quarta-feira, 16 de março de 2011

Casa usa energia gerada por fotossíntese

Casa usa energia gerada por fotossíntese

Autoria e fonte: http://eco4planet.uol.com.br/blog/2011/03/casa-usa-energia-gerada-por-fotossintese/



Energia solar e eólica já existem e precisam ser mais utilizadas. Mas aí, quando isso acontecer, qual será a matriz energética “do futuro”? A energia por fotossíntese é uma grande candidata a esse posto.

 
O projeto, criado pela Universidade de Cambridge (Reino Unido), mostra uma casa com a energia proveniente de algas geneticamente modificadas.



Com o nome “Casa Das Algas” a construção leva uma série de tubos que abrigam as algas, destituídas de enxofre, que produzem o hidrogênio que vai se transformar na energia consumida pela casa. Para o processo ocorrer sem anormalidades, os pesquisadores perceberam que a intensidade da luz dentro dos tubos deveria mudar de acordo com o clima da região: Mais intenso durante o inverno e mais ameno durante o verão.



Os pesquisadores garantem que a casa gera energia para duas pessoas com todos os produtos modernos (computador, microondas, TV, etc) ligados.



Avanço da lei antifumo causa polêmica entre fumantes . A questão é de saúde ambiental e não jurídica.

Avanço da lei antifumo causa polêmica entre fumantes


 
Repórter Diário

Autor e fonte:

O Estado de São Paulo poderá banir o tabaco de parques, praças, praias e demais locais ao ar livre destinados a práticas esportivas e de lazer ainda neste ano.

A proposta, de autoria do deputado estadual Vinicius Camarinha (PSB), é um complemento da lei antifumo (nº 13.541), em vigor desde 2009, que proíbe fumar em ambientes fechados de uso coletivo como bares, restaurantes, casas noturnas e outros estabelecimentos comerciais. Caso o projeto seja aprovado e sancionado, a multa para quem desobedecer vai de R$ 792,50 a R$ 1.585.







Para o autor do complemento, o combate ao tabaco é uma tendência mundial. “Respeito aqueles que fumam, mas estamos zelando pelo direito coletivo, já que a maioria das pessoas deseja um ambiente saudável”, considera. O parlamentar acredita que a lei antifumo iniciou um processo de quebra de cultura do fumo, mantido pela nova geração de cidadãos. “Os conceitos de proteção ao meio ambiente e práticas sustentáveis estão em alta”, destaca Camarinha.



Constitucional



Na visão do jurista Luiz Flavio Gomes, esta é uma limitação correta e ajustada, já que acompanha medidas aprovadas em países desenvolvidos. “A ação não é inconstitucional porque o poder público pode limitar os lugares onde se pode fumar. O que não seria coerente é proibir o tabaco em ruas públicas, que já têm poluição”, destaca. Segundo Gomes, neste caso há conflito de interesses em que deve prevalecer o interesse público, a defesa da vida e da saúde.

A ideia de fumar apenas em casa e nas ruas já é realidade em Nova York, onde o tabaco será proibido em qualquer um dos 1,7 mil parques públicos da cidade e nos seus 23 km de praias ainda neste semestre, de acordo com proposta aprovada pelo conselho municipal da cidade. Em Los Angeles, é proibido fumar em parques municipais, e em Chicago não se pode fumar em parques com áreas destinadas para as crianças.



Fumantes discordam da limitação



O avanço da lei antifumo não agrada aos fumantes, que há bem pouco tempo tinham liberdade de acender um cigarro em quase todos os locais. Com o passar do tempo esse grupo de cidadãos passou a ter de se adequar às novas regras para continuarem incluídos na sociedade. O estudante Odilon Shimabukuro encara a limitação dos locais onde se pode fumar como um tipo de opressão. “De certa forma eu não estaria prejudicando ninguém com o meu cigarro”, comenta. A tradutora Margot Goulart considera o complemento da lei uma espécie de invasão. “Isso não faz ninguém parar de fumar. Existe uma cultura do fumo no Brasil”, observa. O técnico de telecomunicação, Walmir Bernardo do Nascimento, acredita que as praias, parques e praças deixariam de ser frequentadas pela maioria dos fumantes. “Até concordo que não se deve fumar em locais fechados, mas ao ar livre é complicado”, diz.



