quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Dia das Crianças no Parque do Carmo!




11/10/2012 10h01 - Atualizado em 11/10/2012 11h41

Veja sugestões para aproveitar o Dia das Crianças em SP

Cidade oferece uma seleção especial para curtir a data.
Entre os destaques está apresentação gratuita de Balé, no Ibirapuera.




Do G1 SP

Pais poderão levar filhos para ver peça interativa e gratuita no Itaú Cultural, na Avenida Paulista (Foto: Divulgação/Renato Mangolin)Pais poderão levar filhos para ver peça interativa e gratuita no Itaú Cultural, na Avenida Paulista (Foto: Divulgação/Renato Mangolin)
A cidade de São Paulo tem muitas opções para quem quer aproveitar o feriado do dia 12 de outubro com as crianças. Entre programas gratuitos e pagos, o G1 fez uma seleção de passeios ao ar livre e em locais fechados para os pais fazerem com os filhos.
Entre os destaques, estão as apresentações de dança contemporânea gratuita para crianças no Instituto Itaú Cultural, na Avenida Paulista, e também as atividades em diversos parques públicos da cidade. No Parque do Carmo, na Zona Leste, por exemplo, as crianças terão oito horas de atividades gratuitas, entre teatro, pinturas, danças, brincadeiras, contadores de histórias, apresentações musicais e atividades esportivas.
Veja abaixo opções de programação para curtir o Dia das Crianças na capital paulista.
Peças são gratuitas e acontecem às 16h no Itaú Cultural (Foto: Divulgação/Maura Carvalho)Peças são gratuitas e acontecem às 16h no Itaú
Cultural (Foto: Divulgação/Maura Carvalho)
Dança para Crianças
Entre os dias 12 e 14 de outubro, o Instituto Itaú Cultural receberá espetáculos de dança contemporâneos para crianças. O “Dança para Crianças” é gratuito e leva aos palcos historinhas coreografas por Denise Stutz e Felipe Ribeiro, da Meia Ponta Cia. de Dança e da Companhia Giz de Cena, sempre às 16h. No próprio Dia das Crianças, o espetáculo interativo “Espalha para Geral!” convida a plateia a participar da história de um menino que não sabe dançar e de uma menina que não conhece o mar. As peças são feitas com poesia, dança, música e vídeo.
Dança para Crianças
Quando: de 12 a 14 de outubro.
Horário: 16h
Onde: Sala Itaú Cultural – Instituto Itaú Cultural
Endereço: Avenida Paulista, 149.
Entrada franca (retirar ingresso com meia hora de antecedência).
Bailarinos contam a hsitória de uma terra desconhecida através da dança (Foto: Divulgação/João Mussolin)Bailarinos contam a hsitória de uma terra selvagem
através da dança (Foto: Divulgação/João Mussolin)
Balé da Cidade de São Paulo
Para os pais e filhos que gostam de teatro e dança, um bom programa para o Dia das Crianças é a apresentação do espetáculo “Terra Papagallis”, no Auditório Ibirapuera. Na peça, 15 bailarinos da companhia Balé da Cidade de São Paulo que, através da dança, contam a história de uma menina que naufraga em uma terra desconhecida e cheia de animais, como papagaios, onças e insetos. O espetáculo cheio de cores tem como objetivo manter o encantamento das crianças com a floresta e os animais brasileiros.
Terra Papagallis
Quando: de 12 a 14 de outubro
Horário: 16h
Onde: Auditório Ibirapuera
Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n, (Portão 2 do Parque do Ibirapuera)
Entrada franca (distribuição de ingressos uma hora e meia antes da apresentação)
Parque na Zona Leste terá apresentações musicais e aulas de circo (Foto: Divulgação)Parque na Zona Leste terá apresentações
musicais e aulas de circo (Foto: Divulgação)
Dia das Crianças no Parque
O Parque do Carmo, na Zona Leste, vai aproveitar o feriado para comemorar o Dia das Crianças com um evento especial. Ao todo, serão oito horas de atividades gratuitas, entre teatro, pinturas, danças, brincadeiras, contadores de histórias, apresentações musicais e esportes. Uma série de brinquedos infláveis vão estar espalhados pelo parque, bem como oficinas ecológicas e espaços de aulas de circo. Durante a tarde, o evento ainda vai contar com um show de cachorros da Turma do Agility.
Dia das Crianças no Parque 
Quando: 12 de outubro
Horário: das 9h às 17h
Onde: Parque do Carmo
Endereço: Av. Afonso Sampaio e Souza, 951, Itaquera
Entrada Franca
Memorial da América Latina vai sediar parque no final de semana (Foto: Douglas Cometti/Folhapress)Memorial da América Latina vai sediar parque no
fim de semana (Foto: Douglas Cometti/Folhapress)
1º Parque da Criança no Memorial
A Fundação Memorial da América Latina recebe nos dias 12, 13 e 14 de outubro o 1º Parque da Criança, que deve reviver programas infantis antigos, como o festival da Criança, feito no Playcenter. Nos três dias de programação, o evento contará com a apresentação de 18 peças teatrais, como “Cocoricó – O Musical”, “O Mágico de Oz”, “A Pequena Sereia”, um parque com brinquedos infláveis, brinquedoteca, oficinas artísticas, apresentação de filmes e animações, entre outras atividades.
1º Parque da CriançaQuando: de 12 a 14 de outubro
Horário: das 11h às 20h
Onde: Memorial da América Latina
Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda
Ingressos: R$ 58 (inteira) / R$ 29 (meia) (vendas no site do Ingresso Rápido)
Parque terá apresentações musical e de kung fu nesta sexta-feira (Foto: G1)Parque terá apresentações musical e de Kung-Fu
nesta sexta-feira (Foto: G1)
Dia das Crianças no Parque Linear Tiquatira
Também na Zona Leste, as crianças vão poder aproveitar a programação especial do Parque Linear Tiquatira, na Penha, durante a sexta-feira. As atividades vão desde oficina de reciclagem, até apresentação de música instrumental dançante e exibição artística de Kung-Fu. Há também uma feira de artesanato, uma pista de skate e de bicicross, e ciclofaixa para que os pais possam aproveitar o dia ao ar livre com os filhos.
Dia das Crianças no Parque Linear Tiquatira
Quando: 12 de outubro
Horário: a partir das 9h30
Onde: Praça de Eventos do Parque Linear Tiquatira
Endereço: Avenida Governador Carvalho Pinto, s/n, Penha
Entrada Franca
Boom Kids Festival
A casa de shows Via Funchal, na Vila Olímpia, vai sediar o Boom Kids Festival, um evento com brinquedos e apresentações voltadas para o público infantil. As crianças terão direito a Pula-pula, malabares, pinturas, balões e comidinhas diversas. Além disso, as atrações incluem um show da Turma da Mônica, a apresentação do espetáculo “A Aventura dos Piratas”, com os integrantes do Lazy Town, e a cantora Giovanna Vampesi. O evento contará também com a participação de uma trupe circense que animará os participantes na recepção do público e durante os intervalos dos shows.
Boom Kids Festival
Quando: 12 de outubro
Horário: a partir das 15h30
Onde: Via Funchal
Endereço: R. Funchal, 65, Vila Olímpia
Ingressos: de R$ 80 a R$ 170 (bilheteria no local ou pelo site da casa de shows)
Crianças poderão descobrir histórias do Sítio em dia interativo (Foto: Divulgação/ Espaço Temático)Crianças poderão descobrir histórias do Sítio em
dia interativo (Foto: Divulgação/ Espaço Temático)
Sítio do Pica Pau Amarelo, Mairiporã
Durante o dia todo, os visitantes poderão acompanhar os personagens do conto infantil em atividades realizadas nas bases temáticas que recriam os ambientes originais da obra. A programação especial contará ainda com oficinas lúdicas de jardinagem, culinária, reciclagem e construção de pipas, com a participação da Emília, Narizinho, Pedrinho e seus amigos. No espaço são recriados os cenários da Gruta da Cuca, da Casa da Dona Benta, do Laboratório do Visconde, da Cabana do Tio Barnabé e do Reino das Águas Claras.
Sítio do Pica Pau Amarelo, Mairiporã
Quando: 12 de outubro
Horário: das 9h30 às 17h
Onde: Espaço Temático Sítio do Picapau Amarelo
Endereço: Estrada Armando Barbosa de Almeida, 8035 – Caceia, Mairiporã
Ingressos: Adultos - R$ 110,00 Crianças - R$ 95,00

