terça-feira, 17 de maio de 2011


Câmara proíbe uso de sacola plástica na cidade de SP


17/05/2011 - 19h29



TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO


A Câmara Municipal aprovou hoje a proibição do uso de sacolas plásticas na cidade de São Paulo.
A medida entra em vigor, se for aprovada pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), no dia 1º de janeiro de 2012.
Quem desrespeitar a regra poderá ser multado ou ter a licença comercial suspensa.
Polêmica, a matéria segue agora para sanção de Kassab, que já vetou uma proposta semelhante no passado. Dessa vez, porém, Kassab deve aprová-la. "Somos favoráveis a esse projeto. O encaminhamento é pela aprovação", disse Kassab, antes da votação na Câmara.Na Câmara Municipal, o projeto de lei estava em tramitação desde 2007, mas só tomou corpo há duas semanas, quando foi encampado pelo vereador Roberto Tripoli (PV-SP), ambientalista e líder do governo na Casa.
Tripoli tentou organizar um consenso em torno do projeto, que teve 35 votos favoráveis, cinco contrários e 12 abstenções.
Com a aprovação, a maior cidade brasileira será a segunda capital do país --depois de Belo Horizonte-- a proibir as embalagens plásticas.
A proibição valerá para todo o comércio na capital paulista, não apenas para os supermercados.
Dois vereadores --Aurélio Miguel (PR) e Francisco Chagas (PT)-- vão entrar na Justiça contra a lei.
Chagas é ligado aos trabalhadores do setor químico, que temem perder emprego com o fim das sacolas plásticas.
Na semana passada, os supermercados fecharam acordo com o governador Geraldo Alckmin para banir as sacolinhas plásticas até o final do ano no Estado. Esse acordo só vale para os supermercados e não previa punição para quem desrespeitar a regra.


Alugar uma bicicleta no Metrô

Alugar uma bicicleta no Metrô



17 de maio de 2011 | 0h 00

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110517/not_imp720151,0.php

1. Quais são as estações que oferecem esse serviço?


Liberdade, Santana e Armênia; Vila Madalena, Vila Mariana e Paraíso; Brás, Palmeiras-
Barra Funda, Santa Cecília, Sé, Carrão, Corinthians-Itaquera, Guilhermina-Esperança, Anhangabaú e Marechal Deodoro.

2. Como faço para alugar?
É preciso ter um cartão de crédito das bandeiras Master, Visa ou Amex com um limite disponível de, pelo menos, R$ 350 para pré-autorização. O valor não será debitado. Outra forma é ir ao Instituto Parada Vital, na Rua Barra Funda, 827, (11) 3661-0332, das 8h30 às 17h30, com RG, CPF, comprovante de residência (original e uma cópia) e duas fotos 3x4 para fazer a carteirinha do UseBike. Após análise em até três dias úteis, o instituto emite boleto de R$ 25 de taxa e outros R$ 25 para crédito, que serão descontados conforme o tempo de uso da bicicleta. O valor da recarga é de R$ 50 e vale por um ano. Para efetuar outra recarga, basta pedir novo boleto pelo paradavital@paradavital.org.br.
3. Quanto custa o serviço?
A primeira hora é gratuita. Depois, são cobrados R$ 2 por hora.
4. Qual é o horário de funcionamento?
Das 6 às 22 horas, exceto o Bicicletário Paraíso, que funciona das 6 às 20 horas, de segunda a sexta-feira , e das 6 às 22 horas, nos fins de semana.
Fonte: Site do Metrô 




http://www.metro.sp.gov.br/servicos/bicicletario/bicicletario.asp

Sete bicicletários foram entregues, em janeiro de 2009, nas estações do Metrô. Entraram em operação as unidades da Liberdade, Armênia e Santana (Linha 1-Azul), Vila Madalena (Linha 2-Verde), Brás, Palmeiras-Barra Funda e Santa Cecília (Linha 3-Vermelha). Em todos esses locais haverá 10 bicicletas disponíveis para empréstimo e 10 vagas de estacionamento.
Os bicicletários que funcionam nos sete estacionamentos da Rede Estapar na região da Avenida Paulista – antes restritos a clientes Porto Seguro – também estão abertos ao público ciclista.
Nas estações Paraíso, Vila Mariana (Linha 1-Azul), Anhangabaú, Marechal Deodoro e Sé (Linha 3-Vermelha) são 10 vagas e 10 bicicletas para empréstimo. Os bicicletários de Guilhermina-Esperança, Corinthians-Itaquera (desativado temporariamente) e Carrão têm 100 vagas e 10 bicicletas para empréstimos, em cada um.
Além desses bicicletários, as estações Tamanduateí, Vila Prudente, Belém, Penha, Vila Matilde, Artur Alvim, Capão Redondo, Campo Limpo e Vila das Belezas possuem paraciclos (estruturas para acorrentar as bikes) doados pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e instalados pela Parada Vital que oferecem 16 vagas por unidade, totalizando 144 lugares.
O acesso no sistema metroviário permite até quatro bicicletas por trem, embarcadas sempre no último vagão. Os horários para os ciclistas usarem o sistema aos finais de semana e feriados são: sábados, das 14h até o final da operação comercial (uma hora da manhã de domingo). Aos domingos e feriados, está garantido o acesso dos ciclistas durante todo o funcionamento do sistema: de 4h40 à meia-noite.
Utilizar os serviços dos bicicletários é bem simples. Basta comparecer a um dos locais levando RG e CPF para efetuar o cadastro. No caso de empréstimos, também é necessário um cartão de crédito Visa, Mastercard ou Amex com um limite disponível de R$350,00 para pré-autorização e comprovante de residência. Quem não possui cartão de crédito pode comparecer à sede do Instituto Parada Vital (Alameda Barão de Limeira, 985, 5° andar, Campos Elíseos - Telefone 3661-0332) munido do RG, CPF, comprovante de residência (originais e uma cópia) e duas fotos 3X4 para confecção da carteirinha do UseBike, que dará acesso ao serviço. Serão cobrados R$50,00, sendo R$25,00 para inscrição e cadastro e R$25,00 como crédito para utilização no sistema. O empréstimo é gratuito na primeira hora e para as demais horas é cobrada uma taxa de R$2,00.
Os bicicletários ficam abertos diariamente, das 6h às 22h. Na retirada da bicicleta, o cilcista receberá capacete e cadeado, podendo devolvê-los em outros bicicletários do sistema ou em uma das sete unidades da Rede Estapar participantes do programa UseBike, da Porto Seguro. São eles: Hospital Santa Catarina (Av. Paulista, 200), Top Center (Al. Joaquim Eugênio de Lima, 424), Conjunto Nacional (entrada pela Rua Padre João Manuel, 60), Garagem São Luís (Av. Paulista, 2378), Shopping Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 569), Novotel Jaraguá (Rua Martins Fontes, 71 – Centro), Shopping Bourbon (Rua Turiassú, 2.100)e Novotel Ibirapuera (Rua Sena Madureira, 1355).
O primeiro bicicletário foi entregue à Estação Guilhermina-Esperança no dia 21 de abril de 2007.





