domingo, 17 de junho de 2012

Economicamente viável...


16/06/2012 - 20h44

Especialistas vão propor imposto sobre transações financeiras para criar 'fundo verde'


A proposta de criação de uma taxa sobre transações financeiras internacionais para contribuir com um "fundo verde" para promoção de empregos decentes e tecnologias limpas foi a mais votada entre os participantes do segundo debate dos "Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável" da Rio+20 e será enviada aos chefes de Estado reunidos no Brasil na próxima semana.
Os intelectuais reunidos também formularam uma recomendação aos líderes mundiais para que se adotem "metas compartilhadas" bastante abrangentes e ambiciosas, a serem cumpridas por governos, empresas e sociedade civil, que garantam, por exemplo, que "cada indivíduo no planeta tenha suas necessidades básicas atendidas".
Além disso, vão sugerir "reformas fiscais que incentivem a proteção ambiental", retirando, por exemplo, subsídios à produção de combustíveis fósseis e dando incentivos à produção de energia limpa.
"Acho que agora é um momento importante para se adotar um marco. Sabemos que a Alemanha e a França apoiam a criação do imposto, mas que ele é recusado pelo Reino Unido e pelos EUA, que enfrentam uma forte pressão de Wall Street", disse o economista americano Jeffrey Sachs, da Universidade Columbia, especialista em combate à pobreza. Ele, contudo, reconhece que não há detalhes específicos de como seria essa cobrança e que a proposta é algo ainda bastante inicial.
Durante a sessão do seminário Diálogos, especialistas como Sachs defenderam que a crise financeira seja encarada não como um entrave, mas como uma oportunidade para o desenvolvimento sustentável.
"Essa crise representa um desafio e uma oportunidade. Um desafio, porque muitos países são obrigados a fazer cortes importantes no orçamento, mas uma oportunidade para que surja um modelo novo, uma nova economia, baseada no conhecimento, em recursos humanos", disse o uruguaio Enrique Iglesias, ex-presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Sobre os impasses nas negociações do texto final da Rio+20, Sachs se disse otimista sobre os resultados, especialmente porque a presidente Dilma Rousseff terá tempo de conversar com chefes de Estado na reunião do G20, no México, nos dias que precedem a reunião dos líderes no Rio."Espero que eles avancem em questões importantes para os países pobres. Seria imperdoável se não se chegássemos a um acordo em um momento de tanto perigo. Os limites do planeta já foram ultrapassados", disse o economista.
A economista britânica Kate Raworth, da Universidade do Texas e membro da organização Oxfam, por sua vez, acredita que o Brasil deve aproveitar o seu "legado" de liderança da Eco-92 para conseguir o apoio dos países desenvolvidos em metas significativas, mesmo em meio à crise financeira. "Daqui a 15 anos, essa crise não vai ser mais lembrada, mas nós seremos lembrados como a geração que levou o mundo ao seu limite", disse.

Saco sem fundo...


16/06/2012 - 17h25

Versão do documento feito pelo Brasil adia definição de financiamento para 2014


O rascunho do documento final da Rio+20 entregue ao meio-dia deste sábado (16) às delegações pelo Brasil adia para 2014 a definição sobre quais serão as fontes de financiamento para o desenvolvimento sustentável.



O rascunho, de 56 páginas, é uma versão "limpa" do texto que vinha sendo negociado nos últimos dias e que tinha mais de 80 páginas. Ontem à noite, como país anfitrião, o Brasil assumiu oficialmente a coordenação das negociações.
Em entrevista coletiva no Riocentro (zona oeste do Rio), o chanceler Antonio Patriota confirmou que foi retirada do texto a proposta do fundo anual de US$ 30 bilhões que havia sido apresentada na última quarta-feira pelo G77, grupo de países em desenvolvimento que inclui Brasil e China. A criação do fundo foi rejeitada por EUA, União Europeia e demais países desenvolvidos.
No lugar do fundo, a proposta que está no rascunho brasileiro reproduz uma solução de compromisso que foi apresentada ontem à noite pelo mesmo G77. Ela prevê que um comitê intergovernamental de 30 integrantes, a ser nomeado pela Assembleia Geral da ONU, decidirá em dois anos sobre as fontes que financiarão a transição para um modelo de desenvolvimento que preserve o ambiente.
O parágrafo sugerido pelo G77 afirma que os recursos financeiros terão que ser "novos, adicionais e previsíveis", isto é, não poderão se resumir às antigas promessas dos países ricos da chamada "ajuda ao desenvolvimento" (ODA, no jargão da ONU). Há 20 anos, os ricos prometeram fornecer ajuda equivalente a 0,7% do seu PIB, mas nunca chegaram a cumprir esse compromisso.
O parágrafo-chave do capítulo sobre financiamento deixa claro que o mecanismo financeiro tem que incluir "transferência de tecnologia" -outro ponto que sofre resistência dos Estados Unidos e de europeus. Washington tem insistido em que toda menção à transferência de tecnologia "verde" explicite que ela deve ser "voluntária" e baseada em entendimentos entre os dois lados, isto é, em contratos comerciais.
Na entrevista, Patriota afirmou que o Brasil espera ter um documento concluído até a noite do dia 18. Isso deixaria aos negociadores um dia de folga antes da cúpula de chefes de Estado e governo, que começa na próxima quarta-feira.


