sábado, 4 de fevereiro de 2012

Vamos jogar o lixo na lixeira! E a educação ambiental?


estadao.com.br, Atualizado: 03/02/2012 03:05

15 mil lixeiras novas já deixam SP mais limpa




Com o novo sistema de limpeza urbana na capital paulista, a cidade começa a ganhar novas lixeiras nas ruas mais movimentadas. Cerca de 15 mil já foram instaladas pelos consórcios São Paulo Ambiental e Soma. A exigência do contrato das empresas com o governo municipal é instalar, até agosto, 150 mil - quatro vezes o total de papeleiras que a cidade tinha até dezembro do ano passado, segundo a Prefeitura (36 mil).
Quem trabalha perto das ruas que ganharam lixeiras diz que a quantidade de lixo jogado no chão já diminuiu. 'Eles colocaram uma lata de lixo bem perto da outra. Não tem como o cara dizer que não achou o lixo', afirma o taxista Rubens Marzagoto, de 58 anos, que fica no ponto vizinho do Shopping West Plaza, na Avenida Francisco Matarazzo, na Água Branca, na zona oeste. Lá há uma papeleira a cada 50 metros.
Os novos equipamentos são parecidos com as antigas papeleiras. A diferença é que, em vez de cor de chumbo, as lixeiras são pintadas de verde militar. Perto da boca da lata, há uma placa de aço inox com a frase 'apague o cigarro aqui'. O objetivo é evitar que bitucas de cigarro acesas provoquem incêndio ao entrar em contato com papel e outros produtos inflamáveis dentro dos recipientes.
Também é possível ver as lixeiras verdes na Rua José Paulino, no Bom Retiro, região central. 'O problema é que eles não colocam saco plástico. Quero ver se não vai ficar cheiro ruim dos restos de comida depois de um tempo', ressalta a comerciante Rosilene Ferreira, de 28 anos. As empresas responsáveis pelo serviço explicam que o corpo das lixeiras deve ser retirado periodicamente para que seja limpo.
Instaladas há cerca de 15 dias, segundo comerciantes, duas lixeiras da Rua da Consolação que ficam perto da saída da Estação Paulista da Linha 4-Amarela do Metrô já estão pichadas, assim como a maior parte das papeleiras antigas que ainda podem ser vistas nas ruas paulistanas.
Chip. Outro compromisso assumido pelas empresas ainda não foi cumprido: a instalação de chips ou código de barras para fazer o controle dos equipamentos está sendo estudada pelos consórcios. Quem tiver reclamações sobre a limpeza da sua rua ou quiser solicitar algum serviço deve ligar para 0800-777-7156, de segunda-feira a sábado, das 8h às 18h. / TIAGO DANTAS

Licitação para transporte sustentável...


03/02/2012 - 17h21

Trem-bala terá licitação em outubro e não sai antes da Olimpíada


AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

A licitação do Trem de Alta Velocidade Rio-SP-Campinas vai acontecer em outubro, de acordo com o ministro dos Transportes, Paulo Passos.
Essa é a primeira fase da licitação que vai escolher o operador do trem-bala. A segunda fase vai definir o consórcio construtor do empreendimento --e vai ocorrer somente em 2013.
Como o prazo de duração da obra é de cinco anos, o trem-bala não ficará pronto para operar durante os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.
A informação foi dhá pouco em reunião no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, com o governador Geraldo Alckmin.
Segundo as projeções do governo, o trem-bala, de 511 quilômetros de extensão,demandará investimento de R$ 40 bilhões --21,2% a mais do que o previsto inicialmente, de R$ 33 bilhões.
O valor se aproxima ao custo estimado pelas empresas interessadas no negócio. Segundo três consórcios, os valores podem variar entre R$ 45 bilhões e R$ 55 bilhões. Já algumas previsões do mercado elevam o custo do trem para R$ 60 bilhões.
Alex Argozino/Editoira de Arte/Folhapress
Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress
Empresas que querem vender equipamento e operar o trem-bala brasileiro pediram ao governo uma proteção contra o risco de variação cambial no negócio.
A garantia serviria para evitar que variações muito fortes no preço do dólar afetassem o custo dos materiais importados que serão encomendados quatro anos antes do início da operação, como trens e sinalização.

