sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O ataque global das formigas lava-pés

Formiga global

25/2/2011


Nativa da América do Sul, a Solenopsis invicta se deslocou pelo continente até chegar aos Estados Unidos, onde se estabeleceu no sul do país há quase um século. Dali, partiu para conquistar Califórnia, Caribe, China, Taiwan, Filipinas e Austrália em pelo menos nove invasões distintas.







 
Agência FAPESP – A formiga lava-pés (Solenopsis invicta), muito comum no Brasil, é uma das principais pragas invasoras no mundo, tendo causado muita preocupação nos últimos anos por conta de seu deslocamento entre países.

Em artigo publicado na edição desta sexta-feira (25/2) da revista Science, Marina Ascunce, do Centro de Entomologia Médica, Agrícola e Veterinária do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, e colegas descrevem a história do processo de invasão mundial promovido pela pequena formiga.


 
Segundo os autores, trata-se de uma história com implicações importantes, uma vez que o impacto econômico da praga é superior a US$ 6 bilhões de dólares por ano apenas nos Estados Unidos. A agressiva lava-pés afeta comunidades locais de insetos, promovendo desequilíbrio ecológico e favorecendo o desenvolvimento de organismos nocivos à agricultura.



O nome comum da formiga deriva da característica de subir rapidamente pelas pernas quando alguém pisa no ninho, injetando por meio de seus ferrões um veneno de alcaloides que provoca dor intensa. Além de dolorida, sua picada provoca bolhas, alergias e até choque anafilático. A espécie se alimenta de plantas, animais e alimentos domésticos.



A Solenopsis invicta teve seu genoma sequenciado recentemente e publicado no fim de janeiro na revista Proceedings of the National Academy of Sciences



No novo estudo, os cientistas analisaram variações genéticas de 2.144 colônias de formigas lava-pés em 75 locais no mundo de modo a traçar a sua proliferação. O estudo verificou que a base norte-americana do inseto foi o ponto de partida para todas as invasões identificadas, com exceção de uma, que foi da Califórnia a Taiwan.



Os resultados da pesquisa apóiam a presença do chamado “efeito de ponte”, no qual uma única população – ela própria estabelecida por uma invasão anterior – torna-se a fonte de repetidas invasões em novas regiões.



Os autores apontam que provavelmente a Solenopsis invicta chegou aos seus destinos principalmente por meio de navios e ressaltam que o aumento no comércio e turismo globais pode incorrer em novas invasões da formiga pelo mundo.



O artigo Global Invasion History of the Fire Ant Solenopsis invicta (doi: 10.1126/science.1198734), de Marina Ascunce e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da PNAS em www.pnas.org.







Absurdo: Além de um conceito, o Parque Biológico é uma marca registada, em Portugal. E os Parques Urbanos Sustentáveis? Parques Urbanos...etc.

Além de um conceito, o Parque Biológico é uma marca registada


18/02/2011


Fonte: http://www.planetazul.pt/edicoes1/planetazul/desenvArtigo.aspx?c=2253&a=19735&r=37


Autor: Carlos Teixeira Gonçalves




O Parque Biológico de Gaia (PBG), que o Planetazul visitou, como lhe mostramos na passada segunda-feira, reservou para si a denominação (Parque Biológico), sendo assim o único do país que a pode usar. Dos restantes parques espalhados por Portugal, dois têm um protocolo com o de Gaia e três estão a utilizar indevidamente o nome. Para Nuno Gomes Oliveira, o problema nem é propriamente o termo, mas o risco de transformação destes parques em jardins zoológicos.





“Parque Biológico é uma marca registada [número 338327], ninguém pode usar o termo”, revelou Nuno Gomes Oliveira, administrador do PBG, quando perguntámos sobre os restantes parques biológicos que existem em Portugal.



Qual foi o motivo que levou ao registo o termo? “Essencialmente, para preservar o conceito. Não queremos que comecem a surgir parques biológicos que não respeitam esse conceito. Não é fazer um jardim zoológico”, explicou.



