domingo, 24 de junho de 2012

Rio - 20%?


Imprensa americana critica resultados da Rio +20

Para o 'Washington Post', não vale a pena gastar milhões em cúpula mundial sobre mudanças climáticas

23 de junho de 2012 | 11h 21


Denise Chrispim Marin - Correspondente em Washington
Os jornais americanos reagiram ao encerramento da Rio+20 com omissão completa ou crítica dura ao seus resultados. O New York Times e o Wall Street Journal seguiram a primeira linha. O Washington Post afirmou não valer a pena gastar tantos milhões de dólares em reunião cúpula mundial sobre mudança do clima.
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Na Califórnia, o Estado mais consciente sobre a questão ambiental, o Los Angeles Times foi um dos raros jornais americanos a se concentrar no lado positivo do encontro no Rio de Janeiro. O LATimes destacou o compromisso de aporte de US$ 513 bilhões em planos para levar tratamento de águas, obras sanitárias e energia aos países mais pobres, sem a degradação do meio ambiente.
Post, entretanto, mostrou-se implacável na análise dos resultados em reportagem escrita de Washington, com base na avaliação de especialistas locais. O texto diz ter a conferência "produzido uma declaração não-vinculativa", com compromissos modestos dos líderes mundiais. "As propostas apresentadas no início, como a de prover acesso universal à energia e de dobrar os recursos renováveis até 2030, foram deixadas no chão da sala."
A reportagem cita a conclusão da diretora de política Internacional do Pew Environment Group, Susan Lieberman, que considerou positiva a atenção da Rio +20 para os oceanos. Mas, de forma geral, sua leitura sobre o evento do Rio de Janeiro foi negativa. "Não sei se eles devem fazer isso (uma nova conferência da ONU sobre mudança climática) de novo e não sei se precisaremos de outra de novo", afirmou Susan ao Post.
Se não saiu nas páginas do NYTimes de ontem, o tema foi pelo menos explorado pelos seus blogs. O de Taylor Barnes, dedicado a questões de Energia e Meio Ambiente, expôs o "palco colorido" proporcionado por personalidades políticas e ambientalistas presentes no Rio de Janeiro. O texto assinalou as ausências do presidente dos EUA, Barack Obama, e da chanceler alemã, Angela Merkel. Mas ressaltou ter o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, tirado vantagens de sua presença, assim como as lideranças indígenas brasileiras contrárias à construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

ONU critica desperdício de alimentos no mundo


Neste último dia de Rio+20, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, criticou o desperdício de alimentos no mundo. O sul-coreano participou, ao lado do ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero, de painel sobre a Aliança Global para Terras Secas (GDLA, na sigla em inglês), uma parceria entre países áridos e semiáridos.
O principal foco da GDLA, iniciativa do Catar, é o combate à ameaça de escassez de água e comida nas áreas desérticas. “Enquanto tivermos um bilhão de pessoas indo dormir toda noite com fome, não seremos capaz de dizer que vivemos em um mundo sustentável”, disse Ban Ki-moon, em discurso. “Em todo o mundo, acredito que temos comida suficiente para alimentar sete bilhões de pessoas, mas o sistema não está funcionando”, criticou.
Conforme o secretário-geral, um terço da nossa produção de comida se perde em algum ponto. “Isso é uma tragédia. Não pode haver nenhuma criança faminta no mundo”, afirmou. “O princípio básico da Rio+20 é colocar as pessoas em primeiro lugar. Para isso, temos de alimentá-las, garantir comida. O governo brasileiro tem tido sucesso com o programa Fome Zero”, citou.
Tanto Ban Ki-moon quanto Zapatero não quiseram conceder entrevista após o painel. No discurso, o ex-primeiro-ministro afirmou que a Espanha tem 3 mil quilômetros quadrados de área desértica, mas, mesmo assim, a agricultura no território árido é uma das mais competitivas do mundo. “Devido à tecnologia que usamos, com uma produção que respeita o meio ambiente”, afirmou.

"Águas rasas": Confira vídeo da 'guardiã da natureza' que esteve na Rio+20



Enviado por  em 03/02/2011
10 year old Ta'Kaiya Blaney is Sliammon First Nation from B.C., Canada. Along with singing, songwriting, and acting, she is concerned about the environment, especially the preservation of marine and coastal wildlife. Shallow Waters was a semi-finalist in the 2010 David Suzuki Songwriting Contest, Playlist for the Planet. The song was recorded in studio by Audio Producer Joe Cruz. Footage from Vancouver, BC was filmed by Colter Ripley. Footage of the traditional ocean-going canoe from the Squamish Nation (Burrard Inlet, North Vancouver, BC) ; Ta'Kaiya in traditional cedar bark regalia (Tofino, BC); the Oil Refinery in Burrard Inlet; and the Vancouver Aquarium was filmed by Tina House. Additional footage contributed from Canada Greenpeace and Living Oceans Society. Lyrics on Drychum channel.

23/06/2012 - 03h30

http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/1109157-confira-video-da-guardia-da-natureza-que-esteve-na-rio20.shtml

LOUISE SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO


Em português, "Shallow Waters" quer dizer águas rasas. Confira a letra abaixo e veja clip com Ta'Kayia aqui.

"Águas rasas"
Trecho traduzido

Você se lembra da brisa salgada do oceano?
A gente construía castelos na praia e brincava no calor do verão, mas agora está tudo cheio de óleo.
Vamos voltar ao tempo em que nos importávamos, quando todos esses problemas não estavam lá.
Um pedido de ajuda, essa é a minha canção.
Se não fizermos nada, irá tudo embora.