domingo, 12 de fevereiro de 2012

Quanto falta para o colapso?



09 de fevereiro de 2012 | 3h 10


Fernando Reinach - Fernando Reinach
Sistemas vivos passam por transições abruptas. A morte é a mais conhecida. Em um momento estamos vivos, no seguinte, mortos. Mas existem inúmeros exemplos de pontos de transição abruptos. Qual o momento em que a devastação de uma floresta a condena ao desaparecimento? Qual o número mínimo de baleias necessário para a sobrevivência da espécie? Determinar o ponto exato em que essas transições ocorrem e quão longe estamos delas é um problema ainda não resolvido.
Isso é difícil de fazer porque todos os sistemas vivos possuem mecanismos de autorregulação. Imagine que um animal coma cada vez menos; intuitivamente, sabemos que chega um momento em que ele morre. Mas determinar esse momento é difícil porque, à medida que ele come menos, ele também se movimenta menos, diminui seu metabolismo e passa a necessitar de menos alimento. Processos semelhantes tornam difícil prever o tamanho mínimo de uma população de baleias ou o abuso que uma floresta aguenta antes de desaparecer.
Por volta de 1980, foi proposta uma teoria que permite medir a distância entre o estado presente e o ponto de colapso de um sistema biológico. A ideia é que o tempo que um sistema vivo leva para se recuperar de um trauma aumenta à medida que o sistema se aproxima do ponto de colapso. Se você abre uma clareira em uma floresta virgem, ela se fecha rapidamente. À medida que a floresta se aproxima do ponto de colapso, a teoria prevê que o tempo necessário para a clareira fechar aumenta. Você tira o alimento de um animal. Se ele estiver saudável, ao ser alimentado, a recuperação é rápida. Mas, se ele estiver se aproximando do ponto de colapso, o tempo de recuperação aumenta. O mesmo princípio se aplicaria a uma população de baleias ou a um paciente na UTI.
Na prática. O problema é que essa teoria nunca havia sido testada. Agora, um grupo de cientistas demonstrou que ela funciona na prática.
O experimento foi feito com microalgas. Esses seres unicelulares necessitam de luz para fazer fotossíntese e produzir seu alimento, mas luz em excesso os mata. Para evitar o excesso de luz, eles crescem todos juntos - assim, um faz sombra para o outro. Regulando a distância entre eles (sua densidade no oceano), regula-se a quantidade de luz que recebem. Os cientistas colocaram essas algas em um recipiente de vidro em condições ideais: muitas algas por litro e uma quantidade de luz fixa.
Estabelecida a condição ótima, os cientistas adicionaram mais líquido ao recipiente, mantendo a mesma quantidade de luz incidente. Inicialmente, as algas, com menos vizinhos para diminuir a incidência de luz, diminuem sua taxa de crescimento, mas rapidamente se dividem de modo a otimizar novamente o sombreamento.
Os cientistas mediram o tempo que o sistema leva para se recuperar. Mas, antes que ele estivesse totalmente recuperado, adicionaram mais líquido, forçando as algas a se adaptar ao novo ambiente. As algas novamente se recuperaram. Ao longo de 30 dias, os cientistas foram aumentando o estresse e a cada vez as algas se recuperavam.
Mas o tempo de recuperação foi ficando mais longo. Até um momento em que eles adicionaram um pouco mais de líquido e o sistema colapsou: todas as algas morreram. Haviam atingido o ponto de transição abrupta.
Após medir a velocidade de recuperação em função do estresse aplicado no sistema, os cientistas demonstraram que é possível prever quão distante o sistema está do colapso medindo seu tempo de recuperação. Estes resultados demonstram que a teoria proposta em 1980 é verdadeira.
Nos próximos anos, é provável que diversos grupos, usando diversos sistemas biológicos, tentem demonstrar que medir a variação do tempo de recuperação permite prever quão distante um sistema vivo está do colapso. Se essa teoria for confirmada, teremos uma arma poderosa. Estudos de impacto ambiental finalmente terão um embasamento científico mais sólido e programas de recuperação ambiental poderão ter seus resultados medidos de forma objetiva.
** Fernando Reinach é biólogo / Mais informações: 'Ecovery Rates Reflect Distance To a Tipping Point In a Living System. Nature',  Vol. 481,  Pág. 357,  2012

Rios Tietê e Pinheiros têm tipos de poluição diferentes, mostra estudo. Falta agora a solução para a despoluição...


