terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Confluence: Bairro francês é modelo de sustentabilidade e qualidade de vida.

Bairro francês é modelo de sustentabilidade e qualidade de vidahttp://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2014/01/05/interna_ciencia_saude,406325/bairro-frances-e-modelo-de-sustentabilidade-e-qualidade-de-vida.shtmlAcesso fácil ao transporte público, ciclovias, fontes de energia limpa e áreas residenciais voltadas para todas as camadas sociais fazem do distrito de Le Confluence, em Lyon, um bairro ecológico modelo

Publicação: 05/01/2014 08:00 Atualização:

O bairro sustentável fica em uma península cercada pelos rios Rhône e Saône: 25% das moradias do distrito sustentável são destinadas à habitação social (Metrhispanic/Reprodução - 27/12/13)
O bairro sustentável fica em uma península cercada pelos rios Rhône e Saône: 25% das moradias do distrito sustentável são destinadas à habitação social
Lyon — A península era um pântano que foi aterrado e se transformou num bairro industrial que caiu em decadência e que está se transformando num modelo de bairro ecológico, sustentável e misturado — escritórios, comércio, turismo, cultura, lazer, gastronomia e moradias. Misturado mesmo, porque, embora seja uma região que está atraindo moradores em busca de mais qualidade de vida com responsabilidade ambiental, 25% das residências são destinadas à habitação social. Trata-se do distrito de Le Confluence, em Lyon, segunda maior cidade da França em área urbana.


Confrontado com o fracassado exemplo de Brasília, cujo plano original de Lucio Costa previa a mistura de ricos, remediados e pobres nas superquadras do Plano Piloto, o diretor de Comunicação da SPL Lyon Confluence, Benoít Bardet, respondeu em estilo francês. Mas antes repetiu com uma interjeição: “Oui, Costá!”, identificando o brasileiro que, nos anos 1950, projetou a capital do Brasil. Em seguinte, marcou posição: Na França, não há possibilidade de um plano do gênero não dar certo. “O Estado é jacobino. É forte e poderoso e se impõe à eternidade.” As habitações populares funcionam em regime de aluguel social, instrumento previsto por lei e garantido pelo Estado.




Desde o início da recuperação e da transformação do antigo distrito industrial decadente, ficou decidido que o Le Confluence teria de ser habitado também pelas populações de menor poder aquisitivo. A proporção média de habitação social já atingiu os 25% das unidades habitáveis.



Reconhecido como bairro ecológico exemplar pela organização ambiental WWF, o Confluence é uma área de 150 hectares (1,5 mil quilômetros quadrados, pouco mais de um terço do Plano Piloto de Brasília) que se forma na confluência dos rios Rhône e Saône até que eles se encontram na extremidade sul da península em forma de folha. Até os anos 1770, Lyon terminava antes da península, porção de terra que estava submersa.

2014

Como Isaac Asimov previu que seria 2014, 50 anos atrás



Postado em 01 Jan 2014
asimov

Em 1964, durante a Feira Mundial de Nova York, o New York Times convidou o escritor de ficção científica e professor de bioquímica Isaac Asimov a fazer previsões de como seria o mundo 50 anos depois, ou seja, este ano. Asimov escreveu mais de 500 trabalhos, entre romances, contos, teses e artigos e sempre se caracterizou por fazer projeções acuradas sobre o futuro. As previsões do escritor, que morreu em 1991, são surpreendentes.
O artigo do Times e a acurácia das previsões foram temas de um texto do site Open Culture.

Cozinha

Asimov prevê que os equipamentos de culinária pouparão a humanidade de fazer trabalhos tediosos. “As cozinhas estão equipadas para fazer “auto-refeições”. “Almoços e jantares serão feitos com comidas semi-preparadas, que poderão ser conservadas em freezer. Em 2014, as cozinhas terão equipamentos capazes de preparar uma refeição individual em alguns poucos segundos”.  Só faltou mesmo ele usar a palavra “microondas”.

Computadores

O escritor previu um mundo repleto de computadores capazes de fazer as mais complexas tarefas. “Em 2014,  haverá mini computadores instalados em robôs”, escreve ele, no que parece ser uma alusão aos chips. E garantiu que será possível fazer traduções com uma dessas máquinas, como se previsse a existência do Google Translator.

