quinta-feira, 21 de julho de 2011

Onda de calor mata mais de 20 pessoas nos Estados Unidos: Mudanças Climáticas?


Onda de calor mata mais de 20 pessoas nos Estados Unidos
Cerca de 140 milhões de americanos estão sofrendo com a onda de calor que já atinge 32 estados, onde foi até decretado estado de alerta. A região central do país é a mais afetada.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/



última edição |21 de julho de 2011reportagem 4 de 20



Selo verde também é inconstitucional? Subprocurador: E a sua OAB?


21/07/2011 20h28 - Atualizado em 21/07/2011 22h59

Exame da OAB fere a Constituição, diz parecer da procuradoria-geral

Subprocurador analisou recurso de bacharel contra o exame.
Prova da OAB é condição para exercer a profissão de advogado.


Débora SantosDo G1, em Brasília
O subprocurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou, em parecer divulgado nesta quinta-feira (21), que o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) viola o princípio constitucional do direito ao trabalho e à liberdade de exercer uma profissão. A prova aplicada pela entidade é condição para que o bacharel em direito se torne advogado e atue na profissão. 
“Não contém a Constituição mandamento explícito ou implícito de que uma profissão liberal, exercida em caráter privado, por mais relevante que seja, esteja sujeita a regime de ingresso por qualquer espécie de concurso público”, afirmou Janot no parecer.
A análise foi feita pelo subprocurador ao examinar o recurso ajuizado pelo bacharel em Direito João Antonio Volante, no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele contesta a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que julgou legítima a aplicação da prova pela OAB. O caso será analisado pelo relator no STF, ministro Marco Aurélio Mello.
Para o representante do MPF, o exame da Ordem não garante que será feita a “seleção dos melhores advogados” e pode até ser entendido como reserva de mercado.
“O exame de ordem, visto sob esse ângulo, nada mais é do que um teste de qualificação profissional para o exercício da advocacia daqueles que já possuem um diploma atestando esta mesma qualificação”.
Para o presidente interino da OAB, Alberto de Paula Machado, o parecer é uma fase preliminar do processo, a decisão definitiva vai ser tomada pelos ministros do Supremo. "A OAB reafirma que o exame é absolutamente constitucional. A opinião expressa no parecer retrata o pensamento de uma porção isolada do Ministério Público"
Machado rebateu o argumento do MPF de que a prova faria uma espécie de reserva de mercado entre os advogados selecionados pelo exame. O presidente da entidade lembra que o Brasil tem mais de 700 mil advogados em atuação. "Nós somos um dos maiores colégios do mundo, não há motivo para falar em reserva de mercado no Brasil".

Amostra grátis!


21/07/2011 - 10h09

Cientista se arrisca para colher amostra de lava



O programa Journey to the Centre of the Planet, transmitido pela BBC1 no Reino Unido, mostrou imagens de um cientista que, para coletar amostras de lava, chega muito perto de uma cratera.




A roupa especial que o cientista usa dá proteção contra o excesso de calor no lugar, mas não resistiria no caso dele ser atingido diretamente pela lava.
Seu colega, o cientista Dario Tedesco, da Universidade de Nápoles, na Itália, tenta alertá-lo do perigo.
A cratera se torna mais ativa, a lava escorre pelas bordas e o material incandescente alcança em pouco tempo o local onde estava o cientista.
BBC Brasil
Traje usado por cientista protege contra o excesso de calor, mas não resistiria caso fosse atingido pela lava
Traje usado por cientista protege contra o excesso de calor, mas
não resistiria caso fosse atingido pela lava






Lançamento: Caderno de Sustentabilidade gratuito!

