segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Concreto biológico cria fachadas verdes naturalmente


SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Concreto biológico cria fachadas verdes naturalmente. 21/12/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=concreto-biologico-fachadas-verdes. Capturado em 30/12/2012. 

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/12/2012


Concreto biológico cria fachadas verdes naturalmente
Além do conforto térmico, o prédio deverá mudar de cor ao longo das estações. [Imagem: UPC]
Fachadas vivas
Pesquisadores espanhóis desenvolveram um concreto biológico do qual crescem líquens e musgos naturalmente depois que a construção fica pronta.
O objetivo é criar prédios com "fachadas vivas", de forma a melhorar o conforto térmico interno e evitar gastos de energia com aquecimento e ar-condicionado, dependendo da estação.
Segundo a equipe, a incorporação dos microrganismos no próprio concreto oferece vantagens ambientais, térmicas e ornamentais em relação a outras técnicas de arquitetura verde.
"A inovação deste novo concreto é que ele se comporta como um suporte para o crescimento biológico natural e o desenvolvimento de certos organismos biológicos, particularmente certas famílias de algas, fungos, líquens e musgos," afirmam Antonio Aguado e seus colegas da Universidade de Granada.
"A ideia é também que as fachadas construídas com o novo material mostrem uma evolução temporal por descoloração, dependendo da estação do ano, bem como da família de organismos predominantes. Com esta técnica podemos evitar o uso de outras vegetações, para evitar que as raízes estraguem a construção," concluem.
Cimento com semente
Para viabilizar o projeto, equipe desenvolveu uma técnica para o crescimento acelerado dos microrganismos a partir de materiais à base de cimento.
O primeiro protótipo usa um derivado carbonatado do cimento Portland tradicional, de forma a obter um pH em torno de 8.
O segundo protótipo usa um cimento de fosfato de magnésio, um aglomerante que é ligeiramente ácido, dispensando tratamento para redução do pH.
Para garantir a colonização do material pelos microrganismos, os pesquisadores também ajustaram a porosidade e a rugosidade do concreto.
O processo foi patenteado, mas os pesquisadores trabalham ainda para acelerar ainda mais o crescimento dos líquens - o objetivo é que a fachada verde fique atraente em no máximo um ano depois do término da construção.
Concreto biológico
O concreto biológico consiste de uma placa de concreto, que faz o papel de elemento estrutural, à qual são adicionadas três camadas.
A primeira é de impermeabilização, evitando que a umidade passe para dentro do edifício.
A segunda é a camada biológica propriamente dita, com uma estrutura interna que permite a captação de água da chuva para os musgos e líquens.
Por último, é aplicada uma camada de impermeabilização inversa, que garante a manutenção da umidade na segunda camada.

Brasileiros poderão fornecer energia de graça para concessionárias


http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sistema-geracao-domiciliar-energia&id=010175121218

Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/12/2012

Oportunidade perdida
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou uma resolução que permite que os consumidores brasileiros tornem-se também geradores de eletricidade a partir de fontes renováveis.
A regulamentação da micro e minigeração distribuída vem sendo discutida pela Agência desde 2010, quando foi realizada uma consulta pública para discutir o tema. Em 2011, foi realizada uma Audiência Pública sobre a minuta da resolução e em abril de 2012 a Diretoria da Agência aprovou o texto.
A Resolução Normativa nº 482/2012 entrou em vigor nesta segunda-feira (17).
O texto, porém, está longe de modernizar o sistema de geração elétrica brasileira e criar uma verdadeira geração distribuída de energia.
Em vez de incentivar os consumidores a instalar equipamentos para geração de energia renovável na medida de sua capacidade de investimento, a agência limita essa geração domiciliar ao consumo da residência.

Inexplicável
Os geradores domésticos - consumidores pessoa física ou empresas - deverão utilizar fontes renováveis de energia, o que inclui energia eólica, energia solar, biomassa ou pequenas hidrelétricas.
A resolução abrange dimensões consideradas como microgeração - até 100 kW - e minigeração - até 1 MW.
O consumidor que gerar energia poderá consumir o que necessitar e fornecer o excedente à empresa de energia.
A potência máxima da geração será ditada pela capacidade da carga instalada na residência, embora seja possível solicitar aumento à concessionária.
A limitação real, contudo, aparece quando se trata do pagamento pela energia fornecida à concessionária: o pagamento virá na forma de créditos para abatimento na própria conta de luz.
"Para fins de compensação, a energia ativa injetada no sistema de distribuição pela unidade consumidora, será cedida a título de empréstimo gratuito para a distribuidora, passando a unidade consumidora a ter um crédito em quantidade de energia ativa a ser consumida por um prazo de 36 (trinta e seis) meses," estabelece a resolução.
Caso produza mais do que consuma, o consumidor-gerador poderá repassar o crédito apenas para outras residências de sua propriedade, cadastradas sob o seu próprio CPF.
Se não utilizar os créditos no prazo de 36 meses, o crédito simplesmente expira, e o consumidor não recebe nada pela energia que forneceu - a resolução trata sempre de créditos de energia, e não créditos financeiros.
Prazos
As distribuidoras terão até 15 de dezembro de 2012 para se adequar às novas regras.
A partir de então, as empresas deverão estar preparadas para receber o pedido de instalação de micro ou minigeração distribuída.
Mas a conexão efetiva da geradora residencial à rede deverá demorar mais.
Segundo a ANEEL, o efetivo faturamento das primeiras unidades consumidoras no sistema de compensação de energia deverá ocorrer somente após março de 2013, considerando os prazos desde a solicitação do consumidor até a aprovação do ponto de conexão pela distribuidora.