Espaço vai ter oficinas e atrações especiais para Dia das Crianças (Foto: Divulgação/SP Diversões)Espaço vai ter oficinas e atrações especiais para
Dia das Crianças (Foto: Divulgação/SP Diversões)
SP Diversões
De 12 a 14 de outubro, o SP Diversões, na Zona Oeste da capital, preparou uma programação especial para tornar a comemoração do Dia das Crianças mais animada. A principal atração é o chamado Cine Action 6D, uma cabine de cinema que promete exibições de filmes em seis dimensões. Oficinas de escultura de balões, pintura de rosto e sorteio de brindes especiais também fazem parte da programação. O espaço também tem 18 pistas de bolice, pista de kart e mais de 150 opções de brinquedos e jogos eletrônicos. Para os menores, há os tradicionais carrossel e a mini montanha russa.
SP Diversões
Quando: de 12 a 14 de outubro
Horário: Das 12h às 4h
Onde: SP Diversões
Endereço: Rua Santa Rosa Junior, 189, Butantã
Ingressos: Entrada gratuita até as 18h; depois, R$ 4.
parque_ibirapuera (Foto: Divulgação/SVMA)Parque vai ter programação para Dia das Crianças
(Foto: Divulgação/SVMA)
Parque do Ibirapuera
No Dia das Crianças, os pequenos poderão participar de oficinas de reciclagem e do lançamento do programa Meu Prato Saudável, que vai acontecer no Parque do Ibirapuera, das 9h às 17h. O evento vai ter avaliação nutricional, distribuição de cartilhas, realização de jogos e dinâmicas com atores mirins e personagens da Turma da Mônica. Já os pais contarão com avaliação nutricional para adultos, além de exames grátis e atividades para interagir com os filhos.

Meu Prato Saudável

Quando: 12 de outubro
Horário: Das 9h às 17h
Onde: Parque do Ibirapuera
Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n
Entrada franca
Museu da Língua Portuguesa está entre os mais visitados da América Latina 2 (Foto: Divulgação / Museu da Língua Portuguesa)Museu terá programação especial neste Dia das
Crianças (Foto: Divulgação / Museu da Língua
Portuguesa)
Museu da Língua PortuguesaAs crianças que forem ao museu, que fica na Praça da Luz, nesta sexta-feira, poderão participar de oficinas que prometem potencializar e estimular a criatividade delas. Os pequenos poderão descobrir as origens das palavras e curiosidades sobre elas. Os ingressos custam R$ 6 e dão direito também à visita ao acervo. A oficina "Palavras Animais" também acontecerá no sábado e no domingo.

Museu da Língua Portuguesa
Quando: 12, 13 e 14 de outubro
Horário: Das 10h às 18h
Onde: Praça da Luz, Centro
Entrada: R$ 6 - aos sábados, a entrada é gratuita
Museu terá jogos educativos e oficinas para os pequenos (Foto: Divulgação/Museu do Futebol)Museu terá jogos educativos e oficinas para os
pequenos (Foto: Divulgação/Museu do Futebol)
Museu do Futebol
O Museu do Futebol preparou ações especiais para comemorar o Dia das Crianças. Para receber o público mirim e também os adultos, o Museu oferecerá jogos educativos relacionados ao tema futebol e também oficinas de futebol de mesa. na brincadeira “Qual Jogador Sou Eu?”, o visitante é convidado a testar sua memória sobre jogadores, goleiros e treinadores que fizeram e ainda fazem a história do futebol nacional.