Rios Tietê e Pinheiros têm tipos de poluição diferentes, mostra estudo

Concentração de matéria orgânica e variedade de resíduos alteram perfil de poluentes

11 de fevereiro de 2012 | 22h 40


Alexandre Gonçalves - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Os Rios Tietê e Pinheiros possuem perfis de poluição distintos e mereceriam planos de despoluição que refletissem essas diferenças. É o que mostra a análise mais minuciosa já realizada até hoje sobre a qualidade dos dois cursos d’água que cortam a maior metrópole da América Latina.
O trabalho mostrou também que o principal problema para os dois rios não é a poluição difusa - que vem dos dejetos levados ao leito pela chuva, uma responsabilidade da Prefeitura -, mas o esgoto doméstico e industrial, cuja coleta, na maioria das cidades da Grande São Paulo, caberia à Sabesp, empresa mista que tem como principal acionista o governo estadual.
"A concentração de hidrocarbonetos na água (algo que pode ser creditado à omissão da Prefeitura) é ínfima quando comparada à presença de substâncias oriundas do esgoto (que deveria ser tratado pela Sabesp)", pondera o promotor e coautor do estudo, José Eduardo Lutti, do Ministério Público de São Paulo (MPE). Ao todo, 33 bairros ainda despejam parte do seu esgoto no Tietê.
Diferenças. O estudo, que rendeu a publicação de um artigo na última edição dos Anais da Academia Brasileira de Ciências, revelou seis substâncias que só foram encontradas nas águas do Pinheiros. Todas são compostos orgânicos. Duas delas atuam como pesticidas: o Aldrin-Dieldrin e o 4,4-DDD. Como o rio não atravessa áreas agrícolas, autores sugerem que tais produtos são usados nas margens para diminuir a infestação de mosquitos que infernizam vizinhos do curso d’água.
Outra exclusividade digna de nota no Pinheiros é o hexaclorobutadieno, um composto cancerígeno eliminado por fábricas que utilizam ácido clorídrico nos seus processos industriais.
Já o Tietê apresenta 11 substâncias que não foram encontradas no Pinheiros. "Mas o que mais surpreende é o impacto dos efluentes domésticos, maior no Tietê", afirma Davi Cunha, da Escola de Engenharia de São Carlos (USP), sublinhando as altas concentrações de detergente e nitrogênio amoniacal na água.
Precisão. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) realiza medições bimestrais nos sete pontos de amostra dos rios na cidade de São Paulo. Nove variáveis - como turbidez e coliformes fecais - entram no cálculo do Índice de Qualidade das Águas (IQA) divulgado pelo órgão, responsável pela qualificação da água em péssima, ruim, regular, boa e ótima. A Cetesb investiga outras 32 variáveis que não integram o IQA.
Doron Grull, do Centro de Apoio à Faculdade de Saúde Pública da USP, afirma que análises mais minuciosas e transparentes seriam desejáveis. "A análise de mais variáveis e com uma frequência maior facilitaria a descoberta de infratores", afirma Grull. "Se você encontra uma substância relacionada a um processo industrial concreto, pode chegar às empresas suspeitas de eliminá-la na rede."
Ao Estado, a Cetesb respondeu que considera o método usado "suficiente para o monitoramento da qualidade das águas dos Rios Tietê e Pinheiros". 

Birra não é sustentável!