http://www.metro.sp.gov.br/servicos/bicicletario/pdf/guia.pdf




São Paulo terá selo verde para empresas

São Paulo terá selo verde para empresas

Objetivo é incentivar uso de energia "limpa", em especial de bagaço de cana

Uma das medidas em estudo é a concessão de benefícios fiscais para quem decidir investir em bioeletricidade 






NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
VERA MAGALHÃES
DE SÃO PAULO

O governo de São Paulo prepara o lançamento de um selo verde para empresas que consumirem apenas energia renovável em sua cadeia de produção, em especial aquela proveniente de biomassa de bagaço de cana-de-açúcar e outros resíduos sólidos.
Segundo José Aníbal, secretário de Energia do Estado, o governo quer ampliar a participação da energia "limpa" na matriz energética do Estado, concedendo benefícios fiscais a investimentos em bioeletricidade.
"As empresas têm interesse em carimbar em seus produtos o selo de energia limpa, mas, para isso, temos de aumentar a oferta", disse à Folha.
A biomassa é uma das fontes para produção de energia com maior chance de crescimento dos próximos anos, tanto no mercado doméstico como no internacional.
Em São Paulo, forte no setor sucroalcooleiro, esse potencial é ainda maior.
Entre as medidas em análise, estão: reduzir tributos para a renovação de caldeiras que processam o bagaço de cana (processo chamado de "retrofit"); conceder diferimento de ICMS (postergação temporária do pagamento do imposto) e fazer parcerias com a CPFL, que cuidaria da distribuição da energia produzida por usinas, inclusive se encarregando de construir subestações.
Para o governo, há vantagens nesse setor: baixo custo e possibilidade de reaproveitamento dos resíduos. Além disso, a fase de colheita da commodity coincide com a estiagem em várias regiões.
Um mapa da secretaria indica demanda pelo selo verde. São 24 novas usinas já leiloadas, com capacidade de produzir mais de 316 megawatts de energia.
A capacidade de geração atual do Estado é de 2.600 megawatts, com potencial de dobrar até 2014.
Na produção de etanol, por exemplo, cerca de 28% da cana é transformada em bagaço, conforme dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
"Até 2020, podemos ter uma Itaipu só em bagaço de cana", diz José Aníbal.

LIXO
Em outra frente, a secretaria paulista pretende investir na geração de energia a partir do lixo.
"São Paulo produz 11 mil toneladas de lixo. Já há empresas interessadas", afirmou o secretário.
São Paulo está analisando plantas em países como a França para fechar um modelo e conceder à iniciativa privada a construção de usinas para a exploração desse tipo de matriz.

Não sai do papel...Não querem jogar...que vergonha!

Impasse no Itaquerão ameaça SP







Aumento no custo do estádio faz Corinthians pensar em recuar






MARTÍN FERNANDEZ

DE SÃO PAULO 



O futuro estádio do Corinthians chegou a um impasse. A três anos do início da Copa 2014, é cada vez mais provável que a abertura do Mundial não seja em São Paulo -Brasília agora é a favorita.

Corinthians, Odebrecht e Comitê Organizador Local do Mundial ainda não chegaram a um acordo sobre preços, prazos e exigências.

Com todas as demandas da Fifa para abrigar o jogo inaugural, o estádio custaria cerca de R$ 1 bilhão. Foi o que a empreiteira informou ao clube na semana passada.
Até então, o custo para levantar um estádio com capacidade para 65 mil pessoas era estimado em R$ 650 milhões. O aumento no preço da obra fez o Corinthians pensar em recuar.
O clube já cogita voltar a seu plano inicial: construir um estádio para 48 mil espectadores, com custo de cerca de R$ 400 milhões.
A arena não teria condições de receber a abertura do Mundial - no máximo, um jogo das quartas de final.
Para abrigar o primeiro jogo da Copa, o clube também pode pedir à Fifa que reduza suas exigências -como a instalação de escadas rolantes, por exemplo.
Essa possibilidade foi descartada pela Fifa e pelo COL, segundo a Folha apurou. A organização do evento entende que o estádio é que precisa atender as demandas da Fifa, e não o contrário.
Outra ideia seria pedir um empréstimo maior ao BNDES. A linha de crédito que o banco oferece para as arenas da Copa do Mundo tem limite de R$ 400 milhões -o que cobre apenas 40% do novo valor do estádio.


