sábado, 16 de julho de 2011

Cigarro sustenta lojas de conveniências...

sábado, 16 de julho de 2011 7:31

Cigarro sustenta lojas de conveniências



autoria: Pedro Souza 
Do Diário do Grande ABC

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Os consumidores do Grande ABC são melhor atendidos quando vão ao posto de gasolina do que a médianacional. Isso porque 36% desses estabelecimentos na região têm uma loja de conveniência, contra apenas 16% no País.
E se engana quem acredita que esses estabelecimentos são mantidos com a venda de bebidas, salgadinhos e chicletes. Cerca de 50% do faturamento do setor é formado pelo comércio de cigarros. As informações são do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do ABCDMRR) e do Sindicato Nacional dasEmpresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes.
O Grande ABC possui 357 postos de combustíveis e nesses estabelecimentos estão 132 lojas de conveniências. Santo André ocupa a liderança no ranking, com 40 unidades. Rio Grande da Serra é a lanterninha, com apenas dois desses comércios.
O faturamento médio do setor, para aquelas lojas que estão mais próximas dos centros, gira em torno de R$ 35 mil ao mês. Por outro lado, a receita das conveniências em áreas periféricas varia entre R$ 12 mil e R$ 18 mil mensais. Mas em todas as situações, a demanda por cigarros, cigarrilhas, charutos e fumo respondem por cerca de 50% dessas vendas.
QUEM COMPRA? - Os clientes que mais compram cigarro são aqueles que param para abastecer os veículos, 80% do total. O restante (20%) é pedestre. "Entre as vendas, 90% são de cigarros comuns e 10% são especiais, com sabor. Esses são mais procurados pelos públicos jovem e feminino", contou o vice-presidente do Regran, Wagner de Souza.
Ele também é proprietário de loja de conveniência em São Bernardo, e conta que a margem de lucro é pequena com cigarro, entre 6% e 10%, o que é suprido pelos demais produtos.
Somente nesses estabelecimentos da região, a tabacaria é responsável pela geração de, aproximadamente, R$ 1,5 milhão ao mês. O faturamento das lojas está na margem dos R$ 3,1 milhões mensais. Na média nacional, cigarros e charutos representaram 30% da receita do segmento em 2010, segundo o Sindicom. Mas, no ano passado, o faturamento de cada loja no País, atingiu R$ 67 mil, tendo em vista que R$ 20 mil eram de tabacaria.
Alimentação, bebidas não-alcoólicas e demais produtos, como publicações e higiene, têm o segundo posto nas vendas das conveniências do Grande ABC, com 30% de representatividade. No País, esse grupo de produtos é responsável por fatia maior, de 53,2%.
Lúcia Cordeiro de Oliveira é proprietária de uma loja em Ribeirão Pires, mas não vende cigarros. Ela garantiu seu faturamento, em grande parte, provém de gastos com alimentação, já que vende, além das guloseimas, pratos feitos.
BEBIDA - As bebidas alcoólicas são a terceira cesta de produtos mais interessante para as lojas. Esse consumo, que é praticado principalmente durante a noite e em fins de semana, gera 20% do faturamento dessas empresas. Só em Mauá que isso não ocorre porque lei municipal proíbe que as 12 lojas, nos postos, vendam esse produtos.
A sócia-proprietária de um restaurante e conveniência em posto de Mauá Emilia Hatsue Motomura afirmou que foi prejudicada com a norma. "Meu faturamento chegou a ser reduzido em até 40%. Algumas famílias não vem mais comer aqui e é bem difícil reconquistá-las", explicou.

Green goal: Castelão





Estádio Verde: Castelão será um legado para as futuras gerações PDF
Sex, 15 de Julho de 2011 16:39

fonte: http://www.ceara.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/3803-estadio-verde-castelao-sera-um-legado-para-as-futuras-geracoes
Assessoria de Comunicação da Secopa
Lisiane Linhares e Raquel Mourão ( lisiane@secopa.ce.gov.br / 85 3295.1927)

banner_maquete_castelao23Reduzir. Reutilizar. Reciclar. A regra dos três erres entra em campo quando o assunto é a preservação do meio ambiente. A busca pela sustentabilidade é perseguida todos os dias na obra de reforma, ampliação, modernização e adequação do Estádio Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão, para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. Segundo o secretário especial da Copa 2014, Ferruccio Feitosa, a iniciativa gera impacto não só local, mas nacional. “Este é um importante momento para conscientizar todas as sedes da necessidade de se criar uma unidade em prol de um grande projeto de desenvolvimento econômico e ambiental para o nosso Brasil”.