Projeto prevê fim da exposição de maços



Além do debate sobre a proibição do consumo de cigarros em locais públicos, também está em pauta na Assembléia Legislativa de São Paulo projeto de lei que impede a exposição de embalagens de cigarros e itens semelhantes em pontos de venda, como padarias, bares, bancas de jornais e lanchonetes. Para a Fapesp (Federação das Associações Comerciais de São Paulo), a proposta não causará prejuízo para o comércio, porque as embalagens do cigarro já alertam sobre os males que o tabagismo provocam à saúde do usuário.

O autor da matéria, o deputado Donisete Braga (PT), defende a teoria de que a exposição dos maços incentiva o consumidor a comprar e, consequentemente, fumar cigarros. “É uma questão de saúde pública. Pesquisas apontam que os jovens são estimulados a fumar quando veem um cigarro. Não estamos proibindo a venda do cigarro, mas criando elementos para vencer a guerra contra o vício”, explica o parlamentar.



Constituição



O petista adianta que o comerciante não será prejudicado com a medida. “A única diferença é que eles não estarão expostos. Quem está acostumado a comprar vai pedir ao atendente e pronto”, completa. Por estes motivos Braga acredita que as comissões, principalmente a de Constituição e Justiça, não deverão barrar o projeto. “Não há problema de ilegalidade. Ele não cria nenhum tipo de perda para o Estado”, lembra.

Segundo o deputando, a Constituição estabelece que é competência da União, Estados e Municípios legislarem sobre produção e consumo, responsabilidade por dano ao consumidor e proteção e defesa da saúde. De acordo com o projeto – ainda sem data para entrar em discussão no Plenário – apenas as tabacarias poderão expor os produtos, pois são estabelecimentos exclusivos para este fim.



Comerciantes



Para Marcel Solimeo, economista da Facesp (Federação das Associações Comerciais de São Paulo), caso aprovada, tal lei será inócua. “As imagens impressas nas caixas dos cigarros demonstrando o que o vício pode causar já torna o ato de comprar ou consumir o cigarro algo não atrativo. Não acredito que a exposição contribua para o aumento do vício”, defende. Solimeo não vê queda das vendas ou prejuízo para o comércio.



TRAGÉDIA AMBIENTAL 4 NO JAPÃO: RADIAÇÃO DE HIROSHIMA, NAGASAKI E ...AGORA FUKUSHIMA. LIÇÕES QUE AINDA NÃO APRENDEMOS. NÃO QUEREMOS USINAS NUCLEARES!

Para França, acidente nuclear japonês já atingiu nível seis em escala até sete

Autoria: Daniela Fernandes

De Paris para a BBC Brasil

A exposição à radiação teria sido significativa no Japão

A Autoridade de Segurança Nuclear da França (ASN) informou nesta terça-feira que as explosões ocorridas na central japonesa de Fukushima Daiichi atingiram o nível seis de gravidade em uma escala internacional que vai até sete.



O Japão, até o momento, classificou os acidentes em nível quatro.



O nível sete da chamada escala INES, de classificação de eventos nucleares, utilizada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), só ocorreu uma vez no mundo, na catástrofe de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.



"Estamos em uma situação diferente da observada ontem. É evidente que estamos em um nível seis, que é um nível intermediário entre o (acidente) que ocorreu na central americana de Three Mile Island (em 1979) e em Chernobyl", afirmou nesta terça o presidente da Autoridade de Segurança Nuclear francesa, André-Claude Lacoste.