Brasil dificulta a entrada de espanhóis pelo princípio de reciprocidade

A partir de abril, eles terão de mostrar comprovantes de hotéis, passagem de volta e recursos financeiros

10 de fevereiro de 2012 | 22h 44



Lisandra Paraguassu - O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O Brasil passará a adotar exigências mais duras para a entrada de turistas espanhóis no País, usado o chamado princípio da reciprocidade. A partir do dia 2 de abril, os visitantes daquele país que desembarcarem aqui terão de apresentar comprovantes para reservas de hotéis, passagens de ida e volta e provar que têm recursos para se manter no Brasil pelo período da estada.
Serão necessários pelo menos R$ 170 por dia por pessoa, o equivalente a cerca de  80. A comprovação poderá ser feita por meio de cartão de crédito internacional, desde que o titular apresente fatura em que conste o limite permitido de gasto.
As exigências são as mesmas feitas pela Espanha para os brasileiros que viajam ao país. Incluem, ainda, a necessidade de um passaporte com pelo menos seis meses de validade. Aqueles que não planejam se hospedar em hotéis terão de apresentar uma carta-convite da pessoa que os receberá, com assinatura registrada em cartório e um comprovante de residência.
Negociações frustradas. A decisão foi tomada pelo Itamaraty depois de uma série de negociações frustradas para tentar diminuir as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros que chegam à Espanha. Desde 2008, o Brasil é o país com maior número de cidadãos barrados nos aeroportos espanhóis. Já na época, quando cerca de 240 brasileiros eram barrados por mês e posteriormente deportados, foi criado um grupo binacional para discutir o tema, mas não houve evolução.
Ainda em 2011, o ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, admitiu que as discussões não estavam avançando e havia casos inaceitáveis. Apesar de ter caído o número de barrados, a média ainda era de 140 pessoas por mês.
O endurecimento no tratamento dos brasileiros nas entradas na União Europeia, especialmente na Espanha, coincidiu com o início da crise econômica mundial.
Pesquisadores brasileiros que estavam a caminho de um congresso e apenas de passagem pela Espanha foram deportados. Há casos de músicos com apresentações marcadas, engenheiros com cursos pagos e até crianças que chegaram a ficar presas por 48 horas dentro dos aeroportos, além de diversas reclamações de maus-tratos.
Fluxo migratório. A preocupação dos espanhóis, de que brasileiros queiram se mudar clandestinamente para a Europa, pode deixar de ser realista. Um relatório publicado em janeiro deste ano pelo governo espanhol mostra que o fluxo migratório está mudando. Ainda em 2010, 17,6 mil brasileiros voltaram para o País, enquanto 12,9 mil foram para a Espanha.
Já o número de europeus querendo se mudar para o Brasil está aumentando. Em 2011, o País recebeu 57% a mais de trabalhadores estrangeiros do que no ano anterior, um número considerável deles vindos da Europa, especialmente Portugal e Espanha.

Ciclovia do rio Pinheiros ganha mais 5 km


09/02/2012 - 18h29

Ciclovia do rio Pinheiros ganha mais 5 km nesta sexta-feira



A ciclovia às margens do rio Pinheiros vai ganhar mais 5 km de extensão nesta sexta-feira, chegando até a estação Cidade Universitária da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

A via exclusiva para bicicletas, inaugurada há quase dois anos, passa ao longo da linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) atualmente com 14 km. Com o novo trecho, ela vai percorrer 19 km entre a rua Miguel Yunes (localizada entre as estações Jurubatuba e Autódromo) e a ponte Cidade Universitária.
Eduardo Knapp-8.out.10/Folhapress
Ciclovia da marginal Pinheiros, que ganhará mais 5 km de extensão e três novos acessos nesta sexta-feira
Ciclovia da marginal Pinheiros, que ganhará mais 5 km de extensão e dois novos acessos nesta sexta-feira
A inauguração oficial será feita pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, com mais de um ano de atraso. A previsão inicial do governo era levar a ciclovia até o parque Villa-Lobos no fim de 2010.
Na cerimônia também serão entregues os acessos à ciclovia em Santo Amaro e na ponte Cidade Universitária --também abertos com atraso-- e mais três pontos de apoio para ciclistas.

