domingo, 10 de julho de 2011

GREEN GOAL. Reunidas, cidades da Copa-2014 tentam 'peitar' Fifa: Certificação LEED custa até 5% do total da obra?

Manual de estádios: "Green Goal" (sustentabilidade)

Redução do consumo de água, energia e das emissões de CO2



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Da redação 
postado em 10/09/2009 10:50 h
atualizado em 29/04/2010 15:20 h
Green Goal é um programa da Fifa para a redução das emissões de CO2 em seus eventos. Focaliza quatro pontos: água, resíduos, energia e transporte.

Água: recomenda a armazenagem de água potável para fins de irrigação e uso nas instalações sanitárias.

Resíduos: para limitar a geração de lixo durante os eventos, a Fifa recomenda o reúso de copos, a coleta seletiva e a venda de comidas e produtos sem embalagem.

Energia: para a economia de energia, a entidade recomenda a instalação de painéis fotovoltaicos e de mecanismos que reduzam o uso do ar-condicionado, além da construção de centrais de controle de energia para administrar o consumo em horários de pico.

Transporte:
 a Fifa recomenda o uso de sistemas públicos de transporte, como ônibus e trens, que podem ser projetados para um consumo eficiente de combustível.






Reunidas, cidades da Copa-2014 tentam 'peitar' Fifa

Publicado por tetraspfc 09/07/2011 09:48:17


Autor:
Fonte: Folha Online

http://www.saopaulofc.com.br/noticias/2011-07-09/reunidas-cidades-da-copa-2014-tentam-peitar-fifa.jhtml

Em um fórum em Cuiabá, os coordenadores das sedes da Copa-2014 reclamaram do tratamento dado pela Fifa às cidades que se preparam para receber os jogos do Mundial. Os participantes decidiram se unir para "peitar" a entidade que comanda o futebol mundial.
A reportagem, assinada por Filipe Coutinho, enviado especial a Cuiabá, foi publicada neste sábado pela Folha. A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
O evento com coordenadores das cidades-sedes da Copa foi realizado no fim de junho, organizado a portas fechadas, mas a Folha teve acesso a um áudio desse fórum.
Se elogiam em público a Fifa e Ricardo Teixeira, presidente do COL (Comitê Organizador Local), longe dos holofotes os coordenadores criticaram e usaram palavras como "absurdo" e "ridículo" para classificar o tratamento dado pela Fifa.
Questionaram a exigência da certificação ambiental Leed, emitida por ONG americana e citada no caderno de estádios. O alvo foi escolhido porque, ao contrário do que as cidades-sedes imaginavam, o Leed não é exigido pelo BNDES para liberar empréstimos --vale qualquer certificado com credibilidade.
A Fifa diz que o certificado de obra sustentável aumentará os gastos das arenas, mas que é apenas uma recomendação, e não uma exigência. O caderno de estádios da entidade afirma que as novas arenas são "encorajadas" a adotar o Leed, a um custo de até 5% do total da obra.
"Para a Fifa, sustentabilidade é de extrema importância, e entendemos que, apesar de exigir investimentos, eles se pagam no longo prazo, além do benefício ambiental", disse a entidade.
O COL não respondeu as perguntas.




Oito estádios da Copa na corrida pelo selo verde

Green Building Council Brasil destaca Brasília e Cuiabá como os mais adiantados

Estádio Nacional de Brasília em busca do selo platina (crédito: Castro Mello Arquitetos)
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Regina Rocha
postado em 08/07/2011 19:04 h
atualizado em 08/07/2011 19:13 h
Quando o assunto é certificação Leed, ou selo verde nos estádios, o Brasil está na frente. A primazia brasileira até levou a Fifa a incluir metas de sustentabilidade em seu manual técnico para as obras da Copa de 2014.

A informação é de Felipe Faria, gerente de relações governamentais e institucionais do Green Building Council (GBC Brasil): "O Leed está presente em 127 países, mas são poucas as arenas mundiais que têm o selo verde, ou que estejam na posição do Brasil na busca da certificação", afirma ele. O GBC Brasil, organização não governamental criada em 2007 para promover processos de certificação do selo Leed no país, assessora o BNDES na certificação dos estádios da Copa de 2014.

Entre os estádios que sediarão os jogos da Copa em 2014, oito já estão em processo de certificação para o selo verde. Os mais adiantados, conta Faria, são os de Brasília (Estádio Nacional Mané Garrincha) e Cuiabá (Arena Pantanal), que já enviaram a documentação exigida. E Brasília manifestou a intenção de obter o selo no nivel platina, o mais alto na escala do GBC, contou Felipe Faria. Também buscam certificação os estádios de Belo Horizonte, Manaus, Natal, Fortaleza, Salvador e Recife. No caso do estádio carioca, o Maracanã, "ainda falta pedirem registro de certificação, mas sabemos que a obra segue os padrões de um empreendimento sustentável e a solicitação ainda deve ser feita", avalia o gerente do GBC Brasil.

Para obtenção do selo verde, explica Faria, é necessário ao empreendimento observar alguns requisitos básicos, como: adoção de materiais de baixo impacto ambiental (por exemplo, aço e alumínio em parte produzidos com matéria-prima reciclada), tintas e vernizes com compostos orgânicos voláteis, pisos drenantes, etc. Além disso, estádios que tenham obras de demolição devem reciclar os resíduos gerados e dar destinação correta ao que não pode ser aproveitado, como de fato vem sendo feito na obra do Maracanã e do Fonte Nova, diz o representante do GBC Brasil.

Certificação As arenas de São Paulo (Corinthians), Curitiba (Arena da Baixada) e Porto Alegre (Beira-Rio) ainda não iniciaram os procedimentos para obter o certificado Leed. "Os dois últimos provavelmente porque não utilizarão os recursos do BNDES, banco que tem como exigência a certificação ambiental", observa. Mas, correndo por fora dos preparativos da Copa de 2014, a Arena Grêmio, em Porto Alegre, já está dentro do processo, explicou Felipe Faria.

Antes de conceder o selo Leed, o BNDES estabelece duas fases de análise: uma avaliação prévia do projeto, na sua etapa final, e depois da obra concluída, no início de operação do estádio, quando os equipamentos são finalmente testados e conferida sua sustentabilidade efetiva.

Vantagens do Leed "A grande vantagem do selo Leed nos empreendimentos é o ganho operacional, com reduções de custos principalmente quanto ao uso energético e de água", analisa o executivo do GBC Brasil. Segundo Faria, "a redução no consumo de energia chega a 30%, e até 50%, no caso do gasto com água, isto durante 40, 50 anos, ou em toda a vida do equipamento". No custo operacional total, a redução é de 9% nas construções sustentáveis, completa.

"Sustentabilidade não encarece a obra. Uma obra sustentável é também a que vem com planejamento, que é o que de fato pode reduzir custos", conclui Faria.



fonte: http://www.copa2014.org.br/central-de-noticias/