sábado, 14 de janeiro de 2012

Barulho em hospitais perturba sono dos pacientes


http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,barulho-em-hospitais-perturba-sono-dos-pacientes,821368,0.htm

Ruído quase sempre excede as recomendações;  incômodo pode retardar recuperação

11 de janeiro de 2012 | 9h 31

Reuters
 Em um estudo com 100 pacientes adultos internados em centro médico, os autores descobriram que os níveis de ruído em quartos durante a noite tendem a ser mais baixos do que durante o dia, mas quase sempre excedem as recomendações da média do máximo nível de barulho.

De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde, o barulho em hospitais não deveria passar dos 30 a 40 decibéis. Os autores descobriram que os níveis nos quartos estudados estavam próximos dos 50 decibéis, e muitas vezes próximos de 80 - quase tão altos quanto uma motosserra.

Grande parte do ruído durante a noite se deve às conversas entre médicos e enfermeiras, mas as interrupções mais altas eram por alarmes.

Níveis mais altos do que o máximo em quartos individuais foi relacionado a interrupções do sono, com pacientes dormindo cerca de uma hora a menos no hospital do que em suas casa. Eles frequentemente relataram má qualidade do sono e falta de descanso.

"Uma das queixas mais comuns era a dificuldade em dormir à noite", dizem os autores, o que pode retardar a recuperação, segundo eles. "É um ciclo: você está doente, você dorme mal e não consegue se recuperar rapidamente", notam.

Mas outros especialistas dizem que o ruído pode não ser o único culpado pela má qualidade de sono dos pacientes, notando que a própria doença pode ser responsável também.

O barulho também foi reflexo das entradas e saídas das enfermeiras, checando os pacientes e administrando medicamentos, indicando que esses pacientes poderiam estar mais doentes do que aqueles em quartos mais silenciosos.

"O barulho certamente é um fator", diz Sairam Parthasarathy, que estuda sono dos pacientes na Universidade do Arizona, mas que não participou do estudo. Para ter um sono melhor nos hospitais, ele sugere que os pacientes recebam luz natural durante o dia, usem fones se o som é muito perturbador e caminhem durante o dia se conseguirem.

"A questão da conscientização, neste início de programa, é mais importante do que a repressão"... E o cigarro?


Cresce 10% o número de veículos com inspeção ambiental


Fiscalização feita por radar e comandos da polícia multa 10% da frota sem selo verde

EDUARDO GERAQUE

DE SÃO PAULO


O número de veículos submetidos à inspeção veicular ambiental em 2011 cresceu 10% em relação a 2010, segundo a prefeitura.
Em 2011 foram cerca de 3,3 milhões de inspeções, contra 3 milhões em 2010.
Ainda faltam os dados de janeiro deste ano (que fazem parte do exercício 2011), mas a taxa não vai mudar.
O aumento ocorre mesmo com fiscalização fraca. Cerca de 10% de 1,5 milhão de veículos que faltaram à inspeção foram autuados.
"A questão da conscientização, neste início de programa, é mais importante do que a repressão", afirma Eduardo Jorge (PV), secretário do Verde e do Meio Ambiente.
Neste ano, motoristas sem a inspeção não vão conseguir licenciar seus veículos.
Além disso, eles podem ser autuados em R$ 550.
Os radares também registram a falta de inspeção, mas desde que o motorista seja flagrado em outra irregularidade, como furo ao rodízio.
O prefeito Gilberto Kassab (PSD) defendeu ontem o contrato com a Controlar, responsável pela inspeção.
A Promotoria pede na Justiça a anulação do contrato.
Na quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça decidiu manter o contrato e desbloquear os bens do prefeito, do secretário e de outras 16 pessoas e seis empresas.

Coleta seletiva falha e lixo se acumula em diversos pontos de SP

14/01/2012 - 08h50


http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1034392-coleta-seletiva-falha-e-lixo-se-acumula-em-diversos-pontos-de-sp.shtml
 
NATÁLIA CANCIAN


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

EVANDRO SPINELLI

DE SÃO PAULO



Caminhões da coleta seletiva de lixo deixaram de passar em diversos pontos de São Paulo nas últimas semanas, o que tem causado transtornos para os moradores.