Ora, esse conceito está explicado no site oficial, onde se lê que o “Parque Biológico apenas tem em cativeiro animais domésticos ou, sendo da nossa fauna, que [...] se encontram incapacitados para sobreviverem na natureza”. Os animais que chegam “em estado que permita a sua recuperação são tratados e restituídos à natureza em local apropriado”. Ou seja, só ficam fechados no parque os que não têm outra hipótese.



De acordo com o gestor e fundador deste espaço, os parques de Vinhais (totalmente projectado pelo PBG) e de Lamego foram autorizados a manter o nome. “Temos protocolos com eles”, confirmou num e-mail enviado ao Planetazul depois da nossa visita a Vila Nova de Gaia. Mas isso não acontece com os restantes: Parque Biológico da Lousã, de Silves e do Douro.



“O da Lousã foi por esse caminho [de transformar o sítio num jardim zoológico] e nós metemo-lo em tribunal”, adiantou Nuno Oliveira. Neste momento, o processo para retirarem a denominação, “aguarda despacho do juiz sobre a contestação feita por eles [Lousã]”.



Parque biológico como hospital



Jaime Ramos, presidente do Conselho de Administração da Fundação Associação de Desenvolvimento e Formação Profissional (AFDP), proprietária do Parque Biológico da Lousã, confirmou a acção em tribunal. “Surpreendeu-nos”, comentou Jaime Ramos, ao telefone. “É disparatado. Revela alguma má fé. Para quem está preocupado com o ambiente...”, acrescentou.



Na opinião de Jaime Ramos esta acção não faz sentido, até porque “parque biológico é uma definição genérica, tal como hospital”. “O nosso parque tem uma diferença em relação ao de Gaia. A ideia do nosso parque é a de um negócio social, para criar emprego para pessoas com deficiência ou desempregados de longa duração. É evidente que isso nos distingue dos restantes parques”, afirmou.



“É absurdo imaginar... Depois de o projecto criado, vêm dizer que não se pode usar o nome”, terminou.



Relativamente ao Parque Biológico de Silves, que inclui um centro cinegético e uma quinta pedagógica, os esclarecimentos foram dados pela autarquia. “A Câmara Municipal de Silves está, neste momento, a reestruturar o espaço [...] devendo este serviço receber, dentro de pouco tempo, uma designação própria e nova, bem como uma imagem gráfica e materiais comunicacionais/ promocionais sobre a nova forma como se pretende ali trabalhar”, respondeu, via e-mail.



O Planetazul tentou contactar, através de correio electrónico, o Parque Biológico do Douro, mas até à data não obteve resposta.

SAÚDE AMBIENTAL: PROIBIDO FUMAR NOS PARQUES, NAS PRAÇAS E NAS PRAIAS...se a moda pega...






Mayor Signs Legislation Prohibiting Smoking in Parks and Beaches

 Volume XXV, Number 5356





Thursday, February 24, 2011





This week, Mayor Bloomberg signed Introductory Number 332-A, amending the Smoke Free Air Act to prohibit smoking in the City’s parks, beaches, boardwalks, and pedestrian plazas. Below is a message from Commissioner Benepe to all Parks employees.

To All Parks & Recreation Staff:

On Tuesday, Mayor Bloomberg signed a bill that prohibits smoking within New York City’s parks, beaches and pedestrian plazas. The new law, which will take effect on May 23, will reduce people’s exposure to secondhand smoke outdoors.

By supporting this legislation, we welcome the chance to improve the beauty and health benefits of the city’s public outdoor spaces. Parkies throughout the agency work hard to ensure that tens of millions of visitors—New Yorkers and visitors alike—enjoy our public parks year round, and we hope this new legislation ensures an even healthier and cleaner experience at our parks and beaches.

We all work together to make parks cleaner and healthier places to visit, and many of you know firsthand what a big problem cigarette butts are as a source of litter that is very difficult to pick up, especially at beaches. By eliminating smoking in parks we will make the visitors’ experience more pleasant and make our clean-up job easier.