Concreto é sustentável!

autor: Paulo Helene









Download: http://www.ibracon.org.br/eventos/49cbc/07%2008%2017ConcretoSustentabilidade.pdf










http://www.concreteshow.com.br/index.php?canal=noticias&pgID=290212-113724-940d6252


Concrete Show South America - o evento
O evento
Maior feira especializada na América Latina, o Concrete Show South America reúne anualmente empresários de toda a cadeia produtiva do concreto e da construção civil. Neste grande encontro, são apresentados maquinários, equipamentos, sistemas construtivos, novas soluções e tecnologias, além de seminários técnicos que discutem e indicam os rumos dos negócios no setor. Em 2011 o evento reuniu 24.890 profissionais qualificados, com alto poder de decisão e mais de 500 empresas expositoras, ocupando 53.000m² de área interna e externa do Centro de Exposições Imigrantes. Representando 26 Estados brasileiros e mais de 20 países diferentes, as empresas participantes respondem por 20 segmentos diferentes e geram nos três dias do evento, mais de R$ 800 milhões em novos negócios.
Em sua 6ª edição, o Concrete Show South America tornou-se a plataforma ideal para o lançamento de novos produtos, aproximação entre empresas e clientes, vendas e networking.
Concrete Show South America 2012 em números:
- 550 expositores
- mais de 60 mil m² de exposição
- Mais de 150 palestras simultâneas
- Compradores de mais de 25 países, incluindo o Brasil
Agende-se!
Concrete Show South America 2012
De 29 a 31 de agosto, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.







http://www.concreteshow.com.br/banners/imagens/180208-105348-spfiquemaisumdia.jpg

Quem tem medo dos transgênicos?


15/06/2012 14:28:29

http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/quem-tem-medo-dos-transgenicos/