Pensando nisso isso, o consórcio responsável pela execução do projeto vem desenvolvendo uma série de ações de curto, médio e longo prazo para construir um estádio verde, sustentável e ecologicamente correto. Com uma consultoria contratada especialmente para orientar todo o processo, as ações começam no canteiro de obras. O consórcio construtor, formado pelas empresas Galvão e Andrade Mendonça, possui um Sistema de Gestão Ambiental certificado que busca o uso racional do dos recursos naturais e a preservação da biodiversidade com uma melhor administração dos resíduos sólidos produzidos.

Um exemplo disso é a usina de reciclagem que foi montada dentro do canteiro de obra, onde todo o concreto obtido das demolições está sendo reciclado para ser usado na pavimentação do novo estacionamento. O respeito ao meio ambiente está tão presente no dia-a-dia da obra que foi implantado um “lava-rodas” de caminhões, um sistema para evitar sujeira no entorno da construção, bem como o desgaste do solo.

A meta é desviar de aterros sanitários 75% dos resíduos gerados na construção do estádio. Outro exemplo é a antiga coberta do estádio. A parte metálica da cobertura, bem como a estrutura de aço do que foi demolido, está sendo cuidadosamente separada e destinada para reciclagem. Além disso, os materiais que ainda estão bons para uso estão sendo doados e destinados para seu uso original. Ao todo, mais de treze cidades foram beneficiadas com doações de quase 60 mil cadeiras, placares eletrônicos, gramado e cobertura dos bancos de
reserva, entre outros.

De olho no futuro

Disseminadas em todo o ciclo de vida da obra, as ações ganham continuidade com as equipes de projetistas. Desde a compra de materiais até os projetos de arquitetura, hidráulico, elétrico, luminotécnico e de automação, cada detalhe é pensado minunciosamente para construir a sustentabilidade no estádio.

Com todas essas inovações, o Castelão será um exemplo de estádio verde, sustentável, apto a receber um dos principais selos verdes, a certificação internacional Leed, que em inglês significa Liderança em Energia e Design Ambiental. No plano nacional, o consórcio responsável pela obra já obteve o certificado ISO 14001.

Hidráulico - O Castelão contará com sistema eficiente de reaproveitamento da água da chuva para a irrigação do campo e para os sanitários. Além disso, serão utilizados metais e louças com menor consumo de água, como descargas Dual Flush e torneiras com temporizadores.

Elétrico, Luminotécnico e Automação - Com o objetivo de reduzir o consumo de energia nos edifícios, todos os aparelhos de ar condicionado serão trocados por modelos mais eficientes e econômicos. Além disso, a nova arena terá sensores de presença para iluminação, tudo pensado para evitar desperdício.

Especificação de materiais - Serão usados na obra portas com selo 100% FSC. Esse selo é internacional e aprovado pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal que garante que a madeira extraída vem de florestas de manejo. O cuidado chega ainda no uso de tintas, colas e selantes, entre outros materiais usados no dia-a-dia da obra. Tudo é escolhido para garantir a qualidade do ar e dos ambientes tanto para quem os aplica quanto para quem vai utilizar os ambientes no futuro.

Arquitetura - A coberta do estádio será translúcida para evitar o efeito “ilha de calor”. Outra novidade diz respeito às reservas de vagas solidárias. O Castelão contará com espaços reservados para carona solidária; carro com combustível renovável e bicicletário para funcionários.


15.07.2011


Kit favela? Tapumes e 3h de trabalho: Maresias ganha 2 barracos em favela por semana!

Tapumes e 3h de trabalho: Maresias ganha 2 barracos em favela por semana

16 de julho de 2011 | 0h 00

autoria: Reginaldo Pupo - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
SÃO SEBASTIÃO