We expect that the new law will be enforced mostly by New Yorkers themselves, who will ask people to follow the law and stop smoking. This is how similar laws have worked in other places, including Chicago and Los Angeles. However, people who violate the new law could receive a $50 ticket from one of our PEP officers.

It is very important that our Parks & Recreation staff take the lead and set an example for New Yorkers by following this new law and refraining from smoking on Parks property.

Over the next few weeks we’ll be educating all of you more on the new legislation, posting signs throughout our properties, and removing ashtrays from outside our offices and comfort stations. You’ll note that smoking will still be allowed on sidewalks outside parks, including the sidewalks that form the perimeter of parks and in the parking lots of all Parks properties.

We all realize that smoking is a hard habit to kick, so we also want to make sure you know about some great resources available to those of you who make the decision to do so. To serve New York City employees who want to quit smoking, the Department of Health and Mental Hygiene offers an Employee Smoking Cessation Program (ESCAPE). The ESCAPE program offers comprehensive quit smoking services to all New York City employees, their families, or anyone with whom a New York City employee lives. ESCAPE provides individualized counseling and smoking cessation medications free of charge. Parks employees may enroll in the ESCAPE program by calling 212-676-2393 Monday through Friday. I encourage any employee who wants to quit smoking to take advantage of this valuable free program to assure that they have the support they need to quit smoking successfully.

You’ll be hearing more from me and from your supervisors on this important new initiative to improve public health and the park experience over the coming weeks.

Best regards,

Adrian Benepe



EYE ON PARKIES

Parks is fortunate to have talented and diverse employees who come to us from all walks of life, with an impressive variety of skills, and who work in innovative and visible ways that enhance the quality of life in the City. We should all be proud of the work we do on behalf of all New Yorkers and of our coworkers.

But, how well do we really know each other? Parks staff throughout the agency are not just impressive at work, but have fascinating lives outside of work. We have musicians of all types, and athletes who have competed at the highest levels including professional sports and the Olympics. A few among us have climbed mountains, completed marathons, sailed the oceans, written books, or raised 7 or more children. Some have culinary expertise and have worked as professional chefs. Others have honorably served our country in the various branches of the United States armed forced. Many Parks staff complement their professional public service with volunteerism and community service in their neighborhoods. Still others have extraordinary artistic talents such as painting, poetry, or sculpture.

These outstanding stories are worth sharing with the rest of the Parks community. That is why we are launching for the first time “Eye on Parkies” beginning in March 2011, a fun effort to share these cool personal stories with the broader Parks community. On a regular basis, we will post new Eye on Parkies story on the Parks intranet and in the Daily Plant. We encourage you all to share your stories with us and encourage your co-workers to do the same.

Story ideas should be sent to mahanth.joishy@parks.nyc.gov by email or sent to room 228 in the Arsenal. Anyone can submit a story, but please keep it focused on your life outside of work, not during it.



QUOTATION FOR THE DAY

“The one function TV news performs very well is that when there is no news we give it to you with the same emphasis as if there were.”

David Brinkley

(1920 - 2003)


Poluição do ar: Fator de risco relevante para infarto

Poluição causa mais infarto que cocaína



Estudo mostra que ar poluído das grandes cidades é um dos maiores gatilhos para ataques cardíacos



Conclusão é de uma revisão de 36 pesquisas envolvendo cerca de 700 mil pessoas expostas aos riscos



Autoria: MARIANA VERSOLATO

DE SÃO PAULO



Respirar ar poluído causa mais ataques cardíacos que usar cocaína, segundo revisão de estudos envolvendo 700 mil pessoas, publicada ontem no "Lancet".

O trabalho, feito pela Hasselt University, na Bélgica, cruzou fatores de risco para infarto e a exposição da população a esses fatores.