Venda de lotes...


09/02/2012 - 18h58

Cientistas explicam como vai surgir o supercontinente Amásia


A movimentação dos continentes em direção ao polo Norte, dentro dos próximos milhões de anos, vai dar origem à Amásia, nome usado pelos cientistas norte-americanos para se referir ao supercontinente que será formado pela junção da América e da Ásia.
A grande massa de terra surgirá entre 50 milhões e 200 milhões de anos, de acordo com uma pesquisa da Faculdade de Geologia e Geofísica da Universidade de Yale (EUA) publicada na revista britânica "Nature".
Os dois continentes se juntarão pelo polo Norte por meio de uma cordilheira que ligará o Alasca à Sibéria.
A América permanecerá situada sobre o anel de fogo do Pacífico, uma zona de intensa atividade sísmica e vulcânica, mas seu revelo mudará radicalmente, pois a atração em direção ao polo fundirá a América do Sul e a do Norte.
Este deslocamento provocará o desaparecimento do oceano Ártico e do mar do Caribe, segundo explicou Ross Mitchell, geólogo de Yale e um dos autores do artigo.
Já se passou 1,8 bilhão de anos desde que se formou o primeiro supercontinente, Columbia, que foi seguido pelo Rodínia e Pangea --última grande massa de terra a se formar, com centro na África atual e que com o tempo e a ação das placas tectônicas formou os continentes como são hoje em dia.
De acordo com os cientistas, o centro da Amásia ficaria em algum ponto do atual oceano Ártico.
Esta teoria contradiz os dois modelos defendidos até o momento: uma das hipóteses sugere que o centro do próximo supercontinente será na África; a outra diz que será no oceano Pacífico, em algum ponto entre as ilhas de Havaí, Fiji e Samoa.
Segundo estes modelos, a união dos continentes ocorreria por meio do oceano Atlântico ou do Pacífico, respectivamente, enquanto o modelo de Mitchell defende que isso seria pelo Ártico.

Trepadeiras para parede e principalmente telhado verde para conforto térmico


PLANTA PARA PAREDE

As trepadeiras são uma ótima opção para delimitar espaço, garantir a privacidade ou evitar pichações no muro. Saiba como cuidar delas


