sábado, 22 de dezembro de 2012

Lâmpada "FIPEL", é mais econômica e mais duradoura que o LED...


Norte-americano cria lâmpada de plástico flexível mais sustentável que o LED

07 de December de 2012 • Atualizado às 11h00


Feita de plástico maleável, a lâmpada não quebra e pode ser moldada em diversos formatos. | Foto: Divulgação
David Carroll, professor de física na Universidade de Wake Forrest, nos EUA, criou uma nova lâmpada de plástico flexível. A tecnologia, batizada de FIPEL, é mais econômica e mais duradoura que o LED, e não utiliza mercúrio e nem resíduos cáusticos.
A nova fonte de iluminação promete ser mais eficiente que o LED. Além de emitir uma luminosidade mais intensa do que os produtos atualmente disponíveis no mercado, a FIPEL é uma lâmpada produzida apenas com plástico, que não quebra, como as convencionais, e nem derrete, como os LEDs. Além disso, por ser flexível, o material é capaz de ser moldado em diversas formas, permitindo diferentes usos na decoração de ambientes.
Embora a FIPEL seja mais brilhante do que o LED, a luminosidade é menos artificial e não agride os olhos, ao contrário das outras lâmpadas. Isso acontece porque o material tenta reproduzir a luz solar natural, a qual os olhos já estão acostumados. No entanto, é possível alterar as cores do plástico, conferindo mais um recurso decorativo.
A eficiência da FIPEL fica por conta das três camadas plásticas que formam a lâmpada. Compostas por nanopartículas, as partes ficam aquecidas quando a corrente elétrica passa por elas. Outra vantagem desta fonte de luz é a sua composição, que não contém mercúrio e nem substâncias cáusticas, que contaminam o meio ambiente e podem causar danos à saúde das pessoas.
Carroll e sua equipe ainda afirmam que cada exemplar pode durar mais de dez anos com a mesma intensidade de quando foi comprada.  A intenção dos criadores é fazer com que a mesma luz tenha aplicações diferentes, seja nas residências, na iluminação pública, em cenários teatrais, em bares ou casas noturnas.

A universidade ainda não firmou todos os acordos comerciais, entretanto, é possível que os primeiros exemplares cheguem ao mercado no ano que vem. Carroll ainda afirma que a FIPEL tem baixos custos de produção. Com informações do TreeHugger.


Redação CicloVivo

Arquitetos espanhóis projetam casa com contêineres e pallets no Chile


13 de December de 2012 • Atualizado às 11h18


A fusão de uma empresa chilena e dois arquitetos espanhóis resultou em um interessante imóvel ecológico construído com 85% do material reaproveitado. Entre os itens utilizados estão contêineres e pallets de madeira.
Chamada de Casa Manifesto, a residência possui 70% de autonomia em geração de energia devido ao uso de placas solares e de um sistema de isolamento térmico de celulose reciclada, feita a partir de jornal.
Também pensando na economia de energia, as paredes foram revestidas com pallets de madeira, permitindo que sejam abertas. Desta forma, há mais aproveitamento da luz do sol durante o dia e ainda facilita circulação de ar no ambiente.
A casa foi construída com uma estrutura modular de três contêineres marítimos de metal. Também foram utilizadas vigas de demolição, madeira sustentável e pintura de baixo impacto.
A Casa Manifesto possui 160 m2 e está localizada no topo de uma colina, em Curacaví, região metropolitana de Santiago, no Chile.  Os responsáveis pela obra são os arquitetos Jaime Gaztelu e Mauricio Galeano e a empresa chilena, especialista em construção sustentável, Infiniski.
A companhia afirma em seu site que as construções ecológicas custam 20% a menos do que uma casa tradicional. Além disso, são edificadas rapidamente, sem perder a qualidade. A Casa Manifesto possui uma sala de jantar, um quarto e uma suíte, cozinha, varanda na parte baixa e uma sacada envidraçada com uma bela paisagem para o vale. Com informações da Revista Vida Simples.
Redação CicloVivo

