terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

E a pesada multa pela Lei de Crimes Ambientais?


Caminhões despejam lixo ilegal em Cotia

Terreno, que inclui uma área de preservação permanente, passou a receber o material há seis meses; moradores relatam mau cheiro

05 de fevereiro de 2013 | 23h 30

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,caminhoes-despejam-lixo-ilegal-em-cotia,993495,0.htm

Camila Tuchlinski - Rádio Estadão
Um terreno no município de Cotia, a 34 quilômetros de São Paulo, está sob suspeita de receber lixo clandestino. Moradores relatam que caminhões despejam resíduos orgânicos e entulho na área. Eles reclamam do mau cheiro, da infestação por mosquitos e baratas, além de buracos nas estradas vicinais, provocados pelos veículos pesados.
Moradores relatam movimentação de caminhões - portalviva.com.br
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Moradores relatam movimentação de caminhões
O material, que atinge inclusive uma área de preservação permanente (APP), continua sendo despejado mesmo depois de o proprietário ter assinado um termo de ajuste de conduta (TAC), em dezembro.
A movimentação intensa de caminhões pesados passou a ser notada pelos moradores do bairro dos Pitas há seis meses. Os veículos seguiam todos para uma mesma área particular de 4 hectares, entre as Ruas Nova York e Filadélfia. O local, cercado por muitas árvores e fauna diversificada, abriga remanescentes da Mata Atlântica.
Um morador do condomínio Granja Caiapiá, que preferiu não ser identificado com medo de represálias, relembra o que viu: "Colocam 3, 4 caminhões de chorume e depois colocam resto de construção e restos de obra por cima do chorume. Estão escondendo o que estão fazendo lá. A polícia vira as costas e eles descarregam os caminhões que faltam descarregar."
A mesma situação foi presenciada por um casal que mora no condomínio ao lado do terreno e que também preferiu não se identificar. "Vi lixo chegando, como se fosse do Tietê. Parece que tem lixo orgânico, realmente é terrível", diz o morador. No condomínio de oito casas onde vive o casal, três já foram colocadas à venda por causa da situação.
Há três anos, marido e mulher decidiram deixar o bairro do Morumbi, na capital, para viver em Cotia. "A gente resolveu ter um pouco mais de qualidade de vida e agora temos um tormento na nossa vida que é essa obra. Antigamente não tinha mosca, não tinha barata. Agora tem de tudo: mosca, barata pernilongo." Segundo estimam os moradores, o número de veículos que entram e saem do terreno varia entre 40 e 60 diariamente.
No fim do ano passado, a Polícia Militar Ambiental foi acionada e detectou movimentação de terra e entulho. O material atingiu, segundo a polícia, 330 m2 de APP. Os agentes não encontraram lixo comum, mas o proprietário não tinha sequer autorização para despejar restos de construção no local. Autuado em flagrante, o dono do terreno assinou um TAC com o Ministério Público do Estado no dia 5 de dezembro, comprometendo-se a paralisar imediatamente as atividades de despejo.
Mas não é o que está acontecendo, de acordo com o presidente da Associação Ecotia, Fábio de Morais. A entidade foi fundada pelos moradores indignados com a situação.
O comandante da Polícia Militar Ambiental na região, Fernando Janez, confirma que o terreno já foi autuado três vezes por depósito de entulho. O tenente admite que a fiscalização é "meramente visual" e que, se o lixo foi depositado em uma profundidade significativa, não há como detectar. Ele afirma que a estratégia de alternar camadas de lixo e de terra pode ser adotada para confundir a fiscalização.
Se for constatado o despejo de material contaminante no solo, o artigo 54 da lei 9.605 prevê até quatro anos de prisão, porém a pena pode ser passível de fiança ou revertida para serviços à comunidade. A reportagem tentou contatar o proprietário do terreno, mas ele não atendeu às ligações. Em nota, a prefeitura de Cotia afirma que o local não é um "aterro clandestino", mas uma obra de terraplanagem com deposição de terra, para a qual a propriedade tem licença.

