quarta-feira, 26 de junho de 2013

Empresa brasileira tem projeto inserido nos cases sustentáveis da ONU

Empresa brasileira tem projeto inserido nos cases sustentáveis da ONU
14 de Junho de 2013 • Atualizado às 14h49



Mais uma empresa brasileira tem case aprovado pelo Programa de Trabalho de Nairóbi Sobre Impactos, Vulnerabilidade e Adaptação às Mudanças Climáticas, da Convenção-Quadro Sobre Mudanças Climáticas da ONU. Com um projeto de “Sistema Integrado de Infraestrutura Verde e Reciclagem de Água e de Resíduos Orgânicos”, a Ecotelhado entrou no rol de casos de estudo denominados “Iniciativa do Setor Privado” e serve como modelo a todo o planeta.
O programa é um banco de dados online, que compartilha cerca de cem exemplos do setor privado realizados em diferentes países, inclusive no Brasil. O objetivo é reunir países em um esforço conjunto para estabilizar as concentrações de gases do efeito estufa e promover boas práticas e o uso racional de recursos e ações, de modo rentável, para o enfrentamento e adaptação às mudanças climáticas, sendo realizadas por empresas privadas, em alguns momentos, em parceria com ONGs ou setor público, de diversos setores e regiões.
O case da Ecotelhado aprovado, também conhecido como Ecoesgoto, é um sistema que prioriza o reaproveitamento de água, economia de energia e tratamento dos efluentes, no qual todos resíduos orgânicos provenientes das descargas de patentes, dos restos de alimentos triturados, devem passar por um processo de purificação. É composto por uma estação de tratamento dos efluentes biológica, constituída por um filtro projetado, reduzindo processos naturais, como, por exemplo, a coleta de lixo. O sistema pode ser inserido em empresas, prédios ou residências.

“O sistema é uma técnica de infraestrutura verde urbana, que nos permitiu mostrar que é possível haver desenvolvimento e empreendedorismo sustentável”, afirmar o engenheiro agrônomo e o diretor da Ecotelhado, João Manuel Feijó.

A empresa integra a lista da ONU, que já possui algumas grandes empresas brasileiras, como Allianz Seguros, Basf e HSBC. Além do Ecoesgosto, a Ecotelhado tem desenvolvido centenas de projetos para telhados verdes, jardins verticais, hortais, infraestrutura verde, entre outros.
Sobre o Ecoesgoto
É constituído de uma única câmara que varia de tamanho de acordo com o projeto e o volume de efluente a ser tratado. Pode ser subterrânea ou aérea, sendo que sempre deve ser acompanhada de elementos paisagísticos. Os efluentes entram pela parte superior, podendo haver uma abertura com tampa para o lixo orgânico.
O filtro é composto de camadas sucessivas que asseguram presença de oxigênio, promovem retenção de matéria orgânica, e criam habitat para a fauna do filtro. Ele retém a matéria orgânica que será digerida pelas minhocas, garantindo a permeabilidade do sistema. Na parte inferior da câmara é colocado um piso elevado que separa a matéria orgânica da água.
Depois de passar pelo vermifiltro, o efluente pré-tratado é lançado para o banhado construído, onde a parte superior fica seca, sem perigo de proliferação de mosquitos. O sistema laminar elimina o uso de brita ou areia e garante maior área de contato entre as raízes das plantas. As raízes tem papel de abrigar microrganismos e fornecerem oxigênio no sistema, garantindo uma digestão aeróbica sem cheiro. O sistema laminar é também um reservatório de água que pode ser reutilizada para fins não potáveis.

Programa de Certificação do Couro Brasileiro com Ênfase em Sustentabilidade


Programa de Certificação do Couro Brasileiro: diretrizes e cronograma apresentado




O Programa de Certificação do Couro Brasileiro com Ênfase em Sustentabilidade – uma iniciativa inovadora do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) – teve suas diretrizes apresentadas na manhã desta quinta-feira (13), para uma qualificada plateia que lotou o espaço reservado ao encontro no IBTeC, em Novo Hamburgo (RS). Na reunião, foram apresentadas as etapas do programa, seu cronograma e objetivos, inclusive com a assinatura do termo de adesão das empresas e profissionais interessados em participar da Comissão de Estudos Especial que irá discutir e colaborar na construção do programa.
O presidente executivo do CICB, José Fernando Bello, e o professor Álvaro Flores detalharam a dinâmica do programa e as próximas etapas para as mais de 60 pessoas que participaram da atividade – entre empresários de curtumes, calçadistas, indústria química, profissionais ligados ao meio acadêmico, associações e órgãos do governo. Segundo Álvaro, o modelo proposto para o programa contempla princípios, critérios e indicadores. “Os princípios constituem a referência para a produção sustentável de couros, em cada um dos pilares: econômico, ambiental e social. Os princípios de cada pilar são desdobrados em critérios, que são a expressão dos requisitos que descreve as práticas sustentáveis para a produção de couros. A verificação do cumprimento de cada critério é estabelecida mediante a avaliação do atendimento de um conjunto de indicadores específicos, que podem ser quantitativos ou qualitativos”, destacou.
A reunião desta quinta teve também a assinatura do termo de adesão à Comissão de Estudos que será instalada no âmbito da ABNT, por meio do CB-11 (o Comitê Brasileiro de Couro e Calçados). Esta comissão, chamada ABNT/CEE-208 – Comissão de Estudo Especial de Processos de Produção de Couros – Sustentabilidade, reúne, de forma voluntária, interessados em contribuir na construção do programa. O grupo recebeu um cronograma de encontros, cujo primeiro será na manhã do dia 4 de julho, com teleconferência para quem não puder estar presencialmente em Novo Hamburgo, no IBTeC, onde o evento vai ocorrer. Interessados ainda podem se inscrever para participar da comissão por meio do endereço sust...@brazilianleather.com.br.
O Programa de Certificação do Couro Brasileiro com Ênfase em Sustentabilidade
Trata-se de uma iniciativa inovadora do CICB que deve estabelecer novos parâmetros para o setor de couros do Brasil. Veja os objetivos:
•       Definir os requisitos de sustentabilidade do couro brasileiro, melhorando o processo produtivo das empresas participantes;
•       Capacitar e treinar as empresas do setor nos requisitos de sustentabilidade estabelecidos;
•       Promover as melhores práticas de produção através do alinhamento com o estado da arte em termos internacionais;
•       Garantir uma vantagem para a indústria nacional de produtos transformados que poderão transferir aos seus artigos o atributo de sustentabilidade;
•       Criar uma “marca” para o couro brasileiro;
•       Manter os mercados internacionais que já utilizam o couro brasileiro, protegendo o mercado da concorrência;
•       Fortalecer o couro brasileiro no exterior, proporcionando que as empresas possam agregar valor aos seus produtos através da utilização da certificação;
•       Evitar barreiras técnicas ou não comerciais ao couro brasileiro no mercado internacional, e o impacto negativo que estas podem trazer aos produtores nacionais e ao País;
•       Não ficar dependente de organismos internacionais, capacitando os institutos nacionais a atuar no processo de certificação.