/05/2014 20h58

Governo veta fumo locais fechados


Em todo o país, será proibido fumar em locais fechados ou com parede e cobertura como, por exemplo, pontos de ônibus. Os fumódromos deixarão de existir.

Neste sábado (31), Dia Mundial Sem Tabaco, o governo aumentou as dificuldades para quem fuma ao regular a lei que proíbe o cigarro em locais fechados.
Um vício que afasta. Quem fuma reconhece que a fumaça incomoda.
“Não me importaria de ficar lá fora”, conta um jovem.
Fumar em locais fechados é proibido desde 2011, mas faltava definir as regras para a fiscalização nacional, anunciadas hoje.
Será proibido fumar em locais fechados ou com parede e cobertura como, por exemplo, pontos de ônibus. Os fumódromos deixarão de existir. Estabelecimentos que descumprirem podem ser fechados e pagar multa de até R$ 1,5 milhão.
Na prática, o fumante terá que mudar hábitos. Escolher a mesa na parte externa coberta não será mais suficiente. Pela nova regra, é preciso sair do local ou escolher uma mesa ao ar livre.
A propaganda de cigarro será proibida até nos pontos de venda. Medidas para proteger quem não fuma e desestimular os fumantes.
“Não é só lidar com as pessoas que têm dependência química ao tabaco, mas também proteger as pessoas que não fumam e que, de alguma maneira, acabam recebendo os efeitos nocivos do cigarro”, explica o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Estados e municípios que já tinham leis próprias terão que se adaptar às novas regras, que começam a valer em dezembro. Bares e restaurantes contam com a colaboração do cliente.
“É importante ele tenha uma conduta de boa convivência com todos os que estão próximos a ele”, diz Jaime Recena, da Associação de Bares e Restaurantes do Distrito Federal.
Restringir é necessário, segundo o pneumologista Celso Antônio Rodrigues.
“É uma grande vitória para o Brasil, porque essa lei vem fazer com que o não-fumante esteja protegido”, ressalta o médico.


Ministério regulamenta lei que proíbe fumar em lugares fechados

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Laís Alegretti - O Estado de S. Paulo 31 Maio 2014 | 10h 50

Decreto com regras mais rígidas para o uso de produtos derivados do tabaco será publicado na segunda; anúncio marca o Dia Mundial Sem Tabaco

