A cerimônia, presidida pelo deputado estadual Jooji Hato (PMDB), foi prestigiada por diversas autoridades, vereadores de municípios paulistas, deputados estaduais e federais, e o senador Eduardo Suplicy (PT), além de personalidades da área tecnológica, sindicalistas e categoria prestigiaram o evento. O presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, destacou a importância de toda a diretoria no trabalho desenvolvido pela entidade nos últimos anos, como a luta pelo cumprimento do salário mínimo profissional (Lei 4.950-A/66). “Nossa responsabilidade é cada vez maior no sentido de discutirmos um país mais justo e igualitário, ao mesmo tempo em que lutamos pela valorização dos nossos profissionais.”
Na ocasião, conforme propositura do deputado Campos Machado (PTB), foi prestada homenagem, também, aos 80 anos da entidade, fundada em 21 de setembro de 1934. Segundo o parlamentar, em 24 anos de mandato na Assembleia, era a segunda vez que propunha uma sessão solene e que em ambas as ocasiões o homenageado foi o sindicato dos engenheiros. “Devemos render todo o nosso carinho à categoria, que considero uma das mais humanizadas e que está em todas as áreas, desde a construção de moradias populares até as grandes obras de infraestrutura e logística”, elogiou.
O deputado estadual Itamar Borges (PMDB) também ressaltou a importância dos profissionais, afirmando que os 80 anos do SEESP se confundem com a própria história do estado paulista. Na mesma linha, o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS) lembrou que a criação do sindicato se deu num período de muitos fatos marcantes do País, como a transição de uma economia baseada no café para a industrialização, a defesa da democracia durante a segunda Guerra Mundial e até a campanha O Petróleo é nosso. “O sindicato dos engenheiros sempre teve posição de vanguarda no sentido de abrir e apontar novos caminhos", discursou.
O deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB) também exultou os 80 anos da entidade que tem se caracterizado como uma instituição não apenas que luta pelos direitos e interesses específicos da categoria, mas que está na linha de frente do desenvolvimento nacional, “que dedica parte do seu tempo e vida pensando na coletividade e no bem-comum”.
A vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, fez questão de mostrar a sua proximidade com o sindicato, dizendo que dos seus 80 anos de vida, pelos menos 35 desses, ela compartilhava desde o tempo em que estudou na Escola Superior de Agronomia “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (USP), de Piracicaba. “Quero prestar homenagem de São Paulo aos engenheiros que ajudaram e ajudam a construir esta cidade.”
Já o secretário de Transportes Metropolitanos Jurandir Fernandes, ressaltou o acerto da direção do sindicato na condução da entidade e que ela chega aos 80 anos sem ter medo das novas tecnologias e da inovação. Ao mesmo tempo, elogiou o projeto “Cresce Brasil + Desenvolvimento + Engenharia”, idealizado pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), em 2006, como um “importante olhar para o futuro”. E finalizou parabenizando a criação do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), pelo SEESP, como uma importante demonstração de que o sindicato “está preparado para os próximos 80 anos”.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, acredita que a engenharia e a indústria caminham juntas. “Temos de lutar para um crescimento cada vez maior do nosso Brasil, pois sem engenheiro não tem jeito de termos desenvolvimento”. Sobre os 80 anos, Skaf afirmou que o sindicato dos engenheiros inaugura a “nova idade” fortalecido, idôneo e com uma boa imagem.
O senador Eduardo Suplicy (PT), ao mesmo tempo em que destacou o progresso tecnológico extraordinário em todos os campos da engenharia ao longo dos últimos 80 anos, também observou o papel da entidade dos engenheiros em defesa da democracia. “O sindicato, comandado pelo presidente Murilo Pinheiro, tem se caracterizado pela sua atuação ativa e participante em defesa das instituições democráticas do País.”
Luiz Flavio Borges D´Urso, representando o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Marcos da Costa, falou da liderança de Murilo Pinheiro reconduzido ao cargo de presidente do SEESP, “esse é o típico caso da repetência por competência”
Falta de planejamento provoca prejuízos
Autor: Carlos Eduardo de Lacerda e Silva
A falta de investimentos em tecnologia adequada leva a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) à execução de serviços de forma completamente inadequada, especialmente se considerarmos que tais serviços causam danos ao pavimento e que a própria Prefeitura de São Paulo tem a responsabilidade pela manutenção. O serviço de sinalização, que aparentemente é realizado com menor custo, certamente custa muito caro à municipalidade, em razão do duplo dispêndio financeiro pela necessidade de reparos no pavimento.
Ultimamente, a imprensa escrita vem indicando os prejuízos que a apressada política da Prefeitura em implantar faixas exclusivas de ônibus causa no sistema viário em função dos gargalos e do consequente comprometimento do fluxo de veículos. muito pior que o problema viário é a dupla despesa causada aos cofres públicos, que, pela falta de planejamento e estudos adequados, não permite compatibilizar eficiência no trabalho de sinalização com proteção adequada aos pavimentos nas vias da cidade.
A prática de utilizar bicos de maçarico para remoção a quente da sinalização termoplástica provoca a pirólise da capa asfáltica. toda vez que a temperatura dessa massa asfáltica ultrapassa determinada temperatura, reduz a flexibilidade do mate- rial que, consequentemente, perde em vida útil do pavimento. nessas condições, quase sempre o resultado é fissura e desagregação do material, deixando-o excessivamente poroso, culminando em maior acúmulo de material particulado e penetração de águas pluviais que aceleram o surgimento dos buracos. em muitos casos, e dependendo das condições do clima, o surgimento dos buracos é praticamente imediato.
É necessário, portanto, que a CET reveja a prática, passando a utilizar-se de métodos mais modernos e certamente mais eficientes para remoção da sinalização termoplástica, como os já utilizados por praticamente todas as concessionárias de serviços rodoviários. são eles: o uso de microfresadoras específicas para esses serviços ou da chamada pintura de contraste, mais adequada e escura, antes da aplicação de nova sinalização. Diante disso, a proposta é que a Prefeitura de São Paulo adote uma política que priorize maior eficiência e qualidade na execução de trabalhos técnicos em todos os seus serviços, seja de manutenção ou obras novas.
Carlos Eduardo de Lacerda e Silva é engenheiro da Prefeitura do Município de São Paulo e delegado sindical municipal do SEESP