Comunicação

As ligações telefônicas terão imagem e voz, garantiu Asimov em seu texto. “As telas serão usadas não apenas para ver pessoas, mas também para estudar documentos e fotos e ler livros”. E prevê que satélites em órbita tornarão possível fazer conexões telefônicas para qualquer lugar da Terra e até mesmo “saber o clima na Antártica”. Mas em Terra haverá outras soluções. “A conexão terá que ser feita em tubos de plástico, para evitar a interferência atmosférica”, escreve ele, como se já conhecesse a fibra ótica.

Cinema

Asimov previu que em 2014 o cinema seria apresentando em 3-D, mas garantiu que algumas coisas nunca mudariam: “Continuarão a existir filas de três horas para ver o filme”.

Energia

Ele previu que já existiriam algumas usinas experimentais produzindo energia com a fusão nuclear. Errou. Mas acertou quando vaticinou a existência de baterias recarregáveis para alimentar muitos aparelhos elétricos de nossa vida cotidiana. Mais ainda: “Uma vez usadas, as baterias só poderão ser recolhidas por agentes autorizados pelos fabricantes” — o que deveria acontecer, mas nem sempre acontece.

Veículos

Asimov erra feio nas suas previsões relacionadas ao transporte.
Ele acreditou que carros e caminhões pudessem circular sem encostar no chão ou água, deslizando a uma altura de “um ou dois metros”. E que não haveria mais necessidade de construir pontes, “já que os carros seriam capazes de circular sobre as águas, mas serão desencorajados a fazer isso pelas autoridades”.

Marte

Para o escritor, em 2014 o homem já terá chegado a Marte com espaçonaves não tripuladas, embora “já estivesse sendo planejada uma expedição com pessoas e até a formação de uma colônia marciana”. O que nos faz lembrar da proposta pública de uma viagem a Marte só de ida, feita recentemente, para formar a primeira colônia no planeta.

Televisão

Asimov cita a provável existência de “televisões de parede”, como se pudesse prever as telas planas, mas acredita que os aparelhos serão substituídos por cubos capazes de fazer transmissões em 3-D, visíveis de qualquer ângulo.

População

O escritor previu que a população mundial seria de 6,5 bilhões em 2014 (já passou dos 7 bilhões) e que áreas desérticas e geladas seriam ocupadas por cidades — o que não é exatamente errado. Mas preconizou, também, a má divisão de renda: “Uma grande parte da humanidade não terá acesso à tecnologia existente e, embora melhor do que hoje, estará muito defasada em relação às populações mais privilegiados do mundo. Nesse sentido, andaremos para trás”, escreve ele.

Comida

“Em 2014 será comum a ‘carne falsa’, feita com vegetais, e que não será exatamente ruim, mas haverá muita resistência a essa inovação”, escreve Asimov, referindo-se provavelmente aos hambúrgueres de soja.

Expectativa de vida

O escritor preconizou problemas devido à super população do planeta, atribuindo-a aos avanços da medicina: “O uso de aparelhos capazes de substituir o coração e outros órgãos vai elevar a expectativa de vida, em algumas partes do planeta, a 85 anos de idade”. A média mundial subiu de 52 anos em 1964 para 70 anos em 2012. Em alguns países, como Japão, Suíça e Austrália, já está em 82 anos.

Escola

“As escolas do futuro”, escreve Asimov, “apresentarão aulas em circuitos fechados de TV e todos os alunos aprenderão os fundamentos da tecnologia dos computadores”.  O que ele não previu foi a possibilidade de os alunos ensinarem os professores quando se trata de uso de computadores — como, aliás, ocorre em algumas escolas públicas brasileiras.

Trabalho

Asimov previu uma população entediada, como sinal de uma doença que “se alastra a cada ano, aumentando de intensidade, o que terá consequência mentais, emocionais e sociais”. Depressão?  “Ouso dizer”, prossegue ele, “que a psiquiatria será a especialidade médica mais importante em 2014. Aqueles poucos que puderem se envolver em trabalhos mais criativos formarão a elite da humanidade”.