Consultado pela reportagem, o BNDES reafirmou que o limite de empréstimo para a construção de estádios para o Mundial é de R$ 400 milhões. Qualquer outro empréstimo, informou a assessoria do banco, teria que ser tomado em outra linha de crédito, com juros maiores.
No limite, o Corinthians cogita até substituir a empreiteira que vai erguer a arena -possibilidade remota, afinal há um contrato assinado entre clube e empresa. A troca geraria ainda mais atrasos nas obras. A Odebrecht não quis comentar o assunto.
No futebol, o clube se mexe. Moacir, Diego Sacoman, Marcelo Oliveira e Edno foram dispensados. Alex será apresentado amanhã.

.........................................................................................................................



SECRETARIA DO VERDE APROVA O RIVI DO CORINTHIANS EM TEMPO RECORDE


Na última 5ª feira, dia 12, a Câmara Técnica VI do CADES manifestou-se tecnicamente sobre o Estudo de Impacto de Vizinhança e Relatório de Impacto de Vizinhança- EIV/RIVI que analisa os impactos da implantação da arena do Corinthians.
A vista dos elementos, manifestações e do parecer favorável do CADES sobre aquele estudo o Secretário do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura, Eduardo Jorge, aprovou, em tempo recorde o RIVI,desde que atendidas as exigências e recomendações constantes no Parecer Técnico. ( O RIVI deu entrada na Secretaria dia 8 de maio).
Conforme publicado na edição de sábado, dia 14, do Diário Oficial do município tais exigências, em número de 24, dizem respeito, entre outras obrigações, o controle de ruídos, compensação de emissão de CO2, necessidade de certificação LEED, atendimento às normas técnicas de acessibilidade, recobrimento vegetal, propostas de mitigação do incremento ao tráfego regional, movimentação de terra, plano de monitoramento geotécnico.
Já os dutos da Transpetro estão contemplados nos itens 18 e 19 das exigências técnicas. No primeiro  a SVMA requer a apresentação de toda a documentação gerada nas próximas etapas de gerenciamento da Área Potencial (AP)- área de influência do duto identificada na avaliação preliminar para análise e manifestação da SVMA/DECONT.
No item 19 é exigida a apresentação de Pareceres ou Despachos emitidos pela CETESB referente ao gerenciamento de áreas contaminadas no interior do empreendimento à SVMA/DECONTI.
Para o atendimento de todas estas exigências são concedidos prazos (de 90 a 180 dias) que, no entanto, poderão ser cumpridos no decorrer das obras, significando que o empreendimento estaria liberado para inicio imediato bastando para tanto apenas a emissão do Alvará de Aprovação da Secretaria de Habitação –SEHAB.
Não ficou claro, contudo, se a presença física dos dutos da Transpetro não  impediria o inicio efetivo das obras.
Aguardemos!
(J.E. CAVALCANTI)



 


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk1905201105.htm

São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 2011

Preço de arenas da Copa-14 salta 56% em 2 anos, o quádruplo da inflação, três estádios não iniciaram obras e outros aumentam prazos

MARIANA BASTOS
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO 

Desde que foram escolhidas as sedes da Copa do Mundo de 2014 pela Fifa, as cidades brasileiras aumentaram em 56% os orçamentos dos estádios, atrasaram obras, ou nem as iniciaram, e esticaram prazos.
Levantamento da Folha mostra que, hoje, a estimativa de custo é de R$ 6,8 bilhões para as 12 arenas.
No final de maio de 2009, na definição das sedes, os projetos somavam R$ 4,345 bilhões -incluindo estimativas de Paraná e Minas Gerais, feitas um pouco depois.
Neste período, a inflação foi de 13,8%, pelo IGP-M. Os maiores aumentos são nas sedes indicadas para abertura e final do Mundial: São Paulo e Rio de Janeiro.
O projeto inicial do São Paulo era reformar o Morumbi com R$ 136 milhões. O projeto foi encarecido pela Fifa e depois descartado.
Foi trocado pela arena de Itaquera, do Corinthians. De novo, a proposta inicial foi inflada e atingiu R$ 1,070 bilhão na semana passada.
O Maracanã mais do que dobrou de valor e também se aproximou do bilhão. Exigências da Fifa e problemas estruturais não previstos nos projetos iniciais foram os principais fatores para o encarecimento das arenas.
As máquinas nos canteiros de obras, no entanto, não acompanham a velocidade das calculadoras. Três cidades ainda não começaram as atividades de seus estádios: Natal, São Paulo e Curitiba.
"A empresa que ganhou a licitação tem dois meses para se preparar legalmente para iniciar as obras. Eles assinaram o contrato em abril, então é normal que a construção comece em junho. Não há atraso", afirmou João Fernandes, chefe de gabinete da Secretaria para a Copa de 2014 no Rio Grande do Norte.
Só que o prazo para a conclusão da Arena das Dunas foi aumentado em um ano -de dezembro do ano que vem para o final de 2013.
Em Cuiabá, admite-se atraso de três meses nas obras. "Criamos medidas para mitigar esse atraso e vamos entregar no prazo (2012)", contou Carlos Brito, da Agência da Copa de MT.
Há a possibilidade de trabalhar em três turnos. O prazo final seria dezembro de 2012. Assim, a Fifa pediria retoques e o estádio estaria pronto em abril de 2013.
Mas a entidade será flexível com o Maracanã, que terá de refazer a sua cobertura. A maioria dos atrasos, porém, é porque quase nenhum estádio começou obras no início de 2010, data prevista.
A burocracia estatal e suspeitas de irregularidades foram entraves. Nada que parasse as calculadoras.