Na Aclimação, zona sul de São Paulo, edifícios já começam a levar as caçambas de lixo reciclável para dentro das garagens para tentar liberar as calçadas.



O sumiço dos caminhões preocupa. "Se ficar assim, vai tomar toda a garagem", diz o porteiro Alan Santos, 22. Segundo ele, a última coleta ocorreu antes do Natal. "Depois, não passou mais".



Moradores se assustam. "Ontem estava uma coisa de outro mundo", diz o aposentado Miguel Plácido, 93, sobre as caçambas cheias nas ruas após a data da coleta.



O problema se repete em outras regiões. Há relatos de atrasos na Vila Mariana, Jabaquara, Santo Amaro, Vila Prudente e Cidade Ademar. Nestes locais, muitos já deixam de separar o material reciclável ou entregam os sacos com o lixo comum.



Os constantes atrasos na coleta fizeram com que a psicóloga Salete Assis, 54, nem cogitasse esperar o dia de passagem dos caminhões.



"Eu mesma separo e levo em uma cooperativa. Acho mais confiável", afirma.



ARGUMENTOS



A coleta seletiva nas áreas citadas é de responsabilidade da Ecourbis, uma das duas empresas contratadas pela prefeitura para fazer o serviço. Cabe à prefeitura fiscalizar o trabalho.



O presidente da Ecourbis, Nelson Domingues, diz que o problema ocorre porque as centrais de triagem do lixo não têm mais espaço. "Os caminhões enchem e não tenho para onde levar. Não é falta de coleta. Estamos coletando demais."



A prefeitura disse que está notificando as empresas e que irá implantar quatro novas centrais de triagem "a curto prazo".



A falha acontece em plena negociação da revisão dos contratos das concessionárias, que está emperrada. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas calculou em 21% o aumento para as duas empresas (Ecourbis e Loga), R$ 10,8 milhões por mês para cada uma.



Com a renegociação, as empresas terão de fazer também coleta por contêineres e trabalhar aos domingos, além de construir 17 centrais de triagem. Sem o aumento, as empresas decidiram não dar início aos novos serviços.





Provador de cigarro recebe indenização da Souza Cruz


 Provador de cigarro recebe indenização da Souza Cruz

TRT-RJ


A empresa Souza Cruz S/A - líder no mercado nacional de cigarros, desde a produção e o processamento de fumo, até a fabricação e distribuição de cigarros - foi condenada a pagar indenização por danos moral e material a um empregado, que exercia a função de provador. A decisão é da Sexta Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ).

O trabalhador relatou que adoeceu ao longo dos 10 anos que trabalhou na empresa. Ele fazia parte da equipe do “painel de fumo”, atividade de provação de cigarros – em média, o empregado consumia 200 unidades por dia, quatro vezes por semana.

O juiz de primeiro grau, Antônio Carlos Amigo da Cunha, da 45ª Vara do Trabalho, entendeu que ficou provado que a doença desenvolvida pelo empregado foi decorrente do hábito de tabagismo.

A empresa interpôs recurso ordinário sustentando que não há prova nos autos de que a doença adquirida pelo trabalhador tenha tido qualquer relação com a atividade desenvolvida no trabalho. Também afirmou que o valor de indenização por dano moral, fixado na sentença em 288 vezes a última remuneração paga ao empregado foi excessivo, ultrapassando dois milhões de reais.

Para o relator do acórdão, o juiz convocado Leonardo Dias Borges, a documentação juntada no processo relativa aos procedimentos e tratamentos médicos, revelaram que a exposição a tal condição de trabalho gerou a grave lesão nos pulmões. “Diante do conhecimento e da consciência dos malefícios causados pelo cigarro à saúde, não há dúvida de que a reclamada criou, conscientemente o risco do resultado, assumindo a obrigação de ressarcir”.

No entendimento do magistrado, a fixação do valor da indenização por danos morais, foi considerada compatível com a extensão do dano e a capacidade econômica do ofensor, bem como forma de repressão em relação ao causador do dano.

Nas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho são admissíveis os recursos enumerados no art. 893 da CLT.
Proc nº 0037500-26.2009.5.01.0263
(Monica Cazzola)