Não muito longe das mansões milionárias à beira-mar, cerca de 4 mil pessoas se aglomeram em duas favelas localizadas na Praia de Maresias, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. A situação não é diferente nas demais praias do município, como Juqueí, Barra do Saí, Boiçucanga e Camburi, entre outras. Só que ali surgem até dois barracos novos por semana e a ocupação ampliou o crescimento para 10% ao ano (quase o dobro da taxa municipal, de 5,5%).
Somente no primeiro semestre deste ano, foram registradas 81 ocorrências relacionadas a invasões de área ambiental - 47 delas em área de preservação permanente - em todo o município. No ano passado, no mesmo período, foram 60 ocorrências e, em 2009, 77 boletins foram lavrados pela Polícia Ambiental.
"A maioria das ocorrências é registrada justamente na Costa Sul", destaca o tenente Marco Aurélio Ribeiro da Silva, comandante interino da Polícia Ambiental no litoral norte.
Nordeste e Minas. Quem passa pela Rodovia Rio-Santos (que margeia a praia) em busca de ondas, sol e gente bonita, não imagina que no lado oposto da rodovia há uma ocupação clandestina que avança pelo Parque Estadual da Serra do Mar. A cada fim de semana, até dois barracos de madeira são erguidos ali, em menos de três horas.
A maioria dos moradores vem do Nordeste e de Minas, em busca de emprego. O surgimento também desenfreado de centenas de condomínios de luxo é o que atrai a mão de obra da construção civil. Levantamento feito pela Federação Pro Costa Atlântica, entidade que reúne as sociedades amigos de bairro da região sul, revela que São Sebastião cresceu 112% nos últimos 20 anos, proporção cinco vezes maior do que a cidade de São Paulo. Ainda segundo o levantamento, cerca de 22 mil pessoas vivem em núcleos de favelização.
Pelo fato de o local não ser regularizado, não há serviços públicos como coleta de lixo - que é lançado nos pequenos córregos que se formam nas dezenas de vielas de chão batido e fétido. Caminhar pelas vielas requer cuidado, pois em todo o percurso há lixo doméstico espalhado.
De olho neste nicho, empresas de ônibus criaram há quase duas décadas linhas diretas entre cidades do norte de Minas e São Sebastião, para facilitar a chegada desses moradores. Para driblar a fiscalização, diversos imigrantes chegam à capital paulista de ônibus e, de lá, "pulverizados" em vans, chegam de madrugada à região, já munidos de tapumes. Ao amanhecer, o barraco está pronto para moradia. 


16/07/2011 - 14h16

Litoral norte de SP sofre com invasões em áreas de Mata Atlântica


A perspectiva de uma vida a beira mar e a possibilidade de uma qualidade de vida melhor do que em outras regiões tornam atraentes as cidades do litoral norte de São Paulo. Essa qualidade também é causa das invasões e desmatamentos em uma região fundamental para a conservação da Mata Atlântica.
"É uma região extremamente importante do ponto de vista da conservação da biodiversidade e também, ao mesmo tempo, é uma das mais ameaçadas. Todo mundo gosta de praia, do litoral e todo mundo quer viver próximo", disse Márcia Hirota, diretora de gestão do conhecimento da organização da SOS Mata Atlântica.
Em São Sebastião, um levantamento feito por associações de bairro constatou 100 invasões e construções irregulares erguidas em um período de um ano e meio.
Na vizinha Caraguatatuba, a prefeitura está ampliando o número de fiscais para prevenir as ocupações irregulares. "O litoral norte e, principalmente, Caraguatatuba, está nessa fase de novos empreendimentos, com a vinda da Petrobras para região. E isto acaba atraindo uma perspectiva de trabalho muito grande, principalmente das pessoas que vêm do norte de Minas [Gerais] e do Nordeste", declarou o secretário adjunto de Meio Ambiente, Paulo André Cunha.
Segundo Cunha, existem no município 45 ocupações irregulares no entorno do Parque Estadual da Serra do Mar. Dessas, 29 estão em áreas de risco e a remoção das famílias, prioridade para a prefeitura, deverá ocorrer até dezembro.
O secretário de Cidadania e Desenvolvimento Social de Ubatuba, Claudinei Salgado, disse que a cidade tem 22 áreas de ocupação irregular, onde vivem cerca de 2 mil pessoas. Essas regiões foram "congeladas", colocadas sob vigilância para evitar a expansão das invasões.
Márcia Hirota atribui as invasões a uma falta de planejamento para o crescimento dos municípios. "Esses municípios precisam desenvolver um plano de expansão das cidades, justamente para evitar essas ocupações irregulares".
É fundamental, segunda a diretora da SOS Mata Atlântica, que sejam definidas as regiões onde serão construídos os empreendimentos que atenderão às novas demandas por habitação. "O que nós não podemos permitir que aconteça é desmatar áreas nativas para essa expansão, como ocorre em algumas regiões", declarou.
O monitoramento das prefeituras também é indispensável na contenção das ocupações irregulares, de acordo com Márcia Hirota. Explicou que como os desmatamentos são pequenos, menores que 3 hectares, até a vigilância via satélite é difícil. "Se não for imagem de alta resolução, é impossível ver no levantamento que a gente faz", diz referindo-se ao trabalho de acompanhamento dos remanescentes de Mata Atlântica realizado pela ONG.
A cooperação com a população foi a maneira que a prefeitura de Ubatuba encontrou para contornar a falta de recursos. Segundo Claudinei Salgado, a administração municipal tenta conscientizar os atendidos pelos programas de habitação para que denunciem a ocorrência de novas invasões. "Eles mesmos fiscalizam, se alguém for fazer alguma construção, eles mesmo denunciam para a prefeitura", disse o secretário de Desenvolvimento Social.
A ampliação dos programas habitacionais e a contratação de mais fiscais são as estratégias adotadas pela prefeitura de Caraguatatuba. "Estamos investindo na construção de unidades populares. Fazendo várias parcerias com CDHU [Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo] para que a gente possa ter unidades habitacionais com um capacidade de aquisição para a população de baixa renda local", disse Paulo André Cunha.
Apesar do esforço, ele admite que a cidade ainda tem dificuldades em reprimir as ocupações em regiões de mata nativa. "Todas as medidas que você acaba tomando não são suficientes para conter a demanda do problema".
O tamanho dos municípios é uma das grandes dificuldades, segundo o secretário de Meio Ambiente de São Sebastião, Eduardo Hipólito. Além disso, ele aponta como problema a atuação de moradores da região, que comercializam ilegalmente lotes em pontos de difícil acesso. "Eles conhecem bem o território, vendem com mais facilidade para as pessoas que não têm um conhecimento sobre toda a papelada necessária".



