sexta-feira, 1 de julho de 2011

Fotografia: um concurso para ‘salvar árvores’

  • 30 de junho de 2011 |
  • 23h04 

fonte: http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/fotografia-um-concurso-para-salvar-arvores/
autor: FELIPE TAU


O ambientalista Ricardo Cardim, de 32 anos, é aficionado por plantas desde criança, quando desenhava a flora da Granja Julieta, bairro na zona sul da capital. Desde que ganhou sua primeira câmera fotográfica, aos 14 anos, já acumulou mais de 5 mil fotos de árvores em seu arquivo e pretende participar pela segunda vez do concurso de fotografia Árvores da Cidade de São Paulo, em sua sexta edição. “A fotografia é um tipo de salvação de uma árvore, nem que seja pela imagem”, acredita.
Realizado pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, o concurso tem inscrições abertas pela internet (veja como se inscrever abaixo) e dará prêmios como cursos, máquinas fotográficas compactas e livros aos cinco primeiros colocados, além de uma exposição para os 20 melhores trabalhos, em local a ser definido.
No entanto, para defensores do verde, o mais importante é despertar nas pessoas o senso de preservação, especialmente de espécies nativas. “Tento conquistar o interesse das pessoas por meio da beleza. Como vão proteger ou gostar daquilo que não conhecem?”, afirma Fabio Colombini, de 46 anos, fotógrafo profissional há 23 e conselheiro da Associação Brasileira de Fotógrafos de Natureza (Afnatura).
Há três anos pesquisando a história das árvores da cidade, Cardim sugere a Figueira das Lágrimas entre os exemplares tipicamente paulistanos que valem a pena fotografar. “É a árvore mais antiga da capital, é muito fotogênica e tem cerca de 200 anos”, estima, com base em uma fotografia de 1910 e documentos históricos segundo os quais Dom Pedro I teria passado pela Ficus organensis em 1822, a caminho de proclamar a Independência às margens do Rio Ipiranga. Ela vive no Sacomã, na Estrada das Lágrimas, 515, e é uma das 20 árvores centenárias levantadas por Cardim.
“Essas árvores têm uma grande importância histórica, ambiental e paisagística”, resume o professor Gregório Ceccantini, do Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo. Ele explica que, além de melhorar a qualidade do ar, aumentando a umidade e filtrando a poeira, as centenárias são registros vivos da atmosfera em outras épocas. “Conseguimos estudar mudanças climáticas por meio delas”, afirma.
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente não possui um levantamento sobre o número de espécies nativas existentes na cidade, mas informa que, desde 2005, apenas mudas típicas da formação vegetal natural foram plantadas, como ipê roxo, pitangueira e jabuticabeira. De acordo com a pasta, o total de árvores na capital varia de 1,5 milhão a 2 milhões.
Inscrições
O prazo para participar do 6º Concurso de Fotografia Árvores da Cidade de São Paulo começou em junho e vai até 31 de agosto. A inscrição e o envio das fotos deve ser feito AQUI
Os candidatos devem ter mais de 18 anos enviar até 3 imagens. Os cinco primeiros colocados no concurso ganharão uma máquina digital compacta e livros de fotografia. Os três primeiros ganharão também bolsas de estudo no Senac no valor de R$ 800 a R$ 1200, e as 20 melhores fotos serão expostas pela Prefeitura.

Pista de cooper do Parque da Aclimação será reaberta neste fim de semana

Pista de cooper da Aclimação será reaberta

O local será liberado na próxima semana, mas obras no parque não terminaram e campo de futebol segue fechado

fonte: http://www.diariosp.com.br/index.php?id=/bairro_a_bairro/centro/materia.php&cd_matia=100428
autoria: Jussara Soares

Após quase dois anos de espera, os adeptos da corrida e da caminhada no Parque da Aclimação, na região central da capital, podem preparar o fôlego para intensificar seus treinos. A pista de cooper de 960 metros, que estava parcialmente fechada desde setembro de 2009 para obras, finalmente será reaberta no fim de semana dos dias 9 e 10. De acordo com a Secretaria Municipal do Verde e Ambiente, a liberação depende agora da instalação de uma grade de proteção do bocal da galeria de águas pluviais para a segurança dos frequentadores do local. 