O nível seis da escala INES significa "acidente grave, com liberação importante de material radioativo que exige a aplicação integral das medidas previstas (como cuidados sanitários e afastamento da população da área atingida)".



'Catástrofe'



Na segunda-feira, a ASN francesa havia informado que o acidente na central de Fukushima Daiichi, situada a cerca de 250 km de Tóquio, se situaria entre o nível cinco e seis.



"Estamos em uma catástrofe evidente", disse Lacoste nesta terça-feira. A França possui o segundo maior parque nuclear do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com 19 usinas e 58 reatores que produzem 80% da energia elétrica do país.



As autoridades japonesas haviam classificado no último sábado, após a explosão do reator número 1 da central de Fukushima, o incidente em nível quatro, que representa "acidente, com exposição da população à radioatividade dentro dos limites autorizados".



"A liberação de material radioativo é significativa, mesmo que ainda seja difícil medir isso. A situação não tem nada a ver com Chernobyl, mas sabemos que a radiação é importante", disse à BBC Brasil Jerôme Joly, especialista em segurança nuclear do Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN) da França, organismo técnico que trabalha em conjunto com a agência nuclear francesa.


A ASN francesa disse à BBC Brasil que não poderia se pronunciar sobre o fato de a agência de segurança nuclear japonesa ainda não ter aumentado o nível de gravidade das explosões em Fukushima, afirmando que as autoridades nipônicas "deverão rever a classificação" e que isso será discutido no âmbito da AIEA.

Os especialistas franceses em energia nuclear afirmam que suas conclusões sobre a gravidade da situação em Fukushima são baseadas em informações transmitidas pela agência nuclear japonesa, pela AIEA e por representantes da embaixada da França em Tóquio.

Segundo Lacoste, a cápsula de confinamento (que protege o núcleo para evitar contaminações radioativas) do reator número dois de Fukushima, que explodiu nesta terça-feira, no horário local, "não está mais vedada".


NÃO PRECISAMOS DE USINAS NUCLEARES! TEMOS SOL, VENTO E ATÉ HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE...


ACIDENTE É ACIDENTE, INDEPENDE DE TSUNAMIS E TERREMOTOS

Brasil cria grupo interministerial para acompanhar crise nuclear no Japão


15/03/2011 19h24 - Atualizado em 15/03/2011 20h13



Terremoto e tsunami provocaram incêndios e vazamento em usina japonesa.

Segundo ministro, protocolos de segurança do Brasil serão reavaliados.

Autoria: Iara Lemos

Do G1, em Brasília



O governo criou nesta terça-feira (15) um grupo interministerial para acompanhar a crise nuclear no Japão (veja vídeo ao lado), causada por incêndios na usina de Fukushima Daiichi devido ao terremoto e ao tsnunami que atingiram o país, afirmou o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.



Segundo o ministro, o objetivo é que o grupo faça acompanhamento constante das medidas internacionais de segurança que devem ser tomadas pós o acidente no Japão. “Não temos problema nenhum de rever práticas, protocolos, nem políticas para manter a segurança das nossa usinas”, afirmou o ministro.



Mercadante afirmou que não há nenhum tipo de registro de problema nas duas usinas nucleares instaladas no Brasil – Angra 1 e Angra 2 –, mas disse que as medidas de segurança serão reforçadas.

“Vamos reavaliar, no âmbito da CNEN [Comissão Nacional de Energia Nuclear], todos os protocolos que são seguidos e vamos tomar todas as medidas necessárias para garantir de forma ainda mais rigorosa o bom uso da energia nuclear”, afirmou o ministro Aloizio Mercadante.



A CNEN, que é ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, não descarta ampliar a área de isolamento em torno das usinas nucleares situadas em Angra dos Reis, disse o presidente do CNEN, Odair Dias Gonçalves.



Segundo ele, a área de isolamento poderia ser elevada dos atuais 5 quilômetros, distância atualmente exigida pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), para 30 quilômetros, dependendo de novas recomendações que possam ser feitas pelos órgãos internacionais.