É por isso que a poluição ficou em primeiro lugar. Individualmente, aumenta apenas 2,9 vezes o risco de infarto, em comparação com a cocaína (23 vezes).

Mas, como a população toda é exposta à poluição, e apenas uma fração pequena usa a droga (0,04%), a poluição desencadeia muito mais infartos do que a cocaína.

O estudo também coloca em patamares semelhantes os riscos da poluição e de outros fatores mais conhecidos, como esforço físico e consumo de álcool e de café.

Para o médico epidemiologista Luiz Alberto Pereira, do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, é esse o mérito do estudo.

Segundo Pereira, a poluição não é valorizada como fator de risco e ainda há muito ceticismo a seu respeito.

"O estudo pode fazer com que os clínicos finalmente olhem para a poluição como fator de risco relevante para infarto. Não se pode mais menosprezar um risco de 7%, similar ao do álcool."

Os gatilhos fazem a doença preexistente piorar ou se manifestar. No caso da poluição, a piora da qualidade do ar pode causar um infarto poucas horas depois da exposição em quem tem hipertensão ou problemas cardiovasculares.

Mas mesmo pessoas saudáveis podem sofrer dano e ter o risco de infarto aumentado ao longo do tempo, principalmente se morarem em cidades como São Paulo, diz o pneumologista Ubiratan de Paula Santos, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Já aqueles que se protegem com medicamentos para pressão alta e se expõem menos aos riscos sofrem menos os efeitos dos gatilhos.



OUTROS FATORES

Ao todo, o trabalho revisou 36 pesquisas. A partir delas, foi feito um ranking de 13 fatores de risco que estimularam infartos uma hora ou dez dias depois do estímulo.

Alguns desses fatores são uso de maconha, emoções positivas e negativas, atividade sexual e refeições pesadas. O fumo passivo não foi incluído no estudo, mas os autores dizem que seus efeitos são similares aos da poluição ao ar livre, e há a evidência de que banir o fumo em lugares públicos reduziu as taxas de infarto em 17%.

O esforço físico, que pode proteger o coração se é feito com regularidade, é o segundo principal fator de risco, para quem é sedentário ou esportista de fim de semana.

Da mesma forma, o álcool, terceiro no ranking dos gatilhos, pode ser um fator de proteção quando consumido em pequenas quantidades.





A poluição mata mais em São Paulo que AIDS e tuberculose somadas

“A poluição mata mais em São Paulo que AIDS e tuberculose somadas”



Fonte: http://www.oecocidades.com/2011/02/24/%E2%80%9Ca-poluicao-mata-mais-em-sao-paulo-que-aids-e-tuberculose-somadas%E2%80%9D/
Autoria: Por Luana Caires, em 24.02.11

 
 
No Brasil, 80% da população está nas áreas urbanas, mas os efeitos da falta de políticas ambientais e do crescimento desordenado das metrópoles na saúde dos seus habitantes ainda são pouco discutidos. Tentando mudar essa realidade, o Instituto Saúde e Sustentabilidade lança o livro Saúde e Meio Ambiente: o desafio das metrópoles. O Ecocidades conversou sobre esse assunto com o coordenador da obra, Paulo Saldiva, professor titular de Patologia da Faculdade de Medicina da USP e membro do Comitê da OMS que definiu os novos padrões de qualidade do ar. Na área metropolitana de São Paulo, estima-se um excesso de 7 mil mortes por ano decorrentes de problemas causados pela poluição do ar – número maior do que os de AIDS e tuberculose somados. O livro será lançado nesta sexta-feira, 25 de fevereiro, em São Paulo*.



Como surgiu a ideia de lançar o livro?