No entanto, a principal área verde e de lazer dos moradores da Aclimação, Cambuci e Liberdade ainda não poderá ser desfrutada em sua plenitude nestas férias de julho, que começam oficialmente neste sábado. O campo de futebol society, que tem grama artificial e foi alagado em fevereiro deste ano, continua fechado. E, como o nível de água do lago ainda está baixo, sua vista, uma das mais bonitas da cidade, fica prejudicada. 

foto: Edilson Dantas/Diário SP
Vista privilegiada: após a conclusão das obras, o nivel d'água do lago voltará ao normal. Na margem, foram semeadas espécies adequadas para a sua preservação


Corredores em fuga / Com a interdição da pista, muitos corredores do bairro tiveram de ir treinar longe de casa. "Na maioria das vezes, treino no Parque do Ibirapuera ou na rua. Muitos outros também deixaram de vir aqui", observa o terapeuta holístico Roney de Freitas Campos, de 45 anos. "O que me restou foi me alongar nesta cerca da interdição ou no parquinho das crianças", diz o atleta, que reclama da ausência de barras de alongamento no parque.A reabertura da pista vai animar as estudantes Rebecca Rinaldi Valladão de Freitas, de 13 anos, e Juliana Fantini Guimarães, de 14 anos. As amigas correm todas as tardes no local. "O problema é que com a pista fechada a gente perde o pique na corrida, porque tem de dar meia volta", explica Rebecca. O Parque da Aclimação, que tem 118 metros quadrados, é frequentado por pessoas de todas as idades. Há aulas de ginástica localizada para a terceira idade e escolinha de futebol na quadra do Clube Escola. É comum também ver pessoas sentadas à beira do lago lendo livros ou meditando. Como não é permitida a circulação de bicicleta, patins e skate, o local é ideal para caminhadas de idosos. "Venho aqui todos os dias para me manter em forma. Quando a pista não está fechada, dou duas voltas ", orgulha-se Madalena Matias, de 77 anos. "Este parque é muito agradável. Para o nosso bairro é ótimo: em geral é limpo e não é perigoso. Agora tem de melhorar e e acelerar essa obra", observa a vendedora Mirthes de Sá Ferreira, que leva a mãe Zuleima da Silva, de 76 anos, para passear nas tardes ensoloradas. Os transtornos no parque começaram em fevereiro de 2009, quando as fortes chuvas causaram o rompimento do vertedouro. Toda a água do lago vazou formando um imenso lodaçal. Até o início deste ano, tudo indicava que os reparos corriam dentro do previsto. No entanto, após duas horas de chuva, no dia 16 de fevereiro, o canal de escoamento que deveria impedir o transbordamento enquanto as obras não fossem concluídas não aguentou. O lago transbordou mais uma vez e, além do campo de futebol, alagou mais três ruas da região. 
Gramado sintético receberá reparos no segundo semestre
Os reparos no gramado sintético do campo de futebol society devem ser concluídos no segundo semestre, logo após as férias de julho.  A informação é da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, que esclareceu que os 800 alunos frequentadores do Clube Escola da Aclimação continuam a ser atendidos enquanto ocorre a manutenção. Segundo a pasta, os 600 matriculados na modalidade do futebol recebem aulas nas quadras de cimento e no campo de areia do clube. Segundo a Prefeitura, a obra do novo vertedouro está estruturalmente pronta, cumprindo a sua função hidráulica de proteção à barragem de terra desde abril.   Entretanto, acrescentou que faltam os ajustes finais, inclusive a recuperação do campo de futebol, que está dentro das obrigações da construtora da obra. A empresa responsável   é a Telar Engenharia, contratada pela Siurb (Secretaria de Infraestrutura Urbana).  O valor estimado da reforma é R$ 600 mil.Após esses ajustes, a Prefeitura informou que o nivel d?água do lago  deve variar de acordo com a estação do ano. No inverno, ficará mais alto, cobrindo a ilha.  No verão, diminuirá, já que o lago serve de reservatório para as águas das chuvas. A vegetação da margem, acrescentou, tem sido periodicamente removida e a área tratada.  Foram semeadas espécies adequadas para a preservação da margem. 
940 
toneladas de lodo já foram retiradas do Lago da Aclimação
Nem todo o lodo será removido
Segundo a Prefeitura, o lodo  não foi removido totalmente porque a vida aquática, em especial a microscópica, precisa dele para se desenvolver.  O processo custou R$ 1 milhão e foi realizado pela ESAN, empresa que venceu a licitação realizada pela Sabesp.
Aves serão devolvidas ao lago
As 48 aves aquáticas que habitavam o lago (dois cisnes, 22 patos, 21 gansos e três marrecos)  foram integrados à fauna do Parque do Ibirapuera. Mas eles serão levados de volta ao lago do Parque da Aclimação assim que as condições de habitação estejam garantidas.