Em busca de Doggerland


Há décadas, navegadores do mar do Norte arrastam vestígios de um mundo desaparecido em suas redes. Hoje, os arqueólogos fazem uma pergunta bem adequada ao momento: o que acontece com as pessoas quando seu lar desaparece sob a maré?

por Laura Spinney Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
Quando sinais de um mundo perdido no fundo do mar do Norte começaram a aparecer, ninguém quis acreditar neles. As evidências começaram a chegar à superfície há um século e meio, quando pescadores ao longo do litoral holandês adotaram amplamente uma técnica arrastão. Eles passaram a arrastar redes com lastro pelo fundo do mar e as erguiam cheias de peixes. Mas, às vezes, uma presa de animal enorme aparecia e caía no deque com muito barulho, ou os restos de um auroque, de um rinoceronte lanoso ou de outro animal extinto. Os pescadores ficaram perturbados com esses indícios de que as coisas nem sempre foram como são. Aquilo que não eram capazes de explicar, voltavam a jogar no mar.
Gerações depois, um peleontólogo amador criativo chamado Dick Mol convenceu os pescadores a entregarem os ossos para ele e anotar as coordenadas de onde tinham sido encontrados. Em 1985, um capitão apresentou a Mol um osso de maxilar humano lindamente conservado, completo com molares desgastados. Junto com seu amigo, o colega amador Jan Glimmerveen, Mol mandou datar o osso com carbono radioativo. Descobriu que ele tinha 9,5 mil anos de idade, e isso significava que o indivíduo tinha vivido no período Mesolítico, que no norte da Europa começou no final da última era Glacial, há cerca de 12 mil anos, e durou até o advento da agricultura, 6 mil anos depois. “Achamos que veio de um enterro”, diz Glimmerveen. “Um túmulo que permaneceu intocado até que aquele mundo desapareceu embaixo das ondas, há cerca de 8 mil anos.”
A história dessa terra desaparecida começa com o derretimento do gelo. Há 18 mil anos, os mares ao redor da Europa do norte eram cerca de 122 metros mais baixos do que são hoje. A Grã-Bretenha não era uma ilha, mas sim o canto noroeste desabitado da Europa, e entre isso e o resto do continente, a tundra congelada se estendia. Na medida em que o mundo se aquecia e o gelo recuava, cervos, auroques e javalis selvagens circulavam para o norte e para o oeste. Os caçadores vieram atrás deles. Ao descer das terras altas que hoje é a Europa continental, viram-se em uma ampla planície baixa.
Os arqueólogos chamam essa planície desaparecida de Doggerland, devido ao banco de areia do mar do Norte que às vezes prejudica navios chamado banco Dogger. O lugar que no passado era considerado uma ponte de terra amplamente desabitada entre a Europa continental de hoje e a Grã-Bretanha — uma passagem para outro lugar —, hoje se acredita que Doggerland tenha sido ocupada por povos do Mesolítico, provavelmente em grandes números, até serem forçados a sair dali, milhares de anos mais tarde, pelo mar que subia de maneira implacável. Um período de confusão climática e social se seguiu, até que, no final do Mesolítico, a Europa tinha perdido uma porção substancial de sua massa de terra e ficou com uma aparência bem parecida à que tem hoje.
Muitos passaram a considerar Doggerland como a chave para entender o Mesolítico no norte da Europa, e o Mesolítico, por sua vez, como um período que tem lições a nos dar — já que estamos passando por mais um período de mudanças climáticas. Graças a uma equipe de arqueólogos de paisagem na Universidade de Birmingham, liderada por Vince Gaffney, agora temos uma boa ideia de qual era a aparência dessa terra perdida. Com base em dados de levantamento sismográfico feitos principalmente por empresas petrolíferas fazendo prospecções sob o mar do Norte, Gaffney e seus colegas reconstruíram digitalmente quase 46.620 quilômetros quadrados da paisagem submersa — uma área maior do que a Holanda.