Para entender: Área deve ser preservada
A área de preservação permanente (APP) é definida pelo Código Florestal Brasileiro como uma região onde a mata nativa das margens de rios, lagos e nascentes deve ser protegida. No caso de rios de até 10 metros de largura, por exemplo, a preservação da mata ciliar deve se estender por pelo menos 30 metros. O uso desta área para atividades econômicas deve submeter-se às regras do Código Florestal. O desrespeito às regras está sujeito a punições. 

Haddad pressiona Alckmin a criar inspeção veicular em todo o Estado


Haddad pressiona Alckmin a criar inspeção veicular em todo o Estado
Prefeito diz que, se isso não ocorrer, vai exigir vistoria de veículos de outras cidades que circulem na capital
Governo diz agir contra a poluição e que tem um projeto na Assembleia desde 2009; paulistano poderá reembolsar taxa
EVANDRO SPINELLIDE SÃO PAULO
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), cobrou ontem o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para que a inspeção veicular ambiental seja implantada em todo o Estado ou pelo menos na região metropolitana.
Ontem, ao apresentar projeto que muda regras da inspeção, Haddad disse que, caso o Estado não implante a vistoria estadual, ele irá exigir que veículos licenciados em outras cidades e que circulem pelo menos 120 dias por ano na capital sejam obrigados a fazer a inspeção.
O controle será feito, segundo Haddad, por meio dos radares que fiscalizam o cumprimento do rodízio, que têm sistema de leitura de placa.
Para o prefeito, o objetivo é "estancar a sangria" de recursos públicos. A Secretaria de Finanças tem estudo que aponta que a cidade pode perder R$ 1 bilhão em quatro anos por causa da inspeção.
Veículos estariam sendo licenciados fora da cidade para fugir do teste -com isso, a cidade não recebe o IPVA.
"Estamos criando um desequilíbrio na região metropolitana e sem ganhos ambientais. A cidade não pode ficar sem creche, corredor de ônibus, hospital, porque ficamos sozinhos na defesa do ambiente", disse Haddad.
Em nota, o governo Alckmin disse que atua "fortemente" na redução da poluição veicular e citou a redução de impostos para o etanol (combustível menos poluente) e os investimentos no transporte sobre trilhos.
Disse, ainda, que há projeto sobre a inspeção estadual tramitando na Assembleia, "que é um poder independente". O projeto foi enviado por José Serra (PSDB) em 2009.
A possibilidade de exigir inspeção de veículos "forasteiros" está no projeto que chega hoje à Câmara. Ele prevê que donos de veículos aprovados na inspeção tenham direito a reembolso da taxa -R$ 47,44- já este ano. O custo anual para a prefeitura será de R$ 150 milhões.
Haddad recuou em pontos polêmicos: tornar a inspeção obrigatória apenas a cada dois anos (hoje é anual) e só para veículos com cinco anos ou mais de fabricação.
Ele decidiu contratar o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para definir como deve ser feita a inspeção. Com isso, deve diminuir as resistências na Câmara, no primeiro grande teste que Haddad enfrentará na Casa.