Paula Montefusco, da PrimaPagina
Especial para o Terra

Divulgação: Maier e Ale Paisagismo
A unha-de-gato é muito usada para revestir muros e paredes. Ela preenche a parede rapidamente, mas requer podas frequentes
A unha-de-gato é muito usada para revestir muros e paredes. Ela preenche a parede rapidamente, mas requer podas frequentes
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  • A unha-de-gato é muito usada para revestir muros e paredes. Ela preenche a parede rapidamente, mas requer podas frequentes
  • A hera (aqui, aplicada sobre uma rocha) cresce mais devagar que a unha-de-gato. Porém, pede menos manutenção
  • Cerca revestida pela espécie sete-léguas, uma das trepadeiras que dão flores
  • Aqui, a sete-léguas foi usada como cerca viva
  • Detalhe da flor da trepadeira lágrima-de-Cristo
  • Colocadas sobre alambrados ou cercas, as trepadeiras podem formar cercas vivas, reforçando a privacidade do imóvel
  • Para que as plantas não provoquem rachaduras nem infiltrações, é importante impermeabilizar o muro ou a parede antes de as trepadeiras crescerem
  • A maioria das espécies de trepadeiras perde folhas no inverno
Num imóvel, as plantas são frequentemente usadas para embelezar o quintal e trazer mais vida para a casa. Mas elas podem conjugar esses benefícios com outros, mais “práticos”. Um tipo que se presta especialmente a essa função são as trepadeiras, que se fixam em paredes, suportes, pérgolas, cercas ou outras árvores.
Além de fazer parte da decoração da casa ou do jardim, podem ser usadas para “fechar” o ambiente – por exemplo, na parede lateral da sacada de um apartamento. Também servem de toldo verde, proporcionando um oásis no meio do jardim: é só colocá-las em um pergolado, espécie de túnel de madeira, e colocar sob essa estrutura um banco de madeira, como aqueles de praça.
Segundo a paisagista Ivani Kubo, de São Paulo, esse tipo de vegetação serve ainda para esconder colunas e postes que atrapalham a decoração ou, em alambrados, fazer cercas vivas. Em muros que dão para a rua, inibe a pichação. “Além disso, são plantas resistentes, com uma vida de longa duração”, afirma.
Cada espécie de trepadeira tem características próprias. A unha-de-gato, por exemplo, ganha volume mais rapidamente – em três anos a parede já está toda verde. No entanto, requer poda mensal, o que pode ser um problema para quem não quer gastar com jardineiro. Já a hera demora de quatro a cinco anos para encher a parede, mas pede menos manutenção. Suas raízes não são tão agressivas quanto às da unha-de-gato, que, sem manutenção, podem provocar rachaduras na parede e entupimento da tubulação.
Ambas são chamadas de trepadeiras, sarmentosas, que se fixam em paredes, árvores e estacas (outro exemplo é a falsa-vinha). Há ainda as trepadeiras dói tipo cipó e arbustos escandentes: precisam ser amarradas ou apoiadas para subir em alguma estrutura (arcos, pergolados, telhados e treliças), como a amor-agarradinho. Já as trepadeiras volúveis enrolam-se em qualquer estrutura. Dentre elas estão a campainha-vermelha (também chamada de ipomeia) e a madressilva. “Servem para contornar arcos, subir em troncos de árvores e estacas. Para cobrir muros, é preciso colocar suportes de arame, para que elas se enrolem”, explica a paisagista.
“Algumas trepadeiras se agarram ao concreto com a raiz, outras formam um gancho e se enrolam no arame. Quanto mais áspera for a parede, melhor para a fixação da planta”, afirma o paisagista e agrônomo Maier Gilbert, da empresa Maier e Ale Paisagismo.
Apesar de estar na parede ou no suporte, a planta vai buscar alimento e água no chão. Por isso, é que importante deixar um espaço de terra entre a calçada e o muro. É lá que deve ser colocado o adubo e a água, necessários para o crescimento da trepadeira. As condições climáticas devem ser levadas em conta. As duas espécies mais utilizadas em jardins e muro, a unha-de-gato e a hera, já estão adaptadas ao clima brasileiro. Mesmo assim, a região em que você mora, o tipo de clima e a exposição da vegetação ao sol e à chuva serão determinantes na hora da escolha entre os diversos tipos de trepadeira. E a quantidade de sol vai ser responsável também pela coloração das folhas: verde mais claro ou mais escuro.
A manutenção também depende do tipo de trepadeira. De qualquer forma, o adubo deve ser aplicado três vezes por ano: na primavera, no verão e no outono. E prepare-se: no inverno, a parede fica “careca”, porque muitas folhas caem e as raízes se mantêm.
Para que as paredes não sejam prejudicadas, basta impermeabilizá-las. Isso evita rachaduras e infiltrações. Se precisar retirá-las permanentemente, será necessário cortar a planta pela raiz, raspar e pintar a parede.

