terça-feira, 27 de setembro de 2011

Construções sustentáveis e o LEED no Brasil

Green Buildings, antes tarde do que nunca




fonte: http://gbcbrasil.org.br/sistema/referencia/1_(201109035538)Artigo_Marcos_Casado_Revista_CREA_ES__Junho11.pdf

autor: *Marcos Casado



A onda de prédios verdes “Green buildings”, chegou definitivamente no país. Conforme dados do Green Building Council Brasil, o número de empreendimentos registrados junto ao USGBC para obterem a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) cresce exponencialmente e o movimento da construção sustentável já faz parte da agenda mundial e felizmente não há mais como ignorar esse movimento. Ou as empresas do mercado se atualizam ou vão ficar obsoletas em um futuro próximo.

Hoje no país há cerca de 300 empreendimentos registrados em 19 estados brasileiros buscando a certificação de desempenho ambiental para seus empreendimentos. A previsão é ultrapassar 350 empreendimentos até o final do ano. A meta mundial é fechar 2001 com 950 milhões de m² no mundo em processo de certificação LEED em mais de 120 países.

Já são 31 empreendimentos certificados no Brasil e cerca de 14.500 no mundo, apesar deste movimento ser novo no país podemos verificar pelos gráficos abaixo que ele vem crescendo rapidamente, devido aos diversos benefícios ambientais, sociais e econômicos promovidos por este tipo de construção.
 
 
 


 
 
 
Para receber a certificação, o empreendimento deve atender pré-requisitos e recomendações que avaliam o tipo de terreno, a localização, a infra-estrutura local, o uso racional de água, eficiência energética, qualidade do ar interno, reciclagem e diversas outras medidas que garantam eficiência operacional ao usuário e preservação do meio ambiente, antes, durante e após a obra. Todos estes critérios começam a impulsionar e a transformar o mercado da construção civil e têm se tornado uma importante ferramenta educacional e de comunicação com o consumidor, além de criar parâmetros de qualidade para o mercado.


A sociedade está chegando à conclusão de que, embora tenha trazido o maior desenvolvimento tecnológico que a humanidade já experimentou, o século 20 também registrou a gênese daquele que vem sendo considerado o maior desastre ecológico do planeta. Quando acompanhamos os índices de poluição do ar, água ou solo, o consumo de recursos naturais e a capacidade do planeta de repor estas necessidades, temos realmente que nos preocupar e o Setor da Construção Civil é com certeza um dos que causam maior impacto ambiental.

O novo contexto global exige, cada vez mais, por parte das empresas, governantes e sociedade a capacidade de levar em consideração fatores sociais, ambientais e econômicos de uma forma equilibrada em suas tomadas de decisões.

Portanto, o desafio mundial para este século é conciliar o desenvolvimento tecnológico com a preservação dos recursos naturais, garantindo a aplicação de práticas sustentáveis por parte dos atores deste processo.

Os impactos que o mercado da construção civil causa ao planeta são imensos. O setor é responsável por até 35% das emissões de CO2 diretas ou indiretas e cerca de 30% dos recursos naturais extraídos em todo o mundo; as edificações no Brasil consomem cerca de 21% de toda a água tratada, 42% da energia gerada e geram cerca de 65% dos resíduos que estão em aterros sanitários.

A construção civil começa a demonstrar que está se adequando cada vez mais aos conceitos de sustentabilidade que estão sendo impostos em todos os setores da economia e que a cada dia passam a ser uma exigência da sociedade, principalmente da nova geração. Os mais jovens estão começando a exigir de seus fornecedores uma postura mais correta em relação ao meio ambiente, desenvolvendo um dos maiores desafios corporativos deste milênio: o consumo consciente.

Consultores, grandes construtoras de imóveis, empreendedores e incorporadores tanto comerciais quanto residenciais, fornecedores de materiais, insumos e tecnologias, estão aos poucos, desenvolvendo expertise nessa área, em um movimento que ganhou força nos últimos cinco anos e que hoje já começa a criar uma nova demanda no mercado da construção civil no Brasil.

Pesquisa realizada no ano passado com as 104 maiores construtoras do país que constroem cerca de 41% das obras no Brasil, mostrou que elas estão mudando: 32% delas incorporam em suas metas e políticas a construção sustentável e destinam cerca de 14% dos seus recursos para capacitar seus profissionais a estes novos conceitos e 84% consideram a construção sustentável estratégica para a sua sobrevivência neste mercado em transformação.
 