Dia das Crianças no Museu do Futebol

Quando: 12, 13 e 14 de outubro
Onde: Museu do Futebol
Endereço: Praça Charles Miller, s/n
Ingressos: R$ 6 (inteira) /R$ 3 (meia)
Programação: dias 12, 13 e 14 de outubro - Jogos educativos: das 11h às 12h30 e das 14h às 15h30 / dias 12 e 13 de outubro - Oficinas de futebol de botão: das 9h às 12h e das 13h às 16h
Sesc Pompeia
A programação para o Dia das Crianças no Sesc Pompeia acontece nos dias 12, 13 e 14 de outubro, com atividade do grupo acrobático Fratelli, as estripulias do palhaço Gil Caetano, da Cia Estripulias Imagináveis e do mágico Julyano Kampos, com seu show “Mágicas de Pertinho”. As atrações são gratuitas.
SESC Pompeia
Quando: 12, 13 e 14 de outubro
Horário: variados
Onde: Sesc Pompeia
Endereço: Rua Clélia, 93
Entrada franca
- Acrobático Fratelli - Bichos Muito Loucos / Nas passarelas e paredes do Conjunto Esportivo e Deck, às 17h30
- Mágicas de Pertinho / Área de Convivência, às 11h; 13h30; 16h
- Estripulias Imagináveis / Área de Convivência, Rua Central e Deck, às 10h; 12h30; 15h
Palavra Cantada E Osesp - Concertos a preços populares
Em uma parceria inédita, a Osesp e a Palavra Cantada apresentam uma programação especial para a Semana das Crianças. São quatro concertos a preços populares, com a participação dos sopros (madeiras e metais), harpa e percussão da Orquestra, além do Coro Infantil da Osesp e do Coral Infantil da Palavra Cantada.
Palavra Cantada E Osesp
Quando: 12 e 13 de outubro
Horário: às 11h e às 16h30
Onde: Sala São Paulo
Endereço: Rua Júlio Prestes, 16
Ingressos: R$ 15 (aposentados, pessoas acima de 60 anos, estudantes e professores da rede pública têm 50% de desconto, mediante comprovação)
Galinha Pintadinha
Para celebrar o Dia das Crianças, todas as apresentações da Galinha Pintadinha em outubro terão valores promocionais a partir de R$ 50. No dia 12 de outubro, haverá sessões especiais às 15h e 17h. As apresentações acontecem no Teatro das Artes.
Galinha Pintadinha
Quando: até 25 de novembro (Dia 12 de outubro haverá sessão especial – 15h e 17h)
Horários: sábado e domingo, às 15h e às 17h
Onde: Teatro das Artes – Shopping Eldorado
Endereço: Avenida Rebouças, 3970 – 3º piso
Preço promocional em outubro: a partir de R$ 50
Shows de Mágica no Catavento Cultural e Educacional
O mágico Edoo realiza espetáculo cheio de humor e diversão no auditório do Catavento Cultural nos dias 12, 13 e 14 de outubro. Serão duas apresentações diárias, uma às 14h e outra às 16h.
Shows de Mágica no Catavento Cultural e Educacional
Quando: 12, 13 e 14 de outubro
Horários: às 14h e às 16h
Onde: Palácio das Indústrias
Endereço: Praça Cívica Ulisses Guimarães, s/no (Av. Mercúrio), Parque Dom Pedro II
Entrada: show – gratuito / Museu R$ 6 e meia-entrada para estudantes, idosos e portadores de deficiência
Maratona Infantil no MIS - Museu da Imagem e do Som
Quando: 14 de outubro
Horário: das 10h às 17h30
Onde: Área externa do MIS, Auditório LABMIS, Auditório MIS e Espaço Expositivo
Endereço: Avenida Europa, 158 – Pinheiros
Entrada franca
Programação
- 10h às 17h: Intervenções circenses
- 10h às 11h, 13h às 14h e 15h às 16h: Oficina "Detalhe Fotográfico"
- 10h às 11h e 14h às 15h: Contação de histórias
- 11h às 12h e 14h às 15h: Espetáculo "Poemas para brincar"
- 12h às 13h e 15h às 16h: Espetáculo "Esperando Gordô"
- 16h30 às 17h30: Espetáculo "Chapeuzinho Vermelho"
Folclore e cultura popular na Casa das Rosas
Quando: 13 de outubro
Horário: 14h (A Moça de Bambuluá); 15h30 (Sarauzinho da Casa)
Onde: Casa das Rosas
Endereço: Avenida Paulista, 37 - Bela Vista
Entrada franca
Dia das Crianças no Museu da Casa Brasileira
Quando: 12 de outubro
Horários: 11h (Show: Brasileirinhos 2); 14h30 (Oficina: Bicho de fantoche, brincadeira de bicho)
Onde: Museu da Casa Brasileira
Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2705, Jardim Paulistano
Entrada franca
Circo Zanni
Quando: a partir de 12 de outubro (estreia às 17h)
Horários: sexta-feira, às 20h30; sábado, às 17h e 20h30; domingo, às 17h e 19h30
Onde: Memorial da América Latina
Endereço: Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664
Bilheteria no próprio local, aberta 2h antes do início de cada espetáculo
Ingressos: sexta-feira – R$ 15 (preço único); sábado, domingo e feriado – R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) 

COP-11: Brasil levará à Convenção de Hyderabad proposta em favor de um esforço coletivo entre os 193 países-membros na captação de recursos em defesa da biodiversidade







Pursuant to decision X/46, the eleventh meeting of the Conference of the Parties (COP 11) will be held in Hyderabad, India, from 8 to 19 October 2012.





COP 11 will include a high-level ministerial segment organized by the host country in consultation with the Secretariat and the Bureau. The high‑level segment will take place from 17 to 19 October 2012. More »



This meeting will take place during the United Nations Decade on Biodiversity (UNDB) as declared by the United Nations General Assembly through Resolution 65/161. The United Nations Decade on Biodiversity will serve to support and promote implementation of the objectives of the Strategic Plan for Biodiversity and the Aichi Biodiversity Targets.





Its goal is to mainstream biodiversity at different levels. Throughout the United Nations Decade on Biodiversity, governments are encouraged to develop, implement and communicate the results of national strategies for implementation of the Strategic Plan for Biodiversity.