Desempenho futuro



Após prorrogações no prazo, Norma de Desempenho está novamente em consulta pública. Agora, com ampla participação do setor, expectativa é que texto passe a valer a partir de março




Por Larissa Leiros Baroni



SERGIO COLOTTO
Com vigência da NBR 15575, representantes até então despreocupados passaram a participar da elaboração, com exigência de prorrogação do prazo

Até 18 de janeiro de 2012 a NBR 15575 - Norma de Desempenho encontra-se em consulta nacional. Com isso, existe o risco de novo adiamento, para 2013, da exigibilidade do cumprimento de seus requisitos. Até o fechamento desta edição da revista Construção Mercado, na segunda quinzena de janeiro, a previsão era de que o texto entraria em vigor em março de 2012.
A dúvida que fica é se esta será a última prorrogação. A resposta definitiva, para Fábio Villas Bôas, coordenador da comissão de revisão da norma, é sim. "Foi o compromisso que assumimos com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)." "A menos que uma ideia inovadora, não prevista nos últimosdez anos, surja e exija novas mudanças", supõe ele.
Enquanto a primeira proposta de prorrogação atendeu ao pedido "desesperado" do setor, de acordo com Carlos Borges, vice-presidente de Tecnologia e Qualidade doSecovi-SP (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo), a segunda foi necessária para a conclusão da revisão do texto publicado em maio de 2008.
"Inicialmente, boa parte da cadeia produtiva da construção civil ficou de fora das inúmeras discussões que culminaram na publicação da NBR 15575, principalmente por falta de interesse. Quando o prazo de carência estava no fim, o setor começou a se preocupar e viu que era tarde para implantar as adaptações", explica Borges.
Não à toa a grande mobilização conquistou 17 mil votos em consulta pública e prorrogou o prazo de exigibilidade. "Medida apoiada por parte daqueles que se ausentaram - e que agora se dispunham a atuar -, e também daqueles que tiveram ativa participação e que, lucidamente, entendiam que a norma não poderia entrar em vigor sem consenso", explica Ércio Thomaz, pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).
FOTOS: MARCELO SCANDAROLI
Com adiamento da vigência da norma comitê aproveitou para tornar mais claros os requisitos e suas aplicações

