domingo, 26 de agosto de 2012

Cidades agem para ampliar ações da Rio+20



Rede C40, que reúne 58 metrópoles do planeta, troca bons exemplos de gestão ambiental

24 de agosto de 2012 | 3h 04


Bruno Deiro - O Estado de S.Paulo
Em balanço da Rio +20 realizado ontem em São Paulo, a frustração pela falta de ações práticas e a fragilidade do documento final assinado pelos países contrastaram com o otimismo do grupo de cidades que forma a Rede C40. Pouco mais de dois meses após o evento, especialistas do País e do exterior reforçaram as mesmas preocupações no encontro organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
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Evento mundial no Rio teve pouco efeito prático - Wilton Júnior/AE
Wilton Júnior/AE
Evento mundial no Rio teve pouco efeito prático
"Perguntavam para mim sobre o fracasso da Rio+20 antes mesmo de o evento acontecer. Mas é ingênuo achar que soluções complexas se resolvem em alguns eventos ou mesmo em uma década. O equacionamento das questões deve levar, pelo menos, mais dez anos", diz Paulo Artaxo, físico da USP e membro do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC).
Na opinião do pesquisador, o fato mais evidente foi a falta de governança por parte da ONU para implementar políticas globais. O evento no Rio, avalia Artaxo, não foi muito diferente de encontros anteriores realizados em cidades como Durban, na África do Sul, e Copenhague, na Dinamarca. "Em termos de visibilidade, as atuais ondas de calor nos EUA e na Europa têm muito mais impacto que qualquer evento como a Rio+20", afirma.
Intitulado O Futuro Que Nós Queremos, o documento final assinado por 193 países é considerado o produto dessa falta de acordo. "O documento não possui metas de eficiência energética ou de uso de energias renováveis. Além disso, contém termos como 'tecnologias de combustível fóssil mais limpas', algo discutível", diz Marcelo Moreira, pesquisador do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone).
Otimismo
O discurso do pesquisador Adalberto Maluf, diretor da C40 no País, foi um dos poucos que fugiram do tom pessimista. Elogiada durante a Rio+20, a iniciativa de prefeitos de 58 metrópoles ganhou visibilidade desde então e trabalha na ampliação do projeto. "Diversas entidades entraram em contato, mas damos prioridade à ideia de ser uma ação das cidades voltada para as próprias cidades. Por isso, queremos atingir cem cidades até 2025", afirma Maluf.
Ele explica que o foco da entidade está no lançamento de redes temáticas. Cidades que possuem bons exemplos em determinadas áreas ambientais terão um contato mais próximo com capitais que enfrentam dificuldades. São Paulo, segundo ele, é apresentada como modelo de legislação ambiciosa no setor, ainda que pouca coisa tenha sido colocada em prática. O principal desafio, por outro lado, é aprimorar a questão da mobilidade.
Além de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba são as cidades brasileiras que participam do projeto. "Trabalhando de forma mais localizada, os prefeitos têm mostrado maior engajamento que os líderes mundiais. Nossa atenção agora está voltada para a Ásia, especialmente nas grandes metrópoles da China."
Fundada em 2005, a Rede C40 reúne atualmente 58 cidades que se comprometem a reduzir emissões de gases do efeito estufa e mitigar os riscos climáticos nas próximas décadas.

Curitiba é projeto-piloto para ajudar o Brasil a cumprir compromissos assumidos na Convenção sobre Diversidade Biológica


Quarta, 22 Agosto 2012 11:44 Última modificação em Sábado, 25 Agosto 2012 06:31|


Tema em debate: conter ação predatória das cidades

Paulo de Araújo/MMA
Tema em debate: conter ação predatória das cidades


Curitiba é projeto-piloto para ajudar o Brasil a cumprir compromissos assumidos na Convenção sobre Diversidade Biológica

Luciene de Assis

Fazer com que as cidades usem, de forma sustentável, a diversidade biológica local é a primeira das 20 Metas de Aichi, e um dos temas que integram a listas dos compromissos assumidos pelos 193 países componentes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Nesse sentido, o Brasil já está desenvolvendo um projeto-piloto em Curitiba, experiência apresentada pela professora Tatiana Gadda, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em reunião ocorrida na Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente na tarde desta segunda-feira (20/08), para debater o tema Cidades e biodiversidade.

"Trata-se de iniciativa do Instituto de Estudos Avançados da Universidade das Nações Unidas (UNU), em desenvolvimento em outros países com o objetivo de alcançarmos as Metas de Aichi", explica Tatiana Gadda. As metas foram extraídas da 10ª Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-10), realizada em Nagóia, Japão, em 2010.


ORIENTAÇÃO


Para a professora, a experiência de Curitiba, iniciada em março deste ano, permitirá a formulação de um guia para nortear estados e municípios brasileiros a desenvolverem ações que privilegiem a conservação da biodiversidade local. "O principal aprendizado é que a biodiversidade ultrapassa as fronteiras dos municípios e as políticas locais precisam ser coerentes com esse fato", sugere.