 
A certificação, que com certeza tem um peso importante nesta transformação, mas por si só não será capaz de resolver todos os problemas, é muito importante para o desenvolvimento de iniciativas educacionais para disseminar informações sobre as melhores práticas e tecnologias sustentáveis, a fim de capacitar os envolvidos na concepção, construção, operação e manutenção das edificações e espaços construídos. Toda essa nova visão começa a demandar a cada dia mais especialistas em áreas como de comissionamento de sistemas de energia, profissionais especialistas em softwares de simulação energética e profissionais capacitados em consultoria para green buildings que no caso do LEED são os LEED AP´s (Profissionais Acreditados para prestar consultoria LEED). Portanto, é importante que os profissionais se especializem para atender estas novas exigências do mercado.

Além disso, é imprescindível o engajamento do governo neste processo de transformação, por meio de incentivos, bons exemplos e políticas públicas focadas no desenvolvimento da construção sustentável. O governo seja ele federal, estadual ou municipal é detentor de uma grande percentual das edificações construídas e também responsável por uma importante parcela das novas construções, podendo além de praticar estes conceitos em suas construções, impulsionar o mercado para esta transformação, por meio de exemplos ou na criação de legislações que viabilizem e estimulam as novas construções ou reformas, atendendo esta nova realidade.

Devido a esse movimento, já estão sendo aprovados vários incentivos fiscais por parte de prefeituras (Sorocaba-SP, Guarulhos-SP, São Carlos-SP) com a criação de IPTU´s Verdes que passam a dar descontos através da aplicação destas práticas, assim como estão sendo criado pelos Bancos particulares e Privados (BNDES) linhas de créditos diferenciadas com prazos maiores e taxas menores de financiamento desde que as construções incorporem estes critérios sustentáveis.

Um empreendimento sustentável pode reduzir em 30% o consumo de energia, 50% o consumo de água, 35% das emissões de CO2 e até 70% o descarte de resíduos. Se os clientes finais também mudarem sua postura e passarem a exigir das construtoras uma posição mais sustentável, certamente veremos um movimento muito maior do mercado nesta direção. O futuro da construção civil já tem um caminho traçado e a sustentabilidade não será apenas um modismo. As boas práticas do mercado devem ser disseminadas, assim como o maior número de informações possíveis sobre as soluções implantadas, experiências de sucesso e iniciativas em prol da sustentabilidade.
 

A construção sustentável veio para ficar, talvez um pouco tarde, mas com o engajamento de toda a sociedade, revendo nossas ações e atitudes, certamente alavancará a formação de uma nova cultura baseada na visão sistêmica preconizada pela sustentabilidade.


 
 Visite o site do GBC Brasil: http://gbcbrasil.org.br/?p=referencia
*Eng. Marcos Casado é o Gerente Técnico do Green Building Council Brasil.

 

Center Norte tem 72 horas para suspender totalmente as atividades e multa de R$ 2.000.000,00 pela Lei de Crimes Ambientais

Secretaria do Verde determina que Center Norte suspenda atividades em até 72 horas


27 de Setembro de 2011 - 12:25

http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=46792


Técnicos da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente estiveram nesta terça-feira (27/9) no Shopping Center Norte e aplicaram um auto de multa no valor de R$ 2 milhões pelo não atendimento às exigências da CETESB. Os estabelecimentos têm 72 horas para suspender totalmente as atividades.





Técnicos da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente estiveram hoje (27/9) no Shopping Center Norte e aplicaram um auto de multa no valor de R$ 2 milhões pelo não atendimento às exigências da CETESB (artigo 62 da Lei de Crimes Ambientais - deixar de atender exigências de órgão ambiental competente). Os técnicos também lavraram um termo de suspensão total das atividades do Center Norte, dos estacionamentos locais, do Carrefour e do Lar Center.



Os estabelecimentos têm 72 horas para suspender totalmente as atividades. Essa medida é válida por tempo indeterminado, até que o estabelecimento comprove que as exigências da CETESB estão sendo implementadas. O Center Norte também foi intimado a atender a legislação que exige permeabilidade nos estacionamentos – lei municipal nº 13.276/02, que estabelece a obrigatoriedade de manter 30% destas áreas permeáveis ou com piso drenante, e também a lei municipal 13.319/02, que exige uma árvore para cada 40m² de estacionamento.



