terça-feira, 26 de julho de 2011

Obras de despoluição da Baía de Guanabara serão concluídas antes das Olimpíadas, diz coordenador


Obras de despoluição da Baía de Guanabara serão concluídas antes das Olimpíadas, diz coordenador

Fabio Motta / AE

Fabio Motta / AE















'Ação efetiva, específica, vejo pouca', diz ambientalista David Zee
26 de julho de 2011 | 14h 17


Agência Brasil
RIO DE JANEIRO - As obras que faltavam para a despoluição da Baía de Guanabara serão concluídas antes das Olimpíadas de 2016, quando já começarão a ser sentidos os seus efeitos. A previsão é do coordenador executivo do Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam), da Secretaria Estadual do Ambiente, Gelson Serva.
O Psam substituiu o antigo Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), criado em 1992 e que se estendeu até 2006. Durante esse período, foram investidos no programa cerca de US$ 760,4 milhões, englobando US$ 349,3 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), US$ 162,8 milhões do Banco de Cooperação Internacional do Japão (Jbic) e US$ 248,3 milhões de contrapartida do governo fluminense. A partir de 2006, têm sido aplicados no Psam, com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam), R$ 100 milhões, em média, por ano, na despoluição da Baía de Guanabara, segundo Serva.
“Vamos fazer as obras de direcionamento do esgoto, que hoje vai in natura para a baía, para as estações de tratamento de esgotos que foram construídas pelo PDBG e algumas precisam ser ampliadas. Faltaram alguns troncos [coletores] para fazer as ligações também com as redes dos municípios. Isso nós vamos concluir antes das Olimpíadas. O efeito já vai começar, mas não é completo ainda”, disse em entrevista à Agência Brasil. Ele informou que o Psam visa a terminar o trabalho iniciado pelo com o PDBG.
Segundo Serva, o programa atual conta com US$ 640 milhões, sendo US$ 450 milhões do BID e US$ 190 milhões de contrapartida do governo do estado. Os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para os projetos na capital fluminense, avaliados em R$ 450 milhões, deverão ser obtidos por meio de financiamento da Caixa Econômica Federal.
De acordo com o coordenador executivo do Psam, o grande problema na Baía de Guanabara é o esgotamento, principalmente o domiciliar, uma vez que as indústrias apresentam hoje um bom nível de nível de controle em relação aos efluentes. “Tem é que investir para que a gente não esmoreça.” No caso do esgoto domiciliar, Serva salientou que três projetos estão no pacote de obras a serem realizadas pelo governo do estado com recursos do PAC: a ampliação da Estação de Tratamento Alegria (ETE Alegria) e a construção de dois troncos coletores (Manguinhos e Faria-Timbó).
Dentro do pacote de financiamento do BID está o projeto de construção do tronco de esgotamento Cidade Nova, que fará ligação também com a ETE Alegria, além da troca de boa parte da rede coletora de esgoto da zona norte carioca. Na Baixada Fluminense, serão feitas algumas ligações na Estação Sarapuí e complementadas as obras de implantação do Sistema Pavuna. “Na baixada, nós vamos investir o maior recurso do Psam”. Os dois projetos envolverão recursos no total de R$ 219 milhões.
Serva afirmou que em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, está sendo desenhado um projeto para obtenção de recursos do PAC 2, visando à ampliação da estação de tratamento local. A previsão é que os projetos do centro do Rio de Janeiro e de São Gonçalo sejam concluídos até o final de 2014 e os da Baixada Fluminense, até o início de 2016.
Para o presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, os efeitos do programa de despoluição da Baía de Guanabara já estão sendo sentidos pela população e tendem a melhorar com a proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016. “Eu não tenho a mínima dúvida em relação a isso”. Há quatro anos, quando começou a gestão do programa, 2 mil litros por segundo de esgoto passavam por tratamento secundário na Baía de Guanabara. “Hoje, já estamos próximos a 5 mil litros. Praticamente, mais do que duplicou em quatro anos”.
Isso fez com que algumas praias, como a da Bica, na Ilha do Governador, apresentassem melhorias significativas nas suas condições de balneabilidade, de acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). “Inclusive, as melhores condições dos últimos 20 a 30 anos”, destacou Victer. Ele aposta que com o conjunto de obras programadas, “bem antes dos Jogos de 2016 nós vamos ter uma posição excepcional na Baía de Guanabara para a realização das provas [náuticas]”.
A melhoria da poluição no local foi mostrada, segundo Victer, durante os Jogos Mundiais Militares, encerrados no último domingo (24). O presidente da Cedae observou, entretanto, que devido à topografia do Rio de Janeiro, a baía não recebe só esgoto. “Ela recebe a drenagem de chuvas. Então, muitas vezes, por mais que você tire o esgoto, a sujeira e a falta de educação ambiental, com as pessoas jogando lixo nas ruas, acabam indo para a Baía de Guanabara”, disse, acrescentando que a falta de descarte correto do lixo é o grande problema a ser vencido no país.
"Ação efetiva, específica, vejo pouca"