Site que permite criar petição gratuita foi destaque


Site que permite criar petição gratuita foi destaque


Publicado por Consultor Jurídico - 2 dias atrás
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Entrar na Justiça de forma rápida, sem advogado, de graça e ganhar até R$ 13,5 mil. É isso que oferece o site Processe Aqui, que permite ao consumidor criar sua petição em apenas quatro passos. Com isso, diz o site, a pessoa pode, sozinha, ingressar nos juizados especiais com pedidos de indenização de até 20 salários mínimos limite estabelecido pela Lei 9.099/1995 para ingressar com ação sem assistência de advogado. Para os criadores do Processe Aqui, dar a oportunidade de o cidadão brasileiro criar uma petição na hora e de graça significa democratizar a Justiça e contribuir para uma melhor qualidade dos serviços e produtos do país. Porém, as entidades de advocacia não concordam com essa visão romântica do negócio. Cliqueaqui para ler a notícia.

Notícias

PROCESSE AQUI

Site permite que consumidores criem petições gratuitas






Entrar na Justiça de forma rápida, sem advogado, de graça e ganhar até R$ 13,5 mil. É isso que oferece o site Processe Aqui, que permite ao consumidor criar sua petição em apenas quatro passos. Com isso, diz o site, a pessoa pode, sozinha, ingressar nos juizados especiais com pedidos de indenização de até 20 salários mínimos — limite estabelecido pela Lei 9.099/95 para ingressar com ação sem assistência de advogado.
Processe aqui [Divulgação/Facebook]
Para os criadores do Processe Aqui, dar a oportunidade de o cidadão brasileiro criar uma petição na hora e de graça significa democratizar a justiça e contribuir para uma melhor qualidade dos serviços e produtos do nosso país. Porém, as entidades de advocacia não concordam com esta visão romântica do negócio.
Para a seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil, trata-se de estímulo do exercício indevido da profissão e mercantilização da advocacia. De acordo com o procurador geral da OAB-RJ, Luiz Gustavo Bichara, a entidade ingressará com ações contra este e todos os sites que oferecem serviços semelhantes — como já vem fazendo. 
“A orientação do presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, é que a procuradoria seja implacável com essas empresas que desvirtuam a profissão da advocacia e terminam por iludir os potenciais clientes. Elas claramente mercantilizam a profissão, quando não incidem no exercício ilegal da advocacia, porque muitas delas nem advogado têm. Têm funcionários atuando como advogados”, afirmou Bichara, informando que entrará com uma ação assim que terminar o recesso do Judiciário.
Serviço diferenciado
No caso do Processe Aqui, realmente não há advogados trabalhando nas petições — é tudo automático —, assim como não há qualquer tipo de cobrança. O serviço é gratuito. Para um dos sócios do site, o advogado Geovani dos Santos, essas são duas características que diferem o Processe Aqui dos demais serviços já oferecidos. No caso, além de não ter advogado, a petição é gerada sem intervenção de qualquer pessoa. “É inteligência artifical, um sistema que usa os dados fornecidos pelo cidadão para gerar as petições”, explica. De acordo com ele, o site pretende ser rentável com as publicidades, apesar de ainda não ter nenhuma.

O domínio do site está registrado em nome do escritório de advocacia de Geovani, apesar disso, ele garante que o site não tem nenhuma conexão com seus serviços, somente o registro. “Recebemos, por exemplo, um e-mail informando que o consumidor havia sido lesado em R$ 30 mil. Respondemos informando que ele deveria procurar um advogado de sua confiança. Quem trata disso não é o escritório. Pode vasculhar minha OAB, do escritório inteiro, tem pouquíssimos casos de juizado especial.  Minha área é mais de empresas, [Direito] Previdenciário, Militar, de Família... Juizado foi feito para cidadão, não foi feito para advogado” afirma.
Geovani dos Santos conta que o serviço oferecido por seu site não difere muito do atendimento prestado nos juizados especiais. “Se você chegar no balcão e contar seu problema, o atendente vai preencher um formulário e te dar o papelzinho para marcar audiência. Se entrar no site do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tem modelos de peças”, explica.
No site do TJ-RJ, por exemplo, é possível imprimir um formulário de reclamação do consumidor específico para aeroportos. Nele o consumidor preenche os campos obrigatórios como dados pessoais, empresa que causou o dano, problemas encontrados e o valor a ser pedido. O campo de fundamento jurídico é opcional.
Para a advogada de relações de consumo Fabíola Meira, do Braga Nascimento e Zilio, porém, o serviço oferecido pelo site não possui semelhança com o ofertado nos juizados especiais. "Não basta o consumidor incluir estas informações na petição, pois ele não tem conhecimentos do que pode ser pedido ou não, ou seja, se tem realmente direitos ou não. Diferentemente de quando ele se dirige ao Juizado Especial em demandas de até 20 salários mínimos, onde um funcionário já explica e informa se ele tem direito, quais documentos precisa apresentar, o que deve fazer etc. Da mesma forma, acontece com as reclamações administrativas perante o Procon, onde o funcionário, na maioria das vezes está habilitado para auxiliar", conclui.
Engano ao consumidor
No site Processe Aqui, além do serviço de petição, há também uma sessão de notícias que mostram casos em que os consumidores venceram suas ações e uma área de dúvidas, explicando quando o consumidor pode ou não entrar com ação e apontando qual o direito foi lesado.