O prazo para apresentar projeto é de 30 dias. Fiscais da Subprefeitura da Vila Maria, que acompanharam a fiscalização, serão responsáveis pela verificação do cumprimento do termo de suspensão total das atividades.



 

Shopping envia à prefeitura plano para evitar explosão


http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u981443.shtml
do Agora

Léo Arcoverde




27/09/2011




O shopping Center Norte, na Vila Guilherme (zona norte de SP), entregou à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente estudos que incluem um plano para evitar o risco de explosão.



Center Norte nega risco no local

O local é alvo de investigação da Cetesb (agência ambiental do Estado), que detectou o risco em lojas do empreendimento devido à concentração de gás metano.



Segundo o Center Norte, a documentação entregue à secretaria inclui um relatório de investigação ambiental, um plano de monitoramento e outro de mitigação e controle dos vapores para instalação de drenos de gás.



Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta terça, 27 de setembro, nas bancas

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Ecológica, juta mira mercado de saco plástico

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/981370-ecologica-juta-mira-mercado-de-saco-plastico.shtml
TONI SCIARRETTA
JORGE ARAÚJO
ENVIADOS ESPECIAIS A MANACAPURU (AM) E CASTANHAL (PA)



Os produtores de juta, fibra natural usada em sacos de cereais, querem se tornar o principal fornecedor de "ecobags" para suprir o vácuo das sacolinhas plásticas, que estão com os dias contados no país. São Paulo banirá os plásticos em janeiro.
Para isso, a indústria têxtil de juta da Amazônia veste uma roupagem ecológica e socialmente engajada --compra matéria-prima de 15 mil famílias ribeirinhas do Amazonas e do Pará.
Veja galeria com fotos da exploração de juta no rio Solimões (AM)
Segundo os produtores, a juta é o único material totalmente biodegradável --que não depende de compostagem para decomposição como os plásticos biodegradáveis vendidos no comércio.
Com base nisso, a juta da Índia e de Bangladesh conquistaram o "ecomercado" dos EUA e da Europa.
No Brasil, os produtores apresentaram ao governo um projeto de financiamento de R$ 13,6 milhões para melhorar a genética das sementes e facilitar a agricultura familiar --a ideia é produzir uma juta mais leve, sedosa e resistente às pragas e ao clima.
Segundo os produtores, somente a melhora genética e a facilidade no financiamento são capazes de fazer a produção duplicar.

Jorge Araújo/Folhapress
Ribeirinho colhe juta no rio Solimões; plantação é feita na área do rio que surge no período seco
Ribeirinho colhe juta no rio Solimões; plantação é feita na área do rio que surge no período seco
Decadente desde os anos 80, quando chegaram ao país os sacos de nylon, o setor é hoje uma sombra do que fora --eram 35 empresas, que produziam 100 mil t/ano.
Hoje, as três empresas sobreviventes não conseguem fazer nem 15 mil toneladas, apesar da capacidade de produzir até 30 mil toneladas. Somente café e batata ainda usam sacos de juta.
QUEBRA DE SAFRA
No Amazonas, a juta é plantada na várzea do rio Solimões. Os ribeirinhos sem outra alternativa de renda (como o Bolsa Família) plantam na área que surge após a vazante dos rios e colhem quatro meses depois, pouco antes da cheia. Se algo der errado, perde-se a plantação.
Ano após ano, a safra quebra devido a sucessivas secas e cheias da região Norte, desestimulando o produtor familiar a plantá-la.
Em 2010, a seca histórica na Amazônia levou a indústria a importar fios do Bangladesh para atender aos produtores de café. Em 2009, uma cheia antes da época quebrou metade da safra.
Neste ano, a situação parecia normal até junho. Foi quando os rios subiram de repente e a colheita teve de ser feita em três semanas. A perda da safra chegou a 30%.
Com esses problemas, a indústria de juta chegou atrasada ao debate sobre os substitutos das sacolas plásticas.
Enquanto os supermercados devem vender as sacolas de plástico biodegradável a R$ 1,90 cada, os produtores de juta dizem que conseguem uma "ecobag" para o consumidor entre R$ 2 e R$ 2,10.
Os jornalistas viajaram a convite da Companhia Têxtil de Castanhal

Google Earth Engine Overview

Google Earth Engine Overview 

 



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