O ambientalista David Zee, professor das universidades do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e Veiga de Almeida, avalia que a despoluição da Baía de Guanabara ainda demandará muitas ações para poder se tornar uma realidade, sobretudo antes das Olimpíadas de 2016. “Vejo muita intenção, muita vontade, mas ação efetiva, específica, vejo pouca”, analisou em entrevista à Agência Brasil.
O professor ressaltou que o crescimento dos municípios no entorno da baía é muito maior do que a capacidade de fazer as medidas de proteção contra a poluição nessa área. Zee defendeu uma ação conjunta dos governos municipais e estadual, com apoio do governo federal. “Os municípios sozinhos não têm condições de atender tudo, não dispõem de corpo técnico adequado nem de recursos.”
Do mesmo modo como foi criada a Autoridade Pública Olímpica, órgão que vai coordenar a organização dos Jogos de 2016, o ambientalista e oceanógrafo sugeriu que seja instituída uma estrutura para a recuperação da Baía de Guanabara, “para que haja, efetivamente, recursos canalizados e uma ação integrada de todos os municípios”.
Ele considera que as obras programadas pelo governo fluminense na área de esgotamento sanitário não são suficientes e acredita que é difícil chegar a 2016 com a baía limpa. “Só vejo acontecer alguma coisa quando há alguma denúncia ou reclamação.” Para o ambientalista, o saneamento ambiental deveria ser a primeira opção na lista de prioridades, por ser a que traz “mais legado para a qualidade de vida da população”.
O presidente do Instituto Rumo Náutico, Axel Grael, ex-titular da antiga Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), mostrou-se cético em relação à despoluição da Baía de Guanabara. “Se os Jogos Olímpicos tivessem sido na semana passada, eu acho que teria sido uma péssima repercussão para a cidade do Rio de Janeiro, porque a baía estava muito suja. Tinha muito lixo.”
O Projeto Grael, que ele dirige, cedeu na semana passada uma embarcação específica para tirar o lixo flutuante da baía durante os Jogos Mundiais Militares. Segundo Grael, os velejadores reclamaram da quantidade de lixo.
Os jovens que integram o projeto, a bordo da embarcação Águas Limpas, recolhem entre 50 quilos (kg) e 80kg de lixo diariamente na Baía de Guanabara. No dia 3 de junho, durante uma gincana ecológica, foram recolhidos 300kg de lixo. Garrafas PET e pneus são a maioria do lixo encontrado.
Grael reconheceu que, na parte de saneamento, houve avanços na área de redução da poluição industrial, assim como melhorias recentes no que se refere à dragagem. “Mas ainda é muito cedo para afirmar que a gente já está tendo resultados visíveis”, avaliou. “Há um longo caminho pela frente.”
A candidatura do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas apresentou a proposta de solução dos passivos ambientais: despoluir a Baía de Guanabara e a Lagoa de Jacarepaguá e melhorar a qualidade do ar. “Cumprir o que prometemos é um desafio enorme, só que temos que fazer”, disse. Segundo ele, o problema é que a velocidade com que se avança nas obras é menor do que a necessário para atingir as metas.
Axel Grael destacou que solucionar o problema do lixo é essencial para a realização das provas olímpicas no mar. “Um velejador ter um saco plástico ou galho preso na quilha ou no leme de um barco, isso simplesmente condena o azarado a perder várias posições. Seria um objeto de protesto alguém perder uma medalha porque ficou com um plástico preso na embarcação, seria uma repercussão horrorosa para a gente.”
Também diretor do Instituto Baía de Guanabara (IBG), ele acredita que, para resolver o problema do lixo, será fundamental avançar na legislação e nas campanhas nacionais e estaduais que procuram desestimular o uso de sacolas plásticas. Esse material não só polui os rios e mares, como provoca a morte de animais, entre os quais tartarugas e peixes.
O IBG foi fundado em 30 de julho de 1993 e tem como objetivos o estudo, a pesquisa e a solução dos problemas ambientais, sociais e urbanos.