É só burocracia...Minimizar impactos!


Presidente do Ibama causa polêmica em entrevista a TV australiana

15/07/2011 - 08h16


CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

O presidente do Ibama, Curt Trennepohl, causou polêmica ao dizer a uma equipe de TV australiana que seu trabalho não é cuidar do ambiente, e sim minimizar impactos ambientais. Depois, sem saber que estava sendo filmado, sugeriu que o Brasil faria com os índios a mesma coisa que a Austrália fez com os aborígenes, população nativa do país da Oceania.
As declarações foram dadas à repórter Allison Langdon, do programa "60 Minutes", que fazia uma reportagem sobre a licença de instalação da usina de Belo Monte, assinada por Trennepohl.
Na entrevista, Langdon confrontou o presidente do Ibama. Disse que seu antecessor, Abelardo Bayma, renunciara devido à pressão pelo licenciamento da usina que, segundo organizações ambientalistas, afetará os índios do Xingu, no Pará.

'TRANQUILO'
A repórter da Nine Network perguntou a Trennepohl se ele estava tranquilo com a decisão de licenciar a obra.
"Sim, a decisão foi minha", respondeu Trennepohl.
"Mas seu trabalho não é cuidar do ambiente?"
"Não, meu trabalho é minimizar os impactos."
Após a entrevista, sem saber que ainda estava com o microfone ligado, Trennepohl tentou argumentar com a jornalista australiana:
"Vocês têm os aborígenes lá e não os respeitam."
"Então vocês vão fazer com os índios a mesma coisa que nós fizemos com os aborígines?", questionou Landgon.
"Sim, sim", respondeu Trennepohl.
Hoje há cerca de 500 mil aborígines na Austrália, compondo menos de 3% da população do país.
Ao longo do século 19, os colonos britânicos que ocuparam a ilha chegaram a conduzir campanhas de extermínio, com recompensas pela morte de aborígines. O caso mais grave foi o da Tasmânia, Estado onde toda a população aborígine não mestiça tinha sumido em 1876.

AGREDIDO
Procurado pela Folha, o presidente do Ibama disse que foi agredido verbalmente pela repórter e que não afirmou "de forma nenhuma" que seu trabalho não era cuidar do ambiente brasileiro.
"Essa moça chegou numa atitude extremamente agressiva, disse que eu estava acabando com os índios."
Segundo Trennepohl, "a função do órgão licenciador é minimizar impactos quando um empreendimento é licenciado. Quando não dá para minimizar, nós indeferimos", afirmou.
Ele disse que não comentaria as declarações sobre os aborígines da Austrália.

Calma! É apenas um probleminha técnico na usina nuclear ...no Japão!