  No Centro de Tecnologia Espacial e Visual IBM da universidade, que ele chefia, Gaffney projeta imagens desta terra incógnita em telas coloridas enormes. Ali, logo depois do limite do mapa, os rios Reno e Tâmisa se encontravam e corriam para o sul, para o rio do Canal. Gaffney passa a mão por outras bacias hidrográficas, comparativamente grandes, que para nós não têm nome. No clima da época — talvez vários graus mais quente do que hoje — os contornos da tela dele se traduzem em colinas não muito altas, vales cobertos por bosques, pântanos verdejantes e lagoas. “Era um paraíso para os caçadores-coletores”, ele diz.
A publicação, em 2007, da seção inicial do mapa dele, permitiu aos arqueólogos, pela primeira vez, “enxergar” o mundo mesolítico e até identificar locais propícios para assentamentos, com vistas de realizar escavações potenciais neles. O custo da arqueologia submarina e a baixa visibilidade no mar do norte tem feito com que esses assentamentos atraentes continuem fora de alcance, pelo menos por enquanto. Mas os arqueólogos têm outras maneiras de revelar quem eram os habitantes de Doggerland e a maneira como reagiram ao avanço lento porém inexorável do mar para cima de suas terras.
Primeiro, há os tesouros revelados pelas redes dos pescadores. Além do maxilar humano, Glimmerveen acumulou mais de cem outros artefatos — ossos de animais mostrando sinais de cortes e ferramentas feitas de ossos e de chifres, entre eles um machado decorado com um padrão em ziguezague. Como ele tem as coordenadas desses achados, e como os objetos no fundo do mar não se movem para muito longe do local em que a erosão os libera, ele pode ter certeza de que muitos deles vêm de uma área específica na área sul do mar do Norte que os holandeses chamam de De Stekels (as Espinhas), caracterizada por cristas íngremes no fundo do mar. “O local ou locais deviam ficar perto de um sistema hídrico”, ele diz. “Talvez eles vivessem em dunas de rio.”
Outra maneira de compreender os habitantes de Doggerland é escavar águas rasas ou locais de intermaré de idade semelhante nos arredores. Nas décadas de 1970 e 1980, um local chamado Tybrind Vig, a algumas centenas de metros do litoral de uma ilha dinamarquesa no mar Báltico, revelou evidências de uma cultura de pescadores do fim do Mesolítico surpreendentemente avançada, incluindo remos de canoa enefitados com refinamento e várias canoas longas e estreitas, sendo que uma delas tinha mais de nove metros de comprimento. Mais recentemente, Harald Lübke, do Centro de Arqueologia Báltica e Escandinava em Schleswig, na Alemanha, e seus colegas escavaram uma série de assentamentos submarinos na baía de Wismar, no litoral alemão do Báltico, com datação entre 8,8 mil e 5,5 mil anos atrás. Os locais documentam de maneira vívida a mudança da dieta das pessoas de peixes de água doce para espécies marinhas na medida em que a água do mar foi subindo e transformando, ao longo dos séculos, suas terras de lagos interiores rodeados por florestas em pântanos cheios de juncos, depois em fiordes, até chegar à baía aberta que existe hoje.
Uma metamorfose semelhante se deu em Goldcliff, no estuário de Severn, no País de Gales, onde o arqueólogo Martin Bell, da Universidade de Reading, e sua equipe fazem escavações há 21 anos. No Mesolítico, uma vales estreito e recortado inicialmente continha o rio Severn. Na medida em que o mar subiu, o rio de espalhou pelas laterais do vale e se estendeu — talvez em um período tão curto quanto um século — criando os contornos do estuário moderno. A certa altura, o estuário deve ter sido pontilhado por ilhas.
Em um dia de agosto, durante uma maré excepcionalmente baixa em Goldcliff, eu segui Bell e seus colegas pela planície de lama molhada, passando por enormes troncos de carvalhos pré-históricos preservados pela lama. Nós tivemos menos de duas horas de trabalho antes de a maré voltar a encher tudo. Chegamos a uma crista sem nada de mais que, 8 mil anos antes, formava a beirada de uma ilha. Um integrante da equipe a atacou com água de uma mangueira de alta pressão e, de repente, uma sequência de pegadas apareceu em relevo — 39 no total, deixadas por três ou quatro indivíduos e voltadas para ambas as direções ao longo da crista. “Eles podiam estar saindo de seu acampamento para conferir suas armadilhas de peixes em um canal próximo”, diz Bell.