Contra o relógio
Diante da obrigatoriedade, da pressão da imprensa, conforme cita Borges, e da consciência de que boicotar a norma não seria o melhor caminho, o setor passou a se envolver mais nas discussões. "Se nas primeiras plenárias, entre 2004 e 2008, era difícil reunir 20 pessoas, de 2010 para cá conseguimos público de 95 pessoas com grande envolvimento na cadeia", compara Villas Bôas, que relaciona o aumento do envolvimento à expansão das propostas de modificações na norma, que passou de 100, em 2008, para 5.000, em 2011.
"Muitos agentes do setor não tinham clareza sobre a aplicabilidade da norma e o impacto sobre as práticas atuais de construção e seus custos", cita Maria AngelicaCovelo, diretora da consultoria NGI - Núcleo de Gestão e Inovação. Dúvidas que, segundo ela, impulsionaram a revisão da NBR 15575, inicialmente prevista para ser concluída em setembro de 2011.
No entanto, a complexidade das discussões e a grande polêmica gerada em cada uma das seis partes da norma, conforme justifica Villas Bôas, impossibilitou o cumprimento do prazo. "O processo de norma no Brasil é voluntário, portanto as agendas dos envolvidos não são tão abertas. Há um protocolo que exige intervalo de no mínimo 15 dias entre as reuniões para possibilitar mobilização nacional", completa ele.
Thomaz reconhece que sucessivos adiamentos abalam a credibilidade do processo, mas garante: "É melhor levarmos mais um ano para aprimorar uma norma que venha a ser efetivamente utilizada, do que impormos exigências que venham a ser ignoradas ou boicotadas". Segundo ele, é chegada a hora de profissionais, associações, laboratórios, construtoras e os demais agentes se mexerem com mais decisão "para não ficarmos correndo atrás do rabo e voltarmos a solicitar novas protelações, que agora sim tenderiam a parecer simplesmente manobras".
A perspectiva é que a revisão seja publicada até março de 2012, para que o texto entre em consulta pública por aproximadamente seis meses, atenda a novo prazo de adaptação por cerca de seis meses e possa entrar em exigibilidade em março de 2013.
Apesar do cronograma, Maria Angelica ressalta que a norma original, mesmo sem a revisão, já está em vigor. "Ela não se aplica a empreendimentos que tenham sido protocolados em prefeitura antes da data de exigibilidade, também relacionada àpossibilidade do consumidor exigir que sua unidade habitacional atenda aos requisitos", explica. Ainda assim, segundo ela, a NBR 15575 é exigida para o uso do Sinat (Sistema Nacional de Avaliação Técnica).
Mudanças em vista
Apesar da revisão e das mudanças propostas, o vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do Secovi-SP garante que não houve alterações no conceito dedesempenho, tampouco os objetivos, os requisitos e os critérios. "Os conteúdos passaram, sobretudo, por ajustes na redação para maior clareza e para reduzir a possibilidade de má interpretação", diz Borges.
Mesmo assim Maria Angelica afirma que alguns itens específicos foram alvo de novos acordos entre os agentes da cadeia. "Em alguns casos não houve participação anterior que viabilizasse que estes itens fossem tratados adequadamente", justifica. Entre os principais ela cita: o desempenho acústico de fachadas, o escorregamento, o impacto e a estanqueidade em pisos, a ventilação em função das zonas bioclimáticas, os forros e os quesitos de instalações.
A mudança mais significativa é a aplicabilidade a edifícios com qualquer número de pavimentos, antes restrita a edificações de até cinco andares, como ressalta Thomaz: "Várias exigências de cumprimento obrigatório (caráter normativo) passarão a vigorar apenas como recomendações (caráter informativo)", conta. Na opinião dele, o texto sofreu melhora no conjunto de exigências e na metodologia de avaliação do desempenho acústico e térmico; com métodos de ensaio melhor esmiuçados, as exigências de segurança ao fogo estão passando por completa reformulação, "em função de novas disposições da normalização internacional", algumas exigências ficarão mais rigorosas e outras mais condescendentes. "O acerto, no entanto, só virá com o tempo", ressalta.
Ainda que questões de durabilidade/vida útil estejam programadas para serem discutidas nas próximas reuniões, Villas Boâs garante que não haverá mudanças práticas neste quesito.
O tema - que se refere ao período de tempo estimado em que os materiais e sistemas devem atender às exigências de desempenho -, no entanto, ainda gera muita polêmica. "Principalmente pela confusão que se faz entre vida útil e garantia", explica Maria Angelica. "As próximas discussões, portanto, terão a missão de definir critérios capazes de driblar a falta do amparo jurídico nesta questão."

Sustentabilidade é não queimar lenha!!! Fuligem, fumaça,CO2...


02.02.2012 | 16:15

Sustentabilidade aumenta competitividade de pizzaria


Coleta seletiva de lixo e substituição da lenha tradicional por madeira de reflorestamento estão entre as ações implantadas na empresa

Tatiana Alarcon


Brasília - Uma pizzaria preocupada com qualidade, inovação e meio ambiente. Essa é o lema da rede de restaurantes Rei da Pizza, do município de Camaçari, na Bahia. Há 18 anos no mercado, o empreendimento de Jamilton Pereira vem se destacando por práticas sustentáveis e pelo aumento da produção e competitividade.

O caso do empresário é um dos destaques da série Super Ideias, realizada pelo Canal Futura em parceria com o Sebrae . São interprogramas, exibidos nos intervalos da programação da emissora, que mostram iniciativas como a de Jamilton, que alavancou os negócios com a implantação de ações de responsabilidade ambiental em sua empresa.