Japão paralisa mais um reator nuclear por problemas técnicos



16/07/2011



O anúncio foi feito depois que a empresa responsável pela usina nuclear de Ohi constatou uma perda de pressão no sistema que injeta água para refrigerar o reator. Das 54 unidades atômicas do país, apenas 18 continuam em funcionamento.

Japão interromperá atividade de mais um reator nuclear neste sábado



DA EFE


A Kansai Electric Power Company (Kepco), operadora da usina nuclear japonesa de Ohi, anunciou neste sábado que interromperá temporariamente as atividades da unidade 1 da central para reparar um problema técnico, pelo que apenas 18 reatores seguirão em funcionamento no Japão e reduzirá ainda mais a provisão elétrica no país.
A unidade, que será paralisada manualmente por volta das 21h locais (9h de Brasília) e para a qual não se deu uma data de reativação, é uma das 19 que permanecem em operação no Japão depois que o terremoto e o tsunami de 11 de março danificaram seriamente a central de Fukushima, informou a cadeia NHK.
A Kepco indicou que a medida complica ainda mais a situação da provisão elétrica no Japão, mas que decidiu levá-la a cabo depois que na noite de ontem o sistema que injeta água para refrigerar o reator registrou uma perda de pressão.
Apesar da pressão ter se estabilizado uma hora depois e de a Agência de Segurança Nuclear indicar que o problema técnico não representa uma ameaça para os arredores da usina, a companhia decidiu paralisar a unidade para revisá-la.
Além disso, na próxima semana a Kepco interromperá temporariamente o reator 4 da usina de Takahama e também o 4 de Ohi, com o que ficarão operacionais apenas 16 das 54 unidades do Japão, um país que antes da crise nuclear obtinha 30% de sua energia a partir da fissão atômica.
A maior parte dos municípios que abrigam os reatores paralisados por revisões rotineiras ou por precaução após o desastre de 11 de março e o início da crise em Fukushima, se opõe a sua reativação até que sua segurança seja garantida.
Por isso, o governo japonês anunciou em 11 de julho que condicionará a reabertura dos reatores paralisados a testes de resistência que permitirão avaliar sua capacidade de resistir a desastres naturais de grande magnitude.
O Executivo e as elétricas pediram a empresas e cidadãos que economizem 15% de eletricidade durante o verão, a época de maior consumo.





Parques ‘noturnos’ às escuras


Parques ‘noturnos’ às escuras

DIEGO ZANCHETTA
Quatro dos principais parques de São Paulo, por onde passam cerca de 1 milhão de pessoas por mês, estão às escuras. Problemas de iluminação afastam frequentadores do Ibirapuera e do Parque do Povo, na zona sul. Do outro lado da cidade, o Parque da Juventude chega a lembrar um matagal abandonado, tamanha a penumbra à noite. Parte do Parque da Água Branca, que voltou a ficar aberto até as 21h30 na semana passada, também sofre com o problema.
Por causa do escuro, o policiamento tem sido reforçado nesses locais. O Parque do Povo, no Itaim-Bibi, parece uma base da PM, tamanho é o número de viaturas que entram a partir das 18 horas para dar maior sensação de segurança. Mas não é suficiente. Frequentadores reclamam da escuridão na pista de corrida e nas quadras de futebol de salão e basquete – há quadras onde as lâmpadas nem são acesas.
“Estamos ficando craques de tanto jogar no escuro”, ironiza o médico Daniel Tavares, de 42 anos, frequentador do parque. “Pode ver que as quadras e a pista de corrida ficam vazias. Muita gente se afastou do parque por causa da escuridão, muitas mulheres não têm coragem de vir sozinhas.”
Não existe iluminação no playground e nas laterais do campo gramado. “Adoraria trazer meus filhos aqui, mas eles ficam no parquinho do prédio. Não dá para deixá-los sozinhos aqui na escuridão e ir correr”, diz a webdesigner Luciana Diehl, de 36 anos, moradora de Pinheiros.
Quem costuma correr no Parque do Ibirapuera também reclama da escuridão na pista, que tem seis quilômetros. “Não dá pra enxergar nada aqui à noite. Se não posso vir até as 18h, acabo desistindo”, conta a pedagoga Glauce Nastari, de 31 anos. Segundo a Prefeitura, a pista fica em uma área de proteção de fauna e, por isso, a iluminação é desligada ou reduzida. O mesmo argumento foi usado para explicar a escuridão no gramado e no playground do Parque do Povo.
O Parque da Juventude, aberto em 2003 no terreno de 250 mil metros quadrados onde ficava a Penitenciária do Carandiru, é o que está em pior situação. Na pista de corrida, que fecha às 19h, as pessoas não conseguem enxergar o que está 20 metros à frente. O parque, a academia e oito das dez quadras também estão sem iluminação.
A praça na frente do parque, ao lado da biblioteca, também está às escuras. “Jogamos tênis no escuro mesmo e vai acertando a bolinha na sorte”, brinca o comerciante Paulo Nair, de 56 anos. “Quando foi aberto, era tudo organizado. Agora está totalmente abandonado.”
Em obras, o Parque da Água Branca oferece riscos a quem costuma correr ou caminhar quando começa a escurecer: há risco de tropeçar no entulho e obras inacabadas que estão em quase toda o parque.
Outro lado
A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente informou que “não há horário predeterminado para acender as luzes nas quadras” do Parque do Povo e que a iluminação de trechos desse parque e do Ibirapuera é desligada ou reduzida para não causar “impactos na flora e nos animais” do local.
O acionamento (da iluminação) acontece em função do uso do equipamento na ausência de luminosidade. Nos momentos em que não há usuários, a iluminação é apagada para evitar desperdício”, informa o governo, por nota. “No sentido de atender melhor seus usuários, está em elaboração projeto de modernização do sistema de iluminação”, acrescenta a nota da secretaria sobre a escuridão no Parque do Povo.
Com relação ao Ibirapuera, a Secretaria do Verde cita a aquisição recente de 840 novas luminárias. Mas diz que a pista de corrida tem as lâmpadas desligadas para não causar impacto na flora e na fauna.
Aparecida Martins, uma das administradoras do Parque da Juventude, diz que será aberta licitação para a troca do sistema de iluminação e reparos nas quadras. “Realmente a falta de luz já virou um problema antigo. Até nossos cursos esportivos de basquete, futebol, tênis e caratê foram suspensos”, admitiu.