Caderno de Sustentabilidade


fonte: http://www.secovi.com.br/sustentabilidade/caderno-de-sustentabilidade/

Sobre o Caderno de Condutas de Sustentabilidade no Setor Imobiliário Residencial

Sustentabilidade é uma expressão obrigatória em todas as atividades profissionais, empresariais e humanas. É uma pauta mundial, alvo de estudos, congressos, certificações, enfim, uma ampla gama de iniciativas voltadas à disseminação de conceitos e práticas que propiciem o desenvolvimento com base nas três premissas básicas que definem sustentabilidade: o viés econômico, o social e o ambiental.
Nem sempre essas três premissas são consideradas por quem se anuncia como ‘sustentável’. Aliás, muitos desconhecem que uma, sem a outra, não significa sustentabilidade. Individualmente, são apenas ações específicas, naturalmente válidas, mas que não carregam o pleno significado da expressão.
Em se tratando de setor imobiliário residencial, o real entendimento sobre o que é sustentabilidade ainda não está devidamente consolidado. Há empresas e profissionais que julgam suficiente adotar medidas como troca de lâmpadas e torneiras. No âmbito dos condomínios, há quem considere que basta reciclar o lixo. No sentido de fornecer parâmetros concretos para que todos operem o conceito de maneira embasada, o Secovi-SP e o CBCS elaboraram este caderno, no qual são apresentadas “Condutas de Sustentabilidade no Setor Imobiliário Residencial”.
Nosso objetivo não é apresentar um manual ou guia, mas esclarecer e orientar de forma simples e direta, por meio de um elenco de condutas que, uma vez observadas, vão nortear decisões e práticas.
Afinal, inserir aspectos de sustentabilidade nos empreendimentos imobiliários e saber comunicá-los pode trazer muitos benefícios aos seus empreendedores, entre eles melhores resultados econômicos, valorização da imagem corporativa e diferenciais competitivos. Ainda, menores riscos empresariais, alcançados por meio da concepção e implantação de produtos mais eficientes que elevam a qualidade de vida para seus usuários e reduzem gastos com o uso e manutenção do imóvel.
Referências relativas a legislações, protocolos ou estudos, bem como um detalhado glossário sobre temas usualmente empregados, completam esta obra absolutamente inédita no universo imobiliário.
Esperamos com esta publicação contribuir para a consolidação de princípios e, principalmente, a conscientização sobre a decisiva importância da sustentabilidade no presente e no futuro. Boa leitura!

Marcelo Takaoka
Presidente da CBCS
João Crestana
Presidente do Secovi-SP


Download

Faça aqui o download do Caderno de Condutas de Sustentabilidade no Setor Imobiliário Residencial.

http://www.secovi.com.br/files/Arquivos/caderno-de-sustentabilidade---online.pdf

Os oportunistas da Sustentabilidade

Os oportunistas da Sustentabilidade



Estou cansado desse papo de sustentabilidade permeando todos os produtos e campanhas que fazem parte do nosso dia a dia. Sabemos da responsabilidade (individual e também coletiva) que carregamos: o Planeta foi usurpado por muito tempo sem a atual preocupação de consumir os recursos naturais de forma que não afete as próximas gerações. Mas a impressão que tenho hoje é que escrever “sustentável” no enxoval de um produto/serviço se tornou uma forma clichê de dizer que se você (empresa) se preocupa e, muitas vezes, ainda se aproveita para tirar mais dinheiro do bolso dos seus consumidores com esse papo verde.
Meu avô dizia que “quem faz pra valer, não conta pra se vender”. E ele tem razão. Há muito tempo vi no Globo Repórter a história de um alemão que falsificou centenas de documentos e enganou o exército nazista para desviar um trem lotado de crianças judias com destino a câmara de gás, e assim salvá-las. Fez isso e não contou pra ninguém, até que 50 anos depois, a esposa – numa faxina no sotão de casa – encontrou esses documentos num baú… e levou a história a público. E quando o repórter questionou a razão dele não contar para ninguém, a resposta foi: fiz o que era preciso ser feito. Um herói silencioso (assista aqui).



Não é exagero dizer que hoje é o nosso futuro a caminho do holocausto: água, prata, ferro e hélio já são alguns dos recursos que estão perto do fim. E, embora exista uma artilharia de mensagens do tipo “somos uma empresa sustentável”, ainda são poucos os movimentos que nos ajudam a entender e fazer a nossa parte (em conjunto com as companias), sem lucrar mais ainda conosco. Falo por mim: pouco importa se meu banco, supermercado ou tv a cabo me dizem “somos sustentáveis”. Não posso acreditar nesses discursos, sabendo que grande parte dos maus tratos que nosso planeta sofre são consequências do crescimento econômico, que causa uma demanda maior na exploração dos recursos naturais.