Rumo à Índia


http://www.mma.gov.br/informma/item/8620-rumo-%C3%A0-%C3%ADndia

Sexta, 24 Agosto 2012 19:13 Última modificação em Terça, 28 Agosto 2012 19:05



Brasil levará à Convenção de Hyderabad proposta em favor de um esforço coletivo entre os 193 países-membros na captação de recursos em defesa da biodiversidade.



Luciene de Assis



A Convenção sobre Diversidade Biológica reúne 193 países, que estarão representados na 11ª Conferência das Partes, a COP-11, na cidade de Hyderabad, na Índia, durante a primeira quinzena de outubro. O Brasil pertence a este grupo e apresentará propostas bem definidas, no que se refere à conservação dos seus recursos naturais. Desenvolverá uma estratégia tendo por base os recursos que já investiu e o que está mobilizado em biodiversidade, no momento, estabelecendo uma estimativa, dentro do grau de confiança possível, para o que será necessário ao alcance das Metas de Aichi.



Para o secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Cavalcanti, o Brasil irá dialogar com os outros países-membros da Convenção com o objetivo de obter o máximo de investimentos, num esforço coletivo, para mobilizar os recursos necessários. O fato de o Congresso Nacional brasileiro estar analisando o pedido do Poder Executivo para ratificar o Protocolo de Nagoia, no qual se inserem as 20 Metas de Aichi, é o fator positivo para o país.



A preocupação do governo é avançar na concretização das 20 metas nacionais, ainda em construção, a partir da colaboração de vários setores da sociedade civil organizada e da elaboração do plano de ação governamental. Em entrevista ao Portal MMA, o secretário esclarece: “Estamos no estágio inicial, mas indispensável, de elaboração de uma árvore de problemas e soluções, com o mapeamento, para a realidade brasileira, de onde estão os pontos de estrangulamento e de oportunidades para que as metas sejam efetivamente atingidas”.





PORTAL MMA - O que é a COP-11 e que relação ela tem com as Metas de Aichi?



ROBERTO CAVALCANTI - A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) definiu, por meio do seu artigo 23, que uma Conferência das Partes (COP) seria estabelecida para a convenção. Até o momento, já foram realizadas dez COPs, sendo a última em Nagoia, Japão, em outubro de 2010. A COP-11 se refere, portanto, à décima primeira reunião da Conferência das Partes da CDB e será realizada em Hyderabad, na Índia, de 8 a 19 de outubro de 2012. Durante o evento, os países deverão apresentar, entre outros, os avanços obtidos em relação às 20 Metas de Aichi, aprovadas na COP-10, em Nagoia, no Japão. As Metas integram o Plano Estratégico de Biodiversidade 2011-2020, da Convenção sobre Diversidade Biológica. Na COP-11, os 193 países-parte deverão explorar as melhoras formas de mobilizar os recursos financeiros para a implantação do Plano Estratégico de Biodiversidade, particularmente no que tange à implantação das Metas de Aichi.



Qual a expectativa em relação à COP-11?



A Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica visa, fundamentalmente, implantar a convenção. Essa tem sido a grande prioridade dada pelo novo secretário da CDB, o brasileiro Bráulio Dias. Além de verificar a situação relativa à ratificação do Protocolo de Nagoia nos diferentes países e de avaliar os progressos relacionados à criação das metas nacionais e estabelecimento das estratégias e planos de ação para a implementação das metas, a COP-11 tratará, como prioridade, as negociações que dizem respeito à mobilização de recursos financeiros para a efetiva implantação das metas nacionais, que incluem ações de capacitação, comunicação, educação, percepção pública, transferência de tecnologia e cooperação. Discutirá, também, entre outros temas, a revisão do Programa de Trabalho de Biodiversidade de Ilhas; conhecimentos tradicionais; restauração de ecossistemas; biodiversidade marinha e costeira; situação da biodiversidade em relação às mudanças climáticas; biodiversidade de águas interiores; uso sustentável da biodiversidade; espécies exóticas invasoras; e agrobiodiversidade, temas são de elevada prioridade para o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e para o país.



O que o Brasil pretende apresentar na COP-11?



Os avanços logrados em relação à ratificação do Protocolo de Nagoia sobre Acesso a Recursos Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Derivados da sua Utilização. Após oito anos de intensas negociações, o Protocolo de Nagoia foi aprovado durante a COP-10. Esse documento representa a conclusão bem-sucedida de um longo processo negociador, desencadeado em Johanesburgo, na África do Sul, em 2002, por ocasião da Rio+10. Foi aí que se iniciaram as discussões visando a construção de um Regime Internacional de Acesso e Repartição de Benefícios. Esse acordo representa um avanço histórico e tem importância estratégica para a implantação da Convenção sobre Diversidade Biológica. O Brasil desempenhou papel decisivo para o avanço das negociações e a aprovação desse documento, que foi aberto para assinaturas na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, no dia 2 de fevereiro de 2011. E o Brasil foi um dos primeiros países a assinar o Protocolo, demonstrando a disposição do país de implantar o acordo. Nesse contexto, o país comunicará, na Índia, que a presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso Nacional, em 5 de junho deste ano, mensagem para sua ratificação.



Qual é a expectativa sobre as metas do plano estratégico para biodiversidade?



Na Índia, o Brasil anunciará, em relação ao Plano Estratégico de Biodiversidade 2011–2020 e às Metas de Aichi, que o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), WWF-Brasil e o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), conduziu a iniciativa Diálogos sobre Biodiversidade: construindo a estratégia brasileira para 2020, que gerou, de forma participativa, um documento relativo às metas nacionais. Esses diálogos envolveram consultas presenciais aos diversos segmentos da sociedade: governos federal e estaduais; organizações não-governamentais; povos indígenas e comunidades tradicionais; setor empresarial; e setor acadêmico-científico. Além de o documento ter sido submetido à consulta pública, foi, ainda, amplamente debatido no âmbito da Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio). Portanto, o Brasil pretende apresentar o resultado de todo esse trabalho na COP-11. Além disso, a delegação brasileira informará que o MMA, em parceria com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), deu início à construção do Plano de Ação para a Implantação da Estratégia Nacional de Biodiversidade.