Esse projeto do Instituto Saúde e Sustentabilidade pretende reunir em um só lugar informações de múltiplas fontes, para permitir às pessoas se inteirarem sobre o tema. A ideia era pegar os milhares de trabalhos científicos que estudam o efeito das condições de vida nas megacidades sobre a saúde. Isso engloba falar sobre ilhas de calor, o perigo de morar em regiões com riscos de inundações e deslizamentos e a política de formar cidades cada vez menos compactas – o que obriga a construção de uma enorme infraestrutura de mobilidade e de fornecimento de água e esgoto. A ideia era traduzir isso em uma obra clara, para quem não tem formação técnica no assunto e que oferecesse uma visão global dos problemas. Queremos que os cidadãos vejam essa fotografia. No momento em que a discussão é trazida para perto das pessoas, elas se interessam.



Nesse trabalho são abordados problemas principalmente de São Paulo. Por quê?



Nós escolhemos São Paulo primeiro por ser uma megalópole que teve um crescimento desordenado e, segundo, por contarmos com bom um banco de dados sobre ela. Cada grande cidade tem seu diagnóstico particular e complexo. Aqui a velocidade do trânsito é baixa, as ilhas de calor estão preservadas, o nível de poluição está demonstrado. Todo mundo sabe o que faz mal e o remédio não é tomado. Depois, gostamos de São Paulo e queremos melhorá-la. É muito fácil gostar da Gisele Bündchen, ela não precisa nem abrir a boca… O duro é você gostar de São Paulo, que tem muito problemas e nenhuma beleza natural evidente.



Se o remédio é conhecido, por que não é usado?



Os interesses econômicos dentro da cidade de São Paulo são muito poderosos. É o lugar onde um quarto do combustível do Brasil é vendido, é onde se encontram as sedes dos maiores grupos financeiros e é onde, digamos, a polêmica entre a aparente divisão entre desenvolvimento e sustentabilidade ocorre com maior intensidade. Existem soluções para tudo, você pode facilmente colocar combustível limpo na frota de São Paulo. Ou poderíamos pegar a Avenida Paulista e dividi-la em duas metades, com corredores exclusivos para ônibus, como fez o prefeito de Bogotá. Mas também existe um problema cultural. As pessoas ainda estão esperando uma solução milagrosa, uma solução tecnológica. E sozinha a solução tecnológica não vai resolver. É preciso mudar hábitos. Se isso não acontecer, os gestores terão que tomar medidas muito impopulares. Imagine o dia em que utilização de automóveis na Paulista for restringida. Acho que vai ter uma forte campanha contra. E o prefeito que fizer isso não vai se eleger mais para nada, nem para síndico de prédio. Ninguém em sã consciência vai tomar medidas que comprometam para sempre o seu futuro político.



Qual é a magnitude do problema da poluição do ar?



No Brasil, de modo geral, está melhor porque houve melhoria tecnológica. Mas em algumas áreas piorou. É o caso do campo, por conta das queimadas, uso intensivo de pesticidas e, também, por menor fiscalização. Nas grandes cidades tende a melhorar, mas ela ainda é suficiente para causar problemas. Estima-se um excesso de 7 mil mortes ao ano na região metropolitana de São Paulo e 4 mil na capital. Esse número é maior do que os de AIDS e tuberculose somados, que são considerados problemas de saúde pública. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que, entre as causas evitáveis, a poluição do ar mata mais do que cigarro. Embora o cigarro seja muito pior do que a poluição do ar, o seu risco se aplica apenas aos fumantes, enquanto a poluição atinge a todos.



Como a poluição afeta a saúde do indivíduo?



A poluição do ar age da mesma maneira que o cigarro, só que em menor escala. Causa e piora doenças respiratórias, causa câncer de pulmão, doenças coronarianas e aumenta o número de partos prematuros…. A diferença é que quando você põe todo mundo para respirar ar poluído, aumenta o número de vulneráveis. A poluição do ar é a mais democrática das poluições. No caso da água contaminada, só é afetado quem tem contato direto. É possível comprar água engarrafada ou ter uma estação de tratamento. Não existe uma estação de tratamento do ar, nós temos que lidar com o ar que nós temos.



O que o paulistano deve fazer para se proteger?



