terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Gleba São Francisco: Vitória do entendimento entre o CONREMAD São Mateus e o Conselho Municipal da Habitação!


DA 3ª MAIOR FAVELA DA CIDADE PARA UM BAIRRO DE VERDADE

Gleba São Francisco, na zona leste, é foco de projeto que envolve ambiente, habitação e transporte; 'Tudo é pensado em conjunto', diz arquiteta

26 de fevereiro de 2012 | 3h 03


/ R. B. e R. B. - O Estado de S.Paulo
Quando mudou para São Paulo, no meio da década de 1970, José Paulo Rodrigues da Silva não tinha a mínima ideia de onde morar. Acabou erguendo um barraco em uma encosta em Guaianases, no extremo leste da cidade. A situação era tão precária que, com o risco de deslizamento, sua casa acabou sendo removida pela Prefeitura. Seu destino final foi a Gleba São Francisco, um antigo conglomerado de conjuntos habitacionais na região de Sapopemba, que, 40 anos depois do início da sua ocupação, tornou-se a terceira maior favela de São Paulo, com 7,9 mil domicílios e cerca de 29 mil habitantes, segundo a Secretaria Municipal de Habitação.
"Colocaram a gente em uma casinha de um cômodo só, sem acabamento nenhum, sem transporte, sem nada", lembra Silva. Hoje com 54 anos, ele é líder comunitário do bairro que está vivendo uma das maiores transformações desde a sua fundação. A Gleba São Francisco será a primeira favela de São Paulo a passar por um projeto urbanístico completo - o bairro ganhará ruas, rede de saneamento, calçadas alargadas, mobiliário urbano, quadras de esporte, três parques, novas linhas de ônibus e obras de paisagismo nas encostas. "Queremos transformar essa área, que estava praticamente abandonada pelo poder público, em um bairro de fato", afirma a arquiteta Anna Dietzsch, do escritório DBB Aedas, responsável pelo projeto.
Dar importância ao entorno e à qualidade de vida dos moradores é outra mudança pela qual passam as políticas de habitação social em São Paulo, além dos novos prédios menos estigmatizados. Ao contrário do que ocorreu entre as décadas de 1970 e 1990, quando o importante era construir o maior número possível de unidades habitacionais em algum lugar pouco urbanizado na periferia da cidade, cada vez mais os investimentos em paisagismo e lazer fazem parte dos projetos. Em algumas situações, eles são até mais importantes do que as próprias unidades habitacionais, como é o caso da Gleba São Francisco.
As obras na região deverão custar, no total, R$ 260 milhões, e serão divididas em dois lotes. O primeiro já foi concluído - foram feitas a rede de saneamento básico, canalização de córregos, contenção de encostas, urbanização de vias e 584 unidades habitacionais. Na segunda fase, que está em obras e deverá ser concluída até o ano que vem, outros 844 apartamentos estão contemplados, além da construção dos parques e de novas obras de urbanização, saneamento e drenagem.
"A diferença desse projeto para os mais famosos de Paraisópolis e Heliópolis é que tudo está sendo feito pensado em conjunto. Não sãogleba intervenções pontuais", afirma Anna.
Para ela, o maior desafio das obras de urbanização foi reunir em um mesmo projeto diversas secretarias municipais. A pasta de Habitação é responsável por contratar as obras, mas também estão envolvidas a Secretaria do Verde e Meio Ambiente (para a construção dos parques), a de Transportes (novas linhas de ônibus serão criadas para ligar o bairro ao monotrilho da Linha 2-Verde, que será estendido até a região) e até a de Trabalho (para organizar a criação de cursos, oficinas e empregos na região). "A organização do poder público em secretarias separadas não facilita esse tipo de intervenção conjunta. Ao contrário, só atrapalha. Mas a urbanização não pode ser vista só como embelezamento de bairro. Deve ser um projeto conjunto", defende a arquiteta.
Transformação. Os novos apartamentos que serão construídos no bairro também levam em conta a mudança no paradigma das habitações sociais. A Gleba São Francisco agrega praticamente todos os modelos de conjuntos já tentados pela Prefeitura e pelo Estado - há prédios e casas erguidos nos "mutirões" da ex-prefeita Luiza Erundina (1989-1992), Cingapuras da época de Paulo Maluf (1993-1997) e casas de mais de três andares erguidos sobre as pequenas casas de 25 m² construídas pelo governo estadual na década de 1980. Agora, a Prefeitura planeja tanto integrar os vários conjuntos e ocupações separadas quanto oferecer novas unidades habitacionais seguindo os novos paradigmas para a construção dos prédios.
Atualmente, a mudança mais visível é a transformação das antigas ruas de terra, antigamente cheias de lixo e esgoto, em calçadões com postes, banquinhos e lixeiras, onde a preferência é dos pedestres e ciclistas. "O pessoal está gostando. Pelo que fizeram nas primeiras ruas que já estão em obras, está ficando bom demais", elogia José Paulo, o líder comunitário, que torce para que a boa repercussão anime a Prefeitura a oferecer transformações parecidas ao 1,2 milhão de pessoas que vivem nas outras 1.019 favelas paulistanas.

Eu tomo café...E se misturarmos a borra de café no banheiro ecológico seco?

28/02/2012 - 08h42

Borra de café acaba com mau cheiro de esgoto


DO "NEW YORK TIMES"



Os amantes de café do mundo todo podem se regozijar. As pilhas de borra que são descartadas diariamente podem desaparecer com o mau cheiro típico do esgoto.

Pesquisadores da Universidade da Cidade de Nova York relatam na revista "The Journal of Hazardous Materials" que a borra de café pode absorver o sulfeto de hidrogênio, gás causador, em grande parte, do odor do esgoto.