Josi Paz*



No debate sobre meio ambiente, como se sabe, nem tudo é verde. Em algumas polêmicas, o tom está mais para o “ou-preto-ou-branco”. E essa postura, segundo o professor Guy M. Poppy, do Centro de Ciências Biológicas da Universidade de Southampton, Inglaterra, também se repete quando o assunto são os transgênicos.
Poppy vem sendo associado com a promoção de uma visão mais positiva sobre o assunto. De acordo com uma pesquisa recentemente publicada pela revista Nature, os transgênicos podem ser bons para o meio ambiente. Mas o professor ressalva: “O meu interesse é sobre como intensificar a agricultura de forma sustentável. Os transgênicos são apenas um pequeno componente nisso. Temos um grande programa na Colômbia e estamos conversando com a FAPESP e a EMBRAPA para realizar um trabalho similar no Brasil.”
De malas prontas para o Brasil, ele será um dos palestrantes no “Fórum Desenvolvimento Sustentável: novas dimensões para a sociedade e negócios”. O evento será na segunda-feira (18), no Espaço Tom Jobim, Jardim Botânico. A promoção é do Instituto Tecnológico Vale, com o apoio do MIND – Instituto Munasinghe para o Desenvolvimento. A participação é gratuita, mas as inscrições foram encerradas no dia 12 de junho.
Abaixo, ele responde a algumas perguntas de Josi paz, doutoranda em Sociologia com o tema “Consumo e meio ambiente”.
Josi Paz – Professor, a sua pesquisa está dizendo “mundo, não tenha medo dos transgênicos”? Os transgênicos são ferramentas sustentáveis de fato?
Guy M. Poppy – Minha pesquisa cobre muitos aspectos da segurança alimentar. Eu acredito que para alcançar a segurança alimentar é preciso intensificar a agricultura de forma sustentável. Mas isso precisa ser feito gerenciando os serviços do ecossistema. Por muito tempo a agricultura tirou o alimento do ecossistema e gerou muitos desserviços (água poluída, gases de efeito estufa, erosão do solo e declínio da biodiversidade). Para avançar sustentavelmente, é necessário assegurar que os agrossistemas sejam mais próximos de outros ecossistemas onde os serviços são melhor balanceados. Isso precisa ser feito na agricultura. Transgênicos podem ser uma ferramenta que ajuda a alcançar isso. Não é a única ferramenta, entretanto, e não é uma bala mágica. Não é nem bom, nem mau.
JP – Há muitos aspectos culturais no debate sobre os transgênicos. Às vezes, a polêmica soa como “Primavera Silenciosa” [livro de Rachel Carson, que denunciou os efeitos do DDT e se confunde com a história do movimento ambientalista moderno]. Como isso afeta o seu trabalho?
GP - É muito complexo e traz sim muitas questões culturais. Claro, é preciso considerá-las e não ignorar a cultura e a visão das pessoas. Similarmente, é importante que grupos com visões extremas ou uma minoria possam aceitar que uma abordagem, que pode endereçar um problema global e é democraticamente apoiada, deva seguir adiante. Transgênicos não são nem bons, nem maus, como eu disse antes, e é uma pena quando as pessoas destróem evidências científicas, que são requeridas para fazer a tomada de decisão objetiva sobre comercializar ou não produtos transgênicos.
JP – Como o movimento ambientalista reage à sua visão mais positiva sobre os efeitos dos transgênicos?
GP – É frustrante quando as pessoas têm agendas e gostam de debates do tipo “ou-preto-ou-branco”. A pesquisa recentemente publicada na Revista Nature mostrou como uma intervenção genética se converteu em um efeito benéfico para a biodiversidade [a planta passa a produzir uma toxina letal para as pragas, mas inofensiva para as pessoas] e com efeitos úteis para os arredores [mesmo lavouras não transgênicas]. Essa demonstração é científica e clara. Entretanto, isso não significa que todos os transgênicos sejam bons e que a briga acabou. Apenas demonstra que, gerenciado dessa forma e na China [cultivo do algodão transgênico], isso pode acontecer e talvez demonstre um caminho ambientalmente sustentável para proteger as lavouras e ampliar a biodiversidade. Muitos ambientalistas poderiam apoiar tal desenvolvimento. A palavra “movimento”, nesses termos, sugere que nós estamos falando de grupos com interesses políticos, que são opostos ao desejo de entender e proteger o meio ambiente cientificamente.
JP – No Brasil, trabalhadores do sul do país foram à Justiça contra a Monsanto. Eles argumentam que somente as primeiras sementes deveriam ser consideradas propriedade intelectual. Como as suas conclusões mais positivas afetam cenários como esse?
GP - Todas essas são questões circudam propriedade intelectual sobre sementes e preocupações que as pessoas têm sobre a necessidade de sempre comprar sementes de uma companhia e não produzi-las por eles mesmos. Isso também envolve a questão da migração dos genes. Alguns estão felizes com isso, lhes dá proteção, outros acreditam que é roubo, enquanto outros dizem que é contaminação e prova que os transgênicos não podem existir. É uma questão delicada e não se limita aos transgênicos. Todas as plantas do tipo semeadas podem resultar nisso. Com os transgênicos não é diferente. Os tipos de gene ou as questões éticas é que são diferentes. Meu trabalho não se volta para esse debate.
JP – O senhor está de malas prontas para a Rio+20. É a sua primeira vez no Brasil? O que espera encontrar por lá?
GP - Eu já estive em São Paulo há alguns meses e devo falar em uma conferência no Pantanal no ano que vem. Eu me apaixonei pelo Brasil e seu povo. Estou realmente satisfeito com esse retorno. Meu novo projeto [Attaining Sustainable Service from Ecosystems] envolve a Colômbia e estou muito empolgado com a possibilidade de estendê-lo ao Brasil. Isso não tem relação com a pesquisa sobre transgênicos e ilustra a diversidade do meu trabalho. É sobre gerenciar a floresta/interfaces com a agricultura para permitir que pessoas mais pobres tenham acesso à nutrição alimentar, ao mesmo tempo em que conserva/protege os serviços do ecossistema dos quais nós dependemos. De minha parte, sempre quis trabalhar em um projeto assim e imagino que os movimentos poderiam atuar conosco e com o que nós estamos fazendo. É uma sorte que eu não tenha uma visão do tipo “ou-preto-ou-branco” nesses assuntos.
* Josi Paz é doutoranda em Sociologia pela Unb, pesquisa o tema “consumo e meio ambiente”
(Josi Paz/Mercado Ético)

Faculdade de Engenharia tem sistema de iluminação de LEDs


http://www.ufjf.br/secom/2012/06/14/faculdade-de-engenharia-tem-sistema-de-iluminacao-de-leds/