Uma das ações implantadas pelo Rei da Pizza é a substituição da lenha tradicional pelo eucalipto, madeira de reflorestamento autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Na empresa, todas as pizzas são assadas no forno com essa madeira. Também faz parte da rotina dos restaurantes a coleta seletiva de lixo. O processo inclui um fluxo de estoque, separação, acondicionamento e encaminhamento para cooperativas de reciclagem da região.

O próximo passo do empresário é fazer a compostagem do lixo orgânico, para transformar os resíduos em adubo que posteriormente será utilizado na horta da empresa. “Os alimentos extraídos da horta serão utilizados na produção das pizzas”, diz Jamilton.

Para o empresário, o maior ganho dessas transformações é a mudança de hábitos. “Quanto menos lixo você gera, mais você está sendo consciente. E, na prática, isso surte efeito não só no restaurante, mas no dia a dia e em casa. É uma educação para toda a vida. Precisamos ter consciência da necessidade de preservar”, afirma.

Serviço:
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Usina de energia solar utilizará sal para armazenar calor durante a noite


9/Fevereiro/2012

Usina de energia solar utilizará sal para armazenar calor durante a noite

http://www.piniweb.com.br//construcao/tecnologia-materiais/usina-de-energia-solar-utilizara-sal-para-armazenar-calor-durante-250091-1.asp

Torre de concreto de 169 m em construção no deserto de Nevada, Estados Unidos, vai abrigar um receptor de 30 m de altura para captação de energia solar e aquecimento a partir do sal armazenado em seu topo




Mauricio Lima







Divulgação: Solar Reserve
Torre tem 169 m de altura
Uma torre de concreto com 169 m de altura localizada no deserto do Estado de Nevada, nos Estados Unidos, está em construção para suportar um receptor de aproximadamente 30 m de altura em seu topo.


A construção é parte de um projeto para captação de energia solar, que será armazenada a partir do aquecimento do sal. O projeto está sendo realizado pela Tonopah Solar Energy, que começou em setembro a obra em um terreno de 177,6 mil m² próximo à cidade de Tonopah.
O receptor será responsável por captar a luz solar refletida dos milhares de helióstatos posicionados em volta da torre. Esses helióstatos serão construídos sobre pequenas fundações de estacas cravadas, distribuídas em um terreno de 5,18 km². A estrutura dos helióstatos será feita em steel frame e terá uma parte móvel, que permite a movimentação da parte refletora tanto vertical quanto horizontalmente, para que os raios solares possam ser direcionados diretamente para a torre.
A geração de energia funciona da seguinte forma: os raios solares refletidos pelos helióstatos e captados no topo da torre aquecem uma grande quantidade de sal acumulada no alto da torre. Esse sal será utilizado para aquecer a água e gerar vapor para mover as turbinas e produzir energia. Isso permite que a usina funcione também durante a noite, pois o sal tem uma eficiência térmica de 98%, segundo a Tonopah Solar Energy, podendo reter o calor por várias horas.
Depois de passar pelas turbinas, o vapor volta para o estado líquido, podendo ser reaquecido. O sal que foi utilizado para aquecer a água, após perder o calor, passa por um processo de resfriamento e fica no aguardo para ser novamente aquecido pelo calor da torre.
A torre ficará sobre uma base de concreto de 30 m de diâmetro. Para acelerar sua construção, foram utilizadas fôrmas deslizantes. Em toda a torre deverão ser utilizados aproximadamente 95,5 mil m³ de concreto. Internamente, além de cabos e tubos para transporte de sal, a torre terá também escadas e elevadores até seu topo para manutenção.
A previsão é que toda a obra fique pronta em 2014, com investimento de aproximadamente US$ 900 milhões. Atualmente, cerca de 600 pessoas trabalham na construção. A usina deve gerar 110 MW de capacidade instalada.


Divulgação: Solar Reserve
Torre durante o início da construção. Obra foi iniciada em setembro de 2011


Divulgação: Solar Reserve
Torre foi construída com fôrmas deslizantes