  Houve numerosos acampamentos no estuário em certa época, Bell acredita, cada um deles habitado por grupos de família estendida, chegando até a dez indivíduos. Os acampamentos não eram de ocupação permanente. O mais antigo teria ficado submerso em marés muito altas, de modo que fica claro que os visitantes eram sazonais, e que a cada vez que voltavam, construíam seu acampamento um pouco mais para cima da encosta. O mais notável é que eles sempre voltavam, ao longo de séculos e possivelmente milênios, encontrando uma maneira de permanecer em uma paisagem que mudava de modo a ficar irreconhecível. Eles teriam presenciado quando a água engoliu e destruiu a floresta de carvalhos. “Deve ter havido um tempo em que carvalhos colossais despontavam para fora da água, mortas, no meio dos pântanos salgados”, diz Bell. “Deve ter sido um tipo de paisagem bem estranho.”
O verão e o outono teriam sido épocas de fartura no litoral, com as pastagens do pântano que atraíam animais selvagens que podiam ser caçados. A pesca devia ser boa e as avelãs e as frutinhas silvestres, abundantes. Em outras épocas, o grupo se transferia para terrenos mais altos, provavelmente acompanhando os vales dos afluentes do Severn. Com apenas uma cultura oral, indivíduos mais velhos seriam arquivos fundamentais de conhecimento ambiental, capazes de decifrar os padrões de migração das aves, por exemplo, e assim dizer a seu grupo quando estava na hora de partir para o litoral ou se dirigir para as terras altas — decisões das quais sua sobrevivência dependia.
Descobertas de concentrações de artefatos bem maiores sugerem que o povo do Mesolítico, assim como os caçadores-coletores da América do Norte, reunia-se para eventos sociais anuais — possivelmente no início do outono, quando as focas chegavam e os salmões pululavam. No oeste da Grã-Bretanha, essas reuniões se davam no alto de montanhas, com vista para as áreas de focas. Elas permitiram que rapazes e moças de grupos localizados encontrassem parceiros e que informações a respeito de sistemas hídricos além do território de cada grupo fossem trocadas — esse conhecimento era fundamental na medida em que o mar continuava a influenciar a paisagem.
As elevações do nível do mar mais rápidas eram da ordem de um ou dois metros por século, mas por causa da topografia variável do terreno, as inundações não eram uniformes. Em áreas planas como a região atual de East Anglia, uma elevação de dois metros poderia ter feito o litoral avançar quilômetros ao interior; em locais mais montanhosos, menos. Em Doggerland, com suas terras baixas, o mar transformava lagos interiores em estuários. A reconstrução digital de Gaffney mostra que um especificamente, Outer Silver Pit, contém enormes bancos de areia que só podem ter sido criados por correntes de maré fortíssimas. A certa altura, as correntes teriam feito com que fosse perigoso cruzar as águas em canoas de tronco e, no final, acabaram criando uma barreira permanente para chegar a campos de caça que antes lhes eram familiares.
Como foi que os caçadores do Mesolítico, tão sintonizados ao ritmo das estações, adaptaram-se na medida em que seu mundo começou a se dissolver a seu redor? Jim Leary, um arqueólogo da English Heritage, examinou a literatura etnográfica em busca de paralelos com os inuits e outros povos de caçadores-coletores que confrontam as mudanças climáticas. Para aqueles que aprenderam a explorar o mar que se elevava, transformando-se em construtores de barcos e pescadores habilidosos, o novo recurso teria sido uma benesse — durante um período. Mas, no final, um ponto de mutação chegaria e a perda de território iria se sobrepor à fartura. As pessoas mais velhas do Mesolítico, aqueles “armazéns de conhecimento”, como Leary os chama, já não seriam mais capazes de decifrar as variações sazonais sutis na paisagem e ajudar o grupo a fazer planos de acordo com isso. Isolados da caça, da pesca e dos locais de enterro ancestrais, as pessoas devem ter sentido uma noção profunda de falta de lugar, diz Leary—“como um inuit que vê seu caminho de volta barrado por rios de gelo derretido”.