Faculdade de Engenharia - (Foto: Tiago Gandra)
O anel viário da Faculdade de Engenharia recebeu o novo sistema de iluminação (Foto: Tiago Gandra)


A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apresentou, no último dia 6, o novo sistema de iluminação por diodos emissores de luz, popularmente conhecidos como LEDs (sigla em inglês para Light Emmitig Diode), da área externa da Faculdade de Engenharia, no campus. O evento contou com a presença de uma comissão da Eletrobras, instituição que financiou o projeto.
O grupo de pesquisa do Núcleo de Iluminação Moderna (Nimo) da Faculdade de Engenharia da UFJF vem trabalhando desde 2010 no tema iluminação pública empregando LEDs. Para o doutorando em Engenharia Elétrica Cláudio Rodrigues, o futuro da iluminação está nesta tecnologia. “A utilização de LEDs em iluminação de interiores e também de exteriores é uma tendência, principalmente devido à elevada eficácia luminosa e longa vida útil características da tecnologia.” Ele ressalta que existem outros lugares no país que já possuem iluminação externa utilizando LEDs. “Outros lugares como o Parque Ibirapuera, a Ponte Estaiada em São Paulo e a Ponte Rosinha Felippo em Guaratinguetá já são iluminados com LEDs.”
Além de ter contribuído na elaboração do projeto da nova iluminação da área externa da Faculdade de Engenharia, o Nimo também tem trabalhado no desenvolvimento de drivers para LEDs. “Os drivers são dispositivos eletrônicos necessários para acionamento dos diodos emissores de luz”, explica o professor Henrique Braga, coordenador do Nimo.
As vantagens da utilização da tecnologia LED são muitas, conforme atesta Henrique Braga. Segundo o professor, a nova tecnologia consegue reproduzir a qualidade das cores de forma mais eficaz do que os sistemas tradicionais empregados em iluminação de vias públicas. Comparados à luz solar, que reproduz 100% da qualidade das cores, os LEDs conseguem atingir até 70% de qualidade, ao passo que as lâmpadas de vapor de sódio em alta pressão, tradicionalmente utilizadas, reproduzem apenas 40%. “Isto acarreta muitas vantagens, já que as pessoas podem distinguir melhor formas de objetos, cores de veículos e feições de pessoas.” O professor lembra que, assim como acontece com o olho humano, também a captação das imagens pelas câmeras de segurança se torna mais fidedigna. “O setor de segurança é um dos mais beneficiados.”
Outro ganho está na economia de energia e gastos com manutenção. Além de contarem com um período de vida útil quase três vezes maior do que as lâmpadas de vapor de sódio em alta pressão, os LEDs também proporcionam até 40% de economia de energia. “Além disso, quando o modelo comercial o permite, é possível programar uma redução da intensidade de luz nos horários em que a iluminação é menos necessária, como durante a madrugada”, explica o coordenador.

Adaptar o novo sistema ao antigo posteamento foi uma dificuldade
Uma das dificuldades ao se implantar o sistema de iluminação por diodos emissores de luz na UFJF, de acordo com Cláudio Rodrigues, foi adaptar o novo sistema à distribuição dos postes, já existentes. “A distância entre os postes, o comprimento do braço de sustentação, a altura de montagem e a inclinação da luminária, são parâmetros de projeto de um sistema de iluminação. No nosso caso, todos estes parâmetros estavam ajustados para a utilização de luminárias com lâmpadas de vapor de sódio.” De acordo com ele, o fluxo luminoso emitido pelas luminárias LED é mais direcionado, fazendo com que alguns parâmetros de projeto tenham que ser alterados. “Para garantir um bom nível de iluminamento, em alguns pontos foi necessário que o braço do poste fosse removido o que acabou reduzindo a altura de montagem e corrigindo o ângulo de inclinação da luminária.”
Outro integrante do NIMO, o engenheiro eletricista Pedro Almeida, também doutorando, destaca que o consumo de energia do novo sistema é bastante inferior. “As luminárias LED instaladas são de 157 W, enquanto as antigas utilizavam lâmpadas de vapor de sódio em alta pressão de 250 W.” Ele destaca ainda que o potencial de economia pode ser ainda maior no caso de uma nova instalação. “Se pudéssemos alterar os outros parâmetros de projeto, como por exemplo a distância entre os postes, poderíamos ter um projeto ainda melhor em termos de eficiência energética, ou seja, com uma potência instalada ainda menor.”