O que são as Metas de Aichi?



No processo de elaboração do novo Plano Estratégico de Biodiversidade 2011–2020, o Secretariado da Convenção propôs que se estabelecesse um novo conjunto de metas, na forma de objetivos de longo prazo, que foram materializados em 20 proposições, todas voltadas à redução da perda da biodiversidade em âmbito mundial. Denominadas de Metas de Aichi para a Biodiversidade, elas estão organizadas em cinco grandes objetivos estratégicos: tratar das causas fundamentais de perda de biodiversidade, fazendo com que as preocupações com a biodiversidade permeiem governo e sociedade; reduzir as pressões diretas sobre a biodiversidade e promover o uso sustentável; melhorar a situação da biodiversidade, protegendo ecossistemas, espécies e diversidade genética; aumentar os benefícios de biodiversidade e serviços ecossistêmicos para todos; e aumentar a implantação, por meio de planejamento participativo, da gestão de conhecimento e capacitação. O Brasil teve um papel decisivo na definição e aprovação das Metas de Aichi e, agora, pretende exercer, com responsabilidade e eficiência, um papel de liderança na sua implantação.



Quando as metas foram estabelecidas?



Durante a 10ª Conferência das Partes da CDB, realizada em Nagoia. Foi aprovado, na ocasião, o Plano Estratégico de Biodiversidade para o período 2011 a 2020. Contempla 20 metas, acordadas entre os países-parte que integram a CDB, ou seja, 193 países e a União Europeia. As Partes da CDB concordaram em trabalhar juntas para implementar as 20 metas até 2020. Um primeiro conjunto de objetivos foi estabelecido para período 2002-2010 e um plano estratégico foi criado para orientar a implementação das metas, tanto em nível global, nacional ou regional.



Por que é interessante para o Brasil adotar essas metas?



O Brasil, mesmo com os avanços alcançados na conservação de sua biodiversidade, por ser considerado o país que mais contribuiu, nas últimas décadas, para ampliação da rede de áreas protegidas no mundo, enfrenta uma série de obstáculos para que essa rede funcione plenamente. Deve-se reconhecer, obviamente, que esse é um problema global. E o plano estratégico prevê a significativa redução das atuais taxas de perda de biodiversidade, tanto no âmbito global quanto nas esferas regional e nacional. Vale ressaltar que persiste o declínio de genes, espécies e ecossistemas, uma vez que as pressões sobre a biodiversidade se mantêm inalteradas ou aumentam de intensidade, em grande parte como consequência das ações do homem (antrópicas).



Isso significa que o Brasil está deixando de fazer o dever de casa?



Mesmo com maior compreensão das ligações existentes entre a biodiversidade, os serviços ecossistêmicos e o bem-estar humano, o valor da biodiversidade ainda não se reflete amplamente nas políticas públicas e nos sistemas de incentivos. O Brasil é considerado o país da maior biodiversidade do planeta. Estima-se que, das espécies existentes, o Brasil detenha, pelo menos, 20% do total mundial, bem como 30% das florestas tropicais do mundo. Entretanto, a biodiversidade ainda não tem sido tratada com a ênfase necessária nas estratégias de desenvolvimento, e isso leva à perda gradual de um diferencial importante para o país. E a elaboração do Plano Estratégico de Biodiversidade 2011–2020 para o país e a implementação e internalização das Metas de Aichi são fundamentais para a inclusão definitiva da biodiversidade no contexto nacional e nas estratégias de desenvolvimento do país. As metas são importantes instrumentos orientadores que facilitarão o resgate, pelo país, dos compromissos assumidos em âmbito internacional, bem como para orientar e avaliar a efetividade das ações relacionadas à conservação da biodiversidade e conduzidas no território brasileiro. São, sem dúvida, ambiciosas, o que traz uma preocupação com sua factibilidade. Entretanto, a experiência anterior será fundamental para o sucesso da sua implementação no país. A participação da sociedade brasileira, além de dar legitimidade a esse processo, será fundamental para o êxito dessa empreitada.



O Brasil já ratificou o acordo?



De acordo com o artigo 34 da CDB, os protocolos aprovados no âmbito da convenção estão sujeitos à ratificação, aceitação ou aprovação pelos estados. Os instrumentos de ratificação, aceitação ou aprovação devem ser depositados na Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque. Nesse contexto, o acordo que, atualmente, depende de ratificação do país no âmbito da CDB é o Protocolo de Nagoia sobre Acesso a Recursos Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Derivados da sua Utilização, em análise pelo Congresso Nacional. No que diz respeito ao Plano Estratégico de Biodiversidade 2011–2020, que inclui as Metas de Aichi, este não depende de ratificação do país, já que se refere apenas a uma decisão tomada no âmbito das Partes da Convenção, durante a 10ª Conferência das Partes da CDB. O Brasil, sendo uma das partes contratantes da CDB, integra as Conferências das Partes e, consequentemente, participa de cada decisão tomada.



Já existe uma proposta brasileira para adequar essas metas à realidade nacional?



A partir da aprovação do Plano Estratégico de Biodiversidade 2011 – 2020, que contempla as Metas de Aichi, o Brasil, por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), deu início ao processo de internalização e de definição das metas nacionais. Para tanto, o MMA organizou uma parceria com a UICN, a WWF-Brasil e o Instituto IPÊ, e criou a iniciativa Diálogos sobre Biodiversidade: construindo a estratégia brasileira para 2020. Esse processo de diálogo envolveu consultas presenciais aos diversos segmentos da sociedade e com o setor governamental. Como resultado dessa iniciativa, foram realizados, entre abril de 2011 e maio de 2012, 12 eventos nacionais, com o envolvimento de mais de 280 instituições e 400 participantes. Um conjunto de documentos foram gerados a partir desse processo. Com base nesses documentos foi realizada uma consulta pública virtual, que ampliou ainda mais a participação da sociedade. Trata-se da maior consulta conduzida por um país para a construção de metas nacionais de biodiversidade, um processo excepcional de consenso intersetorial, que oferece ao Governo brasileiro um conjunto de 20 metas nacionais a serem alcançadas até 2020. O resultado mostra o grande comprometimento e a boa-vontade de todos os setores da sociedade em concatenar ideias, abrir mão de interesses individuais e se colocar à disposição para assegurar uma década promissora para a biodiversidade no Brasil. Os resultados desse trabalho estão, agora, sendo analisados pela Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio).