“- Salvar o planeta ou faturar mais 100 bilhões, CEO?”Imagine só…


Filme "Capitão Planeta" é aposta do Cartoon Network

20/07/2011 - 12h10min

Filme "Capitão Planeta" é aposta do Cartoon Network

fonte: http://www.ospaparazzi.com.br/celebridades/filme-capitao-planeta-e-aposta-do-cartoon-network-4715.html

Lembra do desenho "Capitão Planeta"? OsPaparazzi mostra especial da atração dos anos 90 que vai virar filme

Da Redação
Os Paparazzi

capitão planeta desenho (Foto: Divulgação)
Especial Capitão Planeta; veja vídeo abaixo


"Perguntamos às pessoas qual era o seu desenho favorito nos anos 90. E 'Capitão Planeta' foi unanimidade". Quem afirma é Don Murphy, produtor de Hollywood de filmes como Transformers 3. Don Murphy e Susan Montford, em parceria com o Cartoon Network, estão preparando o filme do "Capitão Planeta". E a atualidade, segundo eles, é perfeita para o lançamento do eco-herói, o defensor do Meio Ambiente e da Sustentabilidade. "Terremotos no Japão, o derretimento de icebergs, o mundo está pedindo um filme do 'Capitão Planeta'", declarou Murphy à revista 'Variety'. "As mensagens de Capitão Planeta são ainda mais relevante hoje em dia".

A animação "Capitão Planeta", da DIC Entertainment e Hanna-Barbera, foi ao ar de 1990 a 1996 através das séries "Capitão Planeta e os Planeteiros'' e ''As novas aventuras do Capitão Planeta". Para o lançamento do longa-metragem, haverá uma parceria de Cartoon Network com a Angry Filmworks. 

Na opinião do crítico Ednelson Farias, o filme do "Capitão Planeta" pode ser comparado ao "Avatar" (2009), de James Cameron. "O Avatar é um filme que fala sobre cuidarmos do meio ambiente, totalmente contra a derrubada de árvores e o prejuízo à natureza. E o super herói Capitão Planeta é exatamente assim. Ele defende o mundo da poluição, protege a natureza, enfim, é um filme que promete deixar uma mensagem muito positiva, como fez James Cameron".

Informações sobre o elenco de "Capitão Planeta" ainda não foram divulgadas. Abaixo confira vídeo e outras informações sobre o desenho.



Especial Capitão Planeta



Capitão Planeta é um super-herói, criado nos anos 90, com poderes ligados aos cinco elementos (fogo, terra, água, vento e coração). As histórias do desenho eram sempre com mensagens de proteção ao meio ambiente. O Capitão Planeta foi criado pelo empresário americano Ted Turner. "Pela união de seus poderes, eu sou o Capitão Planeta!", é o bordão do super-herói. No fim dos episódios, o Capitão Planeta sempre destacava: "O poder é de vocês!". Lembra dos personagens que trabalhavam juntos com o Capitão Planeta? Quem é quem...

Gaia era o espírito da Terra, a protetora do planeta. Foi ela quem levou os 5 Protetores para sua casa na Ilha da Esperança. Gaia usa um vestido lilás com sandálias prateadas. O poder dela é a interação telepática e empatia espiritual com as pessoas. 
Kwame era o africano conservador do grupo. Ele viu florestas se transformarem em desertos e a vida selvagem desaparecer. O poder dele é a Terra. Ele pode criar pequenos terremotos, mover rochas para abrir fendas no chão e criar pequenas ilhas no meio do oceano. 
Wheeler era o jovem impulsivo de cabelos ruivos. Não tem muito conhecimento quando o assunto é ecologia. Está sempre paquerando Linka. Wheeler tem o poder do Fogo, podendo usar seu anel para criar chamas. 
Linka era a menina de cabelos loiros. Linka muitas vezes encara a situação humana à frente da ecológica, tomando as decisões mais frias do grupo. O poder de Linka é o Vento. Ela pode mudar a direção da corrente de ar, além de provocar pequenos tornados.
Gi, ou Gee, era fã de tecnologia e estudante de biologia. Ela adora surfar. O poder de Gi é a Água. Ela pode controlar pequenas quantidades líquidas, criar ondas, redemoinhos ou mesmo dar formas à água. 
Ma-Ti era o mais jovem do grupo. Sabe muito sobre ecossistema de florestas tropicais. Tem o poder do Coração. Ele pode se comunicar com animais através de telepatia.