Fundação SOS Mata Atlântica destaca projetos sustentáveis realizados em 2012



28 de December de 2012 • Atualizado às 14h53


Neste ano, a ONG reafirmou seu compromisso com o meio ambiente assumindo diversos projetos. | Foto: André Ribeiro/CC
Criada em 1986 por cientistas, empresários e jornalistas, a Fundação SOS Mata Atlântica já atua há 26 anos conservação da diversidade biológica e cultural do bioma Mata Atlântica e os ecossistemas sob sua influência. Neste ano, a ONG reafirmou seu compromisso com o meio ambiente assumindo diversos projetos.  
Confira alguns destaques do ano da ONG que fez a diferença em 2012:

A situação dos Remanescentes Florestais de Mata Atlântica em 2012
Em 27 de maio, data em que é comemorado o Dia da Mata Atlântica, a Fundação e o Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais) divulgaram os dados atualizados sobre do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica referentes ao período de 2010 a 2011. O monitoramento contou com o patrocínio do Bradesco Cartões e execução técnica da Arcplan.
Da área total do bioma Mata Atlântica, 1.315.460 quilômetros quadrados, foram avaliados no levantamento 1.224.751 quilômetros quadrados , o que corresponde a cerca de 93%. Entre os Estados avaliados, Minas Gerais e Bahia seguem como aqueles em situação mais crítica, sobretudo nas regiões com matas secas. A floresta continua reduzida a apenas 7,9% de sua cobertura original.
“A conservação e a proteção desse bioma tão ameaçado continuam sendo nossas grandes lutas. Os recursos naturais e os serviços ambientais da Mata Atlântica são essenciais para a sobrevivência de mais de 118 milhões de habitantes que vivem sob seus domínios”, enfatiza Marcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento e coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica.

 Políticas Públicas
O projeto de Lei que alterou o Código Florestal Brasileiro foi uma das reformas mais discutidas durante 2012, mobilizando milhões de assinaturas e manifestações pelos vetos presidenciais. Por meio das áreas de Políticas Públicas, de Mobilização e da Rede das Águas, a Fundação SOS Mata Atlântica atuou fortemente nestas questões, com protestos, coletas de assinaturas e a participação nas sessões no Congresso, em audiências públicas e eventos sobre o assunto.
Durante todo o ano o foi mantido o apoio ao movimento Floresta Faz a Diferença, que lançou novas campanhas, como o Cartão Vermelho aos Parlamentares que Querem Piorar o Código Florestal e Não Vote em quem Votou Contra as Florestas. A população demonstrou também nas urnas seu desejo pelo “veto” ao Código Florestal: 75% dos candidatos “cartão vermelho” (que votaram pelo enfraquecimento do Código e disputavam o cargo de prefeito) não foram eleitos. Além disso, no evento Viva a Mata, cerca de duas mil pessoas se reuniram na manifestação #VetaTudoDilma, pedindo à Presidente o veto integral do Novo Código Florestal.
A Fundação se envolveu também com mobilizações e debates da Rio+20, lançou a Plataforma Ambiental aos Municípios 2012 e ajudou mais cidades a elaborarem seus Planos de Mata Atlântica. Previsto na Lei da Mata Atlântica, esse documento reúne e normatiza os elementos necessários à proteção, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica nas cidades abrangidas pelo bioma. Neste ano, Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, foi a terceira cidade brasileira a concluir seu plano. Ainda com o apoio da Fundação, mais 15 municípios do Rio de Janeiro estão produzindo seu plano, entre outras cidades.

Campanha Veteranas de Guerra
No Dia da Árvore, 21 de setembro, a Fundação SOS Mata Atlântica lançou a campanha Veteranas de Guerra, uma criação da agência F/Nazaca Saatchi & Saatchi. Com a participação do botânico Ricardo Cardim, foram selecionadas 20 das árvores mais antigas da capital paulista, espécies nativas da Mata Atlântica que receberam medalhas de honra e uma placa de bronze em homenagem e agradecimento pelos serviços prestados à população.
 Zelando também pela lembrança da relevância dessas que são verdadeiras “sobreviventes do asfalto”, a campanha conquistou em novembro seu primeiro prêmio na categoria, levando o bronze na categoria Craft TV & Vídeo, da premiação argentina El Diente, a mais importante do mercado publicitário argentino.

Nosso Verde Também Depende do Azul
Durante 2012, a Fundação trabalhou a relação entre as zonas costeiras, ecossistemas marinhos e a Mata Atlântica, baseando-se no conceito “Nosso Verde Também Depende do Azul”, tema do evento em comemoração ao dia nacional da Mata Atlântica (27/05), Viva a Mata 2012. Em sua oitava edição, ele recebeu mais de 100 mil pessoas e atividades e projetos de 80 expositores de todo o Brasil. O evento contou com o patrocínio do Banco Bradesco e da Natura e o apoio da Rede Globo, da Rádio Estadão ESPN, da TAM e da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo.
Também no Viva a Mata 2012 foi inaugurado o quarto ciclo da mostra itinerante “A Mata Atlântica é aqui”. O público pode conferir a exposição “Nosso Verde Depende do Azul”.
De maio a dezembro de 2012, com patrocínio do Bradesco Cartões, Natura e Volkswagen Caminhões & Ônibus, a exposição visitou 10 cidades, contabilizando mais de 100 dias de atividades de educação ambiental.
Outros eventos foram destaque durante o ano, como a distribuição de 120 mil mudas no Faça Parte da Paisagem, que marcou o Dia da Árvore em setembro, e pelo menos 50.000 pessoas interagiram diretamente com a Fundação em eventos como a Semana do Meio Ambiente, Adventure Sports Fair e Virada Sustentável.
Esses são apenas alguns dos destaques da ONG, entre no site para conhecer mais sobre o trabalho realizado pela fundação.