Os cuidados que cada um pode tomar vão depender da sua condição financeira. Do ponto de vista da exposição, é recomendado evitar os horários de pico e minimizar o seu tempo de permanência nos corredores de tráfego. Mas se o indivíduo bate ponto fica meio difícil. O que se pode fazer é praticar um pouco mais de exercício físico, que é anti-inflamatório e melhora as defesas contra a poluição. Também é bom beber mais água, porque tanto a parte respiratória quanto a cardiovascular se beneficiam da hidratação. Em relação à alimentação, deve-se ingerir frutas e tudo o que envolve betacaroteno e vitamina E. Há estudos mostrando que crianças e adultos adeptos a uma dieta rica em antioxidantes naturais mantêm uma saúde melhor.



Quanto tempo de vida pode perder uma pessoa que mora em São Paulo?



Ela pode sofrer uma redução de mais ou menos 9 a 10 meses para cada 10 microgramas de material particulado fino inalado. Isso significa que a expectativa de vida em São Paulo aumentaria em um ano e meio caso a gente tivesse a poluição de Recife, por exemplo.



E qual é o impacto que a poluição do ar no orçamento público destinado à saúde?



Na cidade de São Paulo a poluição do ar custa, considerando as internações no SUS, de 180 a 200 milhões de reais por ano. Se multiplicar esse valor por três, ou seja, cerca de 600 milhões de reais, você chega ao número do SUS somado ao das redes conveniadas. Se contabilizar a mortalidade precoce, que contabiliza a perda do valor de anos produtivos, esse custo ultrapassa 2,5 bilhões de reais. A conta que se faz é que, no nível em que estamos hoje – de poluição intermediária –, para cada real investido em controle de poluição você economiza de R$7 a 8 em gastos de saúde nos cinco anos subsequentes. Não existe nenhum investimento público hoje com taxa de retorno tão alta. Defendemos igualmente que esse enorme custo da poluição, hoje pago por todos, deveria ser pago por quem polui. Agora, não adianta ficar só apelando para a responsabilidade social e ambiental das empresas. O compromisso delas é diferente, é com o lucro. Ninguém vai prejudicar os seus acionistas em nome de uma causa ambiental vaga.



Que tipo de medidas de curto prazo podem ser tomadas para melhorar a situação da cidade?



Embora com atraso, algumas já começaram, como a expansão da malha do metrô. É possível investir em transporte público de qualidade e na criação de corredores de ônibus. O governo municipal já proibiu, a partir de 2018, sua frota de utilizar combustíveis fósseis. Houve um avanço grande recente, mas ele foi circunstancial, porque o Secretário Municipal do Meio Ambiente é médico. Assim, certas providências não foram fruto de um diálogo institucional, mas de um feliz acaso. E boa política pública, de longo prazo, não se faz a partir de acasos felizes.



Existe um descompasso entre a produção científica e a formulação de políticas públicas?



Sim, a Universidade de São Paulo está entre os cinco grupos que mais publicam no mundo sobre poluição do ar e saúde e, apesar disso, nós não temos conseguido controlar de forma adequada a poluição, mostrando que a universidade falhou em criar mecanismos que influenciem as políticas públicas. Além disso, a qualificação dos nossos gestores, do ponto de vista técnico, não é das melhores – e olha que nós temos uma agência ambiental muito sofisticada que é a Cetesb. Fazer vigilância ambiental ainda não entrou na agenda do Brasil. E não somos apenas nós. Pouco se faz na América Latina e África mesmo que, de acordo com a OMS, as condições ambientais sejam responsáveis por 20% a 30% das causas evitáveis de doenças e mortes.



Qual a razão desse imobilismo?



