terça-feira, 11 de janeiro de 2011

ALTERNATIVA PARA ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO

Iglus plásticos substituem estações de tratamento de esgoto

Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/01/2011

SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Iglus plásticos substituem estações de tratamento de esgoto. 11/01/2011. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=iglus-plasticos-estacoes-tratamento-esgoto. Capturado em 11/01/2011.





Os iglus instalados para a bateria de testes. Para operar eles devem ficar totalmente submersos. [Imagem: Waste Compliance Systems Inc.]
 
 
Lagoas de resíduos





Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo sistema de tratamento de esgotos simples e barato e que tem a mesma eficácia das grandes instalações de tratamento.



Os iglus foram projetados para aliviar a carga de poluentes de lagoas usadas para tratar resíduos.



Pequenas comunidades usam lagoas de águas residuais como método primário de tratamento porque elas são simples para operar e baratas. As águas residuais são mantidas na lagoa por períodos que vão de um mês a um ano, para que os sólidos decantem.



A luz solar, as bactérias, o vento e outros processos naturais fazem o resto, limpando a água. Em comunidades maiores pode-se usar a aeração para otimizar o processo.



Os problemas surgem quando a comunidade cresce e a lagoa não dá mais conta do recado. A migração para uma estação de tratamento completa pode custar muito caro.



Iglus para bactérias



O Dr. Kraig Johnson e seus colegas desenvolveram então os iglus de tratamento de água, que oferecem uma grande superfície para o crescimento de bactérias.



O iglu fornece aos micróbios o ar e o ambiente escuro para que eles consumam os poluentes das águas residuais de forma contínua, com um mínimo de concorrência das algas que vivem nas lagoas.



Cada iglu consiste de um conjunto de quatro cúpulas de plástico, progressivamente menores, umas dentro das outras, cheias de embalagens plásticas para fornecer uma grande superfície para o crescimento bacteriano.



Eles são instalados em linhas, no fundo da lagoa, devendo ficar totalmente submersos.



Anéis de tubos perfurados soltam bolhas de ar através das cavidades entre as cúpulas.







Cada iglu consiste de um conjunto de quatro cúpulas de plástico, progressivamente menores, umas dentro das outras. [Imagem: Waste Compliance Systems Inc.]Conforme o ar se move através das cúpulas, até sair por um furo no topo do iglu, ele não só fornece o oxigênio necessário para as bactérias, como também cria um movimento da água do fundo da lagoa em direção ao topo. Essa circulação garante que a água suja esteja sempre entrando no sistema e sendo tratada.



Estação de tratamento



Cada iglu ocupa cerca de 10 metros quadrados no fundo da lagoa, criando uma área superficial para o crescimento das bactérias de quase 1.000 metros quadrados. O consumo de energia é de 75 watts por iglu, o que abre a possibilidade de sua alimentação por energia solar ou eólica.



Segundo os pesquisadores, a combinação da grande área superficial, com a aeração, a mistura constante e um ambiente escuro que inibe o crescimento das algas, tudo isso torna os iglus capazes de consumir poluentes em taxas comparáveis com as estações de tratamento tradicionais, que exigem instalações caras, grandes bombas e muita energia para funcionar.



"Os resultados deste estudo mostram que é possível economizar centenas de milhares, senão milhões de dólares, das comunidades que usam sistemas de lagoas, adaptando suas instalações de tratamento de águas residuais já existentes [para operar com os iglus]," explica Fred Jaeger, diretor da Wastewater Compliance Systems, uma empresa nascente que licenciou a tecnologia e irá começar a comercializar os iglus.






Os iglus instalados para a bateria de testes. Para operar eles devem ficar totalmente submersos. [Imagem: Waste Compliance Systems Inc.]






Mundo sofrerá escassez de alimentos em 2011, projeta ONU. Desmatar para comer? Agricultura X Meio Ambiente?

Mundo sofrerá escassez de alimentos em 2011, projeta ONU





Mundo deverá ter déficit de 32 milhões de toneladas de cereais em 2011/Foto: Ruth Massey/UN




Um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgado na quarta-feira, 5 de janeiro, indica que a relação entre a oferta e a demanda mundial por cereais vai continuar apertada na safra de 2011. A agência projeta uma redução de 6% dos estoques globais de cereais em relação a 2010 (o equivalente a 32 milhões de toneladas) para atender às necessidades de consumo.



Segundo o comunicado da FAO, a oferta escassa tem provocado um aumento dos preços mundiais dos alimentos nos últimos meses. Na primeira quinzena de dezembro de 2010, o preço do trigo nos Estados Unidos subiu 47%, na comparação com o mesmo período do ano passado.



As causas para a alta dos preços são atribuídas a vários fatores, inclusive as condições climáticas adversas – estiagem ou chuva intensa. Áreas de produção tradicionais foram atingidas, como a Rússia, a Ucrânia, o Canadá, os Estados Unidos, a Alemanha, a Austrália, o Paquistão e a Argentina, além de países do Sudeste Asiático.



Em 2010, a produção mundial de cereais mostrou queda de 1,4% em relação à safra de 2009, para 2,22 bilhões de toneladas. O maior declínio foi registrado em países exportadores. De acordo com a FAO, a oferta de cereais deve subir 2,5% este ano, em países de baixa renda e com déficit de alimentação. O maior aumento será na África, onde a agência prevê colheitas recordes. Contudo, a projeção exclui o Norte do continente africano.



Ano de 2010 registrou recorde no preço de alimentos



O ano de 2010 registrou recorde na elevação de preços dos alimentos em comparação com o período de 2007 a 2009. Para os especialistas da FAO, os dados geram preocupação, mas não há indícios de crise à vista.