Além disso, o site também publica nas redes sociais textos e vídeos — assista ao lado — incentivando o litígio, o que vai contra o Código de Ética da OAB. O artigo 2º da norma lista os deveres do advogado, entre eles estimular a conciliação, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios e aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial.
Para o presidente seccional de São Paulo da OAB,Marcos da Costa, o site engana o consumidor ao fazê-lo acreditar que está sendo socorrido em busca de Justiça e não está. “Como regra, esses sites que preparam formulários para serem preenchidos, como se tivessem através desse formulário garantindo um direito são um engodo. Não é um formulário padrão que vai permitir que o cidadão possa efetivamente exercer esse direito que ele acredita que tenha sido descumprido”, diz.
Segundo Marcos da Costa, o cidadão, quando crê que tenha sido violado qualquer direito dele, seja em relação de consumo ou não, precisa procurar alguém preparado tecnicamente para esclarecer se ele tem aquele direito, qual o limite do direito que ele tem, qual o caminho mais adequado para o exercício desse direito e não apenas preencher um formulário, como se a partir daquele formulário pudesse haver a reparação ao direito dele.
Orientação profissional
Opinião semelhante tem o presidente da Associação dos Advogados de São Paulo (Aasp), Sérgio Rosenthal. Para ele, o serviço oferecido pelo site é perigoso para o cidadão que, por não possuir conhecimento técnico e experiência na área jurídica, poderá ser gravemente prejudicado. “O processo não se exaure em uma simples inicial e a orientação de um profissional habilitado é imprescindível em qualquer caso, ainda que aparentemente de baixa complexidade”, afirma. 

Maria Helena Bragaglia, sócia do Demarest Advogados, também aponta a importância do auxílio de um advogado. “Exatamente por conhecer a dinâmica da Justiça, as leis aplicáveis e bem assim a questão probatória de opera, tende a ‘facilitar’ a vida do consumidor, seja ajudando-o a estruturar o pedido, seja na organização dos documentos e provas para instruir a ação”, diz.

Programa Irati Livre do Tabaco é destaque em estudo internacional

Publicado em 20 de Dezembro de 2013, às 07h29min




Programa Irati Livre do Tabaco é destaque em 





estudo internacional

Para Maria Aparecida Havresko Rutyna, coordenadora do Programa em Irati, é um orgulho receber este reconhecimento

Diário de Guarapuava










Assessoria PMI
    
Programa de Irati envolve uma equipe de profissionais de diversas áreas da saúde (Foto: Assessoria PMI)
O Programa Irati Livre do Tabaco, que desenvolve um trabalho contínuo desde 2007, foi enquadrado pela segunda vez como destaque em uma pesquisa realizada pela University of Alabama at Birminghan (EUA), em parceria com a PUC/PR. Em 2013, o programa atendeu 188 pessoas, com índice de cessação que girou em torno de 70 a 80% dos participantes. 
Para a coordenadora do Programa em Irati, Maria Aparecida Havresko Rutyna, é um orgulho receber este reconhecimento. “Mas acima de tudo devemos continuar os trabalhos que já vêm sendo realizados e atrair também mais pessoas que tenham interesse em parar de fumar”, destaca.
A pesquisa realizada pela University of Alabama at Birminghan é coordenada pela doutora Isabel C. Scarinci, que é também diretora da Divisão de Medicina preventiva da Universidade Americana. O título da pesquisa é “Network for Tobacco Control among Women in Paraná, Brazil”, e destaca o Programa Irati Livre do Tabaco como um dos que mais tem obtido resultados satisfatórios pela alta porcentagem de cessação de fumantes.
O Paraná tem um dos índices mais altos de consumo de tabaco, e a cidade de Irati tem um dos maiores indicadores entre as mulheres no Brasil, cerca de 22%. Estes números preocuparam pesquisadores da Rede Paranaense para o Controle do Tabaco em Mulheres, que buscam as melhores alternativas no tratamento para se livrar do vício.
O Programa de Irati envolve uma equipe de profissionais de diversas áreas da saúde, mas que tem um objetivo em comum que é este tratamento. Estão envolvidos médicos, farmacêuticos, enfermeiros e profissionais da acupuntura.  Os trabalhos relacionados ao Programa Irati Livre do Tabaco retornam no início de fevereiro de 2014.
 Pessoas que queiram participar dos grupos de combate ao consumo do tabaco poderão entrar em contato através do telefone (42) 9969-4946.