Aqui a gente separou saúde e meio ambiente. Floresta faz parte da agenda ambiental, cidade não. Tiramos o homem do elenco das espécies a serem preservadas. Além disso, nós, pesquisadores, temos muita dificuldade de diálogo com o sistema público. Na academia, o horizonte é de longo prazo. Eu posso fazer um projeto que demora seis anos para ser concluído e não depende da mudança de prefeito. Então, você progride, mesmo a passos lentos. A burocracia interna das universidades, incluindo a USP, faz com que as pesquisas andem em velocidade de lesma paralítica. Mas quando chega a parte do governo, a velocidade é de lesma paraplégica, porque lá o peso dos interesses econômicos é muito maior. Mesmo assim, a produção científica faz diferença. Não fomos o único fator, mas as informações desse grupo de pesquisa da USP influenciaram a revisão dos padrões de qualidade do ar da cidade de São Paulo. Acho que se São Paulo pode mudar, o Brasil também pode.







* O lançamento é aberto ao público e acontecerá às 19h na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 278 – 9º Andar, São Paulo



O espaço Parque Escola, em Santo André, promove a educação ambiental e tem grande diversidade de espécies de plantas e flores.

Sto.André tem espaço para educação ambiental


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011 20:00

fonte: http://www.dgabc.com.br/News/5868888/sto-andre-tem-espaco-para-educacao-ambiental.aspx

Autoria: Do Diário do Grande ABC



Ao caminhar pelas trilhas do Parque Escola, em Santo André, às vezes é difícil acreditar que se está próximo ao centro da cidade. O espaço Parque Escola, em Santo André, promove a educação ambiental e tem grande diversidade de espécies de plantas e flores.



O parque é fonte de informações sobre biologia, botânica e reciclagem. Por isso, o agendamento de visitas monitoradas por escolas é uma das principais atividades realizadas, por causa das diversas coleções de plantas nativas e exóticas e construções baseadas em reaproveitamento de materiais e sustentabilidade.



O cactário, como é conhecido o espaço dedicado ao cultivo de plantas que vivem sob o clima seco, possui exemplares imensos de mandacaru, muito comum no Nordeste, cactos "Chic-chic" e "Banco de Sogra" e plantas como Dedo de Moça e a Agavea. E assim descobrir, por exemplo, como sobrevivem as plantas com tão pouca água e para que servem seus espinhos.



Outro local que desperta muita curiosidade das crianças é o viveiro de plantas carnívoras, com nove espécies, como a Nephente e a conhecida Dionaea, com suas folhas parecendo uma "boca" aberta, pronta para receber os insetos.



Há ainda a coleção de sementes e frutos secos, onde o visitante pode descobrir que a bucha usada para tomar banho é um fruto seco e como é o urucum, usado pelos índios para se pintar para a guerra.



Uma visita de escola costuma durar em média 2h30, e conta com o acompanhamento de um educador ambiental. O passeio é gratuito e o agendamento deve ser feito pelo telefone 4438-1758.



A programação de cursos e palestras pode ser conferida no www.santoandre.sp.gov.br.











Cidade de São Paulo ganha o seu primeiro bicicletário elétrico

Cidade de São Paulo ganha o seu primeiro bicicletário elétrico




http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2088


Postado em 24/02/2011 ás 14h51

A cidade de São Paulo acabou de receber o seu primeiro bicicletário elétrico. A novidade já está em funcionamento e é fruto de uma parceria feita entre o shopping Iguatemi e a fabricante de bicicletas elétricas General Wings.



A estrutura, chamada de Eco Place, foi instalada no estacionamento do shopping Market Place, na zona sul da capital paulista. O bicicletário possui quatro vagas disponíveis, com tomadas para 110v e 220v. Conforme informações divulgadas pela empresa, em breve outras estruturas como esta serão instaladas nos estacionamentos de outros shoppings da rede Iguatemi.



A criação desses estacionamentos, equipados para servirem como postos de recarga, tem como objetivo incentivar o uso das bicicletas elétricas em substituição aos automóveis. Além de ser uma das soluções para o transporte nas grandes cidades, a representante da General Wings, Tânia Janeiro, explica que através do uso das bicicletas está sendo desenhada uma nova cultura. É resgatado o valor de poder circular pelas ruas sobre as duas rodas, deixando de lado o modo preconceituoso como os ciclistas costumavam ser julgados.