Diretor da Eletrobras destaca a importância da nova iluminação
Uma das presenças mais aguardadas para a apresentação da nova iluminação foi a da comissão da Eletrobras, liderada pelo Gerente do Departamento de Projetos de Eficiência Energética da empresa, Fernando Dias Pinto Perrone. Em visita aos laboratórios do NIMO, ele confirmou a importância da parceria estabelecida entre a Eletrobras e a UFJF, por meio da equipe liderada pelo professor Braga.
“Um projeto como esse é uma iniciativa de sucesso. Podemos dizer que uma oportunidade única foi aproveitada”, elogiou Perrone. Segundo o gerente, esse é um projeto de fundamental importância para o planejamento da empresa, que já recomenda a tecnologia LED para iluminação semafórica e pretende comprovar a aplicabilidade dos LEDs para iluminação de espaços públicos.
No que diz respeito à pareceria entre empresas de capital misto, como a Eletrobras, e a pesquisa acadêmica nas universidades, Perrone ressaltou a importância do desenvolvimento de drivers para LEDs. “Os diodos emissores de luz já são exportados pelo Japão e pela China e nós não temos como competir com esses países. O que nós podemos aperfeiçoar é a tecnologia dos dispositivos eletrônicos para o acionamento de LEDs. Nesse trabalho a parceria com as universidades é primordial.”
Outras informações: (32) 2102-3401 (Faculdade de Engenharia)

Padrões de construção verde


http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=23&Cod=1132

Por Flávia Saad


O green building se refere a empreendimentos verdes, que adotam medidas sustentáveis em sua concepção, construção, operação e manutenção. Normas de construção verde se concentram em fazer edifícios residenciais e comerciais saudáveis para seus ocupantes e para o meio ambiente.


Muitos construtores e projetistas estão implementando padrões de construção verde em seus projetos para criar prédios que utilizam materiais ecológicos, e são altamente eficientes em termos energéticos e têm excelente qualidade de ar.



As mais importantes normas do Green Building Council, órgão global que rege as construções sustentáveis, seguem os seguintes cinco valores principais:

Sustentabilidade: um edifício deve fazer uso de recursos e tecnologia sustentáveis.

Equidade: o projeto deve mostrar respeito para com a comunidade e as culturas co-existentes nele. Os planos devem ser feitos com todos os níveis socioeconômicos em mente.

Inclusão: o green building incentiva o envolvimento da comunidade no projeto do edifício e de sua manutenção.

Progresso: o design deve ter resultados mensuráveis de impacto de um edifício sobre o meio ambiente, comunidade e economia da área.

Conectividade: o projeto do edifício verde deve respeitar a relação entre o homem e a natureza e reconhecer a sua liderança sobre ele.


Responsabilidade, transparência, liderança, inovação e integridade são os principais pilares das normas de construção verde. Em agosto de 1998, o GBC estabeleceu o padrão Liderança em Energia e Design Ambiental (LEED), um sistema para a concepção e implementação de normas de construção verde.

O LEED define padrões uniformes de voluntários, que levam o projeto do edifício todo em consideração. Usando um sistema de pontuação, que premia os construtores cuja inovação traz avanços no campo da construção verde. O objetivo é fazer com que os padrões de construção sejam uma forma viável de construção aceito pelo mainstream, não apenas pelos ambientalistas. 

Existem cinco áreas em que um prédio é avaliado pelo LEED: localização sustentável, a eficiência de água, energia e atmosfera, materiais e recursos e qualidade ambiental interna. Os níveis de certificação começam em Certified e progridem para Silver, Gold e Platinum, que é o mais elevado.

Muitos pensam que os padrões de construção verde são de custo proibitivo. Embora não haja um claro aumento no custo da construção, os proponentes da construção verde citam estudos que comprovam economia a longo prazo. A economia de energia de que gozam os proprietários de prédios verdes se traduz em custos mais baixos, além da capacidade de alugar o espaço residencial e comercial para os inquilinos mais saudáveis e satisfeitos.

De acordo com um relatório, um investimento inicial extra de 2% no projeto de construção verde representa uma economia de 20% sobre o custo total de construção ao longo da vida do edifício.

Os benefícios são quantificáveis em saúde e produtividade, custo de operação e manutenção, economia de utilidades e de economia nas emissões. Edifícios construídos com padrões de construção verdes mostram um aumento de dois para 16% em produtividade do trabalhador. 

Alguns edifícios que aderem a padrões de construção verdes utilizam aquecimento geotérmico e sistemas de refrigeração, sistemas de reciclagem de água, claraboias ou iluminação natural, energia solar ou eólica, aumento da ventilação, produtos de madeira sustentáveis e ar duplamente filtrado. Restos de construção são, muitas vezes, reciclados por outros construtores para usar em projetos futuros. 

Globalmente, há vários projetos que são registrados pelo LEED, usando padrões de construção verde em 24 países.