Há prazo para a implantação das metas?



Não existe prazo específico, mas vale ressaltar que, em Nagoia, o Brasil assumiu o compromisso de implementar essas metas até 2020. Assim, e considerando que o prazo é bastante exíguo, o país deve priorizar ao máximo a tomada de decisões relacionadas à implantação das metas. Caso contrário, correremos o risco de não implementá-las no tempo devido.



Como é possível controlar as perdas da biodiversidade no Brasil?



As perdas de biodiversidade decorrem, basicamente, da fragmentação dos ecossistemas; da presença de espécies exóticas invasoras; da sobreexplotação [tirar proveito econômico de determinada área, sobretudo quanto aos recursos naturais nela existentes, provocando o esgotamento desse recurso]; e das mudanças climáticas. Um dos importantes avanços para a redução das atuais taxas de perda de biodiversidade diz respeito à integração das políticas e ações conduzidas no âmbito dos governos federal e estaduais. No que se refere à Mata Atlântica, por exemplo, é necessário efetivar a Lei da Mata Atlântica. No que tange ao bioma Cerrado, há necessidade de integrar as políticas públicas referentes ao Plano de Combate ao Desmatamento, a exemplo do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento (PPCDAm), estabelecido para Amazônia, promovendo, nos últimos anos, uma acelerada queda no desmatamento da região. Na Caatinga, precisa-se de maior atuação nos diferentes setores da cadeia produtiva que se utilizam de recursos da biodiversidade. Para essa finalidade específica, são utilizados recursos financeiros do Fundo Sócio-Ambiental da Caixa Econômica Federal.



Essas ações são suficientes?



O combate às perdas de biodiversidade envolve uma série de ações que implicam na integração e articulação com os diversos setores da sociedade. Entre estes podem ser citados a utilização de um modelo sustentável de uso da terra; adoção de um modelo de produção e consumo sustentáveis; eliminação da exploração insustentável da biodiversidade nativa; manutenção da integridade dos ecossistemas, controlando o desmatamento, a desertificação, os incêndios florestais, a poluição e a descaracterização de ecossistemas aquáticos; aumento do conhecimento, fiscalização, controle e monitoramento de espécies exóticas invasoras; aumento da valorização da agrobiodiversidade e da sociobiodiversidade; e disseminação dos valores da biodiversidade e promoção do seu uso, como forma de melhorar a conservação e uso sustentável.



Como se pode definir a biodiversidade?



Biodiversidade é um conceito relativamente recente, que ganhou caráter oficial com a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada em 1992 no Rio de janeiro, quando as nações reconheceram a gravidade da crise ambiental e como ela poderia afetar os principais desafios de desenvolvimento do planeta. Nessa oportunidade, foram firmados vários acordos, com destaque para a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). A CDB definiu que “diversidade biológica significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos, e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo, ainda, a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.



O que pode acontecer se não preservarmos a diversidade biológica do país?



A diversidade biológica tem sido reconhecida como fundamental para assegurar a sobrevivência do homem e para a manutenção do equilíbrio ecológico, a exemplo da regulação do clima e da proteção do solo contra erosão. Podemos, inclusive, citar a importância da biodiversidade para a agricultura, a pecuária, a saúde. Não existe agricultura se não houver agentes de controle biológico (inimigos naturais de pragas) e organismos para garantir a fertilidade do solo. Se não existir um mínimo de conservação, a agricultura deixa de existir. Aqui, no Brasil, existem muitas paisagens degradadas que perderam sua função. Por exemplo, no Vale do Paraíba, nos séculos XIX e XX, existiam grandes plantações de café. O solo, porém, perdeu-se em decorrência da erosão, foi deslocado para os rios, que tiveram sua capacidade comprometida. Temos muitos exemplos de produção predatória, com perdas significativas da cobertura vegetal. Os diferentes elementos da biodiversidade interagem entre si, formando uma complexa rede de interações, a qual se inter-relaciona e é interdependente. Há uma relação íntima entre a floresta e a água. As árvores funcionam como esponjas que abastecem as reservas subterrâneas. A carga de água dos rios está relacionada à existência de florestas e pode ficar seriamente comprometida se continuarmos no processo de devastação das áreas verdes do planeta. A eliminação das florestas favorece o acúmulo de gases de efeito estufa. O solo, as águas, as florestas, os oceanos, a fauna, a flora e as paisagens são recursos naturais insubstituíveis e vitais, que interessa preservar e transmitir às gerações futuras, não só pelo seu valor produtivo (fornecimento de alimentos, medicamentos, materiais de construção, combustível, fibra, entre outros), como também pelos seus valores culturais, educacionais, estéticos e turísticos. Para muitos povos, a natureza assume ainda grande simbolismo, sendo palco de rituais e tradições. A destruição da biodiversidade em escala global significa alterar as condições para a qual a própria natureza evoluiu. A conservação da diversidade biológica é essencial à manutenção da vida no planeta e à melhoria da qualidade de vida das populações.



A preservação da biodiversidade tem relação com o desenvolvimento do país e com o grau de pobreza da população?