A tecnologia de bicicletas elétricas, que ainda está em crescimento no Brasil, transmite os conceitos de sustentabilidade, mostrando que ao deixar os carros, altamente poluidores em casa, as pessoas podem colaborar para uma melhor condição ambiental e com a sustentabilidade de maneira geral.



Tânia cita como exemplo bem sucedido no uso das bicicletas a Colômbia, que teve boa parte da sua realidade transformada graças ao incentivo do uso de bicicletas e investimento nacional feito em ciclovias. Lembrando que essa é uma realidade que ainda não existe no Brasil.



A fabricante brasileira possui representantes espalhados por diversos estados do país, mas o local que concentra a maior parte das vendas é a cidade de São Paulo. A explicação, segundo Tânia, é simples: as pessoas buscam mais agilidade, com conforto e segurança. As bicicletas proporcionam essa facilidade aos usuários, e o posto de recarga também, já que ele está instalado dentro de um shopping, para garantir segurança e eficiência. O ciclista também não precisa se preocupar com o gasto financeiro, pois a empresa garante que a recarga é muito barata e no Eco Place ela é gratuita. No posto podem ser recarregadas todos os tipos de bicicletas elétricas, basta o usuário estar portando um cadeado e o carregador da bateria.



Zoológico vertical em Buenos Aires serve como base para aves migratórias: Avatar, Pandora...

Zoológico vertical em Buenos Aires serve como base para aves migratórias


Postado em 24/02/2011 ás 11h35

Autoria e fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2086





Os arquitetos Hila Davidpu, Tal Gazit, Eli Gotman e Hofi Harari divulgaram recentemente a criação do "ECO-Cliff", proposta desenvolvida para a competição de “Zoológico Vertical de Buenos Aires”. O "ECO-Cliff", que em tradução livre seria um penhasco ecológico, é uma torre revolucionária que irá servir como uma base para a nidificação de milhares de aves migratórias e também como um habitat ecológico para os diferentes animais e espécies da "Reserva Costanera Sur". A estrutura deve funcionar como um zoológico tradicional.



A Reserva Costanera Sur de Buenos Aires, está localizado no bairro de Puerto Madero e é visitada por centenas de turistas que passam pela cidade. Esta gigantesca área natural oferece uma interessante variedade de flora e fauna contra o leito do Rio de La Plata.



Com a forma de um penhasco é basicamente um esqueleto rígido coberto por redes e cabos de aço de diversas densidades que cobrem diferentes funções enquanto mantém, à distância, a imagem da torre como um penhasco orgânico.



Este emaranhado permite a abundante entrada de luz solar e ar fresco, assim como a água da chuva, em áreas preferenciais. Juntamente com um sistema de vegetação enraizada no sistema de rede, assim essa estrutura cria um pequeno ecossistema nos limites do edifício.



A entrada dos visitantes na torre ocorre através de um sistema de teleférico. O controle é feito dessa maneira para minimizar os danos à reserva causados por veículos motorizados e reduzir a emissão de gases de efeito estufa na cidade. A entrada principal se conecta a um sistema de transporte público.



Como uma de suas principais funções, a "Eco-Cliff" vai acomodar uma variedade de aves migratórias que passam para a Reserva Costanera Sur acada ano. As áreas de nidificação das aves migratórias poderão acompanhar os visitantes humanos ao longo de sua trajetória ascendente em todos os variados elementos da torre, incluindo os espaços de outros animais e as plataformas de observação.



A torre terá sistemas de energia solar por células fotovoltaicas, instalações de tratamento de água e reciclagem, que em conjunto, fazem deste jardim zoológico vertical praticamente auto-suficiente.



O ponto de vista educacional da "Eco-Cliff" criaria uma experiência inesquecível para educar o visitante a bordo, bem como um marco espetacular para a Reserva Costanera Sur e para a cidade de Buenos Aires.



Redação CicloVivo