Colaboraram NELSON BARROS NETO e ADRIANO WILKSON, de São Paulo

CONCEITO DE CIDADE COMPACTA





Eduardo Jorge fala sobre cidade compacta Secretário do Verde e Meio Ambiente apresenta o novo conceito de cidade na ACSP: um jeito possível de se viver melhor em metrópoles como São Paulo.
 
Sergio Kapustan - 16/5/2011 - 22h08


Marcos Mandiz/LUZ




Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp, concorda com Eduardo Jorge sobre a importância de se pensar a gestão pública de forma holística, voltada para o ser humano.
















O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, apresentou  ontem, no Conselho Político e Social (COPS), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), seu conceito de cidade compacta.


De acordo com o secretário, o modelo já existe em cidades da Europa, dos Estados Unidos e da Ásia, em que  classes sociais diferentes convivem no mesmo espaço urbano.
Segundo Eduardo Jorge, ao integrar diferentes classes, é  possível diminuir a violência e melhorar a qualidade do ar, pois haverá menos consumo de combustível.

No caso de São Paulo, com uma população de 11 milhões de pessoas, o secretário afirmou que, nas últimas décadas, houve uma tendência de separação de classes.
Surgiram os condomínios de luxo afastados do centro e cercados de grades (que chamou de guetos). "Com o conceito de cidade compacta, volta-se à convivência de classes sociais, que é uma forma de combater a epidemia de violência no mundo".
Ele adiantou que na capital o modelo poderá recuperar tanto o centro e como o centro expandido, que sofrem de esvaziamento populacional. E, ao mesmo tempo, evitar o "espalhamento" da cidade, sobretudo nas áreas de mananciais e de proteção ambiental, que foram objetos de ocupações nas últimas décadas.
"Outra vantagem do modelo é criar  uma arquitetura nova, que combinará verticalização com ventilação, impermiabilidade e arborização. Isso é um desafio muito grande para arquitetos e engenheiros".
Durante a palestra, o secretário reforçou que as ações do executivo municipal envolvem diversas secretarias – como Desenvolvimento Urbano, Transportes e Habitação.
Entre ações, destacou investimentos no metrô, nos trens, nos corredores de ônibus e na moradia popular. Segundo ele, "só a Secretaria de Habitação está comprando 53 prédios no centro para moradia de trabalhadores".
Outra iniciativa destacada pelo secretário em prol do ambiente foi a lei aprovada pela Câmara Municipal em 2009, que estabelece 30% como meta de redução das emissões de gases estufa em São Paulo.
Conforme o secretário, de 2005 até os dias atuais, a capital já conseguiu reduzir cerca de 20% de suas emissões com o funcionamento de duas usinas de biogás nos aterros sanitários São João e Bandeirante.
Políticas integradas – Na avaliação do presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, a palestra do secretário mostrou a importância e o acerto de se pensar a gestão pública de forma holística (como um todo) e voltada para o ser humano.
Para Amato, o modelo de obras pontuais, como avenidas e viadutos, está superado.
"Tivemos uma aula de se pensar no todo. E a questão enfatizada foi o diálogo ambiental. O ambiente é o lugar onde vivemos e a convivência humana tem um preço".
Amato enfatizou que o desenvolvimento urbano homogêneo beneficia outros setores, como comércio e serviços. "Não faz sentido existir um  governo que não pense nas pessoas. E tudo que é bom para as pessoas, é bom para o resto das outras atividades".

Mesmo sendo uma “selva de pedra”, São Paulo oferece muitas opções de lazer ao ar livre

Mesmo sendo uma “selva de pedra”, São Paulo oferece muitas opções de lazer ao ar livre


Postado em 16/05/2011 às 14h19


Fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2548

A semana começa e com ela vem o trânsito, o barulho da metrópole e, consequentemente, o stress. Para aproveitar o que São Paulo tem de melhor e fugir um pouco da agitação da vida paulistana a dica é optar pela prática de exercícios ao ar livre.



Seja uma caminhada no parque ou um passeio na ciclovia, o importante é se divertir de maneira saudável e prazerosa. Algumas áreas destinadas ao lazer em São Paulo possuem equipamentos para exercícios anaeróbicos, como musculação, e permitem contato direto com a natureza. Por isso, esqueça a bicicleta ergométrica pegue a bike e, se possível, escolha um local que tenha bastante verde.
Se não houver nenhum lugar próximo para fazer uma boa caminhada, escolha pelo menos deixar o carro em casa para ir a pé à padaria ou ao supermercado. Nessas andanças você até pode reparar que há coisas no seu bairro que nunca tinha percebido.
Neste caso, falta de dinheiro não é problema. No Capão Redondo, periferia de São Paulo, por exemplo, há um espaço de natação gratuito para crianças e jovens. Já no SESC Itaquera além de esportes aquáticos, há também atividades como basquete, tênis e futebol.
No estádio do Pacaembu há ambientes variados gratuitos: ginásio poliesportivo, piscina semi-olímpica, quadra de tênis, pista de Cooper, salas de ginástica e posto médico. Também ocorrem aulas de iniciação em vôlei, futebol de salão e basquete, além de turmas de ioga e alongamento. Para participar dessas atividades basta ter um cadastro, que é feito sem custo algum.
Há também o Parque Ecológico do Tietê, que foi reinaugurado em 2004 e fica aberto à população. Lá existem diversas áreas de lazer e cultura, como atletismo, ciclovias (pode alugar bikes no local), pista de bicicross, oficinas culturais, museus e trilhas. Além de todas essas atividades, o parque abriga o primeiro centro de recuperação de animais silvestres do Brasil.