Poluição pode agravar quadros de calvície


25/07/2011 12h47 - Atualizado em 25/07/2011 13h13

Poluição pode agravar quadros de calvície

Ar poluído também prejudica a beleza dos cabelos.
Do G1 SP







Um estudo publicado em uma importante revista médica da área dermatológica mostrou que a poluição pode aumentar a queda de cabelo. Os médicos descobriram que a poluição entra na circulação e aumenta os radicais livres, substâncias que causam a inflamação da raiz do cabelo.
O problema atinge homens e mulheres. No sexo feminino, pode causar também a dermatite, que são manchas vermelhas no couro cabeludo. Além disso, o ar poluído prejudica a beleza dos cabelos e torna os fios enfraquecidos, ressecados e quebradiços.
Para tentar evitar a queda, a sugestão é tomar cuidado com a alimentação, ingerindo frutas e verduras que ajudam a combater os radicais livres, e com a higiene, mantendo os cabelos sempre limpos, evitando a água quente.
"Numa época de maior poluição os espaços entre as lavagens têm que ficar menor. Por mais frio que esteja o tempo, tente manter o couro cabeludo higienizado", explica o médico Ademir Junior.
A poluição também faz mal para a pele, principalmente o rosto. Um estudo da Sociedade Brasileira de Dermatologia mostra que a pele absorve as impurezas e fica oleosa. Com isso, os poros entopem, causando cravos e espinhas. Os médicos dizem que o melhor jeito de combater é limpar bem o rosto com água e sabonete.



Bicicletas de aluguel no metrô...




Despenca aluguel de bicicletas no metrô 

26/07/2011


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2607201126.htm


Queda no primeiro semestre foi de 47%; maioria dos ciclistas prefere usar área para estacionar bike particular

ONG que administra bicicletários aponta como um dos fatores para a queda a mudança no comportamento


VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO 

Enquanto o estacionamento de bicicletas particulares nos bicicletários do metrô cresceu 11% no primeiro semestre deste ano, despencou o número de empréstimos das bikes compartilhadas. A queda foi de 47% em comparação com o mesmo período do ano passado.O sistema de compartilhamento, que hoje conta com 400 bicicletas, começou em 2008 em três estações. Hoje, 15 estações contam com a estrutura, que permite estacionar bikes particulares.Para Ismael Caetano, presidente do Instituto Parada Vital, ONG que administra os bicicletários, a queda dos empréstimos pode estar associada a uma mudança de comportamento."Com a promoção do uso da bicicleta como meio de transporte, muita gente experimentou com as bikes compartilhadas e depois acabou comprando uma. Aí, migrou para o sistema de estacionamento", diz Caetano.Além disso, houve um processo de reposição que acabou diminuindo a oferta de bicicletas no sistema.Segundo o instituto, no início de 2010, eram 350 bikes, mas o número chegou a cair para 200, devido a problemas de manutenção. Hoje são 400, e mais 300 entrarão no sistema em breve.Os números fornecidos pelo instituto se referem a 15 bicicletários em estações de metrô e cinco em estacionamentos da rede Estapar, além de um em empresa no centro de São Paulo e outro em um terminal de ônibus em Santo André (ABC).A Folha esteve ontem nos bicicletários das estações Sé e Anhangabaú. Enquanto as bikes de aluguel eram praticamente ignoradas, os bicicletários estavam lotados."Se tivesse um bicicletário a cada esquina, eu nem andava mais de ônibus", diz Adriano Robert, 28, morador da zona norte da cidade.A bibliotecária Natalie Sugisawa, 26, passou no bicicletário da estação Anhangabaú para saber como faz para emprestar uma bicicleta.Não estranhou precisar de R$ 350 reais de limite no cartão de crédito para alugar a bike. Ficou de voltar depois para se inscrever.