Mercadante afirmou que o sistema brasileiro de segurança é superior ao japonês. "O sistema brasileiro e o japonês têm diferenças importantes, entre elas o sistema de refrigeração. No Brasil, o sistema é independente. No Japão, não tem a mesma qualidade da defesa que Angra 1 e Angra 2", afirmou.


Brasil não tem plano, mas usinas são novas



São Paulo, 15 de março de 2011

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1503201107.htm

CLAUDIO ANGELO

DE BRASÍLIA



O Brasil não tem um plano de contingência para esvaziar a cidade de Angra dos Reis caso problema semelhante ao da usina japonesa de Fukushima 1 ocorra.

Em compensação, os reatores nucleares do país são de um tipo mais moderno do que os da usina avariada -e têm menor chance de falha.

O plano de emergência de Angra estabelece retirada da população -12 mil pessoas no total- num raio de 5 km das usinas, o mínimo exigido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Segundo Odair Dias Gonçalves, presidente da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear), uma remoção em 20 km, como a feita no Japão, "começa a pegar a cidade de Angra e é mais complicada". Ele disse que o governo "vai pensar" em revisar o plano de emergência "de acordo com os dados que recebermos [sobre o Japão]".

Apesar da deficiência na remoção, as usinas no Brasil têm elementos de segurança que Fukushima 1 não tem.

O primeiro é geológico. "O Brasil está no meio de uma placa tectônica que se afasta de outra, o Japão está na borda de duas placas em colisão", afirmou Leonam Guimarães, da Eletronuclear.

O segundo é técnico. Tanto Angra 1 quanto Angra 2 e 3 são reatores de água pressurizada (chamados PWR, em inglês). Já os de Fukushima 1 são de água fervente (BWR).

"Reatores PWR têm mais barreiras contra liberação de radioatividade", diz Aquilino Senra, professor de engenharia nuclear da Coppe-UFRJ.

O físico nuclear José Goldemberg, da USP, diz que o problema dos reatores nucleares de ambos os tipos é depender de um fator fundamental: se a água para de circular, as barras de combustível derretem. "Basta um defeito numa válvula. Dizer que Angra é seguro porque não tem tsunami é bobagem."




Saiba mais: Os riscos para a saúde de um desastre nuclear como o de Fukushima




Autoria e fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/03/110315_japao_qa_pu.shtml

Técnicos checam nível de radioatividade em moradores perto de usina



Após uma terceira explosão em um de seus reatores nucleares, a usina da Fukushima Daiichi, no Japão, começou a deixar escapar radiação em níveis que se aproximam do preocupante, alertaram nesta terça-feira as autoridades japonesas.



Leia a seguir sobre a seriedade do incidente nuclear e o risco destes vazamentos para a saúde no Japão e nos países vizinhos.



Qual é a escala do vazamento de material radioativo?



O governo japonês afirmou que os níveis de radiação após as explosões na usina de Fukushima podem afetar a saúde humana. Foram detectados níveis de radiação mais altos ao sul da instalação. Moradores que vivem em um raio de 30 km da usina foram aconselhados a deixar suas residências ou permanecer em casa a portas fechadas para evitar exposição. Em Tóquio, os níveis estariam acima do normal, mas sem apresentar riscos à saúde. Na segunda-feira, as autoridades em Fukushima haviam informado que 190 pessoas foram expostas a radiação e um navio militar americano, o porta-aviões USS Ronald Reagan, havia detectado baixos níveis de radiação a uma distância de 160 km da usina de Fukushima.



O vazamento pode se espalhar para os países vizinhos?



A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) descreveu o vazamento como um evento de nível quatro em uma escala internacional, o que significa um incidente "com consequências locais". Na Rússia, por exemplo, não foram detectados níveis anormais de radiação e por ora o problema não representa um problema para outras partes do mundo.



Que tipo de material radioativo escapou?