A diversidade biológica tem forte relação com a sociodiversidade, com a diversidade de sociedades e de culturas e suas formas únicas de interação e interdependência com os elementos da biodiversidade. Além de moldarem a biodiversidade, e serem moldados por ela, os seres humanos fazem parte dos processos evolutivos. A diversidade de espécies, genes e ecossistemas, a abundância de animais e plantas, a extensão de ecossistemas, a exemplo das florestas e recifes de corais vivos, são componentes críticos do capital natural, que é a base da nossa economia. Os resultados da conservação e promoção do uso sustentável da biodiversidade são revertidos em benefícios econômicos, sociais e ambientais. O desenvolvimento do país e a redução da pobreza dependem da manutenção do fluxo de benefício dos ecossistemas e da proteção do meio ambiente, fundamentado em uma economia sólida, que inclua seu reconhecimento explícito, a alocação eficiente e a distribuição justa dos custos e dos benefícios da conservação e do uso sustentável dos recursos naturais. Os atributos relativos à quantidade, tanto quanto à qualidade da biodiversidade, são importantes quando se considera as relações entre a natureza, a atividade econômica e o bem estar humano. O investimento no capital natural pode criar e resguardar empregos e sustentar o desenvolvimento econômico e assegurar possibilidades econômicas inexploradas, a partir de processos naturais e recursos genéticos. Em relação à pobreza, vale enfatizar que famílias mais pobres, especialmente as que vivem em áreas rurais, enfrentam perdas desproporcionais decorrentes da degradação do capital natural devido à sua elevada dependência de serviços ecossistêmicos proporcionados pela biodiversidade. A conservação da biodiversidade e a gestão sustentável dos ecossistemas são elementos-chave em estratégias que visam a eliminação da pobreza, bem como devem servir de metas para políticas de redução da pobreza.



A iniciativa privada também pode colaborar com a implantação das metas? De que forma?



O plano estratégico e os planos de ação para implementar as metas nacionais deverão ser conduzidos, nos próximos anos, de modo que o Brasil responda pelos compromissos assumidos na esfera internacional, cuidando para que essas ações não percam força e credibilidade. Para tanto, as estratégias nacionais, a comunicação do plano e a definição dos meios para atingi-los devem incluir os diversos atores sociais. Diferentemente das metas para 2010, o atual plano estratégico define uma estratégia que visa influenciar e envolver todos os setores que geram impactos à biodiversidade. Um dos objetivos estratégicos prevê incorporar a valoração da biodiversidade nas contas nacionais. Atualmente, não se quantificam as perdas da biodiversidade na realização de obras, os chamados impactos socioambientais. Espera-se que as empresas internalizem a valoração da biodiversidade e as políticas de governo para que as metas sejam efetivadas. Verifica-se, hoje, muitos prejuízos ambientais causados por empresas, sem que isto seja de alguma forma compensado. A iniciativa privada deve incorporar o alcance das metas em seu plano diretor, visando não apenas a geração de produtos e serviços, mas também a proteção e o manejo sustentável da biodiversidade.







IX JORNADA LUSO-BRASILEIRA DE DIREITO DO AMBIENTE DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA ECONOMIA VERDE





Nos dias 29, 30 e 31 outubro de 2012 ocorrerá, no Salão Nobre do Prédio Histórico, da Faculdade de Direito da USP, a IX Jornada Luso Brasileira de Direito do Ambiente - Desafios Contemporâneos para Implementação da Economia Verde. O evento será gratuito e contará com a presença de juristas internacionais.

O GEAMA - Grupo de Estudos Aplicados ao Meio Ambiente, do Departamento de Direito Civil da Faculdade de Direito da USP e o ILDA – Instituto Lusíada para o Direito do Ambiente, em parceria com as seguintes instituições: Escola Paulista da Magistratura, Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, Instituto O Direito por um Planeta Verde e Procuradoria Geral do Estado, promovem essa Jornada Internacional.
O evento contará com pesquisadores europeus e brasileiros, que discutirão assuntos relevantes no que se refere à proteção do meio ambiente.
Serão abordados os seguintes temas: Estratégias para resíduos sólidos; Cidades sustentáveis e seus desafios; Economia verde e seus mecanismos (abordagem dos tributos ambientais e pagamento por serviços ambientais); Mudanças climáticas e seus impactos nas atividades econômicas; Água e energia no contexto da economia verde; Mecanismos legais no contexto da economia verde: Responsabilidades penal e civil.


Endereço: Largo São Francisco, 95, São Paulo, SP.


Para inscrição para apresentação de teses e participação no evento, favor enviar e-mail exclusivamente para: comunicacao@iee.usp.br





Furnas entra para A3P

Quarta, 03 Outubro 2012 16:00 Última modificação em Segunda, 08 Outubro 2012 16:21


http://www.mma.gov.br/informma/item/8731-furnas-entra-para-a3p
Empresa passa por processo de modernização que inclui pesquisas sobre energias alternativas – eólica, solar e das ondas do mar



Letícia Verdi



Nesta quarta-feira (03/10), a empresa de economia mista Eletrobras Furnas assinou termo de adesão à Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. “A adesão é um sinal do setor elétrico de que a questão ambiental não passa só pelo licenciamento”, afirmou a ministra Izabella Teixeira durante a assinatura. “A A3P faz parte de uma cultura de modernização da gestão”, disse.



Segundo análise do Tribunal de Contas da União (TCU), é possível alcançar uma economia anual de R$ 240 milhões, apenas com eletricidade, por meio das ações da A3P implementadas na administração federal. A Agenda conta atualmente com 161 parceiros.



“Estamos fazendo uma mudança profunda na empresa, o que inclui pesquisas em energia eólica, solar e das ondas do mar”, disse o presidente de Furnas, Flavio Decat. “Sustentabilidade e transparência estão nas nossas prioridades”. Segundo ele, os funcionários Furnas receberão em breve coletores seletivos de lixo para começar a incorporar o novo comportamento em casa.



Ao assinar o termo de adesão, Furnas se compromete a reduzir o consumo de energia elétrica, água e papel em suas instalações; combater desperdícios; fazer uma gestão adequada dos resíduos sólidos; e adotar uma política de aquisição de bens e contratação de serviços com critérios de sustentabilidade.



Mesmo antes de ter a adesão formalizada, a estatal enviou três projetos para concorrer ao IV Prêmio da A3P, que encerrou as inscrições nesta terça-feira (02/10). Um dos projetos trata do recolhimento de lixo com barcaças movidas a hidrogênio nas cidades em torno ao Lago de Furnas, que tem 1.440 m² e é conhecido como “Mar de Minas”.



O QUE É



A Eletrobras Furnas é uma empresa de geração e transmissão de energia, de economia mista, subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Possui um complexo de empreendimentos responsável por 10% da geração de energia elétrica do país. São 15 usinas hidrelétricas, duas termelétricas, aproximadamente 20 mil km de linhas de transmissão e 52 subestações. De toda a energia consumida no Brasil, mais de 40% passam pelo Sistema Eletrobras Furnas.