Código Florestal e o "Triple Bottom Line": Ambiental, social e... econômico!

20/07/2011 - 11h34

Código Florestal pode encarecer indenizações de desapropriações


autoria: CAROLINA SARRES
DE BRASÍLIA

A reforma no Código Florestal, em análise no Senado, deve ter um impacto econômico até agora insuspeito: no valor das desapropriações para reforma agrária e criação de unidades de conservação.
Ao mudar os parâmetros de área de preservação no interior de propriedades, a nova lei aumentará a área produtiva --passível de indenização pelo poder público para fins de desapropriação.
Para especialistas ouvidos pela Folha, o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a dezenas de bilhões de reais.
"É uma caixa preta, cujos cálculos ninguém fez ainda", disse Herman Benjamin, ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e conselheiro do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
Ele cita uma única indenização, na década de 1990, para a criação do parque nacional da Serra do Mar, em Ubatuba (SP). Na época, foi desapropriada uma área de 13 mil hectares, por R$ 1 bilhão. Hoje, o Estado de São Paulo deve mais de R$ 7 bilhões em desapropriações ambientais.
De acordo com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o tema chegou a ser discutido entre o instituto e o Ministério do Meio Ambiente.
Como o código ainda não foi aprovado, não foi feito um cálculo de qual seria o gasto adicional em indenizações.
MUDANÇAS
O texto do novo Código Florestal sugere mudanças tanto em APPs (Áreas de Preservação Permanente) quanto em reservas legais. No caso das APPs, áreas hoje consideradas intocáveis, como encostas, passarão a ter possibilidade de uso agrícola.
Acontece que hoje as APPs não são contabilizadas como área produtiva de propriedades. Por isso, não são passíveis de indenização para fins de reforma agrária ou criação de unidade de conservação caso sejam ocupadas.
"No instante em que você legaliza, especialmente áreas de pasto, isso passa a ter valor econômico", diz Benjamin. "Haverá alteração de todas as ações indenizatórias, não só em curso, mas já transitadas em julgado e em etapa decisória. Serão bilhões de reais", afirma o ministro.
Flávio Botelho, professor de agronegócio da UnB (Universidade de Brasília), explica que desapropriações poderão ocorrer em áreas de expansão agrícola --como no sul da Amazônia, em Mato Grosso, no Maranhão e no Piauí.
"Regiões como o Sul e o Sudeste, que são mais ocupados, tendem a sofrer menos modificações", afirma.
Benjamin diz que a discussão sobre o tema não pode ser fundamentada em "miudezas", mas no debate das linhas principais do código. "A lei jamais contará com a unanimidade. É evidente que haverá divergências se forem discutidos os pormenores. Ruralistas e ambientalistas devem reconhecer que todos perderão um pouco."
Para ele, as grandes linhas de orientação da reforma são a separação entre o futuro e o passado --determinar quais áreas são passivo ambiental e precisam ser recuperadas-- e o esclarecimento de que os dispositivos futuros não serão flexibilizados no tratamento das florestas existentes daqui para a frente.

Culpa do fumante e não do cigarro!