LEILÃO FRACASSADO
leilão do trem de alta velocidade, em julho, fracassou. Nenhum grupo se apresentou na concorrência. Venceria o leilão quem oferecesse a menor tarifa para os serviços, a partir de uma tarifa-teto fixada em R$ 199,73.
Reportagem da Folha do dia 7 de julho mostrou que as cinco grandes empreiteiras do país só aceitavam entrar com R$ 3 bilhões de capital próprio no trem-bala. O valor é próximo de 5% do custo calculado por elas para o projeto.
O governo calculou que o custo do projeto estaria hoje em R$ 38 bilhões. O governo se compromete a ser sócio com cerca de R$ 4 bilhões, emprestaria outros R$ 22 bilhões via BNDES (com possibilidade de subsídio de R$ 5 bilhões) e colocaria ainda recursos estimados no mercado entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões, via fundos de pensão e empresas públicas.
O projeto do trem-bala prevê a ligação das cidades de Campinas, São Paulo e do Rio de Janeiro. Com cerca de 500 quilômetros (km) de extensão, vai passar por aproximadamente 40 municípios.
Editoria de Arte/Folhapress

Ainda estão discutindo a sacola biodegradável por R$ 0,19?


03/02/2012 - 18h39

Supermercados terão de dar embalagem gratuita pelos próximos 60 dias


Os supermercados de São Paulo terão de disponibilizar alternativas gratuitas pelos próximos 60 dias para os consumidores que não tiverem como carregar os produtos comprados nas lojas.
Como embalagem gratuita o supermercado poderá disponibilizar caixas de papelão, as atuais sacolas biodegradáveis que são vendidas a R$ 0,19 e até as antigas sacolinhas plásticas que foram banidas no dia 25 de janeiro.
Também deverão vender sacolas retornáveis pelos próximos seis meses por até R$ 0,59, com as seguintes medidas: fundo retangular de 5cm X 40cm e altura de 40cm.
"O importante é que o consumidor tenha uma forma de levar gratuitamente suas compras nesse período", disse Paulo Goes, diretor-executivo do Procon-SP.



As medidas fazem parte de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado nesta sexta-feira entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados), o Ministério Público do Estado de São Paulo e o Procon-SP e visam dar mais tempo para o consumidor se adequar aos novos procedimentos de compra sem a sacolinha plástica.
Segundo o acordo, nesses 60 dias os supermercados não poderão mais vender as sacolinhas biodegradáveis a um custo de R$ 0,19.
"Os consumidores que forem às compras [nos próximos 60 dias] sem as sacolas reutilizáveis terão direito a embalagens gratuitas adequadas e compatíveis com os produtos adquiridos, visando o acondicionamento e transporte das mercadorias", diz o TAC.
Além disso, no dia 15 de março --Dia do Consumidor--, haverá distribuição gratuita de sacolas reutilizáveis para quem adquirir pelo menos cinco itens no supermercado. Após seis meses, essas sacolas poderão ser trocadas, gratuitamente, se estiverem danificada.
Por um ano, os operadores de caixa deverão informar verbalmente aos consumidores sobre o fim das sacolinhas antes de passar os produtos pelo caixa, para não serem surpreendidos pela medida. Caso contrário, o consumidor terá direito a uma embalagem gratuita para carregar suas compras.
O supermercado que descumprir esse acordo estará sujeito a multa diária no valor de R$ 25 mil.
FIM DAS SACOLINHAS
Os supermercados haviam suspendido o fornecimento gratuito de sacolas no dia 25 de janeiro, fruto de um acordo entre a Apas e o governo do Estado.
O consumidor passou a ganhar do supermercado, na melhor das hipóteses, uma caixa de papelão usada para carregar suas compras. Os mercados também passaram a vender uma sacolinha biodegradável por R$ 0,19 --alvo das mais ferozes críticas e resistências, respondidas pelos supermercado por um simples "não compre e leve sua ecobag".
A nova sacolinha pode se desfazer em até 180 dias em usinas de compostagem. O problema, entretanto, é que ainda há poucas dessas usinas atualmente no país. Nos aterros, essas sacolas se decompõem em até dois anos, contra mais de 100 anos das tradicionais.
BIODEGRADÁVEIS
Com a medida, os supermercados compraram mais de 100 milhões de sacolinhas biodegradáveis e reforçaram as encomendas das retornáveis duráveis --novo negócio até para grifes como Osklen e Cavalera.
O fim dos plásticos motiva grito geral da indústria, que fatura R$ 1,1 bilhão e ameaça demitir 6.000 pessoas. Provoca "guerra de laudos" de diferentes tecnologias verdes, que tentam demonstrar emissão menor de CO2.
De cara, os supermercados vão economizar R$ 72 milhões mensais --valor dos 2,4 bilhões de sacos gratuitos.
Segundo João Sanzovo, diretor da Apas (Associação Paulista de Supermercado), a economia é desprezível perto dos gastos com propaganda, educação, coleta seletiva e treinamento de equipes.
"A sacolinha é uma comodidade para o supermercado. O fato de não ter uma indústria de compostagem não tira o mérito dessa iniciativa, que vai puxar outras."