Tinta térmica reduz consumo de energia em 60% e temperatura em até 20%


Tinta térmica reduz consumo de energia em 60% e temperatura em até 20%




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Revestir o telhado com tinta térmica é uma boa alternativa para reduzir o impacto da radiação, a temperatura interna e o consumo energético na refrigeração de ambientes. A WC Isolamento Térmico, empresa de São Bernardo do Campo (SP), é um dos fornecedores de tinta térmica no mercado nacional. Fora do Brasil este produto está em alta, especialmente porque é um aliado contra o aquecimento global e contribui para a redução da emissão de gases de efeito estufa.
A tinta térmica é feita a base de água e microesferas ocas de vidro importadas dos Estados Unidos. A tecnologia é da NASA e foi desenvolvida para revestir navios, aeronaves, tubulações e alvenarias em geral, informa Walter Crivelente Ferreira, diretor da WC. As microesferas são células a vácuo, que não permitem a propagação de temperatura e som. O produto custa menos e é mais sustentável do que a espuma de poliuretano (derivado de petróleo), opção usada no mercado brasileiro em obras de revestimento e isolamento térmico.
Telhados revestidos com tinta térmica chegam a reduzir 60% do consumo de energia elétrica na refrigeração de residências, galpões, prédios, armazéns, entre outros. “A maior incidência de calor é no telhado”, justifica Walter. O produto também diminui até 84% da radiação no telhado e entre 10 a 15% da temperatura por telha, segundo ele.
Se o local for bem ventilado, a sensação térmica no ambiente interno se torna agradável, sem precisar de ar condicionado
O preço menor comparado ao da espuma de poliuretano está transformando a tinta térmica em uma excelente opção para o mercado nacional. Em média, o custo do produto aplicado numa área de 600 m² é de R$ 26/ m² em São Paulo.
O poliuretano é um material nobre, mas é caro. Custa 50% mais do que a tinta térmica. As licitações públicas, por exemplo, exigem poliuretano nas obras de isolamento térmico
As Nações Unidas estão elaborando novo regulamento para os editais de suas obras, visando adotar materiais de revestimento mais sustentáveis, segundo ele. A tinta térmica será um deles, pois a relação custo/benefício compensa, prevê Walter.
“As vendas por aqui ainda vão crescer”, afirma o empresário. Por enquanto, a clientela da WC é majoritariamente industrial. A WC atende todo o Brasil, inclusive fazendo a aplicação em outras regiões. Há casos em que o produto é fornecido e a aplicação fica por conta de mão de obra local. A empresa também comercializa espuma de poliuretano.

Opção sustentável

Os equipamentos de ar condicionado consomem muita energia e emitem gás na atmosfera. Como argumenta Walter,
Escolher materiais sustentáveis que vão solucionar o problema de temperatura e calor nos ambientes sem agredir o meio ambiente e, ainda, sem usar energia e produtos químicos, é o caminho. As leis vão exigir isso cada vez mais de empresas e indústrias
A WC tem pouco mais de um ano de atividade e nasceu da experiência da Frigs Revestimentos Térmicos, com 40 anos de mercado e dirigida pelo pai de Walter. “Resolvemos abrir um novo empreendimento para focar na tinta térmica”, explica o empresário. “Ela é um produto inovador, que não causa problema na camada de ozônio”, enfatiza.
O produto pode ser aplicado em qualquer tipo de superfície. A durabilidade é de cinco anos. Após esse período, é necessário fazer manutenção como as pinturas comuns.

Originalmente postado em Sebrae Sustentabilidade, por Vanessa Brito
Foto: Divulgação. Obrigado pela dica Marcelo Lopes!



Londres cogita vetar circulação de veículos poluentes



Londres cogita vetar circulação de veículos poluentes


Getty Images
Londres - Grupos ambientalistas do Reino Unido receberam com bons olhos nesta quinta-feira uma inusitada proposta da prefeitura Londres, a qual deseja proibir a circulação de veículos poluentes no centro da cidade a partir de 2020, mas lamentaram que o projeto tenha sido colocado "a longo prazo".
O prefeito de Londres, o conservador Boris Johnson, anunciou ontem que em um período de sete anos quer que as ruas do centro da capital britânica se transformem em uma área de "baixas emissões".
"O ano 2020 ainda está distante. Londres tem que tomar medidas urgentes e decididas para reduzir também os níveis de trânsito", opinou nesta quinta Jenny Bates, ativista da organização britânica "Friends of the Earth".
Já a representante do Partido Verde no conselho municipal de Londres, Jenny Jones, afirmou que a proposta de permitir que apenas os veículos híbridos e elétricos circulem pelo centro da capital britânica é uma "notícia excelente".
Apesar de ter elogiado a iniciativa, Jenny ressaltou que o projeto é "tão a longo prazo" que "deverá se tornar realidade somente no próximo mandato" e, por isso, considerou que Boris Johnson estaria "evitando enfrentar os problemas que a cidade tem".
Atualmente, Londres cobra uma taxa de 10 libras por dia para os veículos que circulam na chamada "zona de congestão", que abrange grande parte do centro da cidade, entre 7h30 e 19h, de segunda a sexta-feira.
No entanto, para intensificar esse plano, as autoridades da cidade preparam um plano para transformar essa zona já delimitada, pela qual circulam mais de 150 mil veículos por dia, em uma área sem poluição.
Como parte desse projeto, o prefeito anunciou que Londres incorporará 600 novos ônibus híbridos, que combinam um motor de gasolina com um elétrico. Além disso, a prefeitura também confirmou sua intenção de substituir os táxis da cidade por veículos elétricos até 2020.
O orçamento para esse plano de transporte gira em torno de 23,2 milhões de euro durante a próxima década, apesar do Consistório só ter reservado 2,32 milhões de euro como investimento imediato.
"Minha intenção é fazer com que praticamente todos os veículos que circulem em horário laboral sejam de baixas emissões. Isto suporá um benefício incrível em relação à qualidade do ar", afirmou Johnson.