Green goal na ZL: Brasileiros reprovam abertura em Itaquera.

Brasileiros reprovam abertura em Itaquera

Pesquisa nacional revela que futuro estádio do Corinthians não conta com apoio de torcedores nem mesmo em SP

01 de julho de 2011 | 0h 00

autoria: Wagner Vilaron - O Estado de S.Paulo

Apoio governamental, isenção fiscal e simpatia da CBF e da Fifa. A lista de conquistas do Corinthians em relação ao estádio de Itaquera é vasta. Porém, há um detalhe que a nova arena e a diretoria ainda não conseguiram: despertar a simpatia da população. Pesquisa realizada em todo o País pela Sport+Markt mostra que o estádio preferido pelos brasileiros para receber o jogo de abertura do Mundial é o Maracanã.
Foram ouvidas 8.221 pessoas de todos os Estados e Distrito Federal nas primeiras semanas deste mês, 70% homens e 30% mulheres. A faixa etária é de 16 a 60 anos, com margem de erro de 1,1% para mais ou para menos.
A pergunta que direcionou o levantamento é simples: "Onde deveria ser realizado o jogo de abertura da Copa de 2014?". Na compilação geral, o Maracanã ganhou disparado, com 54,6% das opiniões, seguido pelo Itaquerão (14,6%), Mineirão (12,3%) e Fonte Nova (7,8%). Os indiferentes foram 10,7%
Na comparação com o ano passado, os dados mostram uma curiosidade. Em fevereiro de 2010, quando não se falava no estádio corintiano e o palco de São Paulo para o evento ainda era o Morumbi, foi feita a mesma pergunta. O velho Mário Filho já liderava na preferência nacional, com 59,7%, contra 22,2% do estádio são-paulino.
Quando se analisa os votos divididos por estados, percebe-se um detalhe curioso. Os paulistas são os únicos que reprovam a abertura da Copa em sua capital. Para eles, o Maracanã também é a melhor opção, com 47,5%, diante de 33,8% do Itaquerão.
Uma lupa sobre os números deixa a constatação ainda mais contundente. Separados os votos apenas dos morados da cidade de São Paulo, o Maracanã segue na liderança da predileção, com 44,5%, à frente do Itaquerão (36,4%). No interior do Estado, a diferença aumenta: 50,6% x 31,2%.
Enquanto isso, os cariocas deram 90,5% dos votos para seu estádio, 60,3% dos mineiros gostariam de ver o Mineirão como palco e 68,1% dos baianos apoiam a Fonte Nova. O menor índice de aprovação da arena do Corinthians é no Rio, com apenas 2,2%.
Raio X. Um detalhe, porém, pode alterar o cenário. De acordo com o sócio-diretor da Sport+Markt, Cesar Gualdani, o início das obras da arena corintiana deve influenciar em resultados futuros. "O Itaquerão é algo abstrato para as pessoas. Ninguém o viu ainda. É possível que, com o andamento da obra, as pessoas mudem de opinião", disse.
Torcidas. Entre a torcida corintiana, o Itaquerão é o preferido para a abertura. Porém, aquilo que, a princípio, parece ser uma boa notícia para a Fiel, mostra que até mesmo os corintianos estão divididos: 44,1% são favoráveis à partida em Itaquera, enquanto 40,8% votaram contra.
Nesse caso, a explicação de Cesar Gualdani, para a rejeição ao Itaquerão entre boa parte da torcida do Corinthians está nas informações quanto à origem dos recursos para a construção.
Entre as torcidas rivais, o menor índice de aprovação ao estádio em Itaquera está entre os são-paulinos.