As informações são de que houve vazamento de isótopos de césio e iodo nas redondezas da usina. Especialistas dizem que seria natural haver também um escape de isótopos de nitrogênio e argônio. Mas não há evidências de que tenham escapado plutônio ou urânio.





Técnicos se protegem contra radiação em área perto da usina


Qual é o risco destas substâncias radioativas para a saúde?






Em um primeiro momento, a exposição a níveis moderados de radiação pode resultar em náusea, vômito, diarreia, dor de cabeça e febre. Em altos níveis, essa exposição pode incluir também danos possivelmente fatais aos órgãos internos do corpo. No longo prazo, o maior risco do iodo radioativo é o câncer, e as crianças são potencialmente mais vulneráveis. A explicação para isso é que, nas crianças, as células estão se multiplicando e reproduzindo mais rapidamente os efeitos da radiação. O desastre de Chernobyl, em 1986, resultou em um aumento de casos de câncer de tireóide (região em que o iodo radioativo absorvido pelo corpo tende a se concentrar) na população infantil da vizinhança da usina.



Há prevenção e tratamento?



Sim, é possível prevenir o problema com pastilhas de iodo não-radioativo, porque o corpo não absorve iodo da atmosfera se já estiver "satisfeito" com todo o iodo de que necessita. Especialistas dizem que a dieta dos japoneses já é rica em iodo, o que ajuda na prevenção. Césio, urânio e plutônio radioativos são prejudiciais, mas não atacam nenhum órgão do corpo em particular. O nitrogênio radioativo se dissipa em segundos após a sua liberação, e o argônio não apresenta riscos para a saúde.



Como se deu o vazamento do material radioativo?



A usina de Fukushima teve problemas com o sistema de resfriamento de seus reatores, que superaqueceram. A produção de vapor gerou um acúmulo de pressão dentro do reator e a consequente liberação de pequenas quantidades de vapor. Para especialistas, a presença de vapores de césio e iodo – que resultam do processo de fissão nuclear – sugere que o invólucro de metal que guarda alguns dos bastões de combustível pode ter se quebrado ou fundido. Mas o combustível de urânio em si tem um altíssimo ponto de fusão e é improvável que tenha se liquefeito, e ainda mais improvável que tenha se convertido em vapor.





Apesar de alarme, especialistas dizem que 'novo Chernobyl' é improvável

De que outras formas pode haver vazamento?



Como plano de contingência, os técnicos estão usando água do mar para resfriar os reatores. Na passagem pelo reator, esta água é contaminada. Ainda não está claro se o líquido ou parte dele foi liberado na natureza.



Quanto tempo vai durar a contaminação?



O iodo radioativo se dissipa rapidamente e a estimativa é de que a maior parte terá se dissipado em um mês. O césio radioativo não permanece no corpo por muito tempo – a maior parte terá saído em um ano. Entretanto, a substância fica no ambiente e pode continuar a representar um risco por muitos anos.



Pode haver um desastre nos moldes de Chernobyl?



Especialistas dizem que essa possibilidade é improvável. As explosões ocorreram do lado de fora do compartimento de aço e concreto que envolve os reatores, que aparentemente permanecem sólidos. Foram danificados apenas o teto e os muros erigidos ao redor dos compartimentos de proteção. No caso de Chernobyl, a explosão expôs o núcleo do reator ao ar. Por vários dias, seguiu-se um incêndio que lançou na atmosfera nuvens de fumaça carregadas de conteúdo radioativo.



Pode haver uma explosão nuclear?






Não. Uma bomba nuclear e um reator nuclear são coisas diferentes.





Folha explica acidentes nucleares e seus riscos à saúde humana


16/03/2011 - 04h12



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/889271-folha-explica-acidentes-nucleares-e-seus-riscos-a-saude-humana.shtml


LUCAS OGASAWARA

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

 

 
 
A repórter de Ciência da Folha Sabine Righetti e a coordenadora de medicina nuclear do laboratório Fleury, Paula Smanio, explicam no vídeo acima como ocorrem os acidentes nucleares e os efeitos da exposição à radiação.