Fonte:www.manutencaoesuprimentos.com.br




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16/06/2012 10:52:38

"Não sairá nenhum documento a favor do planeta", projeta Cúpula dos Povos



Agência Brasil


Os representantes da Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) iniciado na sexta-feira, 15 de junho, não acreditam na elaboração de um documento concreto por parte dos negociadores dos países que integram o evento oficial, realizado no Riocentro, na Zona Oeste da cidade.
Em entrevista concedida na sexta-feira (15), no Aterro do Flamengo (local da Cúpula dos Povos), o dirigente da Via Campesina, Luiz Zarref, afirmou que o grupo vem acompanhando com atenção o desenrolar das negociações no Riocentro, mas que não alimenta expectativas de que haja acordos concretos e consensuais em prol da definição de uma política de sustentabilidade.
“Até agora, as nossas expectativas são que não sairá nenhum documento a favor dos povos, do planeta e do meio ambiente. Ao contrário, o que está saindo é uma nova engenharia de um sistema capitalista que está em crise no seu centro principal (a Europa e a América do Norte) e que está tentando descobrir novas ferramentas para se apropriar dos territórios dos países do Sul, países que possuem povos e comunidades em espaços que não foram ainda totalmente dominados pelo capital”.
Na avaliação dos representantes da Cúpula dos Povos, os documentos do processo oficial já não inspiram confiança, o que leva ao avanço cada vez maior da leitura de que não sairá nada de positivo da cúpula oficial. “Se, na Rio-92 [Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento], nós tínhamos disputa por posições distintas, uma vez que tinham países que ainda se preocupavam com a solidariedade dos povos, com o bem da humanidade, nesta cúpula isso já não ocorre. Há, sim, um ou outro país que ainda tem defendido a sua posição mais favorável aos povos, mas que ainda está em uma posição bastante isolada”, acrescentou Zarref, sem, no entanto, citar o nome de países nessa situação.
Para Cindy Wiesner, do Grassroot Global Justice Alliance (GGJ), ativista dos Estados Unidos, está cada vez mais claro que o que está ocorrendo no Rio é o confronto simultâneo entre duas ideologias que, basicamente, vão ditar o futuro da humanidade e do planeta. “O que temos que ter claro é que esses dois pensamentos, essas duas filosofias, são práticas muito diferentes. Uma fala diretamente sobre as causas estruturais e as raízes dos problemas – não se atendo basicamente a soluções temporárias”.
Segundo Cindy Wiesner, enquanto na Cúpula dos Povos ocorre um processo que envolve discussões que englobam mais de 800 atividades autogestionadas, com plenárias em que se discutem soluções para as mudanças climáticas e os temas sociais, no encontro oficial, procura-se utilizar o tema do desenvolvimento sustentado como forma de justificar e salvar o capital.
Para o Grupo de Articulação, segundo ela, o que está claro é a total falta de confiança nos resultados do encontro entre os governantes. “Uma vez que os entraves ao desenvolvimento sustentável e a busca de uma solução real são exatamente os obstáculos colocados pelas empresas transnacionais e os governos que nada mais fazem do que defender os interesses dos capitalistas”.
Na entrevista, a moçambicana Graça Samo denunciou o avanço maciço do capital privado sobre as riquezas de Moçambique. “É um país que está sofrendo muito com os grandes investimentos e a influência cada vez maior das multinacionais. Eles estão invadindo a vida particular das comunidades e criando muito sofrimento entre as pessoas ao expropriarem as suas propriedades e, com isso, retirando o sustento das famílias, que provém basicamente da agricultura”.
De acordo com ela, esta “invasão” capitalista está se dando sem que haja qualquer diálogo ou busca de alternativas de sobrevivência para as comunidades. “O fato é que há uma revolta muito grande por parte das populações afetadas, totalmente afastadas das suas terras e zonas de residência, muitas vezes para regiões onde não há condições básicas de sobrevivência – seja do ponto de vista do saneamento básico ou de condições adequadas de moradia”.
(Agência Brasil)



15/06/2012 - 16h44

ONGs perderam monopólio das decisões ambientais, diz Kátia Abreu

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1105342-ongs-perderam-monopolio-das-decisoes-ambientais-diz-katia-abreu.shtml