Seminário discute ações de sustentabilidade para o Mundial: Foi esquecida em 2011?



Os ministérios do Esporte e Meio Ambiente promoverão nos próximos dias 15 e 16 de dezembro (2010) o Seminário Nacional do Meio Ambiente e Sustentabilidade. A iniciativa faz parte do projeto Copa Verde, um conjunto de medidas adotado para desenvolver as ações de sustentabilidade no Mundial 2014. O evento acontecerá no auditório do Tribunal de Contas da União, na Praça da República, 54/56 (Prédio anexo ao principal) – Centro – Rio de Janeiro.
O Seminário Nacional vai discutir a integração e cooperação com países e organizações internacionais que já desenvolveram experiências nessa área, promover o diálogo entre as áreas de esporte e meio ambiente a fim de identificar possibilidades de integração que promovam a sociedade brasileira para a Copa 2014, apresentar os resultados alcançados pelas câmaras temáticas, bem como colher sugestões para o processo de construção da agenda de sustentabilidade
As questões da sustentabilidade foram inseridas nos megaeventos esportivos nos jogos olímpicos de Sydney em 2000 e depois adotadas na Copa de 2006 na Alemanha, numa parceria da Fifa com o governo alemão, quando foi criada a iniciativa Green Goal – programa de redução de impactos e proteção ambiental. Essas medidas foram incorporadas institucionalmente pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e pela Fifa, e adotadas também na Olimpíada de Pequim e na Copa de 2010, na África do Sul.
Segundo Cláudio Langone, coordenador da Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade a Copa 2014 será marcada pelo início da vigência do novo regime climático global. Mesmo não sabendo seus contornos, já é possível afirmar que teremos um novo regime e ele terá metas mais abrangentes do que o estabelecido no Protocolo de Kioto.
Programação
Dia 15 de dezembro
09 h - Solenidade de Abertura
Participantes:
    * Ministro do Esporte, Orlando Silva
    * Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira
    * Ministro do Turismo, Luiz Paulo Barreto
    * Assessor Especial do Futebol, Alcino Rocha
    * Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral
    * Prefeito Municipal do Rio de Janeiro, Eduardo Paes
    * Presidente do TCE/RJ
    * Representante da CBF
10 h - Painel I
O Desafio de promover a Sustentabilidade na Copa 2014
A integração entre esporte e meio ambiente como fatores de mobilização da sociedade
    * Qual o legado da agenda de sustentabilidade da Copa 2014 para o Brasil e para o mundo?
    * Quais os diferenciais brasileiros para a Copa 2014?
    * Como combinar ações de sustentabilidade com políticas de inclusão social?
    * Como promover a participação efetiva da sociedade no processo?
    * Como garantir uma agenda consistente, com visibilidade e que garanta um legado para o país?
    * Como desenvolver um sistema de comunicação e aferição de indicadores dos projetos a serem desenvolvidos?
    * Qual o papel das Câmaras de Meio Ambiente e Sustentabilidade e o que já foi acumulado no processo?
Painelistas
    * Ministério do Esporte
    * PNUMA
    * FIFA – Carlos de La Côrte
    * Representante da Alemanha
    * Representante da África do Sul
14 h - Painel II
Copa que fortalece e melhora a infraestrutura das Cidades Sede e seu entorno
    * Estratégias para a mobilidade e circulação sustentáveis – para além das obras
    * Qualificação dos equipamentos urbanos e acessibilidade
    * Melhoria da infraestrutura de comércio e serviços
    * Melhoria dos serviços de saneamento
    * Incentivo ao uso racional da água
    * Qualificação dos espaços verdes urbanos
    * Prevenção contra eventos críticos
Painelistas
    * Ministro das Cidades, Márcio Forte
    * Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes
    * Raquel RolniK
    * Ermínia Maricato
    * Presidente da CBIC – Paulo Simão
    * Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério
16 h - Painel III
Copa que contribui para o combate o aquecimento global
    * Eficiência energética
    * Inventários de emissões
    * Estratégias de minimização e mecanismos de compensação
    * As possibilidades para o setor de transportes – energias alternativas e combustíveis renováveis
    * Como reduzir a pegada ecológica das Cidades Sede?
    * Como garantir o compromisso individual dos usuários da Copa com a redução de emissões?
Participantes:
    * Branca Americano, Secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA
    * Luiz Pinguelli Rosa – Coordenador do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas
    * Representante da GTZ
    * Eduardo Jorge Martins Sobrinho, Secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo
    * Representante do ICLEI (Governos Locais pela Sustentabilidade) – Secretariado Internacional
Dia 16 de dezembro
09 h - Painel IV
Copa que promove a Sustentabilidade das Arenas
    * As experiências das Copas 2006 e 2010
    * Certificação de construção sustentável
    * Oportunidades para a gestão ambiental das arenas
    * Relação com o entorno e envolvimento da sociedade
    * O foco no caráter multi-uso e as oportunidades na área da sustentabilidade
Painelistas:
    * BNDES
    * Mato Grosso
    * Amazonas
    * Bahia
    * Rio de Janeiro
    * Rio Grande do Sul
    * Minas Gerais
14 h - Painel V
Copa que incentiva a economia e os empregos verdes, e promove sustentabilidade com inclusão social
    * Como a Copa pode incentivar a produção e o consumo sustentáveis?
    * Oportunidades para negócios e promoção de tecnologias brasileiras
    * Certificação e qualificação do setor de serviços, com destaque para hotéis e restaurantes
    * Projeto Copa Orgânica e Sustentável
    * Desenvolvimento do ecoturismo, com destaque para as áreas protegidas – Projeto Parques da Copa
    * Oportunidades para a inclusão econômica de comunidades organizadas
    * Gestão de resíduos - minimização da geração e reciclagem
    * Oportunidades para a mobilização social em torno da Agenda de Sustentabilidade
Painelistas:
    * Instituto Ethos – Oded Grajew
    * Maria Beatriz Martins Costa – Planeta Orgânico
    * Arnoldo Campos – Diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
    * Presidente do Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade, Rômulo Mello
    * Victor Bicca – Presidente do CEMPRE, Compromisso Empresarial Pela Reciclagem
    * Ronaldo Coutinho - Secretário de Articulação para Inclusão produtiva do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS)
    * Samyra Crespo - Secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (MMA)
16 h - Painel de Encerramento
    * Apresentação das perspectivas para o próximo período
Portal Terra