Crise no Japão tende a inviabilizar energia nuclear



20 de março de 2011
8h 18

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,crise-no-japao-tende-a-inviabilizar-energia-nuclear,694570,0.htm

Autoria: RICARDO GOZZI - Agência Estado





A energia nuclear tende a se tornar economicamente inviável por conta da reavaliação da segurança dos reatores atômicos forçada pela crise desencadeada pelo terremoto seguido de tsunami de 11 de março no Japão, opinou o professor e físico nuclear José Goldemberg, do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da Universidade de São Paulo (USP).








"Vai haver uma reavaliação dos programas nucleares em praticamente todos os países onde se faz uso desse tipo de energia. Vai ser feita uma análise profunda, uma auditoria completa da segurança dos reatores. E o resultado disso será uma coisa perversa. Vão ser introduzidas novas medidas de segurança que tornarão os reatores mais caros ainda e, consequentemente, menos competitivos", avaliou o físico.





Para chegar a essa conclusão, Goldemberg traçou um paralelo entre a crise nuclear japonesa e o desastre na usina de Chernobyl, Ucrânia, em 1986. "Isso já aconteceu com a indústria nuclear a partir de Chernobyl. A partir do acidente em Chernobyl praticamente não se construiu mais usinas nucleares porque as medidas de segurança introduzidas encareceram demais o custo da energia nuclear. O quadro atual tende a inviabilizá-la por razões econômicas".





Segundo ele, há propostas para o desenvolvimento de novas gerações de reatores nucleares, mas os modelos mais modernos são todos experimentais até agora. "Não há experiência industrial, então depende um pouco de fé. O fato é que eles certamente serão mais caros e só vão ser realmente testados diante do mundo real", salientou o físico.





Tecnologia





Goldemberg declara-se cético, no entanto, com relação ao surgimento de uma tecnologia revolucionária no campo da energia nuclear. "Por conta da natureza do reator nuclear, pelo fato de se precisar retirar o calor de algum lugar, eu duvido que isso realmente venha a acontecer no futuro próximo".





E explica: "Reatores nucleares dependem criticamente de circulação de água para resfriar o núcleo do reator. Portanto, um acidente com o sistema de circulação de água pode derreter o núcleo do reator. É intrínseco do reator ter o sistema de resfriamento. Agora se discute muito a possibilidade de se fazer reatores mais avançados e mais bem protegidos, mas não existe proteção completa porque sempre terá de haver algum esquema de resfriamento".





A energia nuclear é considerada por especialistas uma fonte limpa em comparação com os combustíveis fósseis, altamente poluentes e sujeitos a oscilações repentinas de preço. Os críticos, no entanto, salientam que as usinas atômicas representam um risco elevado quando ocorrem acidentes e consideram que os governos ainda não encontraram uma solução satisfatória com relação ao armazenamento do lixo nuclear.





Goldemberg lembra ainda que o acidente de 1979 em Three Mile Island, nos Estados Unidos, aconteceu sem terremoto nem tsunami. "Foi um problema mecânico nas bombas de circulação da água", recorda. O tsunami de 11 de março provocou o desligamento das bombas de resfriamento dos reatores do complexo nuclear de Fukushima. Desde a tragédia, quatro dos seis reatores do complexo experimentaram incêndios, explosões ou derretimento parcial.





Na sexta-feira, autoridades japonesas elevaram de 4 para 5 o nível de crise nuclear, em uma escala que vai até a 7. O nível atual da crise é o mesmo do acidente em Three Mile Island. A reclassificação ocorre em um momento no qual o Japão pede a ajuda dos EUA e admite que sua resposta à crise foi lenta por conta da necessidade de resposta à tragédia humana do terremoto seguido de tsunami, que deixou milhares de mortos e desaparecidos.