Da BBC BRASIL


Uma das principais lideranças da bancada ruralista, grupo parlamentar acusado por ambientalistas de patrocinar o desmatamento no país, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) defende os produtores rurais das críticas e diz que o agronegócio nacional exibirá na Rio+20 práticas sustentáveis.
"Temos motivos de sobra para nos orgulhar: produzimos uma das melhores e maiores agriculturas do planeta em 27% do território (brasileiro), preservando 61% dos nosso biomas", afirma Abreu, que desde 2009 preside a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Ela própria uma pecuarista - em 1987, assumiu a fazenda do marido, morto em acidente de avião -, Abreu diz que o Código Florestal recentemente assinado pela presidente Dilma Rousseff trouxe dois grandes benefícios ao setor: deu segurança jurídica aos produtores e "tirou a hegemonia das ONGs, que faziam mudanças (na legislação ambiental) através do Ministério do Meio Ambiente, via decretos".
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista da senadora à BBC Brasil:
BBC Brasil - O agronegócio é apontado por ambientalistas e outros setores da sociedade brasileira como um dos principais patrocinadores do desmatamento no país. O que o setor tem a dizer na Rio+20?
Kátia Abreu - Temos motivos de sobra para nos orgulhar. Produzimos uma das melhores e maiores agriculturas do planeta em 27% do território, preservando 61% dos nosso biomas. E com a menor taxa de desmatamento dos últimos 40 anos, talvez. Não temos do que nos envergonhar.
É primeira vez que uma conferência ambiental incorpora a questão alimentar. Estamos muito felizes com isso. Queremos mostrar a todos os nossos projetos na área ambiental, nossas técnicas de produção de agricultura de baixo carbono, que ninguém no mundo está fazendo.
Tenho percorrido o mundo todo e visto as pessoas impressionadíssimas com o potencial brasileiro de produção de alimentos.
O agronegócio é um dos setores mais lucrativos da economia brasileira, e o crescimento da população está estabilizando. É preciso continuar aumentando a produção?
Sim, precisamos, inclusive para atender à recomendação da FAO (Agência da ONU para Agricultura e Segurança Alimentar) de que em 2050 o Brasil precisará ter aumentado sua produção em 40%. Mas podemos aumentar no mesmo espaço de chão que temos hoje.
Sem ampliar as terras de plantio?
Sim. Hoje muito poucos produtores têm interesse em desmatar, mesmo o legalmente permitido. Já estão nos seus limites. O interesse deles é produzir mais, aumentar a produtividade.
Mas os ruralistas não têm defendido diminuir os percentuais de proteção obrigatória (Reserva Legal) das propriedades, que variam conforme o bioma e chegam a 80% na Amazônia?
Não, na Amazônia, defendemos um percentual de 50% (de preservação) para as propriedades que já tiverem desmatado e estiverem produzindo alimentos nessas áreas. Nas restantes, poderiam deixar os 80% preservados.
Há um número muito importante que vale registro: 84% das terras da Amazônia são propriedades da União, e apenas 26% são propriedade privada. Nesses 26%, temos que deixar entre 50% e 80% preservados. É muito pouco (desmatamento).
Hoje muito poucos produtores têm interesse em desmatar, mesmo o legalmente permitido.
Ficou satisfeita com o Código Florestal assinado pela presidente Dilma?
Tivemos muitos avanços, que foram compensadores. A maior recompensa de todas é que veio uma segurança jurídica para os produtores e que se tirou a hegemonia das ONGs que faziam mudanças (na legislação ambiental) pelo Ministério do Meio Ambiente, via decretos.
Acabou o tempo do monopólio das ONGs sobre o assunto. Qualquer assunto de meio ambiente agora vai ser votado no Congresso Nacional.
Quais os pontos centrais do código que agora os ruralistas pretendem modificar no Congresso?
Com relação à APP (Área de Preservação Permanente), sabemos da importância das matas ciliares (vegetação ribeirinha), mas queríamos que os Estados pudessem definir como e quanto recompor o que já foi aberto.
Isso não deixaria a regulamentação muito sujeita ao poder do agronegócio em alguns Estados?
Estamos falando de áreas que já foram desmatadas, e não de áreas novas para desmate. O Ibama nasceu para ser fiscalizador, temos o Ministério Público, os Conselhos de Meio Ambiente dos Estados, que só têm ambientalistas. Não há risco.
Assim como a saúde e a educação são governadas nos Estados, por que o meio ambiente não poderia ser? Já imaginou se de repente aprovássemos uma lei na Europa dizendo que a partir de hoje todos os rios têm de deixar 30 metros (preservados)? O que dizer a esses produtores? Acha que iriam cumprir?
Onde há pessoas, existem direitos, existem conflitos que precisam ser solucionados. E talvez nos Estados pudesse ser mais fácil resolvê-los.
A bancada ruralista defende a soberania nacional ao criticar a influência exercida por ONGs estrangeiras no debate sobre o meio ambiente no Brasil, mas os parlamentares do grupo têm defendido diminuir as restrições à compra de terras por estrangeiros. Não há incoerência?
O que tem a ver compra de terras por estrangeiros com o meio ambiente? Não vejo nenhuma ligação. Vivemos em mundo globalizado: qualquer país que venha comprar terras no Brasil terá de seguir a legislação brasileira. A livre iniciativa, o livre mercado, o mundo globalizado não permitem essas restrições.
Por que os ruralistas querem tirar do Poder Executivo a prerrogativa de demarcar terras indígenas?
Porque hoje essa decisão está totalmente nas mãos da Funai (Fundação Nacional do Índio). Não se discute no Congresso, não se ouvem governadores, deputados estaduais, vereadores. São decisões monocráticas, unilaterais. O Congresso é a representação da sociedade, o que for feito aqui dentro tem participação do povo.
Mas a demarcação de terras não exige a competência de um órgão específico? Não há uma dívida histórica com os índios que justificaria um tratamento especial?
Não vamos deixar o descumprimento de leis trabalhistas ser confundido com escravidão.
Não estou discutindo se deve ou não haver tratamento especial. O governo faz o que achar com as políticas públicas, mas o Estado de Direto tem de ser respeitado. Segundo a Constituição, as terras indígenas não podem ser ampliadas. Áreas indígenas são as que estavam ocupadas em 5 de outubro de 1988 (data da promulgação da Constituição), e não as que já foram ocupadas ou que serão ocupadas.
Mas se quiserem desapropriar e indenizar propriedades, se quiserem dar 50% do país aos índios, não temos nada contra.
E nos casos em que os índios foram expulsos de suas terras antes da Constituição de 1988?
Não posso responder sobre esses casos, só sobre a lei existente. Esses casos têm de ser investigados pela Justiça.
Os ruralistas também têm se oposto à Proposta de Emenda Constitucional do Trabalho Escravo. O grupo não teme ser associado a um conservadorismo arcaico?
Você conhece bem a lei do trabalho escravo? O que mais chama atenção lá? A expropriação de propriedades onde for encontrado trabalho escravo. Sou super a favor que se exproprie, que se dê prisão perpétua a quem tem trabalho escravo. O grande problema da lei é que não tem definição clara do que é (trabalho) degradante e do que é jornada exaustiva. É o que faremos no Senado.
Não vamos deixar o descumprimento de leis trabalhistas ser confundido com escravidão, para tomar fazendas dos outros e fazer reforma agrária de graça.





