01/02/2013 - 15h20
Cemitérios em SP produzem adubo orgânico e adotam 'enterro verde'
WESLEY KLIMPEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A onda de sustentabilidade, propagada já há algum tempo, chegou àquele tema sobre o qual muitos evitam falar: a morte. Um novo sistema em que resíduos orgânicos são transformados em adubo foi implantado em cemitérios, e o procedimento já foi considerado até "case de sucesso" pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental).
Periodicamente, o Grupo Memorial --empresa responsável por cemitérios, crematórios e cinerários-- faz o serviço de exumação de túmulo, para que a família proprietária possa sepultar outra pessoa. Com os ossos realocados, o material excedente é descartado. A partir desse novo procedimento, madeira, tecidos, vegetação e solo são reaproveitados na produção do adubo orgânico.
"Como não se pode jogar esse material em qualquer lugar, gastávamos cerca de R$ 10 mil por mês com caçambas adequadas", afirma Victoria Zuffo, gerente de operações do grupo. Depois da compra de um triturador específico e da consultoria de um técnico de segurança, o procedimento diminuiu os custos da empresa. Teve até um churrasco para os funcionários, no fim do ano, pago com a economia.
Além do reaproveitamento dos resíduos de exumação, os cemitérios do grupo --Memorial Parque Paulista (Embu das Artes) e Jardim Vale da Paz (Diadema)-- também têm alguns projetos com a prefeitura, como a troca de vasos plásticos deteriorados por mudas de árvores, ou então a venda de metais de urnas para reciclagem.