BRASÍLIA - Será proibido fumar em ambientes fechados em todo o Brasil – inclusive fumódromos – a partir de dezembro, segundo informou há pouco o Ministério da Saúde. A regulamentação da Lei Antifumo, que deve ser publicada na segunda-feira (2) e começará a valer em seis meses, proíbe também qualquer propaganda comercial de cigarros. O objetivo da medida, segundo o governo, é proteger a população do fumo passivo e contribuir para a diminuição do tabagismo entre os brasileiros.
Com a nova regra, fica proibido o uso de cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo e outros produtos do gênero em locais de uso coletivo – público ou privado. Estão vetados inclusive os narguilés. A proibição inclui hall e corredores de condomínios, restaurantes e clubes. Segundo o governo, fica vetado o uso em ambientes parcialmente fechados por uma parede, teto e até mesmo toldo.
“Está proibido o fumo naquela varanda do restaurante, no toldo da banca de jornal e na cobertura do ponto de ônibus”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. A lei também proíbe a existência dos fumódromos, que são permitidos pelas regras atuais. “Se o ambiente estiver coberto por uma face, como o teto do ponto de ônibus, não poderá fumar.” 
Em estádios de futebol, por exemplo, será permitido fumar em áreas descobertas. Segundo o governo, essa diferença se devido a critérios de dispersão da fumaça.
Ficará liberado fumar em casa e ao ar livre. Apenas em cinco situações – e com condições de isolamento – será permitido fumar em ambiente fechado: em cultos religiosos cujo fumo faça parte do ritual, em tabacarias sinalizadas, em estúdios de filmagem quando necessário à produção da obra, em lugares destinados a pequisa e desenvolvimento de produtos fumígenos, além de instituições de tratamento de saúde que tenham pacientes autorizados por médico a fumar.
Questionado sobre o motivo que levou o governo a demorar três anos para regulamentar a Lei Antifumo, Chioro respondeu que o processo exigiu muito estudo e negociação. “Foi o tempo necessário para construir legislação adequada e consistente e com coerência suficiente”, disse. O ministro negou que haja a intenção de banir o fumo no País. “A tendência é de diminuição e lutaremos sempre para isso.”
Propaganda. As novas regras também determinam que os produtos devem ficar expostos apenas no interior dos estabelecimentos, com 20% do mostruário ocupado por mensagens de advertência aos males causados pelo fumo, além da proibição da venda a menores de 18 anos e tabela de preços. Fica proibida, ainda, qualquer tipo de propaganda desses produtos.
As embalagens devem ter mensagens de advertência em toda a área posterior, além de uma das laterais. A partir de 2016, deverá ser incluído texto de advertência adicional sobre os impactos do fumo em 30% da parte da frente das embalagens.
Multa. A fiscalização será de responsabilidade das agências sanitárias dos estados e municípios e, segundo o governo, o alvo serão os estabelecimentos, e não os fumantes. Os comerciantes são os responsáveis por orientar os clientes a não fumarem nos locais proibidos e, se necessário, devem chamar a polícia se o fumante se recusar a apagar o cigarro. Os estabelecimentos podem receber advertência, multa e até mesmo serem interditados e terem canceladas a autorização para funcionamento. As multas vão de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.
Segundo o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária já programou a capacitação de 4 mil servidores da área de fiscalização até dezembro, quando as novas regras entram em vigor.
O governo federal esclareceu que a regulamentação da lei federal tem papel de “dar mais consistência à legislação de Estados e municípios”. “Estados e municípios podem fazer regulamentações complementares. Ele pode aprofundar, mas não pode fazer menos do que estabelece a lei federal”, disse Chioro.
Meta. Com as medidas contra o fumo, o governo pretende diminuir a quantidade de fumantes no País. Até 2021, segundo o Ministério da Saúde, a meta é que menos de dez pessoas em cada cem façam uso do cigarro. Hoje, o índice é de 11,3 pessoas em cada cem.
O tabagismo é responsável, segundo o ministério da Saúde, por 200 mil mortes por ano no brasil. “Ele é considerado o maior responsável por mortes relacionados a doenças crônicas no mundo e no Brasil”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
Em 2013, foram registradas 1,4 milhão de diárias de internações por doenças relacionadas ao tabagismo no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso representou, segundo o governo, um custo de R$ 1,4 bilhão para o SUS no ano.
Chioro defendeu que há três linhas de atuação que são essenciais para combater o tabagismo: a política de preço mínimo do cigarro, a proibição da propaganda e a proibição do fumo em local fechado.
“A lei antifumo é um grande avanço. É fundamental para que Brasil possa continuar enfrentando tabagismo como grave problema de saúde publica”, defendeu o ministro. O Ministério da Saúde esclareceu que as novas regras não incluem o cigarro eletrônico, dado que o produto é proibido no País.
O decreto será publicado no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira (2), segundo o Ministério da Saúde, e entrará em vigor 180 dias depois. A divulgação ocorreu na manhã deste sábado (31), segundo o Ministério da Saúde, em homenagem ao Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado nesta data.
São Paulo. No que diz respeito ao fumo em lugares fechados, na prática, a regulamentação federal de fumo não afeta São Paulo. O Estado paulista já apresentava uma legislação mais restritiva. Em 7 de maio de 2009, o governador de São Paulo, José Serra, sancionou e regulamentou a lei que proíbe o fumo em ambientes coletivos, público e privados, no Estado. Nos primeiros três anos, a fiscalização levou a 570 autuações de estabelecimentos de uso público.


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