Fumante: A tomografia pode ajudar na detecção do câncer de pulmão. O "txt2stop" é a solução!


Tomografia supera radiografia na detecção de câncer de pulmão


30/06/2011 - 11h16


DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON

A detecção por tomografia computadorizada do câncer de pulmão permite reduzir em 20% os óbitos entre fumantes e ex-fumantes em relação ao uso da radiografia, revela um estudo publicado no "New England Journal of Medicine".
O estudo clínico, iniciado em 2002 nos Estados Unidos, examinou 53.454 homens e mulheres com entre 55 e 74 anos que fumaram ao menos 30 pacotes de cigarros ao ano.
O objetivo da investigação era comparar a diferença na taxa de mortalidade entre as pessoas submetidas várias vezes ao ano a tomografias e a radiografias.
"Os resultados confirmam que a detecção por tomografia pode reduzir o número de mortes provocadas por câncer de pulmão", que mata anualmente mais de 150 mil americanos, disse Denise Aberle, da Universidade da Califórnia.
O estudo aprofunda dados já publicados em novembro de 2010 e que mostravam a maior eficiência da tomografia na detecção do câncer de pulmão.
"Esta pesquisa servirá de orientação para uma política de saúde pública sobre a detecção do câncer de pulmão nos próximos anos", destacou Aberle.
Os participantes do estudo foram escolhidos de forma aleatória para três exames anuais de prevenção do câncer de pulmão, metade por tomografia e metade por radiografia.
A tomografia permite obter imagens de várias "partes" do pulmão, enquanto o paciente segura a respiração por mais de sete segundos.
A radiografia exige apenas que o paciente segure a respiração durante poucos segundos, e revela uma única imagem, que não permite diferenciar todas as estruturas anatômicas pulmonares e detectar um tumor em fase inicial.