Badaling & Thirteen Tombs of the Ming Dynasty National Park of China






  • Location of Badaling & Thirteen Tombs of the Ming Dynasty

Fact Sheet

Park NameBadaling & Thirteen Tombs of the Ming Dynasty
Chinese Name八达岭―十三陵
Park Websitehttp://www.nationalparkofchina.com/badaling.html
TitleWorld Cultural Heritage Site
National Park of ChinaThe First batch
Rated by GJGY.com
LocationBeijing, China
Latitude, Longitude40.4, 116.0
Peak Elevation1,015m
Nearby CitiesBeijing
Nearby ParksSummer PalaceImperial Palace in BeijingTemple of Heaven
KeywordsAncient Building City Wall Tomb Culture Stamp Banknote





Badaling & Thirteen Tombs of the Ming Dynasty - Google Satellite Photo

Badaling & Thirteen Tombs of the Ming Dynasty -Google Satellite Photo




Badaling
Badaling

Badaling
Badaling

Thirteen Tombs of the Ming Dynasty
Thirteen Tombs of the Ming Dynasty



Transformar Roraima no primeiro Ecoestado do mundo ...


Brasil poderá ter projeto inédito de sustentabilidade

Em entrevista ao Correio, o astronauta Pontes aborda programas em parceria com a Nasa

10/02/2013 - 11h38 | Felipe Tonon
felipe.tonon@rac.com.br


Foto: Felipe Tonon/AAN
Marcos Pontes (dir.) posa ao lado do turista brasileiro Marco Clivati
Marcos Pontes (dir.) posa ao lado do turista brasileiro Marco Clivati
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O único astronauta brasileiro, Marcos Pontes, que entrou para a seleta lista mundial de desbravadores do espaço, tem motivos de sobra para comemorar o sucesso. O Correio Popular acompanhou o profissional durante visita ao parque temático da Nasa, o Kennedy Space Center, em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA). Ele falou sobre o trabalho para fomentar a educação no Brasil — como a criação de mais um curso de engenharia aeroespacial — e dos programas espaciais inéditos desenvolvidos em parceria com outros países, além de um estudo com a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Nasa para transformar o Estado de Roraima no primeiro Ecoestado do mundo.

Atualmente, Pontes acumula diversas funções no Brasil e nos EUA. Sua base é Houston, no Texas, onde atua como representante técnico junto à Nasa e outras instituições ligadas ao Programa da Estação Espacial Internacional (ISS). Ele também está à disposição da Agência Espacial Brasileira (AEB) e acompanha o programa espacial do Brasil, mas reconhece que faltam investimentos no setor. Segundo ele, o programa brasileiro está seguro e devem acontecer lançamentos de foguetes em breve — os lançamentos foram suspensos em 2003, após a explosão de um foguete na rampa de Alcântara, no Maranhão, que matou 21 pessoas.

“O Brasil tem projetos com a França e a Argentina sendo estabelecidos e deve haver abertura de concurso para o Instituto de Aeronáutica”, informou.

A transformação de Roraima no primeiro Ecoestado do mundo é um dos projetos mais ambiciosos em desenvolvimento juntamente com a Nasa e a ONU, e pretende fazer uma “reforma” radical no Estado. Roraima foi escolhido para ter o programa pioneiro por sua localização, próximo à região Amazônica, e pelo potencial ainda pouco explorado para desenvolver práticas ecológicas e sustentáveis.

O mote principal é um Estado ecologicamente sustentável, economicamente viável e socialmente justo, que será feito com a transformação de cidades-modelo para o Brasil em sustentabilidade, integrando aspectos como energia renovável, distribuição de água potável e rede de saneamento e mobilidade urbana.


