domingo, 19 de maio de 2013

A meta da prefeitura é oferecer 55 mil moradias populares na cidade até 2016.


Prefeitura identifica 4.000 famílias sem teto no centro
MARÍA MARTÍNEVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO


A Prefeitura de São Paulo mapeou pela primeira vez os prédios invadidos na região central da cidade e cadastrou seus ocupantes. O mapeamento identificou 42 invasões e cerca de 4.000 famílias em situação irregular.
Os cadastrados receberão auxílio financeiro da prefeitura a partir do momento em que a Justiça determinar a desocupação dos prédios.
Os que saírem de edifícios privados terão direito a R$ 900. Os que deixarem prédios públicos, receberão auxílio aluguel mensal de R$ 300 a R$ 500 por até quatro anos.
De acordo com a prefeitura, algumas famílias poderão voltar a morar nos prédios que invadiram caso eles sejam reabilitados como moradia social e reformados.
A ideia da prefeitura é tentar manter as famílias de sem-teto no centro da cidade.
Até agora, já foram desapropriados pela administração nove edifícios no centro para essa finalidade.
A meta da prefeitura é oferecer 55 mil moradias populares na cidade até 2016.
"É como se fosse realizado o sonho dos sem-teto. Sempre houve projetos, mas não se concretizaram", disse Manuel Del Rio, advogado do Frente de Luta por Moradia.

EXCLUÍDOS
Os únicos que ainda não sabem que destino terão são os 800 ocupantes do antigo hotel Othon. A prefeitura cancelou o cadastro porque novas famílias invadiram o prédio.
"Só até o quinto andar já havia 1.000 pessoas. Eles descumpriram o acordo de manter os 800 ocupantes iniciais," disse o secretario de Habitação José Floriano de Azevedo Marques Neto.
No dia em que o grupo foi excluído do cadastro, no mês passado, mais de 1.000 pessoas que não haviam invadido o local no início da ocupação, deixaram o prédio.
"Chegaram ônibus cheios de pessoas de outros lugares. Depois de sete meses de ocupação continuamos sem saber onde morar", disse Gabriela Cunha, que está no prédio desde o primeiro dia da invasão, em outubro do ano passado.

Cigarro é cigarro!


Você já deve ter visto alguém fumando um cigarro eletrônico por aí. A ideia é que o usuário fume através do aparelho para satisfazer sua necessidade de nicotina, inalando apenas o químico, sem a presença de substâncias cancerígenas, como o alcatrão e mais 4 mil subprodutos das folhas de tabaco.
A fumaça que o usuário ingere é nicotina vaporizada, aquecida e liberada pelo aparelho. E seu efeito no organismo é imediato. Ela passa pelas mucosas dos pulmões e vai para a corrente sanguínea, dirigindo-se, então, para o cérebro. Uma vez lá, a nicotina é ligada aos neurônios que deixam o corpo mais alerta. Nesse momento, a dopamina é liberada, um químico que faz com que você se sinta melhor. Uma hora depois, metade da nicotina ingerida já foi gasta por seu organismo, fazendo com que você queira mais.
Com o uso regular da substância, fumantes desenvolvem uma tolerância à ela, fazendo com que eles precisem de quantidades cada vez maiores para se sentir bem. E isso vale tanto para cigarros convencionais quanto para o eletrônico.
Mas, enquanto a propaganda do cigarro eletrônico afirma que ele não causa câncer, poucos estudos foram feitos para determinar os efeitos da nicotina vaporizada. Apesar de cientistas considerarem que a versão eletrônica deve ser mais saudável que o cigarro convencional, suspeita-se que ela ainda possa contribuir para doenças cardíacas e outros problemas de saúde. Isso porque a nicotina é tóxica, similar em muitos aspectos a alguns pesticidas. Quando você ingere quantidades muito grandes da substância, pode ficar enjoado e com dor de cabeça.
Até pequenas doses podem ser perigosas. Na hora em que a nicotina entra no organismo, o corpo libera adrenalina, fazendo com que seus batimentos cardíacos, a pressão sanguínea e sua taxa de respiração. Estudos já provaram que pessoas com doenças coronárias podem ter problemas com cigarros eletrônicos porque, 10 minutos após seu uso, os níveis de oxigênio no sangue baixam consideravelmente. Além disso, outra pesquisa denunciou que as cinco maiores marcas de cigarros eletrônicos possuem falhas de design e de controle de qualidade.
Mesmo assim, estima-se que o mercado para os cigarros eletrônicos irá crescer. Afinal, por mais que seus outros efeitos ainda sejam desconhecidos, um cigarro que não causa câncer tem um grande potencial de venda. Estima-se que 3,2 bilhões de dólares serão gastos na tecnologia em 2015, contra 416 milhões em 2010. Mesmo assim, vendas futuras ainda dependem de respostas para as questões ainda não esclarecidas sobre os efeitos colaterais do aparelho.