Atitude nada sustentável na Rio+20: Ganância!


15 de junho de 2012, às 12h28min

Rio+20: sorvete pode custar até R$ 40 e há indícios de cartel na venda de água e refrigerantes

http://www.administradores.com.br/informe-se/cotidiano/rio-20-sorvete-pode-custar-ate-r-40-e-ha-indicios-de-cartel-na-venda-de-agua-e-refrigerantes/56198/

Sem opção de escolha, porque o Riocentro está localizado em uma região isolada da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, quem participa da Rio+20 acaba sendo levado a submeter-se aos elevados preços cobrados nos estabelecimentos que estão na área da convenção

Por Renata Giraldi e Carolina Gonçalves , Agência Brasil

No Riocentro, onde ocorrem as discussões políticas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, há um universo paralelo. É o Pavilhão 2, no qual estão instalados 13 pequenos restaurantes, cinco quiosques e um supermercado. Nesse espaço, os serviços têm como base moedas estrangeiras – o dólar e o euro –, fazendo com que os preços dos alimentos e bebidas sejam superiores aos cobrado nas ruas das principais cidades do país.
Sem opção de escolha, porque o Riocentro está localizado em uma região isolada da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, quem participa da Rio+20 acaba sendo levado a submeter-se aos elevados preços cobrados nos estabelecimentos que estão na área da convenção.
O sorvete pode chegar a custar R$ 40. Segundo a placa informativa sobre preços, a taça é completa e tem vários sabores. Um simples cafezinho tem o valor cobrado em euro ou dólar – com direito à placa informativa indicando a cotação do dia.
Caso a fome aperte, as opções de massas rápidas, feitas no estilo fast food, e saladas ficam em torno de R$ 30. Uma fatia de pizza sai a R$ 10. Há ainda um cartel informal para a cobrança dos preços de refrigerantes e sucos em lata, assim como garrafas de 300 mililitros de água sem gás. Todos esses produtos custam R$ 5.
Para os que quiserem tentar uma opção mais em conta, a possibilidade é entrar no único restaurante que há no pavilhão. No mercado, os valores também estão acima dos praticados no comércio convencional. No entanto, é possível comprar um sanduíche natural por R$ 3,99 e uma maçã e pera a R$ 1.

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