sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Redução do fumo nos EUA salvou 8 milhões em 50 anos, diz pesqui

08/01/2014 09h38 - Atualizado em 08/01/2014 09h38

Redução do fumo nos EUA salvou 8 milhões em 50 anos, diz pesquisa

Pessoas que tiveram morte evitada ganharam, em média, 19 anos de vida.
Outro estudo aponta que índice de tabagismo entre as mulheres caiu 42%.



Do G1, em São Paulo
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Mulher fumante tem mais chance de ter aneurisma cerebral (Foto: Reprodução / EPTV)Mulheres passaram a fumar menos
(Foto: Reprodução / EPTV)
Estudo aponta que o controle de tabaco nos Estados Unidos salvou 8 milhões de vidas nos últimos 50 anos. A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (8) na revista científica "The Journal of the American Medical Association (JAMA)".
Os pesquisadores apontam que 17,7 milhões de pessoas morreram por conta do uso do cigarro entre os anos de 1964 e 2012.
Em geral, 8 milhões de vidas foram salvas com o controle do tabaco durante este período de tempo (5,3 milhões de homens e  2,7 milhões de mulheres). Mais de metade das vidas foram "salvas" antes dos 65 anos (4,4 milhões).
A partir de 1964-2012, estima-se que um ganho de 157 milhões de anos de vida estava associado ao controle do tabaco, 111 milhões para os homens e 46 milhões para as mulheres. Isto sugere que os indivíduos que tiveram a morte evitada por conta do tabagismo ganharam, em média, 19,6 anos de vida, segundo os autores da pesquisa.
Mulheres fumam menos
Outra pesquisa publicada no mesmo dia no "JAMA" aponta que o tabagismo caiu 42% entre as mulheres e 25% entre os homens nos últimos 32 anos. Porém, por conta do crescimento da população, o número de fumantes aumentou (41% entre os homens e 7% entre as mulheres), bem como cresceu 26% o número de cigarros consumidos.

A pesquisa para estimar os níveis e as tendências na prevalência do tabagismo por idade e sexo e consumo de cigarros foi feita entre os anos de 1980 e 2012 por 187 países. O estudo apontou que a consumo diário de cigarro caiu de 41% para 31% entre os homens e 10,6% para 6,2% entre as mulheres.

Esta diminuição ocorreu em três fases: progressos modestos entre 1980 a 1996, seguido por uma década de progresso global mais rápido e, em seguida, uma redução mais tímida de 2006 a 2012.
Enquanto a prevalência diminuiu, devido ao crescimento da população de mais de 15 anos de idade, tem havido um aumento do número de homens e mulheres que fumam diariamente.
Cresceu de 721 milhões em 1980 para 967 milhões em 2012, sendo um aumento de 41% de homens que fumam todos os dias e 7% de mulheres de mantêm o mesmo hábito. Entre 1980 e 2012, o número de cigarros consumidos em todo o mundo aumentou 26%.

Consumo menor de cigarro força substituição do cultivo do tabaco

08/01/2014 07h03 - Atualizado em 08/01/2014 09h26

Consumo menor de cigarro força substituição do cultivo do tabaco

Em Santa Catarina, agricultores se viram obrigados a diversificar a lavoura.
Plantio de produtos orgânicos tem sido uma boa alternativa.



Do Globo Rural
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Em Santa Catarina, agricultores acostumados a cultivar tabaco se viram obrigados a diversificar a lavoura. O motivo é a diminuição de fumantes. E o plantio de produtos orgânicos tem sido uma alternativa.
Em Santa Rosa do Sul, extremo sul do estado, o agricultor Niozé de Matos não vê boas perspectivas para as próximas safras. A produção, que já foi de 100 mil pés há cinco anos, hoje não passa dos 45 mil. "Eu tinha uma produção bem grande e estou baixando ano a ano. A tendência é acabar com ele e em uns dois anos passar para outra atividade", afirma ele.
O consumo de tabaco no Brasil tem diminuído, em média, 6% ao ano, o que já fez com que cerca de 21 mil famílias deixassem o plantio. Ainda assim, há sobra de estoque no mercado.
Com mais oferta do que procura, os produtores começaram a buscar alternativas de culturas. Dos 8 hectares que era destinados do fumo, Niozé já usa 2 para plantação de banana orgânica. Para isso, ele recebe assistência técnica de uma cooperativa de engenheiros agrônomos vinculados ao Programa Nacional de Diversificação.
Na propriedade de Joreni dos Santos, o fumo foi descartado há três anos. Ela teve um prejuízo de R$ 25 mil depois de perder duas safras seguidas por causa do tempo. Tudo começou com o maracujá e agora a família já cultiva hortaliças e até galinhas. “Com o fumo a gente trabalhava triste, sem lucro, e agora temos a recompensa”, diz.
A família de Joreni consegue uma renda de R$ 2 mil por mês vendendo os produtos para o mercado local. Ela quer investir ainda mais nos orgânicos, porque têm mais valor.

Nova Iorque proíbe cigarros eletrônicos em locais públicos

EUA Nova Iorque proíbe cigarros eletrónicos em locais públicos
A cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, proibiu o uso de cigarros eletrónicos em locais públicos. Segundo a agência EFE, a estes novos cigarros são aplicadas as mesmas regras de todos aqueles que têm por base o tabaco. Em causa, está a quantidade de nicotina do vapor de cada cigarro.
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Nova Iorque proíbe cigarros eletrónicos em locais públicos
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O Conselho Municipal de Nova Iorque, nos Estados Unidos, proibiu o uso de cigarros eletrónicos em locais públicos.
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Esta medida inclui-se no programa ‘Ar sem Fumo’, que tem como objetivo banir desses locais qualquer tipo de substâncias tabagísticas.
Em causa, revela a agência, estão os riscos que o fumo – seja de tabaco, como do vapor da nicotina, fruto dos cigarros eletrónicos – pode causar para a saúde pública.
Enquanto os cigarros convencionais emanam fumo, os eletrónicos deitam um vapor mas a quantidade de nicotina presente é a mesma em ambos.