Consumo de álcool pode ser proibido em parques de São Paulo

Consumo de álcool pode ser proibido em parques de São Paulo



Só no primeiro semestre de 2013, mais de 120 adolescentes foram levados para hospitais em atendimento de emergência, segundo levantamento

Agência Estado
Projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo quer proibir o consumo de álcool nos parques municipais. O texto, que está nas comissões da Casa, prevê multa de R$ 100 para quem descumprir a regra - o valor dobraria em caso de reincidência. A medida foi motivada por casos de abuso de álcool por jovens no Parque do Ibirapuera, na zona sul.

Caio Pimenta/SPTuris
Parque do Ibirapuera

Só no primeiro semestre de 2013, mais de 120 adolescentes foram levados do Ibirapuera para hospitais em atendimento de emergência por ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, segundo levantamento da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da direção do parque.
De acordo com os administradores do Ibirapuera, o consumo de bebidas por adolescentes vem aumentando desde 2012. "Eles já vêm alcoolizados de outros lugares, depois das baladas. O problema é maior entre sábado e domingo", diz o diretor do parque, José Alonso Junior. Ele afirma que esses grupos de adolescentes se reúnem principalmente na marquise do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e perto da Oca.
O número de casos pode ser ainda maior, segundo o comandante regional da GCM no parque, Eliazer Rodella. "Esses casos são os que contamos e os que levamos para o Hospital São Paulo, mas há muitos relatos de jovens que saem em coma alcoólico e são acompanhados pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)."
Para frear o consumo de álcool, a administração do Ibirapuera e a GCM procuraram a Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e Juventude da Capital, e a Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude da Câmara de São Paulo. A própria promotora, Luciana Bergamo Tchorbadjian, foi ao parque em um fim de semana para observar os jovens. "Constatei o que haviam me relatado. Jovens bebendo e fumando narguilé", disse, por meio de nota da assessoria do Ministério Público (MP).
Com o apoio da promotoria, foi criado um plano de combate à ingestão de álcool no parque. O MP determinou que os casos de crianças e adolescentes envolvidos em ocorrências ou socorridos em hospitais da região sejam notificados ao Conselho Tutelar da Vila Mariana, que vai orientar os pais dos menores.
Ações
Desde outubro, o Ibirapuera e a GCM fazem campanhas sobre o abuso de álcool, com oficinas no local. "Resolvemos, com essas ações, 80% dos problemas que tínhamos de coma alcoólico no primeiro semestre", explica Alonso Júnior. "Só com medidas como essas vamos conseguir melhorar a qualidade de vida de todos os usuários do parque."
Em setembro, quando o Ibirapuera passou a funcionar 24h nos fins de semana, foram adotadas estratégias para coibir o consumo. "Instalamos a feira de artesanato onde os jovens ficavam e temos promovido eventos para que se integrem às ações culturais", diz o diretor.
A Guarda Civil, no entanto, afirma que tem dificuldades para impedir os casos porque não há uma legislação específica que proíba o consumo de álcool. Segundo o diretor do parque, hoje, pelo regulamento interno, é permitido retirar quem portar garrafas de vidro. "As pessoas alcoolizadas podem ser removidas. Mas, com a proibição, vamos dar mais um instrumento para a guarda interceder", afirma Alonso Júnior.