Atualmente, usa-se carvão ativado ou carvão poroso para extrair o sulfeto de hidrogênio do esgoto nas estações de tratamento.

Contudo, os pesquisadores descobriram que, quando a borra de café é transformada em carbono ativado, ela absorve enxofre --um dos componentes do sulfeto de hidrogênio, particularmente bem. Isso se deve à presença de um componente fundamental: a cafeína.

A cafeína contém nitrogênio, que aumenta a capacidade do carbono de eliminar o enxofre do ar, explicou Teresa J. Bandosz, química e engenheira química da universidade e uma das autoras do relatório.

Para carbonizar a borra de café, ela e seus colegas misturaram a borra à água e ao zinco e depois secaram a mistura em um forno.

Bandosz espera que empreendedores adquiram os direitos de patente da pesquisa e a convertam em um negócio.

Ela própria uma grande consumidora de café, Bandosz surgiu com a ideia por jogar fora uma grande quantidade de borra.

"O café fresco funcionaria ainda melhor, pois possui mais cafeína", afirmou. "Mas não é econômico utilizá-lo."

Climagate...

28/02/2012 - 08h43
 

Cientista se passa por outra pessoa para expor céticos do clima


REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE "CIÊNCIA E SAÚDE"

Uma das principais vozes científicas em defesa da realidade do aquecimento global causado pelo homem caiu em desgraça na semana passada.

O hidrologista americano Peter Gleick assumiu publicamente que se passou por outra pessoa para tentar expor as táticas de um grupo de céticos do clima.

O caso envenena ainda mais o debate público sobre o aquecimento global nos Estados Unidos, país que é um dos principais responsáveis pelo problema --graças às enormes quantidades de gases do efeito estufa que a nação produz-- e onde a briga política entre os que acreditam no fenômeno e os que negam sua existência paralisa as ações para mitigá-lo.

Sgerbic/Creative Commons
O hidrologista americano Peter Gleick, que renunciou ao cargo no Pacific Institute, na Califórnia, após escândalo
O hidrologista americano Peter Gleick, que renunciou ao cargo no Pacific Institute, na Califórnia, após escândalo

O caso começou com o que parecia ser uma versão às avessas do chamado "Climagate", de 2009.

Nessa polêmica anterior, hackers anônimos disponibilizaram na internet milhares de e-mails assinados pelos principais climatologistas do mundo.

Algumas mensagens pareciam dar a entender que os cientistas estavam ocultando e manipulando dados para tentar persuadir o público de que o aquecimento global é causado pelo homem.

Várias investigações acabaram mostrando que os e-mails tinham sido tirados de seu contexto original e que não houve manipulação da ciência do clima. Mas o dano à reputação dos cientistas já estava feito, em especial em países como os EUA.

No dia 15 deste mês, veio o que parecia ser o troco. Um remetente anônimo enviou para órgãos da imprensa e blogueiros americanos o que pareciam ser documentos sigilosos do Heartland Institute, ONG conservadora americana que promove, entre outras coisas, o ceticismo climático entre o público.

Os documentos incluem uma lista dos doadores do instituto --entre eles a Microsoft e a General Motors-- e detalhes de um plano para criar um currículo para escolas públicas sobre a mudança climática, com o objetivo de ensinar que os cientistas não sabem se o homem está mesmo alterando o clima.

'SUSPEITO ÓBVIO'

A chefia do Heartland Institute veio a público para dizer que um dos documentos divulgados era falso e ameaçou processar o responsável pelo vazamento. Funcionários da ONG chegaram a especular que Gleick era um dos "suspeitos óbvios".

O cientista acabou admitindo a culpa numa postagem em seu blog no site "Huffington Post". Ele teria recebido uma versão dos documentos de maneira anônima pelo correio e, para confirmar a veracidade deles, teria se passado por um membro da diretoria do Heartland Institute.

Gleick foi condenado publicamente pela AGU (União Geofísica Americana), órgão ao qual pertence, e renunciou ao seu cargo no Pacific Institute, na Califórnia. À Folha, a secretária de Gleick disse que ele não daria entrevistas.

Restos de base incendiada na Antártida se tornam ameaça ambiental

28/02/2012 - 07h35
 


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DE SÃO PAULO


A retirada de entulho resultante do incêndio na estação brasileira Comandante Ferraz, na Antártida, sem que haja agressões ao frágil ecossistema local é uma das principais preocupações do governo no momento, informa reportagem de Claudio Angelo e Simone Iglesias, publicada na Folha desta terça-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Na madrugada de sábado, o incêndio destruiu as instalações da estação, deixando dois mortos e um ferido.

Veja galeria de fotos dos integrantes da base brasileira chegando ao Rio
Veja galeria de fotos da estação Comandante Ferraz
Mortos na Antártida serão heróis nacionais e famílias receberão indenização
PPS quer convocação de ministros para explicar incêndio na Antártida
Falha elétrica pode ter causado incêndio em base na Antártida, diz embaixador

Armada de Chile - 25.fev.2012/Associated Press
Estação brasileira Comandante Ferraz, na Antártida, pegou fogo no último sábado
Estação brasileira Comandante Ferraz, na Antártida, pegou fogo no último sábado

A limpeza do sítio determinará o prazo de reconstrução, estimado em até três anos por alguns pesquisadores e em nove meses pelo ministro Celso Amorim (Defesa).

A estimativa era de que os corpos dos dois militares mortos chegassem ao Brasil nesta terça-feira por volta da 7h.

O primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos, 45, e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo, 47, serão considerados pelo Ministério da Defesa "heróis nacionais".

Ambos foram promovidos "post-mortem" a segundo-tenente, e receberão a Ordem do Mérito da Defesa no grau de comendadores.