domingo, 23 de setembro de 2012

Bike Sampa


22/09/2012 - 07h35

Sistema de empréstimo de bikes em SP ganha mais quatro estações

DE SÃO PAULO


O Bike Sampa, sistema de empréstimo de bicicletas que só cobra do ciclista depois de meia hora de uso, ganhará mais quatro estações a partir deste sábado (22), o Dia Mundial Sem Carro.

Com as novas instalações, serão 30 pontos de retirada e devolução que funcionam nas regiões da Vila Mariana, Vila Nova Conceição, Jardins, Paraíso, além dos novos pontos localizados no Itaim Bibi e Vila Olímpia. Ao todo, são 300 bicicletas disponíveis.
As novas estações fazem parte da segunda etapa de expansão do programa, que desde o mês passado está aumentando o número de pontos de empréstimo. A previsão é que, até o fim do ano, sejam cem estações e mil bikes disponíveis.
Jorge Araújo-20.jul.12/Folhapress
Bicicletas do Bike Sampa no lançamento do serviço; mais quatro estações abrem neste sábado (18)
Bicicletas do Bike Sampa no lançamento do serviço; mais quatro estações abrem neste sábado (18) em SP
planejamento prevê que até 2014 sejam compartilhadas 3.000 bicicletas disponibilizadas em 300 estações espalhadas em diversas regiões da capital paulista.
O Bike Sampa é continuidade do projeto Bike Rio, iniciado em outubro de 2011 na capital fluminense.
A primeira meia hora de uso é gratuita, depois paga-se R$ 5 a cada 30 minutos adicionais. A bicicleta pode ser devolvida em qualquer estação. Se o intervalo entre um empréstimo e outro (não há limite de empréstimos diários) for de ao menos 15 minutos, não há cobrança.
A estação localizada próxima à estação Brigadeiro do metrô é a campeã de retiradas. Já a primeira em devoluções é a que fica no portão 9 do parque Ibirapuera.
O serviço estará disponível todos os dias, das 6h às 22h. O usuário deve se cadastrar previamente pela internet --mais de 25 mil pessoas já estão cadastradas.
O Bike Sampa é uma parceria da prefeitura com três empresas: Samba, Sertell e Itaú-Unibanco. Como contrapartida pelo patrocínio do sistema, o Itaú pode exibir sua marca nas bicicletas, como já faz no Rio. Bradesco, AES Eletropaulo e Ambev também mostram interesse em patrocinar sistemas semelhantes em São Paulo.

ENDEREÇOS DAS NOVAS ESTAÇÕES:
  • Rua Brasília, esquina com a rua Joaquim Floriano (Itaim Bibi)
  • Rua Antônio Bento, esquina com a rua Veneza (Itaim Bibi)
  • Rua General Mena Barreto, esquina com a rua Henrique Martins (Itaim Bibi)
  • Rua Egito, esquina com a rua Santa Justina (Vila Olímpia)

A casa do futuro deverá ser de fato sustentável


22/09/2012 - 17h47

O lar do futuro não será minimalista, frio e asseado


Guto Requena é arquiteto graduado pela USP. Foi pesquisador do Nomads (Núcleo de Estudos de Habitares Interativos) entre 2000 e 2008 e professor de design na escola Panamericana e no Instituto Europeu de Design. É apresentador e roteirista do programa "Nos Trinques", do canal GNT. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, no caderno "Imóveis".

Observar as transformações que acontecem dentro de casa pode ser um bom exercício para entender em que direção estamos indo em relação à arquitetura, ao design e à tecnologia.
Nossas casas são construídas hoje pela sobreposição de átomos e bits. Tornaram-se híbridas e são também um ponto de aglutinação de informação, um lugar estratégico que reúne imagens, palavras e sons vindos do ciberespaço.
Por outro lado, a noção de lar, também graças à internet, expandiu-se para territórios simbólicos - levo minha "casa" comigo pelo mundo, no celular, no computador, nas redes sociais.
A maior parte de nós, no entanto, continua vivendo em residências que reproduzem o modelo tripartido do século 18, que divide o espaço em áreas social, íntima e de serviços em ambientes compartimentados e estanques. O formato clássico foi herdado da burguesia francesa e amplamente disseminado no mundo ocidental.
Mas, se o futuro chegou, a casa que vai representar esse novo tempo deverá se basear não mais em cômodos e hierarquias, mas nas atividades que exercemos ali.
Não fará sentido projetar quarto, sala e cozinha, mas sim espaços para dormir, entreter-se, trabalhar, preparar refeições e cuidar do corpo, por exemplo.
A casa do futuro deverá ser de fato sustentável. Terá ambientes e móveis flexíveis, que se transformarão constantemente para se adequar às nossas necessidades, amparando os novos grupos familiares e a diversidade que seu cotidiano exige.
Nossa casa será um sistema aberto, colaborativo e seremos todos co-designers desses espaços.
Ao contrário do que se explorou em romances e filmes de ficção científica, o lar do futuro não será tão minimalista, frio e asseado como imaginávamos.
Ele será, mais do que nunca, um estoque físico e virtual de memórias e afetos. Uma mistura em construção de objetos de família, lembranças de viagens e pessoas amadas, adicionada a interfaces digitais que nos ajudarão a expandir e a armazenar lembranças e sentimentos.
O futuro será mais aconchegante do que imaginávamos.