A A3P é uma ação prioritária do Projeto Esplanada Sustentável, criado pela Portaria Interministerial nº 244, de 6 de junho de 2012, que tem como objetivo integrar ações que promovam ao uso racional dos recursos públicos e a inserção da variável socioambiental no ambiente de trabalho. É também um dos programas de referência para a implementação do Decreto Nº 7.746, de 5 de junho de 2012 que estabelece critérios, práticas e diretrizes para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável.



Os eixos temáticos da A3P são: gestão adequada dos resíduos; licitação sustentável; qualidade de vida no ambiente de trabalho; sensibilização e capacitação dos servidores; e uso racional dos recursos.





Mineração urbana pode ser fonte de ouro no lixo, diz relatório




Da BBC Mundo em Londres


Atualizado em 9 de outubro, 2012 - 08:38 (Brasília) 11:38 GMT

Lixo eletrônico

Lixo eletrônico pode ser fonte de metais preciosos após reciclagem


Anahí Aradas




http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/10/121009_ouro_lixo_eletronico_dg.shtml  

Um relatório da organização ambientalista Greenpeace afirma que no ano passado os argentinos jogaram no lixo o equivalente a 228 kg de ouro, 1,7 mil kg de prata e 81 mil kg de cobre, por falta de reciclagem.



Segundo o Greenpeace, o material está presente em dez milhões de celulares que são jogados fora por ano no país, e que – para piorar – poluem a terra, o ar e a água.



Notícias relacionadasEngenheiro transforma carros velhos em máquinas de preservativos em Serra LeoaONG constroi casas com embalagens e garrafas plásticas no MéxicoFotos mostram riscos de reciclagem manual de lixo eletrônico em comunidades pobres

Tópicos relacionadosAmérica Latina, Economia, Argentina, Meio AmbienteO relatório chama atenção para um setor conhecido como mineração urbana, uma atividade muito pouco difundida na América Latina, mas que na Europa, no Japão e na Coreia do Sul está se transformando em um importante gerador de emprego e riqueza, comparável até à mineração tradicional.



Ouro inexploradoMineração urbana é a reciclagem de materiais de valor presentes em resíduos eletrônicos, como ouro, prata, cobre, platina, alumínio, aço, terras raras e até mesmo plástico.



O ouro é um dos diversos componentes de computadores e celulares devido às suas propriedades de condução e estabilidade.



Um estudo recente da Universidade das Nações Unidas no Japão estima que a fabricação de equipamentos tecnológicos receba o equivalente a US$ 16 bilhões de ouro e US$ 5 bilhões de prata. De acordo com a pesquisa, apenas 15% deste material é reaproveitado via reciclagem.



A proliferação de dispositivos eletrônicos e o curto período para que eles se tornem obsoletos geram milhões de toneladas de resíduos. O número de depósitos para lixo eletrônico cresce exponencialmente por ano.



A reciclagem ainda é limitada, mas alguns analistas acreditam que exista neste setor uma grande oportunidade de negócios.



Um estudo da empresa Frost & Sullivan destaca que a mineração urbana gerou US$ 1,42 bilhões em 2011. A expectativa – segundo o relatório "Oportunidades globais no mercado dos serviços de reciclagem de lixo elétrico e equipamento eletrônico" – é que este mercado alcance um valor de US$ 1,8 bilhões até 2017.



O mercado crescente é o dos países emergentes. Mas na América Latina, este tipo de reciclagem ainda é incipiente.



RecenteDados da Plataforma Regional de Resíduos Eletrônicos na América Latina e Caribe – uma iniciativa chilena com financiamento canadense – mostram que países como Brasil, Chile, Argentina, Peru e Colômbia ainda não têm a infraestrutura necessária para a reciclar mais resíduos eletrônicos.



O índice chileno de reciclagem deste tipo de resíduo é de 1,5% a 3%. Na Argentina, o percentual chega a 10%.



"A Argentina é um dos países que mais destacou a reciclagem de lixo eletrônico", disse Verônica Calona, da empresa de reciclagem Silke, ao serviço em espanhol da BBC.



"Nós somos operadores 100% de resíduos de aparelhos eletrônicos. O resto [do mercado] são empresas que trabalham com outro tipo de atividade e foram incluindo isso pouco a pouco. Há metais que comercializamos no mercado interno e material das placas eletrônicas que exportamos, porque não existem na Argentina empresas de tecnologia que reciclem este tipo de material."



"A mineração urbana é muito recente, é preciso esperar e ver se a atividade vai evoluir um pouco."



Terras rarasAlém das perdas econômicas por falta de reciclagem, ambientalistas alertam para os crescentes riscos de poluição.



Nos Estados Unidos, a agência ambiental do governo EPA estima que o lixo eletrônico é 70% da fonte de contaminação de rios e do ar por metais pesados como mercúrio, cádmio, chumbo, bromo e selênio.



"Na Argentina, se descartam 10 milhões de celulares por ano e um milhão de computadores, e a metade termina em lixões", diz Lorena Pujó, do Greenpeace na Argentina.



A entidade produziu um relatório especial sobre a Argentina em um momento em que o Congresso do país discute uma legislação especial sobre resíduos eletrônicos.



"Estamos tentando expor publicamente a falta de sentido de todo esse sistema. Por um lado estamos esgotando recursos naturais finitos com a mineração, mas jogamos no lixo um monte de recursos sem reciclagem."



Com intuito de mudar esta situação, vários países como Costa Rica, Peru e Colômbia contam com leis que regulam a gestão de resíduos eletrônicos.



Um novo fator pode contribuir para o aumento da reciclagem no futuro: o fato de que a indústria de eletrônicos depende cada vez mais de terras raras – minerais especialistas que estão concentrados na China. Atualmente, 97% das reservas conhecidas de terras raras estão na China.



Neste contexto, a reciclagem de resíduos eletrônicos pode se transformar em um novo "eldorado" para investidores.