Área verde no Centro de SP registra índice menor de poluição


14/07/2011 20h11 - Atualizado em 14/07/2011 20h25

Área verde no Centro de SP registra índice menor de poluição

Apesar de inadequado, ar é três vezes melhor que o de outras áreas.

Vegetação de áreas verdes retém poeira, diz ambientalista.


http://g1.globo.com/sao-paulo/respirar/noticia/2011/07/area-verde-no-centro-de-sp-registra-indice-menor-de-poluicao.html
Do G1 SP
Não chove desde o começo do mês em São Paulo. O resultado é uma poluição que cobre a cidade de uma poeira fina que parece névoa, mas é sujeira.
No Centro da capital, uma ilha verde cercada de concreto por todos os lados mostra como as árvores ajudam a melhorar a qualidade do ar.
Parece nevoeiro, mas por todos os lados só se vê poluição. Nessa época do ano, mesmo com sol, o céu de São Paulo fica escuro, meio cinza.
“A gente tem entrada de poluição do interior com a queima da cana, a condição desfavorável, pouca chuva e as atividades continuam. Ninguém vai parar de andar. Não dá para fazer a cidade parar”, diz Adalgisa Furnaro, professora do Departamento de Ciências Atmosféricas da USP.
Nesta quinta-feira (14), o Respirômetro chegou a marcar mais de 300 microgramas por metro cúbico no 25º andar do Edifício Copan. “Nos dias claros, a gente consegue ver a Serra da Cantareira e o Jaraguá. Hoje [quinta], a gente mal consegue ver os prédios”, diz a moradora.
Perto do Copan, uma ilha de verde deixa o ar mais fresco. No terraço da Prefeitura de São Paulo, um alto edifício no Centro da capital, a temperatura parece mais amena. O Respirômetro marcou no lugar 102 microgramas por metro cúbico de poeira, ar considerado inadequado.
Mesmo assim, foi um terço da poluição registrada na área do centro, onde é só concreto. Isso acontece por que em áreas verdes, mesmo pequenas, a vegetação funciona como uma esponja.
O ambientalista Ricardo Francisco Cardim diz que as árvores retêm o material particulado que fica suspenso no ar. “Se a gente tivesse em São Paulo um monte de telhados verdes e jardins elevados nos prédios, grande parte dessa poeira suspensa no ar da cidade acabaria pousando nessas superfícies vegetadas. As plantas retêm essa poeira que depois são encaminhadas com a água da chuva. Então, a gente teria menos poeira na nossa respiração”, afirma.