Protocolo de Quioto...


Grupo pede que 2ª etapa do Protocolo de Quioto seja definida até a COP 18

Brasil, África do Sul, Índia e China divulgam documento conjunto para a Conferência da ONU

21 de setembro de 2012 | 16h 58


Agência Brasil
Brasília – Reunidos em Brasília, os representantes do Basic (Brasil, África do Sul, Índia e China) defenderam nesta sexta-feira, 21, que é fundamental a 18ª Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP18) avançar na elaboração da segunda etapa do Protocolo de Quioto – que estabelece as metas de redução de emissões de gás de efeito estufa para os países desenvolvidos.
Veja também:

Representantes do Basic se reuniram em Brasília - Eraldo Peres/AP
Eraldo Peres/AP
Representantes do Basic se reuniram em Brasília


A COP18 ocorrerá entre novembro e dezembro, em Doha, no Catar, e terá a participação de representantes de 190 países. O objetivo do Basic é garantir meios para que parcerias políticas integrem todos os países na busca por soluções comuns para o fim dos efeitos das mudanças climáticas no mundo, como os acidentes naturais (terremotos e maremotos, entre outros) e a elevação do nível do mar.
Em um texto de seis páginas e 17 parágrafos, as autoridades divulgaram uma declaração conjunta reiterando que é essencial reafirmar os compromissos definidos como metas na busca de soluções para os problemas causados pelas mudanças climáticas no planeta. O documento será apresentado durante a COP18.
Técnicos, especialistas e negociadores analisam minuciosamente as propostas encaminhadas por cada delegação. Há cinco anos, o Basic busca acordo para elaborar um documento comum a ser apresentado nas várias conferências realizadas ao longo deste período.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, coordenaram a reunião que ocorreu na manhã desta sexta-feira, da qual participaram também representantes da Argentina, da Argélia, de Barbados e do Catar.
"Isso é um trabalho do esforço do Basic e do G77 [grupo de países em desenvolvimento] de buscarmos caminhos que possam unir politicamente o mundo na questão do clima", disse Izabella Teixeira.
O vice-ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Xie Zenhua, reiterou que todos os países – desenvolvidos e em desenvolvimento – devem buscar aumentar suas metas para a redução de gases de efeito estufa. "Os países desenvolvidos devem discutir como aumentar a redução e a intensidade", alertou.
A preocupação das autoridades brasileiras é que os atuais termos vigentes do Protocolo de Quioto expiram no final deste ano. Por isso, os países em desenvolvimento pedem, na declaração, que as negociações sobre as metas sejam definidas com rapidez. A ideia é que novos compromissos sejam adotados e chancelados para que passem a valer a partir de janeiro de 2013.
Para a ministra, essas medidas podem assegurar "caminhos mais objetivos para a negociação da Plataforma Durban". A plataforma foi proposta na última Conferência de Clima (COP17), em Durban, África, em dezembro de 2011. O objetivo é alinhavar um acordo global fixando compromissos dos países para a redução de emissões de gases. A plataforma deve substituir, a partir de 2020, o que ficou definido pelo Protocolo de Quioto.

Apesar da descrença de especialistas, o governo brasileiro espera que as negociações avancem na COP18. "Entendemos que as ambições que estão presentes na mesa dos países desenvolvidos estão muito aquém daquilo que a ciência e o desafio político da negociação nos impõem no diálogo em Doha e pós-Doha", disse Izabella Teixeira.