Na área de educação, Pontes segue trabalhando para a expansão do ensino da engenharia aeroespacial. Em termos de formação de pessoal, propôs ao Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em 2009, a criação do curso superior de engenharia aeroespacial, já em funcionamento.

O Ministério da Educação (MEC) está avaliando a grade curricular do curso proposto por Pontes na Universidade de São Paulo (USP), que poderá lançar a nova graduação, ampliando a formação na área. A princípio, a proposta é ampliar as matérias da área aeroespacial aos estudantes de engenharia aeronáutica.

Além do ITA, A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade do Grande ABC (UFABC) já oferecem o curso. Ele ainda mantém a Fundação Astronauta Marcos Pontes desde 2010, que trabalha com ciência e tecnologia para crianças, além de motivação de professores e ensino profissionalizante para promoção da pesquisa e desenvolvimento em ciência e tecnologia no Brasil. Pontes também acumula o título de embaixador da ONU para o Desenvolvimento Industrial.

Como se não bastassem tantas atividades, o astronauta brasileiro também é uma das novidades na atração “Encontro com Astronautas”, no Kennedy Space Center, onde apresenta aos visitantes do centro sua trajetória de vida até a conquista do espaço.

Durante a visita do Correio, ele falou sobre sua mais nova experiência de apresentar as facetas do primeiro astronauta brasileiro na Nasa. “Aqui é um centro que atrai muita gente e esse contato com os visitantes, com as crianças, é importante não só no entretenimento, mas, também como forma de incentivo ao ensino da ciência e tecnologia. Abre um bom caminho, uma motivação”, afirmou o brasileiro, um defensor da educação como forma de alavancar os estudos científicos no País. “Quando eu falo com as crianças, não importa de onde elas vêm, se o país é rico ou se é pobre. Se há dedicação no estudo, há claramente sucesso.”

Pontes é a prova de que um sonho pode se tornar realidade. “Eu nunca pensei em ser astronauta, mas sempre quis ser piloto de avião. Em Bauru eu via a Esquadrilha da Fumaça, e me lembro quando me deixaram chegar perto do avião. Vou levar aquele momento para minha vida inteira.”

Desde que o programa dos encontros com os astronautas foi iniciado no parque da Nasa, em 2001, diversos profissionais da área já mantiveram contato com os visitantes. Em novembro do ano passado, foi a vez do astronauta brasileiro entrar para o time e ganhar elogios na Nasa. O ex-astronauta Jon McBride, que tem mais de 8,8 mil horas de voo e atualmente trabalha no KSC, disse que Pontes é um dos destaques da Nasa. “O Marcos é espetacular, não precisa mudar nada. É simpático, toca na alma, no coração das pessoas. Ele é um astronauta especial”. Sua próxima apresentação aos turistas ocorrerá entre os dias 20 e 25 de julho.


Trajetória teve início em rede ferroviária

Para chegar onde chegou, o garoto do Interior Marcos Pontes começou a trabalhar cedo, com 14 anos, como eletricista na rede ferroviária de Bauru (SP). Nas horas vagas, estudava nos vagões dos trens.

E entrou para o Instituto Tecnológio de Aeronáutica (ITA) - um esforço recompensado com a aprovação para piloto da Força Aérea Brasileira (FAB) na base de Pirassununga (SP). “Queria ser piloto, mas todos olhavam para aquele menino pobre e diziam que era impossível”, lembra.

O sonho já estava realizado, mas se tem uma coisa que Pontes não dispensa é um desafio. Em 1998, o Brasil lançou concurso público para seleção de apenas um astronauta, com a retomada do programa espacial brasileiro. Selecionado no rigoroso processo seletivo, Pontes foi para a Nasa. Após anos de treinamento, em 2005 foi convidado para participar como tripulante da Missão Centenária, criada pela Agência Espacial Brasileira (AEB).

A missão tinha como objetivo realizar experimentos nacionais em microgravidade, incentivar o crescimento dessa área de pesquisa no Brasil, homenagear Santos Dumont e promover o Programa Espacial Brasileiro. Em março de 2006, a bordo da Soyuz (espaçonave russa), o primeiro astronauta brasileiro finalmente foi para o espaço. (FT/AAN)

O jornalista Felipe Tonon viajou a convite do Kennedy Space Center