20/07/2011 - 18h53

Bituca de cigarro causa fumaça em bueiro de Copacabana, no Rio



autoria: FÁBIO GRELLET
DO RIO

Após exalar fumaça, mais um bueiro assustou os moradores de Copacabana (zona sul do Rio), no início da tarde desta quarta-feira. O motivo, segundo a Light (concessionária de eletricidade responsável pelo fornecimento de energia no Rio), teria sido uma bituca de cigarro jogada na ventilação de uma câmara subterrânea.
Também nesta quarta, a explosão de um outro bueiro já havia causado pânico no centro da capital fluminense
Procurador pede abertura de investigação sobre bueirosEmpresa terá que fiscalizar 550 bueiros por dia no Rio
O bueiro situado na esquina da rua Bulhões de Carvalho com a avenida Rainha Elizabeth começou a exalar fumaça, causando pânico entre os pedestres que transitavam por essas vias. O trecho foi isolado e o trânsito chegou a ser parcialmente interrompido no local.
Segundo a Light, uma bituca de cigarro foi lançada na ventilação de uma câmara subterrânea e provocou a fumaça. Técnicos da empresa fizeram inspeção no local. Ninguém ficou ferido.
Só no mês de julho, já foram registrados pelo menos dez explosões de bueiros. O último foi na segunda-feira (18), em Botafogo, na zona sul da cidade. Um motoqueiro atingidopela tampa de ferro teve ferimentos na mão.
INSPEÇÃO
Ontem (19), a Prefeitura do Rio e o Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) fecharam um acordo para a contratação de uma empresa para serviço de monitoramento independente de bueiros na cidade.
A força-tarefa terá a responsabilidade de monitorar 500 caixas de inspeção e 50 câmaras transformadoras por dia útil. Por mês, deverão ser fiscalizadas 10 mil caixas de inspeção e mil câmaras transformadoras.
A medida é uma tentativa de evitar novas explosões de bueiros --nos últimos 13 meses, pelo menos 19 explodiram nas zonas norte, sul e central.
De acordo com o Crea-RJ, só a Light mantém 4.000 câmaras transformadoras --que são bueiros maiores, com transformadores-- e 20 mil caixas de inspeção --bueiros menores, por onde passam apenas fios ou canos.
Outras concessionárias, como a CEG e empresas de telefonia, também usam bueiros para acesso à rede subterrânea.

Paraíso tropical numa estufa?


Antártida já foi paraíso tropical, diz cientista

Atualizado em  20 de julho, 2011 - 11:00 (Brasília) 14:00 GMT


Uma pesquisadora britânica afirmou que a Antártida era um paraíso tropical há cerca de 40 milhões de anos.
Icebergs flutuam no mar em Cierva Cove, na costa da Antártida (Arquivo/BBC)
Cientista britânica afirmou que Antártida tinha clima tropical












Segundo Jane Francis, do Colégio de Meio Ambiente da Universidade de Leeds, o continente gelado, que hoje apresenta uma camada de quatro quilômetros de gelo, passou a maior parte dos últimos cem milhões de anos como uma região de clima quente e fauna rica.

"Era assim há cerca de 40 milhões de anos. Durante a maior parte da história geológica da Antártida a região estava coberta por bosques e desertos, um lugar que tinha um clima quente", disse Francis à BBC Mundo.
"Muitos animais, incluindo dinossauros, viviam na região. Foi no passado geológico recente que o clima esfriou", acrescentou.
A cientista afirma ainda que provavelmente, o clima mais ameno no passado da Antártida "foi causado por elevados índices de dióxido de carbono na atmosfera".
"Se continuarmos emitindo grandes quantidades de dióxido de carbono, esquentando o planeta, poderíamos chegar à mesma situação em que voltariam a aparecer animais e bosques na Antártida", acrescentou a cientista.
Derretimento
De acordo com cientistas, há 50 milhões de anos havia mais de mil partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono na atmosfera, o que esquentou o planeta a ponto de derreter todas as camadas de gelo.
Nos últimos anos a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera apresentou um aumento, passou de 280 ppm registradas na era pré-industrial para 390 ppm no presente, o que aumentou em um grau as temperaturas globais.
Os especialistas afirmam que, continuando com este ritmo de crescimento, de cerca de 2 ppm por ano, será necessário muito tempo para que se chegue aos mil ppm. Mas, o problema, segundo os especialistas, é que, quando chegarmos aos 500 ppm já começaremos a observar o derretimento de uma grande parte das calotas de gelo.
"A diferença é que, no passado, o aquecimento ocorreu devido a causas naturais como vulcões. E ocorreu em um período muito grande de tempo, os animais e plantas tiveram tempo de se adaptar", disse Jane Francis à BBC.
"Mas o problema com a mudança climática atual, que está sendo provocada principalmente por fatores humanos, é que está ocorrendo muito depressa, em comparação a como poderia ocorrer em um período geológico normal, por isso não vamos ter muitas oportunidades para nos adaptar", afirmou.
Urgência
A cientista da Universidade de Leeds afirma que os governos de todo o mundo estão trabalhando para reduzir as emissões de dióxido de carbono, mas destaca que os esforços precisam ser maiores.
Alguns céticos afirmam que agora é tarde para evitar o aquecimento global e que devíamos nos concentrar mais na adaptação para as novas condições climáticas.
Mas, para Jane Francis, esta é uma postura muito pessimista. A cientista afirma que deveríamos nos concentrar em fazer mais para evitar o aquecimento global e mais rapidamente.