A cidade de São Paulo é uma importante metrópole mundial e grande pólo cultural e econômico, mas a “terra da garoa” abriga mais locais de lazer ao ar livre do que se imagina.
Por Marcia Sousa – Redação CicloVivo






PARQUES MUNICIPAIS:




Confira as atividades e eventos em parques municipais:

 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/parques/programacao/index.php?p=3329


Guia dos parques municipais:




http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/meio_ambiente/arquivos/guia_parques2_web.pdf

Arquiteto espanhol apresenta casa ecológica com teto-jardim

Arquiteto espanhol apresenta casa ecológica com teto-jardim





fonte: http://sustentabilidade.ogerente.com.br/noticias/casa-ecologica-com-teto-jardim/?utm_source=Sustinere&utm_campaign=b2c49872db-Sustinere_16_05_2011&utm_medium=email



Um arquiteto da Espanha apresenta nesta semana em uma feira no país o projeto de uma casa ecológica de 200 m2, desmontável, transportável e com um teto-jardim onde o dono pode passear e cultivar plantas para o consumo doméstico.  
A casa, chamada de Green Box, tem consumo de energia zero e não gera resíduos durante a construção, de acordo com arquiteto Luis de Garrido, que revelou o projeto na Feira Internacional de Construção de Barcelona.
A estrutura da casa é constituída por painéis de concreto armado, placas de madeira e cimento e painéis metálicos. A base e as paredes são montadas como um quebra-cabeças – os módulos pré-fabricados se encaixam por pressão e com parafusos.                                                                                                     
“Desta forma, a Green Box pode ser modificada a qualquer momento. E o mais importante é que não há necessidade de obras. Não gera resíduos e suas peças podem ser consertadas ou substituídas. Por isso tem um ciclo de duração infinito”, disse Garrido.
Teto-jardim
A casa, que pode ser construída em 15 dias, tem outros componentes que minimizam o impacto ambiental da construção, como uma câmara de ar subterrânea que permite o controle da temperatura de forma automática, aproveitando a energia geotérmica e solar.
“Precisamos de uma arquitetura que satisfaça nossas necessidades atuais, sem comprometer a dos nossos descendentes. Não é só uma questão de consumir menos, mas de controlar o que se consome. O setor da construção normalmente é um campeão de desperdícios”, disse o arquiteto.
Garrido considera “um modismo com interesses comerciais” a maioria dos produtos que prometem economizar energia ou levam etiquetas ecológicas sem bases científicas ou controles efetivos. 
“Aparentemente todo mundo está sensibilizado com o aquecimento global. Mas quase ninguém pergunta a um fabricante de onde saiu o que ele consome. Se a madeira veio de uma árvore protegida da Amazônia, por exemplo.”
Organizações ambientais denunciam que muitas das chamadas casas ecológicas usam materiais que causam impacto ambiental e madeira cuja origem nem sempre é legal.
Autora: Anelise Infante
Fonte: BBC



Fonte: http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2011/05/ipcc-brasil-marca-presenca-em-energias-renovaveis/11427