A responsável pelo Escritório Regional para América Latina e Caribe na área de Comércio e Marketing, Ekaterina Krivonos, afirmou que a conclusão deve servir de alerta às autoridades para que adotem medidas que evitem o agravamento da situação como um todo. De acordo com ela, se não forem adotadas medidas urgentes, o risco é de surgimento de um clima de nervosismo e tensão na população dos países mais pobres.



“Os governos da América Latina e do Caribe têm de se preparar e adotar ações relacionadas ao aumento do nível das reservas de emergência, no caso dos grãos, por exemplo. [Isso] fortalece as redes de segurança social e incentiva o aumento da produtividade e dos investimentos na agricultura”, sugeriu Ekaterina.



Em 2008, o escritório da FAO para a América Latina e o Caribe orientou os líderes políticos a estimular os investimentos em agricultura na região ante a possibilidade de ocorrência de alta de preços dos alimentos na década seguinte. Os dados do estudo divulgado na quarta-feira apontam que o açúcar e o milho puxaram os preços para cima. [EcoD]









Inovação agrícola ajudará a estabilizar clima


Relatório delineia maneiras de reduzir a pobreza e a fome no mundo .e, ao mesmo tempo, minimizar o impacto da agricultura sobre o meio ambiente.



Autora: Por Fernanda B. Muller - CarbonoBrasil




Fonte:http://www.ecoagencia.com.br/index.php?open=noticias&id=VZlSXRVVONVTVFjdTxmVhN2aKVVVB1TP
Segunda-feira, 24 de Janeiro de 2011



Muitos estão buscando caminhos para aumentar a eficiência do sistema alimentar mundial, já que quase 1 bilhão de pessoas passam fome no mundo atualmente, enquanto 40% do estoque mundial de comida é jogado fora antes de ser consumido. O Worldwatch Institute, organização voltada para a sustentabilidade ambiental e o bem-estar social, lançou o relatório State of the World 2011: Innovations that Nourish the Planet, que ressalta sucessos recentes na inovação agrícola e delineia maneiras de reduzir a fome e a pobreza global e, ao mesmo tempo, minimizar o impacto da agricultura sobre o meio ambiente.




“As informações sobre o progresso apresentadas neste relatório serão úteis para os governos, legisladores, ONGs e doadores que buscam reduzir a fome e a pobreza, oferecendo um roteiro claro para a expansão e replicação dessas experiências bem-sucedidas em outros locais”, comentou o presidente do Worldwatch Institute, Christopher Flavin.



O relatório foi produzido pelo programa Nutrindo o Planeta, do Worldwatch, que visa analisar as inovações agrícolas mensurando sua produtividade, sustentabilidade, diversidade e a saúde dos ecossistemas. Especialistas analisaram centenas de inovações que já estão sendo implementadas, produzindo 15 maneiras comprovadas, sustentáveis e abrangentes de reduzir a pobreza e a fome ao redor do mundo.



Um exemplo disso é o movimento para a produção de alimentos locais. Em muitos países africanos, servir produtos cultivados localmente em escolas tem sido uma estratégia de sucesso, similar aos programas farm-to-cafeteria nos Estados Unidos e na Europa.

“A comunidade internacional tem negligenciado segmentos inteiros do sistema alimentar em seus esforços para reduzir a fome e a pobreza”, comentou Danielle Nierenberg, codiretora do Programa Nutrindo o Planeta. “As soluções não virão necessariamente da produção de mais comida, e sim mudando o que as crianças comem nas escolas, a forma como os alimentos são processados e vendidos e em que tipos de negócios na área alimentícia estamos investindo.”



Num momento em que os investimentos globais em inovação agrícola caíram de 16% para 4% em apenas duas décadas e se calcula que a crise econômica vá reduzi-los ainda mais, o relatório propõe “gastos inteligentes” ao informar organizações e governos sobre os esforços que provavelmente trarão mais resultados positivos.



Entre as inovações detalhadas no relatório está a “horticultura vertical”, um método de agricultura urbana cada vez mais praticado em cidades por toda a África e em outros locais do mundo. Em Kibera, a maior e mais pobre favela da África, em Nairóbi, no Quênia, mais de 1.000 mulheres agricultoras estão usando essa técnica simples e barata, que conserva água e oferece uma maneira confiável e eficiente de cultivar alimentos para uma população que deve crescer 60% até 2050.



Em Gâmbia, na África Ocidental, 6.000 mulheres organizaram a TRY Women's Oyster Harvesting, cooperativa para colheita de ostras que resultou num plano de manejo sustentável para um local anteriormente degradado pela exploração excessiva dos recursos. O governo agora está trabalhando com grupos como a TRY para incentivar e aumentar os investimentos em práticas menos destrutivas.



Na África do Sul e no Quênia, pastores estão trabalhando para preservar variedades nativas de animais cuja adaptação ao clima quente e seco da região devem se tornar valiosas, sobretudo com o aumento da aridez em razão das mudanças climáticas. Com algo entre 15 milhões e 25 milhões de pessoas dependendo da criação de animais, a África tem mais pastos permanentes do que qualquer outro continente.



Estima-se que 33% das crianças africanas estejam passando fome ou sejam malnutridas, um número que deve crescer para possivelmente 42 milhões até 2025. Em Uganda, o programa Developing Innovations in School Cultivation (Disc) está trabalhando com o cultivo de vegetais nativos, educação para a nutrição e habilidades na cozinha, visando ensinar as crianças a cultivar variedades locais para combater o déficit de comida, além de revitalizar as tradições culinárias nacionais.



CarbonoBrasil/EcoAgência