Como representante da UNU na reunião sobre Cidades e biodiversidade, o pesquisador sênior adjunto da instituição, Tony Gross, disse que, apesar de quase todos os 193 países da CDB se preocuparem com sustentabilidade e biodiversidade, os investimentos realizados nos últimos dez anos não conseguiram reverter as taxas de perdas da diversidade biológica, embora haja consenso de que essas perdas resultam em sérias consequências para todos os países. "Biodiversidade é a base da provisão de vários recursos ecossistêmicos, como água, clima, polinização, segurança alimentar, entre outros pontos", enfatizou.

Em se tratando de desenvolvimento sustentável, as cidades representam papel essencial. "As cidades consomem, de forma predatória e negativa, a biodiversidade em geral, como o consumo descuidado da água, as emissões de gases poluentes e qualidade de vida ligada à mobilidade, já que o mundo não é mais rural, inclusive o Brasil", esclareceu a analista ambiental da SBF Lúcia Lopes. O ponto positivo, segundo ela, é que as cidades podem melhorar esse panorama, não só do ponto de vida da biodiversidade em geral, como no que se refere ao consumo de água e na criação de parques, facilitando a manutenção da diversidade biológica da região.


EXPERIÊNCIA


O assunto debatido na reunião envolveu, também, representantes da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU); da Assessoria Internacional do MMA; do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa); do banco alemão para desenvolvimento sustentável (GIZ); do Departamento de Geografia e Ecologia da Universidade de Brasília (UnB); e Da ONG Iclei, sigla em inglês para Governos Locais pela Sustentabilidade.

O evento já rendeu os primeiros frutos, segundo Lúcia Lopes, que recebeu correspondência enviada, na manhã desta terça-feira, pelo coordenador do Programa de Biodiversidade e Cidades da Convenção sobre Biodiversidade (CDB) da Organização das Nações Unidas (ONU), Oliver Hillel, considerando a iniciativa da extremamente positiva. Hillel acredita que a experiência brasileira poderá estimular outros países a se organizarem para, igualmente, tornar suas cidades sustentáveis. 

Uso de amianto na indústria divide opiniões em audiência no STF


Uso de amianto na indústria divide opiniões em audiência no STF


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço dos cânceres ocupacionais é causado pela inalação de fibras de amianto.


Brasília – A divergência de opiniões sobre o uso de amianto em escala industrial foi reproduzida hoje (24), no Supremo Tribunal Federal (STF), em audiência pública convocada pelo ministro Marco Aurélio Mello. Ele é relator de uma ação sobre o tema que tramita na Corte desde 2007, e busca mais elementos científicos antes de preparar voto sobre o uso da substância no país.
O amianto é uma fibra mineral natural, mais fina que um fio de cabelo, usada na construção civil. Geralmente é associada ao cimento e aplicada como revestimento e isolante em coberturas, telhados e galpões. Cerca de 2 milhões de toneladas de amianto do tipo crisotila são consumidas no mundo anualmente. No Brasil, a legislação permite o uso controlado apenas desse tipo de amianto, proibindo os demais.
Apesar dos efeitos positivos do amianto para a economia nacional – o Brasil é o terceiro maior exportador mundial do tipo crisotila -, os efeitos da exposição ao material são contestados por órgãos de saúde e por entidades ambientais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço dos cânceres ocupacionais é causado pela inalação de fibras de amianto.
No STF, nem mesmo o Executivo marcou posição unânime sobre o assunto. Os representantes dos ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e da Previdência Social defenderam o banimento do uso do mineral, enquanto as pastas do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e a de Minas e Energia argumentaram que é possível negociar o seu controle.
“Está provado cientificamente que o produto é cancerígeno e que o Brasil tem tecnologia e matérias-primas para substituí-lo totalmente em seu território”, disse Guilherme Franco Netto, do Ministério da Saúde. Para o representante do Ministério de Minas e Energia, Cláudio Scliar, estudos sérios sobre o impacto do amianto no corpo humano provam que o “uso controlado do amianto do tipo crisotila é viável”.
As divergências se repetiram entre os outros 12 expositores do dia, divididos entre representantes da indústria, do Estado e de entidades ligadas aos trabalhadores expostos ao amianto. A segunda parte da audiência continua na próxima sexta-feira (31), com a apresentação de mais 18 expositores.

A Grande Farsa do Aquecimento Global / The Great Global Warming Swindle

http://www.youtube.com/watch?v=tpvpiBiuki4




Enviado por em 17/08/2011

Exibido em 8/3/2007 pelo Channel 4 britânico, "A Grande Farsa do Aquecimento Global" (de Martin Durkin) vai na contramão de "Uma Verdade Inconveniente" (de Al Gore), reunindo os depoimentos de cientistas reconhecidos para denunciar que a teoria do aquecimento global causado pelo homem não tem base científica e que a elevação da temperatura decorre de um ciclo natural. Depoimentos de Carl Wunsch, Eigil Friis-Christensen, Frederick Singer, Ian Clark, James Shikwati, John Christy, Lord Lawson de Blaby, Nigel Calder, Nir Shaviv, Patrick Michaels, Patrick Moore, Paul Reiter, Philip Stott, Piers Corbvn, Richard Lindzen, Roy Spencer, Syun-Ichi Akasofu e Tim Ball.