Do Planeta Coppe – As fontes renováveis suprirão 80% da energia em 2050. A biomassa, a energia eólica e a energia solar serão, dentre as renováveis, as que mais estarão contribuindo para a oferta de energia no mundo em 40 anos. Mas para isso é preciso que governos adotem políticas públicas que viabilizem a substituição de combustíveis fósseis por fontes de energia mais limpas. Essas são as principais conclusões do Relatório Especial sobre Energias Renováveis que será divulgado pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) – o painel da ONU que estuda a mudança climática – no mês de maio, em Abu Dhabi. De acordo com os cenários analisados pelo IPCC, as fontes renováveis poderão reduzir entre 220 Gt e 560 Gt (gigatoneladas) a emissão de CO2 na atmosfera entre 2010 e 2050.
Quatro professores da Coppe participaram da elaboração desse relatório: Segen Estefen, professor de Engenharia Oceânica, e Roberto Schaeffer, professor de Planejamento Energético, coordenaram, respectivamente, o capítulo sobre Energia dos Oceanos e o capítulo sobre Potencial de Mitigação e Custos; Marcos Freitas, professor de Planejamento Energético, é um dos autores do capítulo sobre Hidreletricidade, e Suzana Kahn Ribeiro, professora de Engenharia de Transportes da Coppe, revisou o capítulo que trata de Biomassa.
De acordo com o Sumário Executivo que resume o Relatório Especial, o planeta dispõe de um grande potencial de energia que pode ser obtido de fontes renováveis. Essas fontes, segundo o documento, terão um papel crescente na mitigação das emissões de gases causadores da mudança climática e vão fornecer uma fração cada vez maior da energia primária no mundo a partir de 2020. Em 2008, a produção total de energias renováveis no mundo era de 64 dos 492 exajoules gerados por ano (EJ/ano), respondendo por 12,9% do total da energia consumida no planeta. O cenário mais otimista analisado pelo IPCC estima que em 2050 as fontes renováveis poderiam fornecer 77% das necessidades globais, ou seja, 314 dos 407 exajoules.
No mais pessimista, essas fontes atenderiam a 15% da demanda mundial anual de energia de 749 EJ/ano. Sem o uso dessas fontes, as emissões de CO2 provenientes da queima de combustíveis fósseis e de outras emissões industriais chegarão a 1.530 Gt em 2050.
O relatório alerta que as projeções devem ser vistas com cautela, porque sua realização depende de muitos fatores, inclusive do comportamento das outras fontes de energia que as renováveis podem substituir. Mas observa que, na maioria dos cenários, está claro que, em 2050, a participação das renováveis no suprimento de energia de baixo carbono será maior que a de outras opções também de baixo carbono, como a energia nuclear e o chamado CCS (captura e sequestro de carbono de combustíveis fósseis, notadamente o carvão).
2050: participação de renováveis precisa ser superior a 50% para conter aquecimento global Embora não tenha projetado um número fixo, o relatório diz que muitos diversos cenários analisados pelos cientistas do IPCC apontam uma participação superior a 50% de energia de fontes renováveis na produção de energia primária em 2050, para se alcançar uma estabilização das emissões de gases de efeito estufa na faixa de 450 ppm (partes por milhão) – meta apontada como necessária para conter o aquecimento global em 20C. O documento também informa que, mesmo na ausência de políticas deliberadas para reduzir as emissões de gases causadores da mudança climática, a tendência é de expansão das energias renováveis no mercado global.
Hoje, as fontes renováveis são responsáveis por 12,9% da oferta de energia primária no mundo. Nada menos que 10,2% correspondem à biomassa, mas, dentro desta, a maior parte (8,1%) se refere ao uso tradicional (e poluente) de lenha para cozinhar, típico dos países em desenvolvimento. As aplicações modernas da biomassa respondem por apenas 2,1% da oferta atual de energia primária, contra os 2,3% da energia hidráulica. As demais fontes renováveis, somadas, respondem por apenas 0,4%.
Mas o relatório do IPCC mostra que a disponibilidade de energias renováveis vem crescendo rapidamente nos últimos anos, graças a políticas governamentais de incentivo em alguns países, à queda de custos de diversas tecnologias e a elevações de preços dos combustíveis fósseis. Em 2009, apesar da crise financeira global, a capacidade instalada de energia proveniente de fontes renováveis continuou a crescer rapidamente. Dos 300 GW acrescentados ao parque gerador de eletricidade entre 2008 e 2009, nada menos que 140 GW vieram de fontes renováveis.
Brasil se antecipa ao futuro – Para Roberto Schaeffer, professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe e coordenador de um dos capítulos do relatório de energias renováveis do IPCC, o cenário futuro que emerge desse documento já se antecipa, de certa forma, no Brasil – com sua predominância de hidrelétricas na matriz energética, a recente e crescente instalação de usinas eólicas para produção de eletricidade, o amplo uso do etanol como combustível no setor de transportes e a infraestrutura daí decorrente, como os carros flex e os postos de combustíveis adaptados para diferentes tipos de tanques de armazenamento.
O futuro visualizado por Schaeffer, a partir dos dados contidos no estudo do IPCC, é o de um mundo cada vez mais eletrificado, isto é, onde a energia elétrica tenderá a ocupar espaço crescente na matriz energética, e onde os combustíveis líquidos tenderão a ser cada vez mais biocombustíveis. É também um futuro com crescente participação de energia eólica e solar, as quais terão as maiores taxas de crescimento nas próximas décadas, diz ele.
O capítulo 10 do relatório, que avalia de maneira integrada o potencial de mitigação e os custos das seis fontes renováveis estudadas (biomassa, eólica, solar, energia dos oceanos, hidrelétrica e geotérmica), projetando os resultados para um horizonte até 2050, não aponta predominância de uma fonte sobre outra. Apenas indica tendências. Mas Schaeffer afirma que a energia eólica, primeiro, e a solar, em seguida, são as que terão as maiores taxas de penetração na matriz energética mundial nas próximas décadas. “É claro que os biocombustíveis vão continuar crescendo”, diz. Mas, graças à redução de custos e ganhos de escala que já se observam, a energia eólica crescerá mais que todas as demais fontes até 2030. A partir daí, a energia solar começará a ganhar espaço, pois terá alcançado uma escala que a tornará comparável com a eólica.