  “Deve ter havido enormes deslocamentos de população”, diz Clive Waddington da empresa Archaeological Research Services Ltd., sediada em Derbyshire. “As pessoas que vivem no que hoje é o mar do Norte devem ter sido desalojadas com muita rapidez.” Algumas se dirigiram para a Grã-Bretanha. Em Howick, em Northumberland, nos penhascos que se estendem ao longo do litoral noroeste e que, portanto, seriam as primeiras colinas que eles viram, a equipe dele encontrou os vestígios de uma moradia que tinha sido reconstruída três vezes no período de 150 anos. Entre as evidências mais antigas de vida assentada na Grã-Bretanha, a cabana data de aproximadamente 7900 a.C. Waddington interpreta sua habitação repetida como sinal de aumento de territorialidade: as pessoas residentes defendendo seu pedaço de chão contra ondas de moradores de Doggerland desalojados.
“Nós sabemos como os territórios de pescaria eram importantes para a subsistência dessas pessoas”, diz Anders Fischer, arqueólogo da Agência de Cultura Dinamarquesa em Copenhague. “Se cada geração visse seus territórios de pesca desaparecer, teriam que encontrar outros, e isso com frequência iria significar competição com grupos vizinhos. Em sociedades de complexidade social baixa, onde não há autoridade para lidar com conflitos, a coisa provavelmente devia terminar em violência.”
Migração, territorialidade, conflito: maneiras estressantes de se adaptar a novas circunstâncias; mas adaptações ainda assim. No entanto, chegou um momento em que o mar exauriu a capacidade de sobrevivência dos habitantes de Doggerland. Há cerca de 8,2 mil anos, depois de milênios de mares que iam subindo aos poucos, uma enorme liberação de água de derretimento de um lago glacial gigantesco na América do norte, chamado lago Agassiz, fez com que o nível do mar saltasse mais de 0,6 metro. Ao retardar a circulação de água quente no Atlântico Norte, este influxo de água gélida causou uma baixa de temperatura repentina, fazendo com que o litoral de Doggerland — se é que ainda tinha sobrado algum — fosse castigado por ventos gelados. Se isso não bastasse, mais ou menos na mesma época, um deslizamento no fundo do mar, nas proximidades da costa da Noruega, chamado deslizamento de Storegga, causou um tsunami que inundou as linhas costeiras do norte da Europa.
Será que o tsunami de Storegga foi a gota d’água ou será que Doggerland já tinha desaparecido sob o mar antes disso? Os cientistas ainda não sabem dizer com certeza. Mas eles sabem, sim, que a elevação do nível do mar desacelerou depois disso. Então, por volta de 6 mil anos atrás, novos povos do sul chegaram ao litoral coberto por florestas densas das ilhas Britânicas. Eles foram até lá de barco, com ovelhas, gado e cereais. Hoje, os descendentes vivos desses primeiros agricultores neolíticos, equipados com tecnologia amplamente mais sofisticada do que seus pares do Mesolítico, mais uma vez olham para um futuro em que terão de lutar contra o mar cujo nível se eleva.