Água tratada de graça?


26/07/2011 - 05h31

Moradores são isentos de pagar por água de má qualidade no CE



MARTHA ALVES
DE SÃO PAULO




Os moradores de Ararendá (341 km de Fortaleza), no Sertão de Cratéus, não pagarão a conta de água até que a Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará) forneça água própria para o consumo humano.
A decisão foi tomada depois de uma audiência pública entre o MP-CE (Ministério Público do Ceará), a Câmara Municipal do município e a companhia de água.
O coordenador de água a Cagece em Cratéus, Damo Vasconcelos Barreto, disse em uma audiência pública que água distribuída ao município é tratada, mas reconheceu que é imprópria para consumo por apresentar uma maior concentração de cálcio e magnésio, o que deixa o gosto de água salobro.
Após a audiência pública, a concessionária se comprometeu a suspender as cobranças até que seja implementado um projeto de distribuição que forneça água potável aos consumidores.


Será?


WWF é acusada de associação com empresas desmatadoras

Relatório da Global Witness diz que a ONG está permitindo às empresas aproveitar os benefícios da associação com a marca do 'panda'

25 de julho de 2011 | 15h 38


Planeta
Uma pesquisa do grupo investigativo Global Witness implica a ONG WWF no incentivo a atividades desmatadoras. A pesquisa gerou matérias no jornal britânico The Guardian, na agência BBC e no site Carbono Brasil, entre outros veículos. O título original do estudo, "Pandering to the loggers" (Favorecendo os Desmatadores), faz uma ironia com a palavra pandering (favorecer), e o panda, símbolo da WWF. Segundo a Global Witness, a Rede Global de Floresta e Comércio (GFTN em inglês), programa da WWF que apoia o comércio de madeira legal e sustentável, tem padrões de filiação pouco rigorosos, permitindo que empresas suspeitas de realizar desmatamento ilegal, ameaçar espécies e desrespeitar direitos humanos utilizem seu selo de sustentabilidade. Segundo o relatório, mesmo companhias envolvidas em atividades altamente destrutivas, como derrubar florestas naturais para criar plantações ou comprar produtos de madeira de fontes ilegais, podem se unir  ao GFTN e se beneficiar.

O briefing da Global Witness releta que a grande empresa madeireira malaia Ta Ann Holdings Berhad, que é um membro contribuinte do GFTN, tem operações destruindo floresta a uma taxa equivalente a 20 campos de futebol por dia, incluindo o hábitat dos orangotangos dentro dos limites de um projeto da própria  WWF. Em um comunicado à imprensa, Tom Picken, líder da campanha de florestas do Global Witness, afirmou que "as regras da GFTN são menos rigorosas do que as leis dos EUA e da UE que proíbem a importação de madeira ilegal. Quando um programa emblemático criado em nome da sustentabilidade e da conservação tolera que uma de suas empresas-membro destrua o hábitat do orangotango, é que algo vai realmente mal."

Segundo a Global Witness, a WWF está permitindo às empresas aproveitar os benefícios da associação com ONG e sua marca icônica (o panda), enquanto continuam a destruir as florestas e comercializar madeira de origem ilegal. 

De acordo com matéria publicada no site Carbono Brasil, a resposta às acusações foi publicada no próprio documento, e a WWF justificou que “a GFTN não faz quaisquer reivindicações de sustentabilidade, nem endossa companhias, suas políticas ou seus produtos. O WWF desafia as companhias a aspirarem à liderança em questões ambientais. A GFTN é o programa da WWF que trabalha com empresas comprometidas a fazer mudanças em suas operações florestais e/ou nas práticas de terceirização."

No comunicado publicado na página da Global Witness, Tom Piken declarou que “o WWF deveria se desvincular publicamente de qualquer empresa que utilize madeira de origem ilegal ou pouco ética. É revoltante que um dos grupos de conservação mais reputados do mundo considere aceitável se beneficiar economicamente destas empresas."