Schaeffer explica que a preeminência da energia eólica se justifica não apenas pela redução de custos de geração, graças a ganhos de escala e eficiência, mas também ao fato de que essa forma de energia já começa a se mostrar capaz de se integrar bem à rede de transmissão e distribuição de eletricidade. Essa integração costuma ser uma limitação para as formas de energia provenientes de fontes variáveis, e muitas vezes imprevisíveis, como a solar e a eólica, afetadas pelas variações da natureza em curtos espaços de tempo.
A tendência ao aumento da presença da eletricidade nos sistemas energéticos do mundo deverá facilitar ainda mais a penetração da energia eólica e solar. “Hoje, o único mercado cativo para os combustíveis líquidos é o setor de transportes. E, se tudo correr bem, no futuro teremos carros elétricos”, lembra o professor da Coppe. “É claro que nada impede que se gere eletricidade com biomassa, mas suas características são mais apropriadas ao uso como combustível líquido”.
De qualquer forma, diz ele, há incertezas de diversas ordens envolvendo as projeções sobre o comportamento das fontes renováveis de energia. A penetração mais rápida ou mais lenta dessas formas de energia no mercado poderá ser influenciada, por exemplo, pelo comportamento futuro de alternativas não renováveis de baixo carbono, notadamente a energia nuclear e o CCS (captura e sequestro de carbono, um tipo de tecnologia desenhado para mitigar as emissões das instalações que queimam combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão). Se a tecnologia de CCS avançar suficientemente para se tornar competitiva em custos, talvez seja economicamente mais interessante manter em funcionamento as atuais usinas térmicas a carvão, o que poderia retardar algumas das aplicações de energias renováveis na produção de eletricidade.
Quanto à energia nuclear, quando o relatório do IPCC começou a ser produzido, despontava como uma possível alternativa para a geração de energia sem emissão de carbono. Mas, com o recente acidente radioativo em Fukushima, no Japão, o panorama da energia nuclear voltou a ficar nebuloso.
Na biomassa, as limitações do etanol brasileiro – Para Suzana Kahn Ribeiro, professora do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe e uma das vice-presidentes do Grupo de Trabalho do IPCC que produziu o relatório sobre energias renováveis, em todas as análises o etanol de cana-de- açúcar brasileiro apareceu como um grande exemplo. Mas, embora o capítulo que trata de biomassa mostre que esta deverá permanecer como uma das mais importantes fontes de energia renovável na primeira metade deste século, é preciso ter em mente que a pujança da produção brasileira de etanol de cana não é o bastante para que se tenha um mercado pujante de biocombustíveis, capaz de colocar o país como um grande fornecedor internacional.
“Se não houver outros países investindo nisso, não teremos um mercado internacional. O mundo não vai apostar num biocombustível que só pode ser produzido em poucos países. Ninguém vai querer ficar refém do etanol brasileiro”, avisa a professora da Coppe.
O capítulo do relatório do IPCC que trata da biomassa, e que foi revisado por Suzana, mostra a grande variedade de fontes de matérias-primas que podem ser utilizadas para a produção de bioenergia, e que incluem desde produtos alimentícios como cana e oleaginosas, até resíduos agrícolas e pecuários, lixo urbano e, no futuro, a celulose extraída de florestas plantadas com esse objetivo. Segundo o estudo, atualmente 50 EJ/ano de energia já são provenientes das variadas fontes de biomassa e esse valor pode crescer até seis vezes nos próximos 40 anos.
Para que essa previsão se torne realidade, será preciso criar políticas que visem melhorar a eficiência do setor agrícola, investir no desenvolvimento de tecnologias de segunda geração, como a da extração de biocombustíveis de celulose e as biorrefinarias, e desenvolver uma boa governança para lidar com os impactos ambientais e sociais – especialmente no que se refere ao uso do solo, com a instituição de zoneamento e práticas de manejo integrado de cultivos e pecuária. Se isso não for feito, a contribuição que a biomassa poderá dar à mitigação das mudanças climáticas será reduzida e haverá conflitos significativos envolvendo o abastecimento de alimentos, recursos hídricos e biodiversidade.
Cana de açúcar - Em termos econômicos, o capítulo sobre a biomassa avalia que algumas de suas formas já tem preços competitivos no mercado: o etanol de cana no Brasil , alguns sistemas de uso de lixo urbano e alguns fogões mais eficientes que os fogões a lenha tradicionais amplamente utilizados nos países mais pobres. Estima-se ainda que, entre 2020 e 2030, tecnologias mais avançadas – como os biocombustíveis de celulose para substituir gasolina, diesel e combustível de aviação e algumas opções de bioeletricidade e biorrefinarias – também estarão oferecendo energia a preços competitivos com os das opções não renováveis.
Oceanos: Uma oportunidade para o Brasil não perder - As energias dos oceanos são as cercadas por mais incertezas no relatório do IPCC sobre fontes renováveis. As tecnologias para a exploração do potencial energético de ondas, marés, correntes, gradiente térmico e gradiente de salinidade do mar são as menos maduras, em comparação com as outras fontes analisadas. Os estudos sobre o potencial técnico dessas diferentes fontes indicam grande variabilidade. O potencial estimado para extração da energia dos oceanos, por exemplo, varia de 7 a 331 EJ/ano. Devido ao pequeno número de protótipos em operação, ainda não se tem dados relevantes quanto aos custos, impactos ambientais, facilidades e dificuldades de integração com os sistemas de distribuição. Isto porque, com exceção da tecnologia de marés com utilização de barragens, que tem algumas unidades comerciais em funcionamento no mundo, todos os demais desenvolvimentos estão em fase de protótipo pré-comercial.
É exatamente esse quadro de aparente desvantagem para as energias do mar que Segen Estefen, diretor de Inovação da Coppe e coordenador do capítulo que tratou do tema no relatório do IPCC, aponta comouma grande oportunidade estratégica que gostaria de ver o Brasil aproveitando. “Esse é um campo em que o Brasil pode fazer a diferença. Justamente porque a tecnologia ainda não está madura, há uma janela de oportunidade para quem quiser investir e sair na frente, inovando no mercado mundial”, diz Segen. Para ele, com exceção da energia da biomassa, campo em que os brasileiros estão estabelecidos e são reconhecidos, nas demais fontes renováveis – como a eólica e a solar – as possibilidades de avanços tecnológicos de peso são reduzidas. “Essas tecnologias já estão avançadas e o Brasil deverá ser apenas usuário delas, com poucas chances de liderar”, avisa.