29/06/2011 - 21h01

Mensagens de SMS podem ajudar a parar de fumar, revela estudo


DA FRANCE PRESSE


As pessoas que querem parar de fumar têm duas vezes mais chances de ter sucesso e abandonar o vício quando recebem mensagens de texto em seus telefones celulares para encorajá-las, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira na revista médica "The Lancet".
Médicos britânicos recrutaram 5.800 fumantes e os separaram, aleatoriamente, em dois grupos: um que recebeu mensagens de SMS elaboradas especialmente e outro de controle.
O primeiro grupo recebeu cinco mensagens por dia nas primeiras cinco semanas e depois três por semana nos seis meses seguintes.
As mensagens --desenvolvidas com a ajuda de outros fumantes-- traziam conselhos como tirar as preocupações da cabeça enquanto se está parando de fumar e encorajavam os participantes a perseverar.
"É isso aí! - Dia de largar o vício, jogue fora todos os seus cigarros" foi uma das mensagens recebidas pelas pessoas no dia em que decidiram deixar o vício. "Hoje é o começo da liberdade para sempre, você consegue!" foi outra.
Os voluntários deste grupo também tiveram um sistema personalizado ao qual podiam recorrer em caso de necessidade, e pedir ajuda ao enviar as palavras "abstinência" ou "recaída".
Como resposta à primeira, receberam este tipo de mensagem: "As crises de abstinência duram menos de cinco minutos, em média. Para ajudá-lo a se distrair, tente beber algo em pequenos goles até a crise passar."
Em resposta ao texto "recaída", receberam a resposta: "Não se sinta mal ou culpado se você escorregou. Você fez muito ao parar por um tempo. Deslizes podem ser parte normal do processo de deixar o vício. Continue, você consegue!"
Comparativamente, os fumantes do grupo de controle receberam apenas mensagens brandas a cada quinzena, agradecendo-lhes por participar ou pedindo confirmação de detalhes de contato ou outras mensagens sem relação com o tabagismo.

TRATAMENTO DE BAIXO CUSTO
Durante o teste, voluntários dos dois grupos enviaram amostras de saliva por correio.
As amostras foram examinadas para detectar a presença de cotinina, um elemento químico presente no tabaco, para verificar se os voluntários ainda fumavam ou haviam deixado o vício.
Após seis meses, 10,7% das pessoas do grupo apoiado por mensagens de SMS permaneciam sem fumar, contra apenas 4,9% no grupo de controle. As taxas de sucesso foram similares em todas as idades e grupos sociais.
Para os cientistas, o teste, batizado de "txt2stop" (escreva para parar, em uma tradução literal), revelou uma ferramenta poderosa e de baixo custo para combater o tabagismo, e que pode ser adotada ao redor do mundo.
Em 2009, mais de dois terços da população mundial tinham telefone celular e 4,2 trilhões de mensagens de texto foram enviadas.
"As mensagens de texto são uma forma muito conveniente para apoiar os fumantes a abandonar o vício", disse Caroline Free, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, que conduziu o experimento.
"As pessoas compararam o 'txt2stop' a ter um 'amigo' a encorajá-las ou um 'anjo da guarda', pois as ajudou a resistir à tentação de fumar", acrescentou.
O 'txt2stop' é a última pesquisa sobre o uso de mensagens de texto via celular como ferramentas médicas.
Em um estudo publicado em novembro passado, pacientes infectados com o HIV no Quênia que receberam lembretes de texto sobre a ingestão diária de medicamentos para a Aids mostraram ser 12% mais propensos a aderir completamente ao tratamento do que seus pares de um grupo de controle que não receberam texto nenhum.
De acordo com dados apresentados no estudo, o tabagismo mata mais de cinco milhões de pessoas por ano e dois em cada três fumantes britânicos afirmam que em algum momento da vida pensaram em abandonar o vício.
Uma pesquisa anterior já tinha demonstrado que mensagens por SMS encorajam a abstinência, mas estas experiências duraram apenas seis semanas e não um semestre, como o estudo atual.
Além disso, no primeiro caso os resultados foram relatados pelos próprios voluntários e não checados em exames de laboratórios, como o atual.