Considerando o vasto conhecimento acumulado pelos brasileiros na engenharia offshore para produção de petróleo, área em que o país tem liderança indiscutível, o professor da Coppe considera que o Brasil está em posição privilegiada para se tornar líder na exploração das energias do oceano. Para isso, seria necessário o governo tomar a decisão estratégica de investir para consolidar uma posição de destaque nessas tecnologias.
Segen alerta, porém, que “essa janela de oportunidade só ficará aberta por no máximo 10 anos. Depois disso será tarde”. Grandes empresas internacionais associadas a pequenas e médias empresas de base tecnológica, por exemplo, já estão investindo no desenvolvimento tecnológico para o aproveitamento de energias do oceano. O governo britânico fixou como meta ter em 2020 uma potência instalada de 2 GW, o que significa multiplicar por seis a atual potência instalada no mundo. Canadá, Estados Unidos, Irlanda e Portugal atualmente trabalham na fixação de metas semelhantes.
A Coppe está ultimando a instalação de um protótipo pré-comercial de usina de ondas no porto do Pecém, no Ceará, uma parceria com a empresa Tractebel. Será a primeira da América Latina. Mas Segen gostaria de ver um programa mais ambicioso de desenvolvimento tecnológico na área, envolvendo mais universidades, empresas e diferentes formas de exploração das energias do mar. Estimativas preliminares da Coppe apontam um bom potencial para exploração de ondas em quase todo o litoral brasileiro. Nas regiões Nordeste e Norte, as marés e os gradientes térmicos também têm potenciais relevantes.
A tecnologia para produção de eletricidade a partir de gradientes térmicos ao longo da profundidade dos oceanos consiste em explorar a diferença de temperatura entre a água do fundo do mar, mais fria, e a da superfície, mais quente. A água da superfície é colocada numa câmara de vácuo, onde entra em ebulição, produzindo o vapor que movimenta uma turbina para gerar eletricidade. Em seguida, a água mais fria trazida do fundo do mar condensa o vapor, transformando-o novamente em líquido. Experimentos realizados em outros países esbarraram algumas vezes na dificuldade de trazer para a superfície a água do fundo do mar – tarefa que, segundo Segen, será trivial para quem, como os brasileiros, já extraem petróleo a mais de mil metros de profundidades e terá que ir a profundezas ainda maiores para explorar o pré-sal.
Hidrelétricas: ainda há muito potencial a explorar, mas com limitações sociais e ambientais - Contribuindo atualmente com 16% da energia elétrica produzida no mundo, a hidreletricidade é a principal fonte de energia renovável do setor elétrico. Apesar de tão amplamente explorada, ainda tem um grande potencial de aproveitamento. Segundo o relatório do IPCC, o potencial técnico total para geração de hidreletricidade no mundo é de 52,47 EJ por ano, o que corresponde a uma capacidade instalada de 3.734 GW – quatro vezes a atual capacidade instalada, de 926 GW. A maior parte desse potencial ainda inexplorado está na África, Ásia e América Latina, mas também há aproveitamentos possíveis nos EUA e na Europa.
Segundo Marcos Freitas, professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe que participou do relatório do IPCC como um dos autores do capítulo sobre a energia hidrelétrica, o potencial de aproveitamento no Brasil é um dos maiores do planeta, cerca de 250 GW. O país aproveita cerca de 25% desse total. A maior parcela do potencial inexplorado está concentrada na Bacia Amazônia, onde o Brasil detém 100 GW e onde há mais 100 GW pertencentes aos países vizinhos. O total da Bacia Amazônica, diz Marcos, pode representar “um pré-sal renovável, pois equivale a 3 milhões de barris de petróleo por dia”.
Além do vasto potencial ainda passível de exploração no mundo, a hidreletricidade é uma fonte confiável, com tecnologias maduras e preços competitivos. Isso significa que tem um significativo potencial de redução das emissões de carbono para mitigação das mudanças climáticas. Mas o relatório do IPCC alerta que os aspectos ambientais e sociais representarão os principais desafios aos empreendimentos hidrelétricos, se não forem cuidadosamente administrados.
De um lado, o documento lista as principais limitações ambientais e sociais das hidrelétricas – mudança no regime de vazão dos rios e na qualidade da água, barreiras à migração de peixes, perda de biodiversidade e desalojamento de populações humanas, para as quais será preciso investir em inovações tecnológicas que melhorem o desempenho dos empreendimentos. De outro lado, o relatório do IPCC aponta nas usinas hidrelétricas a vantagem de poderem ser utilizadas para mitigar a escassez de água doce e regular os eventos extremos de chuvas e secas que serão mais frequentes com as mudanças climáticas.
Limitações para emprego de renováveis são econômicas e não técnicas – Não há limitações de potencial técnico para o emprego das fontes renováveis. De acordo com o Relatório do IPCC, tecnicamente elas poderiam abastecer, com folga, todas as necessidades atuais de energia do planeta. As limitações são de ordem econômica (custos de geração e distribuição mais altos que os preços de mercado); e, em alguns casos, problemas de ordem ambiental e social – como é o caso de algumas matérias-primas para a produção de biocombustíveis e seus impactos sobre o meio ambiente, a competição com a produção de alimentos e os efeitos da construção de hidrelétricas sobre a biodiversidade e os meios de sustento de grupos humanos locais.
Na área de combustíveis líquidos, a produção de etanol cresceu 10% (7 bilhões de litros) em 2009 e a de biodiesel subiu 9% (2 bilhões de litros). O Brasil e os Estados Unidos responderam, respectivamente, por 54% e 35% da produção global de etanol a partir de biomassa em 2009.
A energia eólica cresceu 32%, adicionando 38 GW ao parque instalado no mundo; as hidrelétricas ganharam mais 31 GW, com um aumento de 3%; a energia solar fotovoltaica para geração de eletricidade cresceu 53% (mais 7 GW); a energia solar para aquecimento de água aumentou 21% (mais 31 GWth) e a energia geotérmica cresceu 4%. Esta última é importante em alguns países onde há potenciais expressivos, como Chile, México, Filipinas, Índia e Estados Unidos e já tem tecnologia comercial disponível.
Quanto à energia dos oceanos, não entra nessa lista porque é a mais incipiente das seis fontes renováveis estudadas no relatório. Com exceção de usinas comerciais de marés, que, somadas, não superam os 300 MW de potência, e uma nova usina que entrou recentemente em operação na Coréia do Sul, com 255 MW de potência, as demais instalações existentes estão em fase pré-comercial